Fallen From The Sky escrita por Tia Ally Valdez


Capítulo 30
Momentos Guardados para Sempre na Memória


Notas iniciais do capítulo

Olá, anjinhos! ^-^
GÊMEA! MEU DEUS! TU QUER ME MATAR COM SUA RECOMENDAÇÃO MARAVILHOSA? *u*
CAPÍTULO ESPECIALMENTE DEDICADO À MARYDIÂNGELO PELA SUA RECOMENDAÇÃO DIVÁSTICA! :3
Eu espero que gostem do c ap tanto quanto eu gostei de escrevê-lo! É sério: O FINAL DO CAP FICOU TÃO MARAVILHOSO QUE QUERO IMPRIMI-LO E COLAR NA TESTA!
Fiquem com o cap!
P.O.V do Anjo da Terra mais maneiro da história dos anjos da Terra! :3
Enjoy it! ;)



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Nico

 

Suspirei baixo ao me olhar no espelho e me ver vestindo roupas que nunca pensei que vestiria em toda a minha vida. Felizmente, a Cidade de Cristal parecia detestar calças apertadas tanto quanto eu (mas confesso que senti falta dos bons e velhos jeans), então não foi tão difícil encontrar algo para vestir. Lembrei-me do aviso de Zeus e peguei Umbra, vendo se a bainha que me deram era boa o suficiente para manter a espada em minhas costas. Havia acabado de embainhar a espada quando ouvi batidas leves na porta. Um guarda a abriu e avisou que Thalia estava entrando.

Não contive um sorriso ao vê-la. Estava incrivelmente linda no vestido que usava. A postura me fez lembrar, mais uma vez, uma verdadeira princesa. A tiara brilhava em contraste com os cabelos negros.

— Oi... – Ela disse, vindo em minha direção e ajeitando a camisa. – Está lindo.

— Você está maravilhosa, Lia – Elogiei, sorrindo ao ver Thalia me agradecer com um sorriso. – Devo acompanhá-la?

Thalia riu baixo.

— Bem... Você me salvou... – Ela parou para pensar. – Ou eu salvei você. É um pouco confuso...

RI baixo.

— Acho que nós dois nos salvamos. – Falei por fim, tocando seu rosto. Thalia fechou os olhos levemente com meu toque e, antes que eu a beijasse, batidas soaram na porta e nos separamos num pulo.

Era Isabelle, que tinha um pequeno sorriso de canto.

— Suponho que queiram ficar a sós... – Brincou. – Mas, infelizmente, Thalia tem seus deveres para com o reino. E você também, Nico.

Sorri levemente e, cordialmente estendendo meu braço para que Thalia o segurasse, saí do quarto.

Fizemos um longo caminho pelos corredores. Thalia conversava comigo. Às vezes falava sobre sua vida no palácio. Outras vezes sobre o baile e outras sobre como anunciaríamos que estávamos juntos.

— Talvez nem seja preciso... – Isabelle disse. – Como o próprio Leo diz, vocês praticamente se comem com o olhar.

Thalia corou levemente ao mesmo tempo em que eu senti meu rosto esquentar. Isabelle riu baixo e terminamos o caminho até um enorme salão, cujo teto abobadado mostrava a noite do lado de fora. Inúmeros anjos se encontravam do lado de dentro, o que me fez perceber que aquele salão tinha que ser realmente grande se Zeus quisesse convidar toda a Cidade de Cristal para uma festa. Músicos se encontravam um pouco mais afastados, porém (acho que por magia), a música ecoava por todo o salão. Duas grandes portas estavam abertas para o exterior, onde mais anjos se encontravam. Cristais luminosos brilhavam, iluminando o lado de fora. Thalia se afastou de mim por alguns momentos para cumprimentar cordialmente seu pai, que se encontrava no topo de uma escadaria, vendo todos os convidados que entravam. Zeus sorriu quando viu sua filha. Depois se levantou.

