As Aventuras de Merlin - Final alternativo escrita por Fatima Vargas


Capítulo 2
Cap. 2 – Em busca de Aithusa


Notas iniciais do capítulo

Merlin deixa Arthur em Avalon e vai tentar resgatar Airhusa



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643007/chapter/2

– Kilgharra, precisamos ir primeiro para o outro lado do lago. Tenho que encontrar os cavalos onde estavam as sacolas com minhas roupas e outras coisas que vou precisar. - falou Merlin montando no dragão.

– Sem problemas, sei onde estão os cavalos.

– Ótimo, então vamos.

Depois de encontrar os cavalos com as sacolas, trocar de roupa e pegar o que precisava para juntar com o que tinha trazido de Avalon, Merlin e Kilgharra se dirigiram para o Norte, longe das fronteiras de Camelot. Depois de três noites de viagem, pararam próximo a floresta de Grimond, nas Cavernas da Noite, onde Kilgharra havia dito que Aithusa estava escondido.

– Temos que fazê-lo sair. - disse Merlin.

– Você é o Senhor dos Dragões, Merlin – falou Kilgharra dando uma risadinha irônica. - Você deve chama-lo.

– Temo que ele não me obedeça. Afinal, fui eu quem matou Morgana.

– Merlin, nenhum dragão pode desobedecer ao seu comando, mesmo quando sabe que o que está pedindo é errado. - falou o dragão olhando diretamente nos olhos do jovem feiticeiro.

– Não precisa me lembrar disso. Devia ter te escutado. As coisas teriam sido diferentes.

– Diferentes sim, mas provavelmente o fim seria o mesmo. O destino de Arthur já estava traçado muito antes dele nascer, assim como o seu.

– Talvez, mas errei muito, quase pus tudo a perder...

– Não se culpe jovem feiticeiro. Tudo acontece por um motivo, mesmo que não consigamos entende-lo ou aceita-lo.

– Obrigado, velho amigo. Mas prometo prestar mais atenção aos seus conselhos de agora em diante.

– Não terei mais muito tempo Merlin, você e eu sabemos disso. Essa é a razão de estarmos aqui. Precisamos ajudar Aithusa para que, no futuro, ele possa ajuda-lo.

– Sei que isso é verdade, mas me entristece muito. Aprendi muito com você. Sem você e Gaius, eu estaria perdido.

– Foi um prazer te servir jovem mago. Agora temos que cuidar do nosso pequeno amigo. Vamos, chame-o.

– Certo. - Merlin se concentrou e começou a chamar por Aithusa

Passados alguns minutos, o jovem dragão saiu de uma das cavernas, olhando desconfiado para Merlin.

– Não tenha medo Aithusa, não quero te fazer mal.

O dragão fez alguns sons ininteligíveis, e sacudiu a cabeça negativamente.

– Quero te ajudar – disse Merlin – Preciso que você confie em mim. Conheço pessoas que podem tratar de você, talvez até ajudá-lo a falar. Não queremos que viva isolado, sozinho. Quero ser seu amigo.

Aithusa se irritou e lançou chamas em Merlin, que se defendeu e falou:

–”Num de ge dei s'eikein kai emois epe'essin hepsthai!”

O jovem dragão deu um passo atrás e abaixou a cabeça.

– Eu não estou mentindo quando digo que quero ser seu amigo. Sei que não acredita em mim por causa de Morgana, mas não havia outro jeito. Ela só tinha ódio dentro de si, não conseguia ver que, se ela ajudasse, as coisas poderiam ter sido diferentes. Não quero o seu mal, Aithusa, afinal fui eu que te encontrei, te nomeei. Só quero o seu bem. - falou calmamente.

Aithusa olhou Merlin nos olhos, como procurando algum sinal de mentira, mas não encontrou nenhum. Depois olhou para o Grande Dragão, que falou com ele.

– Ele fala a verdade Aithusa, só queremos te ajudar, queremos que você recupere pelo menos alguma coisa do que te foi tirado. Pode confiar nele, é um bom amigo.

