Ainda tenho Esperança! escrita por Ela Marie Lynch


Capítulo 5
Pensamentos e Sensação de lábios.


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas. Aqui estou eu com mais um capitulo!!
Bom, acho que todos já sabem que Ally acordou, mas o que será que se reserva para Austin?
Espero que gostem. E MUITO obrigada aqueles que comentaram!!
Beijos e Ótima leitura!!



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– Quem é você? E, a onde estou? – ela pergunta com uma confusão no olhar

– Você está no hospital. E não se lembra de mim? Nem quando nos conhecemos na infância?

Ela apenas balança a cabeça em negação, mas logo depois ela faz uma cara como se parecesse se lembrar de algo.

– Espera, posso estar errada, mas... Você é Austin Moon? Aquele garoto que jogou meu caderno no chão e depois pisoteou que me fez chorar por semanas por conta disso?

Sinto meu coração se partir ao meio por saber que ela se lembra apenas do babaca que fui na infância e por acabar de saber que ela realmente sofreu por conta disso.

Antes que eu pudesse responder uma vírgula, o doutor Gray entra na sala com uma expressão espantada e surpresa.

– Senhorita Dawson! – ele chega mais perto da cama – Pode me dizer como está se sentindo?

– Estou um pouco tonta e meu corpo dói. E por que estou aqui? O que aconteceu comigo?

– Calma, iremos te explicar tudo com calma. Mas antes pode me dizer quantos anos você tem?

– Bom, me lembro que o ultimo aniversário que tive foi de 13 anos, mas posso estar enganada, não estou me sentindo bem. – ela fala confusa

O medico olha para ela novamente com um espanto. Ele sussurra para ele mesmo, algo que não pude ouvir e logo foca seu olhar em mim.

– Espere um pouco que eu já volto!

Eu assenti e ele logo sai.

Ally parece estar com uma cara melhor do que á dois minutos atrás. Ela está menos sonolenta e tenta se sentar sozinha. Tento ajuda-la, mas ela me impede de tocar se quer um dedo para pelo menos tentar ajuda-la.

– Não precisa. Eu consigo sozinha – ela fala confusa e olha para mim como se eu fosse fazer algum mau a ela.

Ela, com muita dificuldade, se senta e olha para a porta de saída do quarto e depois se vira para mim novamente.

– Pode me explicar o que está acontecendo? E por que você parece tão mais velho do que quando eu ti da ultima vez? E por que você está aqui?

– Bom, não sei como te explicar o certo, por isso é melhor te explicar só depois que o medico chegar.

– Você não pode me dizer o que está acontecendo comigo? Espera! Você está tramando alguma coisa? Porque não está sendo nada engraçado! – sua expressão é assustada e brava ao mesmo tempo.

Não sei como explicar para ela e nem até que ponto poço contar o que aconteceu. Pelo que sei, o medico primeiramente precisa examina-la e fazer as perguntas, mas se eu falar algo agora, ela irá ficar confusa e não responderá por si só o que o doutor perguntar.

Sua forma agressiva me deixa partido por dentro, nunca imaginei esse tom de voz vindo dela nem mesmo se um dia calhar de termos uma briga, mas tenho que colocar na minha cabeça que ela não está em si e, que sua mente está perdida e eu prometo pela minha VIDA que eu irei salva-la ou ao contrario não serei digno de Ally Marie Dawson.

Ally apenas ficou olhando para mim esperando uma resposta, mas eu simplesmente não falo nada. Ela iria dizer algo, mas foi interrompida pela volta do medico que cuidara de seu caso.

– Bom, não está tão ruim como imaginava, mas continua sendo grave – ele fala.

Dez por cento do meu corpo se alivia, mas noventa por cento continua com pura angustia.

O homem continua com a seção de perguntas, mas não prestei atenção em mais nenhuma além das ultimas que ele a fez.

– Senhorita Dawson, pode me falar quem é ele e o que este rapaz significa para você? – o homem aponta para mim.

Ela me olhando como se estivesse pensando em o que poderia falar. Isso já estava me deixando cada vez mais frustrado e ansioso pela resposta que talvez eu possa não gostar.