— Senhores convidados! – Anunciou. – Sejam bem vindos ao grande baile, feito principalmente para homenagear o retorno de minha filha e a tão esperada vinda do Anjo da Terra! – Aplausos ecoaram pelo salão conforme até mesmo os músicos permaneciam em silêncio para ouvir o que Zeus tinha a dizer. – Eu peço a todos vocês que, por uma questão de segurança para a Cidade de Cristal, cumprimentem minha filha, a herdeira do trono de cristal, Thalia Grace. – Ele voltou a se sentar com um pequeno sorriso. – E, por favor, aproveitem a festa!

Assim que a música voltou a tocar, todos os anjos, um por um, caminharam até Thalia para cumprimentá-la. Coloquei-me próximo a ela, caso algo desse errado ou alguém tentasse feri-la. Passamos um longo momento parados ali até que quase todos os convidados tivessem cumprimentado Thalia.

— Faltam muitos? – Perguntei em voz baixa e Thalia riu baixo.

— Não, Nico. Não faltam muitos... – Ela cumprimentou mais um dos convidados olhando profundamente em seus olhos. – Aproveite a festa. – Thalia sorriu para o rapaz que a cumprimentara. Depois se apressou a cumprimentar o próximo convidado, o que me fez pensar se ela não estava tão ansiosa quanto eu para que aquilo acabasse logo.

Os últimos convidados finalmente se aproximaram e Thalia suspirou pesadamente após cumprimentá-los. O possível assassino não estava pelo baile, o que nos daria um trabalho ainda maior, pois provavelmente teríamos que verificar casa por casa no reino, o que não seria uma coisa fácil e rápida.

— Aproveitem a festa, convidados! – Thalia anunciou antes de caminhar comigo até o lado de fora. Talvez, se ninguém anunciasse nada sobre nós dois, pensassem que eu era o guarda-costas de Thalia ou algo do tipo, embora sua postura e seu modo de andar fizessem parecer que Thalia jamais precisaria de um guarda-costas. – O que está achando?

— Desse lugar? – Perguntei. Thalia assentiu. – Achei maravilhoso. Bem melhor do que lá em baixo. As pessoas daqui são mais agradáveis... Gentis.

Thalia sorriu levemente.

— Por isso que não costumamos descer à Terra... Os anjos têm medo de serem corrompidos pela crueldade humana. – Ela suspirou. – Eles não conseguem ver o lado bom da Terra. As pessoas que ajudam. As pessoas gentis. – Seus olhos se voltaram para mim. – Pessoas como você.

Sorri de canto. Queria muito abraçá-la, mas sabia que chamaria atenção demais. E Thalia queria anunciar formalmente que estávamos juntos. Eu entendia completamente, mas não seria mentira dizer que eu estava agoniado, louco para beijá-la.

— Que fofa! – Brinquei. Thalia riu. – Se bem que ainda acho meio estranho esse negócio de ser anjo... Sabe, há um tempo eu era um garoto normal vivendo uma vida normal, com uma mãe normal que adorava ouvir Andrea Bocelli todos os dias...

— Na verdade... – Thalia começou, rindo baixo. – Andrea Bocelli é um anjo também.

Arregalei os olhos, o que fez Thalia começar a rir.

— Então minha mãe esfregava o mundo dos anjos de maneira indireta na minha cara esse tempo todo? – Questionei, fazendo-a rir mais alto. Ainda estávamos conversando quando um grupo de jovens caminhou até nós.

— Alteza! – Uma menina chamou. – Venham dançar conosco no círculo!

Thalia sorriu. Depois segurou meu pulso, caminhando até onde alguns jovens formavam um círculo. Uma música agradável ecoava pelo ambiente e Thalia sorriu levemente para mim conforme era a primeira a ir para o centro do círculo. Outro rapaz foi junto e ambos se cumprimentaram. Depois começaram a dançar por um curto período de tempo, encostando suas palmas uma na outra. Sem tirar os olhos um do outro. Sorri levemente quando o rapaz, pela segunda vez, beijou o dorso da mão de Thalia, que lhe lançou um olhar que claramente dizia “não foi dessa vez” enquanto ambos voltavam ao seu lugar. Uma das garotas parecia mais do que ansiosa em dançar comigo. E confesso que foi cômico quando eu fui para o centro do círculo e ela apressou-se em ir também. Cumprimentei-a da mesma maneira que o rapaz cumprimentara Thalia e, enquanto dançávamos, comecei a me perguntar se era para esse propósito que minha mãe me dava aulas de dança quando eu tinha seis anos e meu pai me inscrevera numa academia onde tive aulas de dança de salão, de onde saía dançando mais que Antonio Banderas no filme “Vem Dançar” e praticava com Hazel durante nossas noites em casa, o que fazia minha irmã ter uma crise de risos enquanto tentava me acompanhar.

