Ainda tenho Esperança! escrita por Ela Marie Lynch


Capítulo 31
"Só damos valor quando perdemos..."


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas... Não esperei até sábado a noite para terminar mais um capitulo, então aqui estou eu...
Bom, não tenho muito o que dizer apenas que achei que esse capitulo está super fofo ♥

Eu coloquei mais algumas musicas e os links estão nas notas finais....

Ótima leitura a Todos!!!



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Não pude acreditar no que estava vendo, certifiquei varias vezes para ver se eu estava tendo alucinações, mas como estava tudo escuro e apenes as luzes coloridas iluminava o loca, não dava para ver direito. Minhas pernas me guiara, involuntariamente até o local da onde estavam, mas quando cheguei mais perto vi que não eram eles, a garota estava de costas e tinha o mesmo comprimento do cabelo e corpo que de Ally e o garoto apenas tinha o cabelo no mesmo tom de cor e corte que o de Dallas, foi por isso que acabei confundindo o casal com Ally e Dallas, mas mesmo assim queria ter certeza, então fiquei em um angulo onde pudesse ver o rosto da menina.

 Quando cheguei mais perto vi que a garota tinha olhos azuis ou verdes, não dava para certificar exatamente, e o cara com toda certeza não era Dallas. Sorri por saber que estava enganado, com certeza se fosse a Ally ali ficaria chocado pela falta de responsabilidade, ela falou tanto em como amava esse filho e depois de seu discurso convincente, vir para um lugar desses... Com certeza isso me chocaria mais que sua traição, pois não envolve apenas ela, mas envolve meu filho também, e não quero que nada de mal aconteça com ele.

 Em lembrar meu filho... Que exemplo, estou sendo para ele vindo em um lugar como esse? Quando tiver minha idade e quiser ir para uma festa dessas não vou ter como dizer “não”, pois estou fazendo exatamente o que diria, ou melhor, pediria para ele não fazer. Realmente não sei onde estou com a cabeça. Normalmente jovens na mesma situação que eu diriam: “Que se dane o mundo, só quero me divertir, não vou pensar no futuro agora. Quando for a hora me resolvo”, mas comigo não esta sendo bem assim, acho que por ter de viver desde pequeno sozinho, tive que amadurecer rápido para poder cuidar de mim sozinho, pois tia Lili e nada é a mesma coisa...

 Voltei para onde eu estava para esperar Kira, de certa forma fiquei um pouco desanimado em continuar na festa. Me encostei em um local próximo da onde eu e a morena dançávamos, assim poderia ver quando ela aparecesse com as bebidas.

 - Austin!...

 Virei-me imediatamente para ver quem me chamava, quando tive uma grande surpresa.

 - Dez! Trish! O que fazem aqui? – sorri bobo por saber que eles estão frequentando esse tipo de festa.

 - Nós iriamos te perguntar o mesmo – respondeu Trish – não sabíamos que gosta desse tipo de coisa. Onde está Ally?

 Um choque percorreu por meu corpo quando ouvi esse nome em voz alta, e com certeza o casal, que estavam de mãos dadas, percebeu.

 - O que está acontecendo, Austin? Por que esse cara de repente? – Dez pareceu preocupado.

 - Não estou a fim de falar disso agora. Hoje de manhã aconteceu algo que vai ser muito difícil de perdoa-la. E realmente não estou disposto a lembrar das cenas enquanto explico, então, por favor, não me pergunte o que aconteceu.

 - Vocês... – Trish ficou um pouco receosa em continuar

 - Brigamos e consequentemente terminamos; apenas isso vou afirmar á vocês. – respondi – Não sei se pode ser chamado de briga já que não trocamos nenhuma palavra, mas se realmente quiserem saber o que ouve, falem com ela.

 - Eu tentei ligar para Ally essa tarde, mas ela não atendeu, fiquei preocupada. Achei que ela poderia estar com você e tenha deixado o celular em casa. Ela me disse que vocês iam ficar o dia tudo juntos hoje e parece que não foi como o planejado.

 Me entristeci ao lembrar dos meus planos que não deram certo com Ally, não deveríamos ter acabado dessa forma, não deve acabar dessa forma.

 Kira chegou perto de nós com um sorriso estampado no rosto com dois copos descartáveis vermelhos na mão. E me estregou um deles que tinha um liquido colorido dentro que não tinha ideia do que era.