– Bom, o nome dele é Austin Moon e... Ele é apenas um colega de classe que praticamente nem isso o considero, ele está mais para um coração de pedra qualquer que apenas entrou em minha vida para inferniza-la. – sua voz é fria, como se nunca tivesse me amado antes.

Dessa vez não consegui conter as lagrimas e acabei as deixando cair ali mesmo na frente deles. Tentei me conter, mas a dor que não coube dentro do coração saiu em modo de lagrimas.

Sai do quarto sem dizer uma palavra. Ao passar pela recepção, vejo que não tem mais ninguém que eu conheça ou que esteja acompanhando Ally. Vou direto para o carro e logo quando entro, dou partida.

Quando saio do estacionamento e resolvo de ultima hora ir à praia para poder lembrar-me do meu primeiro beijo com a garota que hoje me acha um monstro por ter sido burro o bastante de tê-la tratado daquela forma horrível em nosso passado.

Ao chegar um frente, estaciono o carro em um espaço próprio. Tiro meus sapatos e deixo de baixo do banco traseiro para poder pisar na areia sem me preocupar.

Antes de sair perto do veiculo, fico um tempo apoiado no mesmo ouvindo o barulho das ondar se chocarem contra as rochas perto de onde estou. Avisto as palmeiras que eu e Ally ficamos de baixo quando tivemos nosso primeiro desejo de colar nossos lábios.

Vou até o local e sento encostado na arvore onde tudo aconteceu. Aos poucos vou me lembrando de cada sensação, cada desejo, cada movimento que tivemos naquela noite magica em que meu coração gritava que a amava. Sinto sem querer uma lagrima rolar em minha pele, e automaticamente meu coração doer como se uma faca estivesse o perfurando sem dó.

Ainda não posso acreditar que a vida me trouxe algo tão dolorido.

Lembro-me de quando ouvi o som da doce voz de minha amada prometendo-me que me amava e que nunca ninguém tomaria meu lugar em seu coração.

Minhas lagrimas agora estão caindo como se fosse acido ferindo meu rosto e meu coração já com a faca totalmente no meio. Agora minha vontade era de me jogar naquele mar e ficar lá até morrer afogado, mas sei que não posso fazer isso, pois Ally precisa de mim, mesmo sabendo que agora ela só quer me ver pelas costas.

Levanto-me e vou até onde a água bate com minis ondas. Sinto a maresia gelada em meus pés, o que me faz acalmar e me deixa com a mente mais aberta para pensar. Vou um pouco mais a frente até sentir a água encostar-se à barra de minhas calças, com isso acabo de me lembrar de outra vez que vim aqui com Ally, na época nos tínhamos 15 anos e já tínhamos nos beijado bela primeira vez. Lembro-me de que os pais dela tinham viajado por algum motivo que não me interessou muito na época, o importante era que ela ficaria comigo e que não iria precisar trabalhar, pois era aprendiz e não se lidava muito bem sozinha na loja.

Tínhamos vindo aqui para relaxar um pouco, mas fizemos um pouco mais que isso...

...

– Ally, vamos para a água, por favor. Vai ser divertido!

– Austin, viemos para relaxar e não para ficarmos nos divertindo.

– Você diz como se, se divertir fosse algo ruim.

– Tem razão, mas não estou afim! – ela continua deitada na toalha que levamos para cobrir a areia, mas só que dessa vez, com uma pose sexy.

– Então tá. Você não vai até o mar, mas o mar vem até você!

– O que? – ela pergunta, mas não respondo.

Pego um dos cinco copos descartáveis que troucemos para nosso piquenique e levo comigo para a água. Coloco um pouco no copo volto até onde Ally está localizada, mas quando chego perto, vejo que ela não está mais lá. De repente, sinto algo molhado e salgado descendo pela minha cabeça, quando me viro, vejo uma morena despejando-me água.

– Você não fez isso! – tento fazer uma expressão seria, mas sua risada acaba com a minha ideia e me divirto.

– Fiz e posso muito bem fazer de novo

– Vou te dar três segundos pra correr: 1...- Ally sai correndo em disparada para o lado contrario – 2... 2 e meio 3...

