Promise escrita por MingMing2


Capítulo 8
Felicidade e escuridão: os dois extremos


Notas iniciais do capítulo

Já é a Quarta vez que tento postar este capítulo!
Fiquei esse mês longe de vocês porque tô num mês atribulado e corrido na escola. Lá vai hein!↓
"Não executarei o furor da minha ira; não tornarei a destruir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; não voltarei em ira."
(Oséias 11.9)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/642989/chapter/8

— Tigresa... Ai...

— Calma, Po, estou aqui.

— Ainda quero me desculpar pelo que aconteceu...

— Esqueça. Essa situação foi até boa. Podemos nos conhecer melhor!

— Sério? – :D

— Sim. Mas não agora, estou com meus pelos danificados e sujos, e essa roupa ficou manchada com as coisas que usamos na limpeza... E você deve descansar, depois eu venho te ver.

Eles já estavam na porta de seus quartos, os últimos do corredor da ala dos estudantes. Porta a porta.

A boa Tigresa levou o panda a seu quarto, o deitou com cautela, pois sentia muita dor. Ela deu um beijo na bochecha de Po, que ruborizou rapidamente, porém sorriu.

— Depois eu te vejo.

— ok.

—----

Vale da Paz. O harmonioso local de alegria estava agora destruído e escuro. Escombros e entulhos no chão, muretas e muros quebrados, cidadãos encolhidos chorando. Uma felina caminhava lentamente, com ar de superioridade. Um sorriso maligno estampava em sua face.

A chuva caia violentamente. Garça e Macaco observava tudo com tristeza e surpresa. Nunca tinha visto brutalidade tal qual esta. Brutalidade que deveria estar adormecida, mas agora, preocupavam com a população e a nova reputação que poderia vir à amiga.
A ave voa até dois coelhos filhotes encolhidos nos escombros. Chorando e perdidos.

— O que aconteceu aqui?

— "A mestle Tigueja. Ela bateu no mulo, im tudu issu". – Respondia a filhote que aparentava 4 anos de idade.

— N-n-não foi a mestre Tigresa. F-foi outra pessoa. – O primata Interveu.

— Não? — Interrogou o menino, que era mais novo do que a outra.

— Não? – Perguntou Garça, também em dúvida. A piscadela do primata o fez entender. – Nãããão. Era ela não. Era uma outra pessoa que se disfarçou dela, para que a culpa caia sobre ela. Mas nao é a Tigresa não. Ela está no palácio, se arrumando.

— Se arrumando pra que, tio "Garcha"? – O menino perguntou. Vendo que ficou sem resposta, Garça os pegou pelas assas, como braços, e sorriu.

— Ela ta se arrumando pro namorado dela! – Macaco comentou, pondo uma das patas na boca, encobrindo uma longa risada.

— Com quem? - Os olhos da menina brilhavam. Garça olhou para Macaco com um leviano e brincalhão sorriso, retribuído e responderam em uníssono:

— Po!

As crianças ficaram maravilhadas! Sorriram e então começou a interrogação intercalada:

— "Quando eles vão namolar e assumir plo mundo?" – Perguntou a menina.
— " Quando chelá o casamento?"
— "Podelemos ir?"
— "O Mestle Shifu deixo?"
— "Se eles tivelem filhos, selão tigues ou pandas? Tigues peto e banco ou panda peto e lalanza?"

Macaco e Garça começaram a rir, mais o primata do que a ave, pois colocaram a amiga numa pequena confusão.

— Primeiro, eles estão se preparando para assumir. Segundo, ainda não tem data pro casório. Terceiro, sim, poderão ir. Quarto, sim, ele deixou. Quinto, não sei. – Respondeu o primata.

Não demorou muito para os guerreiros devolverem as crianças perdidas aos pais. Também não demorou muito e a chuva estiou. Logo em seguida, os mestres correram atrás dela.

—----

—Aquelas imagens o atormentava. Já era noite quando Li Sheng tinha um pesadelo... Ou seria lembranças?_

— Você está bem?

— Sim, Dalai. Eu só não consigo me concentrar!

— Pare de pensar na panda. Ela já foi socorrida, levaram ela! Agora pense nos animais que ainda correm perigo! Você tá parecendo você em sua primeira missão. Tão inseguro quanto agora. – Exclamou o leopardo rindo. Uma voz familiar os assustaram.

— Este perímetro está limpo, agora vamos antes que nos matem!

— Sora?!

— Tio?! O que faz aqui?!

— Vim ajudar. Vamos.

