Ainda tenho Esperança! escrita por Ela Marie Lynch


Capítulo 34
Casa Comigo? ♥


Notas iniciais do capítulo

Bom, vocês já viram o titulo da historia, sim... Vai ter pedido de casamento!!!
Erá para eu ter postado na quinta passada, mas me empolguei e coloque mais coisa do que tinha pensado... kkk
Só quero declarar que AMEI escrever esse capitulo e que tenho total CERTEZA que também vão amar ler...
Beijos e Ótima leitura!!!
(LINK DA MUSICA NAS NOTAS FINAIS!!!)



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                                        ...Meses Depois...

 Estaciono meu carro na garagem e entro em casa, cansado de mais um dia de trabalho. Estou totalmente sujo de óleo, dos pés a cabeça e minha roupa então, nem se fala. Bufo feliz por lembrar que hoje é sexta-feira e amanha estou de folga.  

 Subo para meu quarto e me preparo para tomar um banho relaxante. Tiro minha roupa, para depois colocar para lavar, e entro para de baixo do chuveiro.

 Esses últimos quatro meses foram corridos. Uma semana depois de eu contar para meus pais que teria um filho, meu pai me apresentou um emprego em uma mecânica de instrumentos de um amigo dele que precisava, urgentemente, de um funcionário e estava disposto a pagar uma quantia generosa para quem se prontificar pela precisão tão urgente. Papai achou uma boa ideia me dispor essa opinião, já que eu precisava de dinheiro para sustentar e pagar as coisas que meu filho precisa.  

 Passei o Ano novo e o natal junto a Ally e já estamos no final de fevereiro entrando março. Estamos muito próximos um do outro, até mais do que estávamos antes de tudo acontecer, ela está valorizando toda a nossa situação juntos e eu acredito nela, não acho que ela esta mentindo para mim, eu a conheço bem o bastante para saber se ela mente ou não. Ally faz de tudo para me agradar e sempre quer ficar ao meu lado e sempre nos vemos. Eu particularmente estou amando todo esse carinho e eu retribuo da mesma forma carinhosa, com chocolates e flores, e sempre quando ela sente algum desejo, faço de tudo para suprir, mesmo que eu precise ir para a china comprar algo típico de lá.      

 Sua barriga esta cada vez maior e linda, já esta de sete meses de gestação e parece que ela carrega uma melancia de baixo da blusa do que um bebê. Seu rosto esta inchado e suas mãos e pés parecem pães, fico caçoando dela de vez em quando o que a deixa brava, mas acaba levando na esportiva. 

 Alex vive chutando, principalmente quando eu canto ao seu lado, parece que sabe que sou seu pai e que estou tentando o agradar, que se alegra quando estou por perto. Por causa dos chutes do bebê, Ally tem muita insônia durante a noite, segundo ela: parece que Alex esta mostrando desde a gravidez que quer ser um grande jogador de futebol. Parece que irá ser um menino arteiro e que vai dar bastante trabalho tanto para mim quanto para ela. Pois é, parece que meu pai acertou quando falou que “Alex” é nome de menino danado.

 Estou planejando á dois meses pedir a mão de Ally em casamento, conversei com meus pais e eles apoiaram com toda a alegria do mundo, também comentei com Penny e pedi para ela deixar isso em segredo e não dar ênfase a nada. Também pedi a ela que “pegasse emprestado” um anel que ela tinha certeza que cabia no dedo anelar da morena para eu poder comprar as alianças, e foi exatamente o que aconteceu... Penny me deu o anel que eu pedi e com isso eu já comprei, peguei ontem na loja e já sei exatamente como vou pedir a mão de Ally, mas vou deixar surpresa.

 Está marcado para Ally dormir aqui em casa hoje, pois vou estar sozinho, já que meus pais, tecnicamente, estão viajando para New York para “resolver” algumas coisas com a fabricação de espumas para os colchões, isso é o que ela acha, mas mal sabe ela que eles estão, coisíssima nenhuma, em New York e que estão aqui em Miami para resolver as ultimas partes da surpresa. Com Penny a mesma coisa, ela acha que sua mãe está em um encontro com o doutor Carlo esta noite, por esse o motivo dela estar comigo, por não poder ficar muito tempo sozinha, por causa da gravidez avançada: como ela está de sete meses e a gravidez é de risco, a partir dos sete meses, o bebê pode nascer a qualquer momento, principalmente por ele ter uma mania de chutar bastante, por isso é perigoso, mas enfim... Penny não vai estar em um encontro, ela estava com meus pais e o doutor, que virou nosso amigo, terminando de resolver toda a surpresa. Trish e Dez também estão totalmente dentro de todo planejamento, Trish me ajudou muito, enquanto Dez... Bom, ele fez alguma coisa como... Quer saber, deixa isso quieto, o importante é que meu melhor amigo estará comigo nesse momento.

