Garota Valente 2: Era de Ultron escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 10
Bônus: Krystal Rogers


Notas iniciais do capítulo

~IMPORTANTE~

Antes de tudo, a terceira temporada será a última e está quase no fim da faze de planejamento:

GAROTA VALENTE 3: GUERRA CIVIL

Estão tão ansiosos quanto eu?!

{Não andeis ansiosos por coisa alguma! Lembra de Filipenses!}

É um tipo diferente de ansiedade!

Pois bem, espero que tenham curtido a novidade!



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"Senhor, tire esse ódio de mim."

Essa era minha mais frequente oração. Há um ou dois dias que eu estou no Japão com a Helen Cho. Entediada, querendo fazer alguma coisa, acostumada com a vida de adrenalina da S.H.I.E.L.D. e meus amigos encrenqueiros. Saudade deles. Coulson me ligou umas mil vezes para saber se eu vinha e eu respondi que iria ficar para ajudar na merda (me desculpem mesmo por isso) que o Stark faz.

– Srta. Rogers! - chamou alguém.

– O que foi? - perguntei me virando. Era Cho.

– Não é aconselhável usar bonés em ambientes fechados.

– É uma touca. - respondi, a encarando séria.

– Sei que não queria estar aqui e nem se sente bem com essa coisa toda de Ultron e sei que se preocupa, não só com Merida e seu pai, mas todos eles. Estou muito preocupada com eles, principalmente Natasha. Mas seu pai te mandou para cá porque te quer segura.

– Por que principalmente a Nat? - questionei.

– Ela não chegou a contar? Achei que contaria na noite da festa!

– O que?!

– Ela... está grávida.

– Não brinca. - debochei... até perceber que ela estava falando a verdade – Isso é sério?!

– Sim, muito sério.

– Definitivamente ela é maluca. E eu achando que era uma das mais sensatas que eu conhecia.

– Eu não a impedi de ir porque ela falou que já havia lutado grávida antes, então eu fiquei preocupada, mas não fiz nada.

– Deveria! - reclamei.

Bufei e voltei meu olhar para a janela. Quem sabe o quinjent dos Vingadores passava por lá e meu pai diga "Hey, filha, derrotamos o Ultron! Quer dar uns socos na carcaça dele?". O que foi?! Não custa nada sonhar! Foi então que Cho me chamou para ir com ela até o Berço. No meio do caminho, encontramos com mais alguns cientistas. A tecnologia do prédio todo é, devo admitir, impressionante, mas não babei ou desacreditei do que via. Quem convive na S.H.I.E.L.D., geralmente, não se surpreende facilmente. Estavam conversando sobre alguma coisa, mas eu estava focada no meu celular. Peguei pouca coisa da conversa sobre o Berço, já que meu japonês é fraco. Foi então que eu e Cho entramos na sala e...

– Se gritarem, a sua equipe inteira morre.

Aquele ódio que eu tentava reprimir voltou à flor da pele. Um certo medo também, pois ele estava maior e mais assustador. Dei alguns passos para trás e encarei Cho em uma pergunta silenciosa "E agora?".

– Eu poderia ter matado você naquela noite. - ele continuou - Não matei.

– Quer um cartão de agradecimento? - ela perguntou.

– Espero que saiba porquê.

– Não lhe devemos gratidão. - afirmei.

– Você veio parar nessa confusão por puro acaso, mas pode ser bem útil. - afirmou.

– O que você quer? - a pergunta saiu com ódio.

A resposta foi silenciosa. Eu meio que já sabia a resposta. Ele deu alguns passos para o lado e confirmei a suspeita.

– O Berço. - deduziu Cho.

– Isso será um novo eu. - ele afirmou.

– Até onde eu sei, o berço cria tecido, não um corpo vivo. - falei confusa.

– Não se engane, Rogers, ela consegue. Só precisa do material. - afirmou enquanto um de seus droides estendia algo que parecia uma capsula com um metal bem familiar... o do escudo do meu pai. - É uma mulher brilhante, Helen. - afirmou, enquanto o droide se aproximava com o cetro do Loki para tocar o peito de Helen – Mas todos temos potencial para...