 - Oi gente! – cumprimentou Trish e Dez que ficaram surpresos de ver que eu e Kira estávamos juntos.

 - Oi Kira! Como está? – Trish perguntou e os três começaram a papear me deixando um pouco de lado. Não me senti mal por estar excluído, pois quem ficou quieto de repente fui eu, não estava a fim de falar, na verdade não estava a fim de estar aqui nesse lugar.

 Depois de ouvir a conversa deles por mais ou menos dez minutos, que se tratava de seus planos para a faculdade, decidi me despedir e ir embora a pé mesmo.

 - Tchau gente, eu já vou indo.

 - Ahh Austin, acabamos de chegar, e você nem bebericou sua bebida! – exclamou Kira decepcionada – Nos divertimos tão pouco.

 Trish e Dez não falaram nada, sabiam que eu não estava bem para ficar e sabem que eles não poderiam fazer nada para me animar nessa festa, já que eu não gosto de nada que envolva esse tipo de evento.

 - Pois é, mas é que esta me dando uma baita dor de cabeça - menti - e essas luzes estão me deixando tonto, mas muito obrigado por tudo, Kira – sorri e a abracei. Eu sei que não sou um cara de abraços, mas acho que já me cinto á vontade com seu jeito carinhoso.

 - Uma pena. Então fica para a próxima, assim você se diverte mais. – sorriu meio triste – Quer que eu te leve? Não vai ser problema algum e está tarde, é perigoso. 

 - Não precisa, vou indo a pé. Preciso pensar um pouco, mas do mesmo modo, obrigado pelo esforço.

 - Tem certeza? 

 - Tenho – sorri de canto para ela.

 - Tenha cuidado. 

 Respondi que iria ter e me despedi de Dez e Trish e sai de dentro do salão de festas com o copo com a bebida em mão. Quando já estava do lado de fora despejei a bebida em algum canto no gramado e ao mesmo tempo vi umas três ou quatro pessoas vomitando horrores na grama, apenas fiz uma careta pelo cheiro que estava no local, joguei o copo fora e fui caminhando pela calçada rumo a minha casa.

 Peguei meu celular para ver a hora e já era quase meia-noite, peguei meus fones de ouvido que sempre guardo comigo e os ligo em “Wish You Were Here - Avril Lavigne” que está definindo minha vida nesse momento.

 Comecei a pensar em Ally enquanto andava; em seu sorriso, seu modo de falar, a macies de sua pele branca, sua voz... A cada passo que eu dava era mais uma lembrança de nós dois e o som de sua voz dizendo que me ama.

 

 All those crazy things we did

Didn't think about it just went with it

You're always there, you're everywhere

But right now I wish you were here

Todas as coisas loucas que fizemos

Não pensamos sobre elas, só fomos na onda

Você está sempre lá, você está em todo lugar

Mas agora eu gostaria que você estivesse aqui

 Essa é uma parte da música que com certeza pode descrever eu e minha Ally, nós fazíamos passeias noturnos pelo parque todo o fim de semana e isso vai ficar para marcar... Ri com isso.

Damn, damn, damn

What I'd do to have you here, here, here

I wish you were here

Damn, damn, damn

What I'd do to have you near, near, near

I wish you were here

Droga, droga, droga

O que eu faria para ter você aqui, aqui, aqui

Eu gostaria que você estivesse aqui

Droga, droga, droga

O que eu faria para ter você por perto perto, perto

Eu queria que você estivesse aqui

 Eu realmente estava prestes a fazer uma grande droga essa noite por causa de Ally, estava prestes a fazer dessa noite um inferno de arrependimentos que me atormentaria a vida. Quase tive vontade de me embebedar até ficar como aquelas pessoas que vomitavam ao lado de fora só para poder me esquecer de algo, ou melhor, alguém inesquecível; quase cometi o maior pecado de toda a minha vida. E se eu não tivesse saído daquela festa? Talvez amanhã de manhã eu estaria na cama de uma desconhecida e não me lembraria de nada do que acontecera a noite toda.

 I love the way you are

It's who I am, don't have to try hard

We always say, say it like it is

And the truth is that a really miss.

 Amo o jeito que você é

É quem sou não preciso forçar

Nós sempre dizemos, dizemos isso como é

E a verdade, é que realmente sinto sua falta.   