A luta contra os lobos foi intensa, com a vitória dos felinos, mas não era motivo para comemorar. Era apenas uma parte... Ficaram minutos caminhando e vigiando, detendo focos da matilha, quando ficam em frente à vila dos pandas, totalmente destruído. A imagem chocava profundamente, vendo aqueles grandes corpos ensanguentados e caídos ao chão. Sem vida. Dado o exposto, Sora reuniu todos e pronunciou:

— Eu vou até a vila dos pandas, checar. Parece que já não tem mais vivos aqui, tanto que já não há aqueles carniceiros! – Disse o tigre bufando de raiva. – Vocês vão para a cidade deter os que estiverem lá, assim que estiver limpo, rondem Gongmen. Entendido? – Perguntou o felino experiente em batalhas, ouvindo um uníssono e alto "sim senhor!".

— Não!

— Comandante Deshi Wu Chen, estou estranhando suas atitudes. O que houve ?

— Tio, não vá! Algo de ruim vai acontecer!

— Você está muito nervoso. Acalme-se! Na guerra ou mata, ou morre. E eu ainda não morri! Mesmo como Comandante da guarda, Deshi, deve me obedecer, eu não deixo de ser teu tio. – Advertiu seriamente. Vendo que as orelhas e a cabeça do sobrinho abaixaram, Sora o surpreendeu.

Um cafuné na fronte, bem em sua marca central. Ao subir o olhar, Deshi vê seu tio como uma criança, com sorriso de canto a canto, mostrando todos os dentes:

— Já deu tudo certo!

As lágrimas do sobrinho nao se conteram e rolaram sem parar, como um enfante. Puxou seu tio num abraço forte e retribuído. Essa cena tocou os corações de quem presenciou.

— Agora vá.

— Sim senhor, mestre Sora!

E então o felino experiente se separou da tropa para vasculhar só o local.

Vizualisado cada casa, escombro e outros locais pertencentes a vila dos pandas original, estou uma humilde casa, que possuía um urso de pelúcia feito a mão, dentre os escombros próximo a porta. Sora não mexeu, apenas entrou. Vasculhou o que seria a sala, quarto e cozinha, quando acha uma portinha bem discreta, cujo a cama "tampava" a porta, entendeu ser uma passagem secreta, pois a cama estava fora do lugar. Entrando lá dentro, estava escuro, apalpando as paredes, viu que era um túnel, quando andando mais a frente a iluminação de uma vela vai melhorando as cenas vividas.

Era uma caverna subterrânea, que continha muitos pergaminhos. Sora não se conteve e leu o título de algumas, como a promessa do dragão guerreiro, a revolta de Shen, o ressurgimento de Kai e suas intenções, lições valiosas sobre Chi, técnicas de kung fu avançado, o futuro de alguns mestres de kung fu e a grande marioria eram profecias que se cumpriam pouco a pouco.

O felino estava distraído até um vulto aparecer na penumbra da vela. Mal sabia que um movimento em falso do tigre o levaria a morte.
—----
Tempo do imperador Syaoran:

— O quê que custa se conhecer? São jovens e nada os impede.

— Mas nunca a olhei assim. É algo inadmissível! – Repreendeu Dewei a seu irmão.

— O que digo não é apenas uma sugestão, Dewei e sim uma ordem! Vocês têm até uma semana para me mostrar os resultados. Caso contrário vão sair daqui, que como Xia disse, não terão lugar no palácio Âmbar.

— Podemos tentar Dewei.

— Fazer o quê, né?
Um grito foi audível em todo Palácio. Syaoran, Dewei e Xia saíram correndo até encontrar a Dona da voz. O imperador temia que fosse o assassino de Lin atacando novamente. Quando chegam até a sala de estar, fica tranquilo pelo fato não ser o assassino, mas por ser Fang Ying quem gritou, ele novamente fica nervoso.

— Qiu, o que houve?!

— Fang Ying entrará em trabalho de parto agora! Leve ela ao seu quarto.

— Chamem a parteira agora! — Gritou o imperador, já com a esposa soando frio, respirando ofegante. Gritando de dor a cada contração.

— Não dá tempo!

— Qiu, você ainda não sabe realizar partos. Cade a sua mestre? – Interrogou Syaoran nervoso, pondo sua esposa na cama.

— Olha só Syao, sua esposa está debilitada e a ponto de trazer seu filho ao mundo! Então se controle e deixe eu cuidar das coisas aqui. Se for atrapalhar, então vá AGORA lá pra fora! Ja! E mandem trazer panos e bacias com água quente.

— Tá! -_- — Pela primeira vez na vida, o irmão mais velho se rendeu às ordens da caçula.