Foi interrompido por mim. Eu segurei o cetro, mas tomei uma pancada dele e ele continuou seu trabalho. Os olhos de Cho ficam negros e, em seguida, azuis, como Nat descreveu os olhos de seu esposo em uma conversa informal entre nós duas e sua filha. Depois disso, Ultron me encarou e disse:

– Você merece algo pior que isso. Além de ser filha de... você sabe quem, você ousou tentar me impedir. - olhou para um canto da sala e chamou - Crianças, um trabalhinho para vocês.

Os irmãos Maxmorff. Eu os reconheci dos arquivos da Hill. Os irmãos gêmeos aprimorados da Hidra. Andei para trás assustada.

– Deixa comigo. - falou a morena, Wanda.

Quando seus dedos que emitiam um brilho vermelho escarlate alcançariam meu rosto, seguro e tento dar-lhe um soco, mas ela é mais rápida, me jogando em uma ilusão...

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– Nós a resgatamos e é como nos agradece?! - perguntou Coulson furioso.

– Eu pediria uma chance para ela se explicar, mas acho que isso não tem desculpa. - afirmou Kate. - Eu só... esperava isso de qualquer um, menos ela.

– O que aconteceu? - perguntei.

– E... eu não consigo acreditar. - meu pai falou decepcionado.

Bom, há um tempinho eu estava em uma cela da S.H.I.E.L.D. e estavam o diretor, a agente Kate Hunter (uma prima de consideração) e meu pai. Foi logo depois que Merida, deprimida e decepcionada, apareceu também.

– Você nos traiu.

– Ma... mas eu nunca faria...

– Mas fez!

– Não!

Então fleches de memórias atingiram minha mente. Não eram memórias. Era o futuro. Heróis lutavam entre si. Meu pai e Stark pareciam querer tirar a vida um do outro. Merida chorava... haviam heróis que eu conhecia e que eu não conhecia. Mas o que mais me trouxe agonia foi Merida, quatro anos mais velha, chorando, que aparecia uma hora lutando contra o próprio pai e na outra, contra a mãe. Algo muito ruim estava para acontecer.

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Despertei sozinha, sem a ajuda da Maxmorff. Não entendo a razão. Acho que vi demais. Quando encarei o Berço, ele se abria e um ser quase completo é visível. Fingi ainda está na alucinação, mas prestei atenção em tudo.

– É lindo! - dizia Cho – Os átomos do vibraniun não são apenas compatíveis com as células do Tecido, se unem a elas. E a S.H.I.E.L.D. nunca imaginou que...

– A substância mais versátil do planeta, e usaram pra fazer um freesbi. - Não acredito que esse idiota chamou o escudo do meu pai de Freesbi! - Típico dos humanos. - falou caminhando até o cetro, ao meu lado. Chegou a achar que eu estava desperta, mas o consegui enganar – Eles arranham a superfície, mas nunca veem o que há por dentro.

Nunca imaginaria que o que estava dentro tinha a cor amarela, mas era uma pedra brilhante. Brilhante e amarela. A gema do cetro de Loki era algo muito além do que eu imaginava. Ultron simplesmente a pegou e a colocou no ser que era criado dentro do Berço.

Depois disso, ele pediu que Cho ligasse um aparelho no Berço e na "nuca" dele (me lembrando um filme que vi com Merida e Lion, Matrix Return). Os gêmeos continuam a sós em um canto conversando... estranhamente e aparentemente sobre Merida. Será que Pietro sabe que ela tem namorado? Deu a se entender que ele tinha caído por ela.

– A coesão celular vai levar algumas horas, mas podemos iniciar o fluxo de consciência. - falou Cho – Faremos uploading da sua matriz cerebral... agora.

– Eu consigo ler. - comentou Wanda, que parecia maravilhada - Está sonhando.

– Eu não chamaria de sonho. - falou Cho. Concordo. É uma maquina - É a consciência básica do Ultron. Fluido informacional. Logo...

– Logo quando? - a forma brusca como Ultron fala, me faz dar um passo para trás, assustada. Espero que não tenham percebido - Não quero apreçar ninguém.