 

 Desde quando ela sofreu a acidente nunca mais disse que me amava e foi ao pensar na ultima vez que ela me disse isso que eu me desaguei lagrimas. Lagrimas que contão uma historia de amor e felicidade que acabou em um estalar de dedos. Historias que eram para ser escritas em um livro de biografia que em segundos se queimaram como fogo.

       ...

 - Já vai Ally. Fica mais. Esta cedo e faz tanto tempo que não conversamos, estou sentindo a sua falta.

 - Desculpe Austin. Preciso ir para a loja. Esses dias está cheio de clientes e meu pai não esta dando conta sozinho. Mas eu prometo que amanhã o dia é todo só nosso. – ela se empina com a ponta dos pés e me beija.  

 Paramos por falta de ar, mas seu olhar me faz mergulhar como se fosse uma piscina de profundidade infinita.

 - Eu te amo – ela diz com o mesmo olhar

 - Eu ainda mais. Minha vida é completamente conduzida por você.

 Ela novamente fica da ponta dos pés e me rouba uma coisa que não me atrevo a reclamar: mais um beijo.

 Fomos até a porta e ela sai em direção ao carro de seu pai que esta esperando em frente a minha casa. Antes de entrar, ela sorri para mim e grita à frase ‘eu te amo’ e me mostra um sorriso lindo que retribuo. Logo seu pai dá partida e fico observando até perdê-los de vista.

        ...

 O dia desse maldito acidente foi o dia em que minha vida acabou por completo, nunca mais fui o mesmo depois disso, também, quem seria a mesma pessoa depois de ver que o amor de sua vida não te olha mais da mesma forma que era antes? E foi exatamente nesse dia em que ela pronunciou pela ultima vez a frase “Eu te amo” enquanto olhava em meus olhos.

 Mais e mais lagrimas caem de meus olhos como de fossem uma cachoeira de emoções. De vez enquanto soluçava o choro da dor que estava sentindo. Já ouvi uma vez que o choro é uma forma do corpo liberar o excesso de dor que não cabe no coração, e eu, nesse momento, estou provando dessa dor insuportável que o amor faz quando quebrado.

 Continuo andando pelas ruas escuras e desertas de Miami até chegar ao calçadão da praia. Esta tudo vazio, tem apenas eu e mais uns drogados andando por aqui. Quase nenhum carro passa pela avenida, e os que passam estão com os alto falantes altos, o motorista esta dirigindo igual a um doido por estar bêbado ou os dois.    

 Meus olhos ainda estão soando em lagrimas e minhas pernas guiam meu corpo involuntariamente como se não fosse eu que as guiasse. Meus pensamentos ainda estão correndo como loucos em Ally. Não estou conseguindo processar o fato de ela ter me traído, nós éramos tão felizes antes de tudo acontecer, quando digo tudo, quero dizer tudo antes do acidente, ela me amava por experiência própria e não era presa por um sentimento do passado desconhecido, era verdadeiro, mais verdadeiro que uma peça de diamante legitimo.

 Eu continuava chorando, mas agora estou controlando os soluços, pois estou em um lugar perigoso para se andar a essa hora, e se eu demonstrar algum tipo de fraqueza pode ser fatal.

 Como deixei na minha playlist aleatória, começou uma das minhas musicas preferidas “Young Blood – Bea Miller” e coloquei no replay até que eu chegasse em casa. Não sei, mas o ritmo dessa música faz meus coração bater mais rápido e a letra do refrão junto com a melodia é de deixar qualquer um mexido. E em falar do refrão, ai vem ele...

 

We’ve got young blood

Can’t destroy us

We make our own luck in this world

We’ve got young blood

No one chose us

We make our own life in this world

Nós temos sangue jovem

Não podem nos destruir

Nós fazemos nossa própria sorte neste mundo

Nós temos sangue jovem

Ninguém nos escolheu

Nós fazemos o nosso próprio amor neste mundo

 

 Começo a sorrir como um idiota e continuo deixando minhas pernas me guiarem para o caminho que desejar, até que sem perceber, estou na frente da casa da Ally. Bom, não era para eu estar aqui, mas fui guiado para cá por algum motivo.  