Aithusa olhou novamente para Merlin, como que analisando a situação e acenou afirmativamente com a cabeça.

– Fico feliz que tenha aceitado nossa ajuda. Agora vamos. Temos um longo caminho até Avalon.

A viagem de volta foi mais lenta, porque Aithusa não conseguia voar longas distâncias sem descansar, mas foi proveitosa, pois ele começou a conhecer e confiar em Merlin. Durante esse tempo, o pensamento do rapaz tinha uma só direção: Arthur. Como ele estaria? Teria se recuperado? Teria morrido? Ele estava ansioso para chegar a Avalon e ao mesmo tempo, com receio do que iria encontrar lá. Cada dia que passava, sem que tivesse notícias de Avalon, aumentava a preocupação do jovem mago.

Na terceira noite da viagem de volta, um corvo apareceu trazendo uma mensagem. “Temos boas notícias, Arthur sobreviveu, mas precisamos conversar sobre isso. Quando chegarem à beira do lago, antes de vir para cá, deve procurar por um cavaleiro que está rondando o local. Ele está a sua procura. Diga-lhe que o Rei está vivo, mas que vai demorar um pouco para retornar a Camelot, pois está muito fraco e precisa se recuperar. Isso acalmará a rainha e a corte. Depois, pode vir direto para cá com Aithusa. Estaremos prontos para recebê-lo”. Merlin não sabia se ria ou se chorava. Arthur, seu amigo, sobrevivera, mas alguma coisa dizia que as coisas não eram tão simples assim. Bem teria de aguardar até a chegada à Avalon para descobrir.

A viagem durou mais dois dias. Quando chegaram às margens do lago, Merlin pediu a Kilgharra que olhasse Aithusa, e foi procurar o Cavaleiro. Não demorou muito a encontrar Sir Percival, que estava a procura deles por mais de 10 dias.

– Merlin, que bom te ver. E o Rei, como está Arthur? Todos estão muito preocupados com ele. Gwen está tentando ser forte, mas está desesperada.

– É bom te ver também, Percival. Bom acho que tenho boas notícias. Arthur está melhor, vai sobreviver - falou, notando a alegria e alivio no rosto do cavaleiro. - Ele irá demorar um pouco para voltar a Camelot, para poder se recuperar totalmente, mas pode avisar a Gwen e aos Cavaleiros, que Arthur está bem.

– Voltarei imediatamente com a notícia. Obrigado Merlin, aguardamos vocês. Até breve.

– Até breve, amigo.

“ “ “

Merlin, Kilgharra e Aithusa chegaram a Avalon ao entardecer. Merlin precisou tranquilizar Aithusa, que estava assustada com a presença de pessoas estranhas. Aos poucos o jovem dragão permitiu que Merlin, Kilgharra e Aimos o conduzissem até uma clareira na floresta que circundava Avalon. No caminho, o Alto Sacerdote foi explicando a todos o que eles tentariam fazer para ajudar. Ao chegarem, havia uma pequena cachoeira e uma caverna, para onde eles se dirigiram. Lá estavam outros sacerdotes, que aguardavam para começar a cuidar de Aithusa. Aimos sugeriu que Kilgharra ficasse para cuidar da asa que estava com problemas, no que foi atendido pelo Grande Dragão. Merlin despediu-se de Kilgharra e Aithusa, prometendo que assim que fosse permitido ele iria vê-los. E foi saindo com Eoin, quando Aimos o chamou.

– Emrys, hoje você deve descansar. Amanhã poderá falar com Arthur. Ele está dormindo agora, e precisa de todo repouso que puder. Amanhã irei busca-lo quando estiver pronto pra te ver.

– Obrigado Alto Sacerdote.

– Me chame Aimos, jovem feiticeiro. Somos iguais.

– Obrigado Aimos – falou Merlin se curvando. - Lhe aguardarei amanhã.

Eoin também se curvou e juntos saíram da caverna.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Essa foi a minha primeira fic. Espero que gostem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Aventuras de Merlin - Final alternativo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.