 O planejamento é o seguinte... Eu vou fingir que não sei de nada e o resto vai se fluindo. Primeiramente ela vai achar que a surpresa quem vai dar são os nossos pais, mas quando chegar a hora: BOOM!!! Peço a mão dela. Mas deixe fluir as coisas que tudo vai se esclarecer melhor, sei que está confuso...       

 Bom, agora vou falar sobre meus estudos... Fiz uma audição como fotografo na faculdade de artes mais famosa de Miami á quase quatro meses, umas duas semanas depois de eu ter me formado no colegial. Para isso, tive de fazer uma redação dizendo o porquê deveriam me escolher e mandei algumas fotos tumbrl que tirei de Ally ainda antes do acidente, lembro-me que quem despertou em mim a paixão pela fotografia, depois da música, foi o pai da Ally. Como ele fazia curso, sempre gostava de mostrar suas obras o que me fez interessar-me no assunto, pedi para ele me ajudar uns toques e truques de como tirar boas fotos, e Lester – com sempre sendo como um pai para mim - me explicava com toda a paciência do mundo, como se eu realmente fosse seu filho, sinto sua falta, já faz um ano de sua morte e ainda é como se ele fosse a qualquer momento aparecer e bater em minhas costas, orgulhoso por cuidar bem de sua filha. E agora estou aqui e graças a sua influência em minha vida estou esperando uma carta para ver se fui aceito em uma faculdade de fotografia. A principio queria ter feito uma audição para música, mas como ser contratado e fazer sucesso com isso leva tempo, optei por fotografia por ser algo mais fácil de conseguir um emprego. Preciso imediatamente de dinheiro para poder sustentar meu filho e pagar tudo o que ele precisa, não posso ficar testando as coisas para ver se dá certo, preciso de uma profissão imediatamente!

 Quando mandei minha redação, nos termos explicava que mais ou menos em março eles iriam mandar uma carta por correio para dizer se passei ou não, bom... já estamos quase em março e nada. Estou começando a ficar ansioso para saber o resultado.

 Desligo o chuveiro e me seco ainda com pensamentos flutuando em minha cabeça, amarro minha toalha na cintura e abro aporta me deparando com uma surpresa...

 - Aaaahhh!!

 - Que grito fino é esse, Austin! Por acaso esta saindo do banheiro ou do armário? – Ally dá risada enquanto está sentada em minha cama.

 - Ha ha ha... Muito engraçado. Olha a minha cara de quem está se acabando de rir – falo com deboche.

 - Você deveria ter imaginado que eu estava aqui. Não se lembra do combinado? Seus pais viajaram para Nova York resolver algumas coisas dos fornecedores de espumas dos coxões e minha mãe esta tendo mais um encontro com o doutor Carlo e euzinha aqui – apontou os dedos para si mesma – não posso ficar sozinha com essa coisa tão grande que é chamada de barriga, por isso vou dormir com você essa noite. – Ally abriu um sorriso debochado como se essa noticia me infernizasse de alguma forma.

 - Ainda não confessaram que estão namorando? – vou em direção a meu guarda-roupas para pegar um pijama e sigo para o banheiro me trocar.

 Ally me segue com o olhar cada movimento meu.

 - Ainda não. Eu sei que há algo entre eles e qualquer um que ficar perto por pelo menos cinco minutos consegue ver algo, mas pelo que conheço minha mãe, acho que ela se recusa a confessar por achar que seria uma traição com o meu pai. Já cansei de dizer que ele iria querer que ela reconstruísse a vida e fosse feliz, mas mesmo assim não tem o que faça entrar na cabeça dela que não tem problema algum, ela sente culpa.

 - Ela vai perceber com o tempo. Penny é uma boa pessoa e amava seu pai, por isso se sente assim: com sentimento de culpa.

 - Acho que não vai demorar muito para ela chegar em casa com a noticia de que esta namorando.

 - Também acho. – ri – Quero estar lá quando isso acontecer! Vai ser hilário.