Sem esperar nem mais um segundo, corro atrás dela. Ally tenta aumentar a velocidade, mas eu a alcanço. A pego no colo em posição de noiva e ela começam a se debater tentando se soltar, mas eu sou mais forte.

– Austin! O que vai fazer? Me solta. – ela fala ainda se debatendo

– Você apenas vai ter o que merece.

Enquanto Ally se debatia, eu a levava para o mar. Quando a água já estava batendo praticamente em meus joelhos tento coloca-la no chão, mas dessa vez ela se segura em mim me impedindo de deixa-la.

– A não Austin. Agora vai ficar me segurando até sairmos daqui!

– Ou eu posso te deixar cair na água nem que isso me traga consequências

– Você não faria isso! – ela arregala seus olhos castanhos e se prende mais ainda em mim – A Austin, meu amor, não faz isso, por favor, vai!

– Não acredito que você fez de novo!

– Fiz de novo o que?

– Isso. Você conhece meus pontos fracos, mas eu vou ser mais forte que isso e vou te jogar na água assim mesmo.

Coloco-a na água não me importando nem com o vestido delicado estampado com rosas que ela está usando.

– Austin! – ela fala, ou melhor, grita.

Ally se levanta e começa me jogar água com o copinho que ainda permanecia em suas mãos. Minha roupa começa a ficar toda encharcada mais do que já estava por conta da brincadeira de Ally.

– Você não aprende mesmo né garota!

– E quem vai me ensinar? Você? – seu sorriso é maligno e lindo ao mesmo tempo.

Não me contento a olhar para aqueles lábios rosado e carnudos e ficar aqui parado sem fazer nada enquanto minha oportunidade está bem na minha frente.

Chego cada vez mais perto esmagando o espaço que ainda temos entre nós.

– Sim, sou eu que irei te ensinar – sussurro perto de seus lábios.

– Irei adorar ser sua aluna.

Seus lábios começam a roçar nos meus como se fossem algodoes. A cada movimento me sinto cada vez mais apaixonado por ela, a cada sensação me sinto mais e mais apavorado para continuar e nunca mais para.

E foi assim que acabou nossa tarde, em pura sensação de poder sentir os lábios macios de minha morena.

...

Viajo longe em meus pensamentos por um longo tempo. Fecho meus olhos e sinto a brisa e escuto as ondas do mar além do horizonte.

Meus pensamentos são tão reais que praticamente posso sentir os lábios de Ally sobre os meus neste exato momento. Minha mente só pensa apenas como a perfeição de seus beijos me deixava drogado e me fazia sentir o desejo de querer mais e mais.

Sinto no meu bolço algo vibrar. Meu celular esta tocando com uma chamada desconhecida, quando atendo, reconheço na hora a voz.

– Alô?

– Oi Austin, é a Penny.

– A sim, pode falar...

– Está sabendo que Ally acordou?! O medico me ligou agora falando que ela esta acordada

– A sim. Eu estava lá quando a vi acordar. Realmente ela não se lembra de mim, ela acha que sou apenas a pessoa que... – não consigo conter novamente as lagrimas e as deixo rolar.

– Sim, entendo. Mas o importante agora, é que você mudou e que reconheceu seu erro. Saiba que o amor supera qualquer coisa, e que se ela realmente te amou, irá continuar te amando e assim vai. A história de vocês é bela, e não pode acabar assim. No final tudo dá certo, eu te prometo.

– Obrigado Penny. E espero que realmente tudo o que você falou se realize.

– Vai se realizar. Você vai ver.

– Obrigado. E... O medico falou mais alguma coisa sobre a Ally e o estado dela, ou se ela já pode ir para casa.

– Bom, ela está bem, mas não esta pronta para ir para casa ainda. Ele falou que quer dá-la mais três dias para ficar em observação, mas logo logo ela estará em casa.

– O.K então. Falamo-nos depois.

– O.K. Tchau.

Desligo a chamada e coloco o aparelho novamente no bolço. Descido voltar para casa e pensar um pouco em como irei reconquistar o coração de minha amada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!
Bom, não deixem de comentar e favoritar a fic!!
Beijos e até a próxima!!



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