— Vamos Ying, respira fundo! Aperta esses panos quando a dor vir e morda esse que colocarei na sua boca. – Ying só acatava. Ficava muito feroz a cada contração, que vinham cada vez mais fortes e com maior frequência.

Na sala, todos os homens estavam preocupados, sobretudo Syaoran e com excessão de Dewei que estava bem indiferente.
Cada grito de dor era um martírio para o imperador que não parava quieto. O último urro de dor foi o pior pra ele, seus irmãos, pai e tio o seguraram para não ir até lá. Quando Syaoran estava para se libertar do grupo de machos que o envolvia para não fugir, miados foram ouvidos, dando estaticidade a todos que estavam a sala. Cada miado, o cessar de gritos estonteantes, faziam do imperador um alvo vulnerável às lágrimas e abraços dos entes queridos.

Syaoran correu até o quarto. Via a esposa amamentando a primeira e única cria.

— Fang Ying... Qiu... – Syaoran falou, recebendo um abraço da irmã e após isso um beliscão. – Por que fez isso?!

— Por não acreditar em mim! E meus parabéns pela bela menina! É forte e saudável... Como o pai! rs – A caçula deu uma piscadela ao felino abobado.

— Amor...!

— Diga oi a sua filha, amor! – a tigresa estava orgulhosa, era linda a mais nova membra da família.

— Oi filha! Qual será o nome dela?

— Esperei chegar para decidir...

— Toda a família está aqui.

— Quero chamá-la de Lin! – A naturalidade da felina emocionou a todos.
—----
Tempo do dragão guerreiro:

— Você está bem?

— Bem melhor. Obrigado, Ti. – Po tomava outra sopa de macarrão, vendo a felina com as vestes antigas.

Eles não sabiam como quebrar o gelo. Até a boa parte da felina começar:
— Vamos brincar?

— Tigresa? Você me chamando pra brincar?! Ouo, é mesmo uma nova pessoa! E que tipo de brincadeira você pretende?

— Perguntas, ué.

— Primeiro as damas!

— Quando você foi a Vila dos Pandas, quis ficar lá de vez?

— Não. Eu amei meu pai e todos que eu conheci, mas não trocaria a vida que levo no vale da Paz por nada. – Um singelo sorriso foi esboçado na face do panda. Evidentemente, a boa parte da felina ficou muito feliz por esse depoimento. — Como você se sente longe da sua outra metade?
Tigresa ficou entusiasmada, sem a parte ruim dela, ela seria o que sempre quis de bom. Então ela sorriu e respondeu;
— Sem a minha parte ruim eu me sinto livre! Posso fazer o que o medo e a raiva impede! Posso ser feliz de verdade! – Seu sorriso ia de canto a canto, até parecia outra fêmea, era completamente diferente da original. — Aquela queda... – Começou, esperando o consentimento do panda sorridente – ... Você caiu de propósito, certo? – Perguntou e prosseguiu apenas quando ouviu um "uhum!" – Você queria fazer gracinha para os outros rirem de mim, ou...?

— ...Ou...?

— Estou sem graça! – Levou as patas aos olhos, dando uma risadinha.
— Começou, termina!
— Você queria que rissem de mim ou você queria me pegar de jeito? – A pergunta foi muito constrangedora ao Dragão Guerreiro, ele ficou muito vermelho e a risada sem fim da fêmea o deixava feliz, mesmo sem graça, porque não sabia o que responder.

Após os momentos de reflexão, Po se sentou com dificuldade em sua cama, com ajuda da amiga, e então respondeu:
— Eu queria ver sua reação, e sinceramente... Foi a melhor que você fez!

Após umas risadas, Po começou outra pergunta:

— O que a boa parte da Tigresa faria sem a má?

A felina se sentiu constrangida com a pergunta, então respondeu com outra:
— Quer mesmo saber?
— sim!
— Vale exemplo?
— Sim!
— Vou deixar bem claro que você deixou!
A tigresa se aproximou do panda e encostou seu focinho ao dele, dando um carinhoso beijo.
—----

Sora virou-se rapidamente e uma dor insuportável é perceptível em seu peito. Uma katana, cravada e afundada bem em seu coração. O assassino com olhos marejados de raiva observava sua morte.

— Li... Li S-Sheng... – Essas foram as últimas palavras de Sora Chen, um guerreiro incrível das terras de Tigre, que caíra morto e gélido no chão. O panda o olhava com tristeza. "Seria Tigre agora uma nova ameaça ao meu povo?", pensava o panda, que ali mesmo deixou o corpo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até breve ! (Ou não tão breve assim!)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Promise" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.