 - Pois é. Vai parecer uma adolescente com seu primeiro namorado. – rimos

Termino de me trocar e saio de trás da porta do banheiro. Ally está sentada com os dois braços para trás de um jeito que se dá apoio e empina mais a barriga de um modo que parece ser maior do que originalmente é. Agora é minha vez de observa-la bobo.

 - O que foi? – perguntou-me – Está me olhando como se eu fosse uma joia...

 Balanço a cabeça saindo do mundo da lua e sorriu ainda a admirando.

 - Nunca imaginaria que tão sedo te veria dessa forma – aponto com as duas mãos – com uma barriga grande carregando um filho que vou poder chamar de nosso. – coloco a toalha estendida na cadeira da escrivaninha e me a próximo da morena.

 Ally sorri e se ajeita na cama. Ela olha para mim com serenidade.

 - Não imagina o quão feliz estou por saber que terei um filho com você. Isso só ajudou a nos aproximar mais um do outro. – ela se ajeita na cama e se senta com uma das pernas dobradas enquanto a outra se posiciona normalmente – Amo ver o carinho que você tem com Alex e o modo de como sei que vai o tratar. Você é o cara dos sonhos de qualquer garota. – ela se levanta e me encara de pé.

 - Eu te Amo, Ally!

 - Eu te amo, Austin!

 Olho para ela, ou melhor, olhos para seus lábios carnudos e rosados que tanto me atrai e deixa com um desejo de beija-los até não aguentar mais...  

 Sem pensar mais, avanço com um pouco de violência em direção de Ally e tomo seus lábios com urgência, não sei o que estou fazendo, apenas segundo meus instintos.

 Uma de minhas mãos esta na cintura da garota e a outra segura seu rosto, tenho um pouco de dificuldade para me aproximar mais por conta da barriga que empata, mas mesmo assim consigo a carregar no colo deixando minhas mãos, e agora, posicionadas para dar apoio em suas pernas. Encosto Ally na parede e continuo a beijando, apenas paramos para pegar folego e continuar na mesma intensidade urgente.

 Saio da parede e a levo para a cama deixando-a deitada em meu travesseiro enquanto posiciono, como apoio, meus braços para não colocar peso em sua barriga.

 Paro de beijar seus lábios e começo uma sessão de selinhos por seu pescoço, do jeito arrepiante que sei que ela gosta.

 - Austin! – ela me chama entre gemidos.

 Paro o que estava fazendo e olho para ela. Seu olhar é de carinho e satisfação. Não posso continuar com isso mesmo querendo muito. Ela está com a gravidez em um estado avançado e seria perigoso e também não quero cometer os mesmos erros, mesmo que a consequência já esteja concretizada pelo passado.

 - Eu te amo, Ally Marie Dawson, como nunca amei ninguém na face dessa terra, você e nosso filho. Prometo te dar todo o amor que precisa e ainda mais, tanto que você não vai saber contar.   

Ela sorrio apaixonada para mim e me puxou para mais perto.

 - É tudo o que eu quero! – sussurrou e me puxou para mais um beijo, só que agora é mais carinhoso e apaixonado.

 Paramos de nos beijar e deito ao seu lado a abraçando de conchinha enquanto ela esconde seu rosto em meu pescoço.

 - Alex está chutando! – exclama abafado.

 - Eu estou sentindo. Ele esta chutando bem forte!

 - Chegou nem perto. Ele está, ainda, nos trinta por cento, de madrugada que ele está nos duzentos, parece que ele só faz isso para contrariar. Na verdade, ele só está chutando agora porque você está perto dele, porque se não, os murros ainda estariam nos dez por cento.   

Me desvencilho da posição de conchinha e fico com a boca em cima de sua barriga em forma de um beijinho. Sem permissão, levanto seu moletom e sua camiseta e deixo Alex exposto sobre a pele do ventre da mãe. Ally me deixa fazer o que quero sem reclamar. Acaricio a barriga na linha a baixo do umbigo e beijo ali.

 Olho para a morena e vejo um sorriso esboçado em seus lábios, um sorriso carinhoso e emocionado.

 - Fala com ele! – pede

 - Alex? – sinto em minha mão um chute violento por parte do bebê e Ally começa a gargalhar.

 - Disse que ele chuta forte quando esta perto de você. Alex é um menino levado.

