Ventos Opostos escrita por Unicórnio Radioativo


Capítulo 2
Capítulo 2 - Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Eu terminei ontem essa coisa, mas não consegui postar .-. sorry
Espero que esteja bom, né huehue na vdd eu terminei anteontem, mas tava ruim, aí eu reescrevi. Desculpem pela demora :c



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– Riven!

– NÃO! - a general tossia, evitando respirar o gás tóxico de Singed. Ela estendia a mão para o companheiro caído no chão, tentando o salvar, mas não tinha como. Nem mesmo sua espada negra, ornada com hipnotizantes runas verdes de poder que a permitiam controlar um pouco do vento e o usar como arma, pôde dissipar a massa de gás que se acumulava. - Rin! Aguenta... firme! - Riven disse, tentando achar o corpo de Rin.

– Por favor... - ela ouviu apenas os murmúrios sufocados do companheiro enquanto ele era intoxicado e morto pela névoa venenosa. Riven sentiu uma dor imensa em seu peito, combinação da forte névoa de gás venenoso e da tristeza de perder o companheiro. Ela sabia que logo iria morrer intoxicada, mas, quase como um milagre, ela conseguiu correr para fora da armadilha venenosa de Singed.

Então, se escondendo atrás de um tronco caído, provavelmente vítima de algum noxiano destrambelhado e forte pacas que derrubara com uma ombrada, ela observou a batalha se desenrolar. Abraçava forte o cabo de sua lâmina negra, como uma criança ioniana deveria estar segurando seu ursinho de pelúcia ao ouvir o som da batalha. Ela soltou uma risada, percebendo que agira da mesma maneira quando os noxianos invadiram a sua "casa", um orfanato esquecido de Noxus, para arrastar os pirralhos inúteis para a batalha quando tinha sete anos.

Internados numa organização especial para jovens guerreiros, Riven era a mais forte e a mais disciplinada. Não tinha piedade nem medo de sangue, por isso foi rapidamente levada ao Conselho de Guerra de Noxus e apresentada como "jovem prodígio", e teve um treinamento ainda mais rigoroso, por qual ela passou com facilidade. Quando atingiu a maioridade, foi subindo rapidamente de posição; de sargento para tenente, de tenente para capitã, e assim foi indo, até se tornar uma general e receber a sua espada negra, maior até mesmo do que ela e mais pesada que um escudo. Exatamente como ela gostava.

Mas a guerra que se seguiu após o ganho de sua espada não foi do jeito que ela imaginara. Não... não era uma guerra. Era um massacre causado pelas máquinas de guerra zaunitas, pelo bombardeio vindo do navio de Sarah Fortune dilacerando todos que tentavam fugir pelo mar e pela linha de frente noxiana. Riven havia sido treinada para uma batalha, não para... aquilo.

Ela observou os corpos caindo no chão, o sangue manchando o solo de escarlate, os órgãos de homens e mulheres de várias nações criando um campo minado orgânico politicamente incorreto, a névoa roxa e tóxica de Singed infestando o ar... Riven, agarrando sua espada negra, correu para a floresta, com lágrimas em seus olhos por abandonar a nação que dedicara sua vida inteira à proteger. A risada de Singed ainda ecoava em sua mente, assim como seus batimentos cardíacos. Ela estava se exilando.

– Não! - Riven exclamou, se levantando brutamente. Sem entender o que tinha acontecido, ela olhou em volta. Uma floresta tranquila. Era noite, e a Lua brilhava esplendorosa no céu negro e polvilhado com estrelas. Suas vestes eram muito simples, e sua gloriosa armadura noxiana havia sumido. Sua espada grandiosa que tanto amava estava quebrada, e estava sozinha. Aonde estavam seus companheiros de batalha? Aonde estava?

Então, Riven se lembrou. Lembrou de que faziam seis anos que se exilara, de que havia abdicado do cargo de general, de que tudo que restava de sua armadura era uma simples ombreira e uma de suas caneleiras, que havia quebrado sua espada em um protesto e uma tentativa frustrada de esquecer o que tinha feito, que seus companheiros Rin, Valkiria, Martínez e Vladmir haviam morrido naquele massacre. Havia sido apenas mais um sonho. Apenas mais um sonho que a atormentava.

– Por quanto tempo eu ainda vou ter que aguentar esses pesadelos? - a moça disse, agarrando o cabo de sua espada e o apertando contra o rosto. Ela fez um corte em uma das coxas, mas não ligou. - Eu já sei que o meu passado me condena. Já aprendi que a violência só gera mais violência. Já aprendi minha lição. Então por que eu não consigo, por que não posso me livrar desses sonhos? - Riven murmurou, começando a chorar. Aquilo a atordoava, a ameaçava, a amendrontava. Ela odiava lembrar daquela guerra horrível que mais havia sido um massacre que dominara as províncias de Navori, Galrin e Shon-Xan para Noxus e que matara quase metade da população ioniana. Mas as lembranças daquele dia de terror ainda a amendrontavam. Ainda a assustavam. Ainda a faziam querer se redimir, esquecer de seu passado.

Mas ela tinha que seguir em frente. Ela tinha que continuar. As suas asas quebradas ainda podiam ser reforjadas, assim como seu propósito.


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Notas finais do capítulo

Explicação de alguns termos:
> Corrigido o nome certim das provincias dominadas por Noxus segundo a lore: Navori, Galrin e Shon-Xan
—--
Vladmir não é o tio Vladimirtilo, não se confundam -q
Eu sei que esse ficou meio "filler", mas o próximo vai ser mais legal (e espero que mais longo, se eu não tiver um bloqueio criativo), juro



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