 Desconecto os fones de ouvido e os guardo no mesmo bolço que está meu celular e vou em direção á janela do quarto da minha Ally. Vejo que a janela está aberta e está com as luzes apagadas, á essa hora ela já deve estar dormindo, já são quase uma e meia da manhã e agora que está grávida normalmente começa a ter sono a partir das nove da noite. Subo na arvore que tem embaixo da janela onde sempre subo para ter acesso á mesma. Fico de pé em um galho forte e vejo se ela está lá e se a barra está limpa. Á vejo dormindo virada de costas para a janela e sorrio com isso, não importa o quão bravo posso estar, mas quando meu olhar passa por ela meu coração parece que vai sair pela boca.

 Decido entrar em seu quarto para observa-la enquanto sonha. Cruzo o quarto e vejo que a caixa de fotos que Ally me mostrou á alguns dias estava aberta e cheia de fotos espalhadas, decidi não mexer e deixar do mesmo jeito que achei.   Fui até ela e fiquei de frente para a garota, e mesmo o ambiente estando apenas iluminado com a luz da janela aberta consigo ver que seus olhos estão inchados e sua respiração, mesmo serena se percebe que está tremida como se ela tivesse chorado muito. Percebo também que ela está abraçada a alguma coisa, ou melhor, um papel, tento pegar com cuidado para não acorda-la, quando consigo ter o objeto em minhas mão vejo que é uma foto, vou até a janela para ver melhor e me surpreendo quando a imagem mostra eu e Ally abraçados enquanto ela segurava um buque de rosas branca em frente a porta de entrada da sua casa a umas semanas antes do acidente. Lembro-me exatamente como...

      ...

 Estou deitado em minha cama. Acabo de acordar faz alguns minutos e como hoje é sábado não tenho nada para fazer. Olho o relógio e vejo que já se passam das dez horas da manhã. Meu celular começa a tocar com o barulho da musiquinha de chamadas que já passou da hora de eu mudar. Atendo sem ver quem estava me ligando, tenho quase certeza que é Ally.

 - Oi Austin. – escuto sua voz delicada – Bom dia, meu amor!

 - Que privilégio escutar sua doce voz de anjo logo de manhã. – tentei soar romântico – Bom dia, princesa!

 - Aah Austin. Estava indo tão bem, sabe que eu não gosto que me chame de princesa.

 - Desculpe bombom, - a chamei apenas para provoca-la - me esqueci, é que esse apelido cai perfeitamente em você, não entendo o por quê de não gostar.

 - Bombom? Sério? Austin, acho melhor você parar com esses apelidos fofinhos, cada vez você avacalha mais e mais.

 - Está bem minha flor do jardim do palácio inglês, - fiz novamente só para provocar mais. Estou até imaginado a careta que ela está fazendo – vou parar de te apelidar, OK? E como você está, minha querida? – agora peguei pesado. Para uma fã de “A Seleção” eu realmente peguei pesado.

 - Como estou? Nesse momento, estou com vontade de te dar um soco por ter me chamado de “minha querida”. – falou grossa, mas sei que no fundo ela está se divertindo.

 Comecei a rir descontrolávelmente, só de imaginar a cara que ela fez. Realmente ela se incorporou na personagem. Ela começou a rir comigo, mas reclamava que estava com dor.

 - Ai Austin, - ela ri - estou com cólica, liguei para te chamar para vir aqui em casa para ficar comigo enquanto meus pais vão para a loja hoje.

 - Nossa! Sobrou para mim. Escolhi um péssimo dia para brincar com você, minha chuchu...

 - Quer saber. Cassei desses apelidos “fofinhos” entre aspas. Venha se quiser. – realmente a baixinha estava brava. Fritei a paciência que ainda a restava.

 - Chocolates e salgadinhos, ai vamos nós...

 Ela ri de leve.

 - Idiota. – ri – Estou com vontade de comer torta de morango. Trás para mim da padaria da esquina também.

 - Está lendo “A seleção” de novo?

 - Não te importa, vem logo, antes de meus pais saírem, não quero ficar sozinha nenhum segundo se quer.  

 - Já estou indo, vossa alteza.

 - Aarrgg... – desligou o telefone.

 Realmente Ally não esta bem hoje, é melhor eu correr...

    (...)

 Já estava em frente á casa da baixinha revoltada e colicada. Mandei uma mensagem dizendo que já estava na frente da porta e ela logo me respondei dizendo que já ia abrir.