 - As vezes fico imaginado quando estivermos dando a festa do primeiro ano de vida dele. – sorrio bobo e a garota continua a me observar – Ele vai estar correndo para todo o canto e vamos tentar persegui-lo para que não vá para um lugar perigoso evitando que se machuque. Alex vai gargalhar na hora do parabéns e soprar as velinhas. Vou me sentir orgulhoso nesse dia por saber que irei passar, perto dele, vários aniversários comemorando com sorrisos cada ano que se passar.

 Ally se levanta e se senta na cama de pernas cruzadas. Ela abaixa a cabeça e a franja de seu cabelo cai formando uma bela imagem para ser tirada uma foto. Ela sorri delicada ao mesmo tempo que se concentra na brincadeira de dedos que ela faz com o anel de compromisso. 

 - As vezes, - começa Ally, sonhadora – imagino quando ele chorar nos braços de alguém, manhoso por não estar nos meus. Parece um coisa boba, mas quando eu era pequena eu pegava meu primo no colo, e toda vez chorava por não estar com minha tia. Achava isso fascinante; não a parte dos choros, que eram superirritantes; mas a parte em que ele apenas se sentia seguro perto da mãe. Mesmo sendo criança, ficava imaginando quando eu tivesse um neném para cuidar e acalma-lo quando chorar por não estar comigo. Acho que esse pode ser o sonho de quase todas as meninas, mesmo não confessando a si mesmas.

 Fico a observando e imaginando quando Alex estiver no seu colo. Ally será uma ótima mãe para nosso filho e sei que sempre dará tudo o que ele precisa a todo momento. Será cuidadosa e paciente para educa-lo e repreende-lo sempre quando preciso da melhor maneira possível.     

 Alex chuta novamente, mas dessa vez com mais força e Ally faz uma careta de dor.

 - Alex esta arretado hoje, não? – comento

 - Você esta perto, por isso fica agitado. Tem horas que ele, além de chutar, se estica e vem parar nas minhas costelas. Dói que parece que esta querendo nascer antecipadamente.

 - Realmente estou ficando preocupado. E se uma dessas ele resolve nascer de verdade? Lembra o que a doutora Maria nos falou na ultima consulta?

 - Bom, ela disse que quando estivesse perto do parto, o bebê se mexeria bastante, mas ele se meche desde os quatro meses e nunca deu sinal de nada, não me preocupo muito.

 - Você sabe que deveria se preocupar, ainda mais que está já está de sete meses e é a partir dai que ele pode quere nascer, você sabe disso.  

 - Austin, mesmo com toda essa preocupação não têm o que fazer. Não temos outra saída além de esperar ele querer sair. Vamos á médica segunda-feira que vêm e ela vai nos auxiliar com tudo o que for preciso. Não esquente a cabeça com isso. Você anda muito cansado ultimamente, ficar colocando mais coisas na mente apenas vai te deixar mais exausto, tão fisicamente quanto mentalmente. Isso tudo é o de menos. Se for para ele nascer ele vai nascer, sem mais e nem menos.

 - Eu sei. É que eu fico preocupado. Você sabe o que pode acontecer se tudo der errado. Pode lhe custar á vida, Ally! – fico aflito ao imaginar a situação.

 - Já colocamos em planos o lado A e o lado B da situação. Não vamos discutir isso novamente, isso apenas vai nos deixar constrangidos antes do tempo. Deixe tudo fruir primeiro.

 A morena se levanta e fica de quatro com o rosto perto do meu e me da um selinho, que acaba se tornando um beijo de paixão. Ela se ajeita e fica apoiada em cima das pernas e com as mãos em volta do meu pescoço enquanto ainda nos beijamos. Colocamos um fim no beijo com alguns selinhos.

 - Ele chuta bastante quando nos beijamos. – sorri próxima a minha boca – É como se ele sentisse o que eu sinto quando te beijo. O neném faz festa como se tivesse vendo as borboletas voando em meu estômago.

 - Ele é a prova dos nossos sentimentos um pelo outro. É o fruto de nossas sementes juntas, que eu vou amar com todo o meu amor do mundo.

 - Sim papai...

 Ally me puxa e voltamos a nos beijar. Até nossas bocas não aguentarem mais ser tocadas.

 Descemos para a cozinha para comer alguma coisa e voltamos para nosso quarto. Mesmo eu estando muito cansado pela semana de trabalho que tive, não me importei de ficar até tarde da noite assistindo filmes com minha morena, a única coisa que lembro é quando começou o segundo filme, depois disso não me recordo de mais nada.