– Estamos criando um cérebro físico. Não existem atalhos...

Minha atenção se volta para Wanda, que queria sentir ou algo assim seja lá o que fosse a coisa dentro do berço. Parecia calma ao toca-lo, mas então ficou tença e gritou. Seu irmão logo a abraçou. Isso não estava cheirando bem.

– Como se atreve? - perguntou desacreditada.

– Como me atrevo a que? - perguntou Ultron já e pé.

– Você disse que iria destruir os Vingadores. Que faria o mundo melhor.

– Ele será melhor. - afirmou.

– Com a morte de todos?

Foi aí que eu percebi a grandeza da situação. Cobri a boca e me apoiei na parede, e acho que isso chamou a atenção deles, quebrando meu disfarce. Ultron olhou para mim, depois olhou para eles novamente.

– Depois cuido dela. Continuando, a raça humana terá toda a oportunidade de melhorar.

– E se não melhorar? - perguntou Pietro.

– Pergunte a Noé.

A referência bíblica teria sido ótima, se não estivesse sendo usada para algo tão ruím. Não vou aceitar isso. Não quero que distorçam o que eu acredito. Não quero que usem a palavra de Deus para justificar atos tão devastadores, e olha que eu nem sabia o que ele queria.

– Não distorça o que eu acredito. - pedi (o disfarce já foi quebrado mesmo!) - Você é maluco.

– Houve mais de uma dúzia de eventos de extinção antes dos dinossauros terem o deles! Quando a Terra começa a se ajustar, Deus atira uma pedra nela.

– Mandei não... - dizia com fúria.

– Destorcer o que você acredita, eu já sei! - ele falou – Acredite em mim, Rogers, Ele lançará outra. Temos que evoluir.

– O que é isso? Só os fortes sobrevivem? - ironizei.

– Está começando a me compreender, Rogers. - ele respondeu.

– E quem decide quem são os fracos? - perguntou Pietro.

Wanda libertou Cho e me encarou como quem diz: "Estou do seu lado agora", o que é completamente compreensivo.

– É a vida. - respondeu Ultron rindo – A vida sempre decide. - Alguns sons foram ouvidos dos computadores e Ultron continua - Estão vindo. Podem matar a loirinha resmungona. O quinjent. Temos que sair daqui.

– Tá, um segundo. - falou Cho, na qual Ultron achava que ainda estava sobre seu controle.

Ela mexeu nos computadores, não sei o que fez, só sei que Ultron bufou e a matou, diante dos meus olhos. Pietro e Wanda me puxaram pelo braço e me levaram com eles enquanto Ultron os chamavam de crianças e pedia que eles o esperassem. Nos escondemos e quando ele passou pela gente sem nos ver, eles se levantaram e Pietro chamou:

– Vamos, Rogers. Temos que fugir. - ele falou.

– Tenho que ver se ela ainda está viva. É minha amiga...

– Mas Rog...

– Krystal. - corrigi – E obrigada por salvar minha vida.

Me virei e corri. Cho ainda estava lá, mas morta. Não pude fazer nada a não ser respirar em como solucionar meu probleminha. Eu sabia boa parte do plano, era só esperar. Ultron disse que eles estavam chegando, então era só esperar e então contar tudo o que eu sei. Meu pai demorou um pouco a aparecer, mas apareceu e correu para me abraçar.

– Krys.

– Pai.

Com o fim do abraço, ele perguntou: - Cho está...?

– Morta. Não consegui salva-la. Na verdade, fui mais vítima do que heroína.

– Vou te levar para um lugar seguro.

– Pai, o Berço tem um corpo e ele está se transferindo para ele. Mas o poder de verdade está em uma pedra nele... a coisa é muito perigosa. Não devem apenas destruir, mas evitar que a joia faça algum estrago. Com tecnologia alienígena não se brinca.

– Tenho que encontra-lo então.

– Estamos juntos nessa, pai.


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Notas finais do capítulo

Estou louca para acabar com essa fic e escrever a terceira temporada. Estou muito mais empolgada do que vocês podem sonhas! Espero que tenham gostado!