 Tomei café da manhã em casa antes de sair. Passei no mercado e comprei um monte de porcarias que Ally ama: chocolates, salgadinhos, pipoca de micro- ondas de variados sabores, paçoca, sorvete, refrigerante e mais um monte de balas e doces da Fini e ainda passei na padaria da esquina para comprar a torta de morango dai aproveitei para pegar uma de limão também, vai que dá vontade e ela me mande buscar. Até parece que estou tratando de uma grávida e não de uma colicada. Passei na farmácia também para comprar uns remédios de cólica para ela. Já estou todo equipado para adoçar a fera de meio metro de altura.

 Ela abre a porta e se surpreende com a quantidade de sacolas que estou na mão e imediatamente abre o sorriso do gato da Alice e pula para me dar um abraço. Interesseira...

 Ela me ajuda a pegar as sacolas e coloca em cima da estante da cozinha, onde estavam Penny e Lester rindo de algo, provavelmente de nós dois.

 - Caramba em Ally! – começou seu pai – Faz seu namorado de escravo...

 - Você também era meu escravo quando namorávamos. Não se lembra, Lester? – Penny falou com altas risadas.

 - Fazia, é? Agora sei a quem Ally puxou – rimos nós três e a morena me olhou incrédula

 - Não acredito que estou ouvindo isso? – falou com a expressão chocada brincalhona – Eu te chamo para cuidar de mim e você me insulta.

 Levanto as mão em sinal de rendição ai eu me lembro que esqueci mais uma coisa no carro.

 - Vou até o carro. Na agitação esqueci que comprei mais uma coisa...

 Saio pela porta sem esperar respostas e Ally me seguiu esperando no batente da mesma. Aciono o controle e abro a porta do banco do carona onde está depositado um buque de rosas brancas que comprei na floricultura ao lado da padaria da esquina.

 Pego o buque e ando em direção até a morena que está com a boca aberta de surpresa e os olhos brilhando de emoção.

 - Que lindas, Austin! – ela cheira – Tem o mesmo aroma que o canteiro de rosas que minha avó tinha quando eu era criança. Obrigada!

 Ally me abraça com as rosas em suas mãos e ficamos assim um tempo, até ouvirmos um click de alguém tirando foto e olhamos imediatamente. Lester estava com sua câmera fotográfica de seu curso de fotografia e Penny estava logo atrás sorrindo.

 - Que lindos! Parecem até um casal tumblr... – Penny pulou animada.

 - Olha! Mamãe está sabendo das linguagens do momento... – Ally sorri e nos desvencilhamos do abraço.

 - Vou editar isso aqui e depois dou uma copia para vocês – Lester se virou e foi para a cozinha.

 - Espera pai. Deixe eu ver. – Ally foi atrás dele. Lester mostrou e ela sorrio – Ficou linda. Olhe Austin! – me chamou.

 Vi a foto e realmente estava linda digna de estar em meu plano de fundo do celular. Realmente, estávamos parecendo um casal tumbrl, estávamos lindo na foto.

 Depois disso, os pais da Ally foram trabalhar na Sonic Boom e eu e minha morena ficamos a tarde toda grudadinhos um no outro assistindo filmes. As vezes ela reclamava de dor, já dei remédio para ela e de vez em quando acariciava a barriga dela massageando a mesma. Foi uma tarde tranquila, fui embora assim que Lester e Penny voltaram. Tudo isso pode ser simples, mas ficou registrado em minha memoria com muito carinho.

  ...

 Sorri ao lembrar-me desta tarde, sempre é um prazer para mim cuidar de Ally quando ela estava doente ou sentindo algo. Olhei para trás ao me assustar com ela se mexendo na cama e felizmente foi apenas para se ajeitar. Virei involuntariamente á foto do lado ao contrario e vi que tinha algo escrito, e dava para perceber que era recente, pois a tinta da caneta vermelha não esta envelhecida. Estava escrito: “Só damos valor quando perdemos...”. Com toda certeza isso era recente.

 Pois é Ally Edgar Dawson, apenas damos valor quando perdemos...

 Deixei a foto em cima da estante de estudos do quarto e sai do mesmo do mesmo jeito que entrei seguindo para minha casa. A cada passo meu rumando para meu destino mais uma lembrança de nós dois se passava por minhas memorias.  

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo, e também espero que tenha comentários, favoritos, e recomendação...
Obrigada por lerem!!

Aqui vai os links das músicas...

* https://www.youtube.com/watch?v=VT1-sitWRtY Avril Lavigne - Wish You Were Here

* https://www.youtube.com/watch?v=fMMNrth246k Bea Miller - Young Blood


Beijos amores... Até semana que vem!!



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