    (...)

 - Austin, Ally. Acordem! Temos uma surpresa para vocês! – minha mãe entra no quarto e abre as janelas. Ok, é agora que colocamos nosso plano a prova...

Ally estava do meu lado com cara de sono mais um misto de confusão. Verdadeiramente nós não estamos entendendo absolutamente nada.

 - Depois explicamos a vocês. Se troquem logo que eu, seu pai e Penny estamos esperando vocês na sala. – explica a caminho da porta do quarto – Ah! Bom dia a vocês! – sorri e sai do quarto apressada.

 - Como assim, surpresa?! – pergunta Ally com os olhos se acostumando com a luz.

 - Também não faço ideia... – disfarço. Começo a rir da situação e me levanto da cama. – Ah! Já ia me esquecendo...

 Agacho-me e beijo a testa de Ally e em seguida sua barriga descoberta tanto pelo lençol quanto pela camiseta.

 - Bom dia! – desejo

 - Bom dia! – Ally sorri e também se levanta.

 - Quer ir tomar banho primeiro?

 - Não precisa. Não tomo banho de manhã.

 - Okay, então. Se troque que eu já venho.

 Pego minhas roupas no meu guarda-roupas e vou direto para o banheiro.

 Depois de tirar minha roupa, ligo o chuveiro. Enquanto me lavo, fico pensando em nossa noite e começo a rir sozinho.

 Fico imaginado a cara da Ally quando eu pedi-la em casamento. Com tudo isso, é vai amar. Dez vai filmar tudo o que vai acontecer durante a coisa toda. Estou muito ansioso.  

 Hoje a madrugada foi bem zoada. Ally não tinha posição quase alguma por conta do tamanho de sua barriga. Mesmo a cama sendo grande demais, quase não coube nós dois juntos nela. A morena virara-se e revirasse, de vez em quando reclamava com o bebê por se mexer demais, tentei ajuda-la colocando travesseiros no meio de suas pernas para tentar ver se ele se aquietava um pouco, conversei com ele, e por incrível que pareça até toquei violão para ele no meio da madrugada, mas nada adiantava, o menino só ficava mais agitado ainda. Se Alex é assim agora que esta na barriga, imagina quando ele estiver correndo por ai? Pois é, sei pai não é fácil desde quando seu filho ainda está dentro do ventre.

 Desligo o chuveiro e me troco. Abro a porta com a toalha em minhas mãos secando meu cabelo. Me deparo com Ally usando um vestido branco com flores coloridas, que na minha opinião ficou uma graça ainda mais com sua barriga de sete meses. Ela amarrou seu cabelo em um coque deixando sua franja solta, que na minha opinião parece um penteado de princesa e a deixou com cara de pricesa, e usa uma sapatinha de oncinha branca de lacinho dourado. Ficou linda!

 -Está babando, Austin? Avisa logo que eu pego um balde para você. – caçoa

 - Nada não. – falo sem graça - Ele parou de se mexer? – brinco.

 - Quer mesmo que eu te responda essa pergunta? – a morena respondeu grossa colocando as mãos na cintura e com suas bolsas roxas de baixo dos olhos, que mesmo cobertas com maquiagem fica um pouco aparente, mas mesmo assim continua linda. 

 - Ele ainda não parou? O que esse garoto quer? Parece que está virado no giraia!

 - Isso é pouco... Parece que ele está dando cambalhotas enquanto faz uma seção de chutes ao mesmo tempo que dança essas danças malucas de rua. É sério, esse menino não para.

 Ally pega seu perfume que trouce na bolça e borrifa em seu pescoço. Esse cheiro é totalmente a cara dela. Toda vez que sinto esse cheiro de alguém passando na rua eu me lembro de minha morena, não importa onde eu esteja.

 - Vai colocar os sapatos? – perguntou ela olhando para meus pés descalços.

 - Vou sim, só estou terminando de secar o cabelo.

 - Enquanto você o bagunça – riu de mim

 - Por que? fico ruim dessa forma?

 - Não. Você fica sexy de cabelo bagunçado. Eu gosto! – ela sorri

 - Gosta é? – me aproximo jogando minha toalha na bancada – Do que mais você gosta em mim? – pergunto com um olhar pervertido.

 Ally olha para mim com meus mesmo olhar e me encara fazendo pouco caso.

 - Gosto do modo seguro de como anda; do tom da sua voz, tanto falando como cantando; gosto do seu cheiro natural, já que não usa perfumes; do modo carinhoso de como você me abraça; e seus gemidinhos enquanto me beija – a morena pronuncia a palavra “beija” sussurrando em meu ouvido, o que me faz arrepiar.

 - A é! E o que mais? – pergunto ainda pervertido

 - Gosto da sua pegada; do seu modo carinho quando o assunto é Alex para todas as questões e o seu brilho no olhar quando conversa com ele, acho isso fofo da sua parte, como um papai babão. – ela ri de mim.

 Sorrio para ela. Gosto de pensar que Ally gosta do meu modo de tratar nosso filho. Isso me dá segurança em saber que ela aceita e gosta de eu estar perto deles. Sorrio em saber disso.

 - Está rindo do que Monica? – pergunta me pegando de surpresa.

 - Nada não. Vamos descer?

 - Claro! Estou curiosa para saber a surpresa.

 Saímos do quarto de mãos dadas e eu ajudo Ally a descer as escadas com cuidado, já que ela não enxerga praticamente nada pelo volume da barriga e tem dificuldades por causa do peso da mesma.

 - Ainda bem que desceram. Já ia subir com um balde d´água achando que tinham caído no sono novamente. – Penny exclamou.

 - Bom dia para você também, mãe. Como foi o encontro com o doutor Carlo ontem? – desconversou Ally irônica

 - Não tive encontro ontem. Sim, eu estava com Carlo, mas não foi para isso. O por quê? Depois entenderá.

 - Meninos... – chamou papai – Tem café da manha para vocês na mesa da cozinha.

 - Mas e a surpresa? Estou ficando curiosa! – perguntou

 - Calma garota! Coma primeiro depois explicamos tudo.

  - Sei que vocês vão amar! – Penny comentou com um sorriso.

  - Cada vez mais curiosa...

  Depois que comemos, partimos para o carro de papai. Ally ficou o caminho todo fazendo perguntas e tentando descobrir algo, mas nada foi revelado, o que a deixou chateada por suas tentativas ter sido inúteis.

 Quando chegamos na rua da surpresa, colocamos uma venda em seus olhos. Ela acha que eu também estou vendado, mas está totalmente enganada.

 - Onde estamos? – perguntou ela

 - Cuidado! Tem escada. – ajudou sua mãe a subir

 - Por acaso isso é um sequestro?

 - Acalme-se Ally. Saberá de tudo já já.

 Depois disso ela não fala nada.

 Chegamos em frente a porta da casa ( da nossa casa...) e abrimos a porta.

Todos os que queria ver a surpresa estava lá dentro em total silêncio para não entregar nada. Trish que veio até mim, entregou-me as alianças – que imediatamente guardei no bolso da calça - e o buquê de lírios, as preferidas de Ally.   

A sala de estar está toda decorada com corações de bexigas espalhados pelo chão e pendurados pelo teto e outros corações recortados em cartolina vermelha, colados na parede.   

 - Deixa comigo. – sussurro para Penny que me estrega Ally para ser conduzida

 - Austin?! Eu sei que é você... Por que não está vendado?

 - Acalme-se Ally. Faz tudo parte do plano.

 Assim que a posiciono no centro de um enorme tapete de coração a musica Sad Song – We The Kings começa a tocar, não da tempo de Ally tentar adivinhar nada, pois tiro suas vendas antes de qualquer pensamento.

 Ela chora de emoção enquanto seguro o buquê e a entrego. Nos abraçamos bem forte e depois do abraço, me ajoelho e pego no bolço a caixinha vermelha. É agora...

 - Ally Marie Dawson... Não tenho palavras para descrever o tamanho de minha felicidade quando estou ao seu lado, ou o quanto meu coração explode com seu sorriso de tirar o folego de qualquer retardado apaixonado...

 - Está bem... Vá direto ao ponto... – me cortou, o que fez todos rirem e eu faço uma careta.  

 - Me daria a enorme honra e me faria o cara mais feliz do mundo se casando comigo?

 Mesmo com sua barriga enorme, Ally se abaixa para ficar do mesmo tamanho que eu e abre o sorriso que tanto AMO...

 - Não sabe o quanto sonhei e esperei por esse dia...

      ...

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Não deixe de deixe seu comentário... Acho que eu mereço, vai! kkk
Obrigada por lerem e até a próxima...!!!

Sad Song - We The Kings https://www.youtube.com/watch?v=oovVvQPB48s



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