Depois de muitas danças, finalmente cheguei a ela. Era a minha vez de dançar com Thalia. De sentir sua pele macia contra a minha. De olhá-la no fundo dos olhos azuis e ficar sorrindo que nem um idiota.

Cumprimentei-a com toda a cordialidade possível e, logo que senti sua mão contra a minha, começamos a dançar. De maneira lenta. Sem tirar meus olhos dos dela. Eu já imaginava que os anjos ali tivessem certeza de que Thalia era o amor da minha vida. E eu o dela, porque não parávamos de nos encarar. E muito menos de sorrir bobamente um para o outro. Ela era linda. A mais bela garota que eu já vi em toda a minha vida. E eu a amava. Com toda certeza. Meu coração pertencia a ela. E eu esperava com todas as minhas forças que fosse o seu coração que eu imaginava que pertencia a mim.

Quando a dança acabou, cumprimentei-a novamente, beijando com todo carinho possível o dorso de sua mão, desejando que fossem seus lábios, antes de nos afastarmos.

— Vocês formam um lindo casal. – A menina ao meu lado sussurrou. – Tenho certeza de que governarão a Cidade de Cristal como ninguém jamais governou.

Sorri levemente, agradecendo-a em silêncio. Cumprimentamos uns aos outros novamente e a garota que estava ao meu lado saiu junto com o primeiro rapaz que dançara com Thalia, enlaçando seu braço no dele e caminhando até o jardim que se estendia à nossa frente. Thalia sorriu levemente ao meu lado. Depois caminhou comigo até uma parte afastada dos jardins, ainda iluminada por cristais. Uma sacada à nossa frente dava uma vista maravilhosa para as nuvens abaixo de nós. Era uma sensação engraçada a de estar em cima das nuvens, sem estar dentro de um avião ou no topo de uma montanha. Você espera abrir a janela e fitar as ruas cheias de carros abaixo de você. Mas, de qualquer forma, eu amava a sensação de abrir a janela e fitar o mar de nuvens abaixo de mim. Thalia sorriu levemente e fez um gesto.

Assim que seu braço se moveu, as nuvens abaixo de nós se moveram também, revelando as luzes da cidade abaixo de nós. Sorri levemente com isso e me imaginei lá embaixo, fitando os céus e observando apenas nuvens, imaginando se haveria algo – ou alguém – me observando de volta. E, incrivelmente, eu estava certo.

— Eu costumava observar a Terra daqui de cima... – Ela comentou com um pequeno sorriso. Ri baixo.

— Eu costumava observar os céus de lá de baixo – Comentei, fazendo-a rir baixo também. – Eu às vezes imaginava se não teria alguém me observando, sabe? Alguém olhando daqui para a Terra, talvez imaginando se estava visível ou se algum dia alguém o veria também... – Ergui meu olhar para encará-la e Thalia sorriu, segurando discretamente a minha mão. – Será que estávamos olhando um para o outro esse tempo todo...

— Sem saber? – Ela concluiu minha pergunta e eu sorri. – Talvez sim... Mas sempre devemos esperar que o Tempo aja, em conjunto com o Destino. Tudo vem ao seu tempo e de acordo com seu destino. – Ela olhou em meus olhos. – Mas eu acredito que meu destino sempre foi conhecer e me apaixonar por você... E quer saber? – Ela sorriu. – Eu não me arrependo nem por um segundo. E faria tudo exatamente igual.

Sorri de volta, não conseguindo conter a insistente vontade de beijá-la. Thalia olhou em volta, vendo se não havia ninguém nos observando, e ergueu-se na ponta dos pés, beijando-me ardentemente por um longo momento. Longo o suficiente para eu relembrar o sabor dos seus lábios. Para eu puxá-la para perto e sentir seu corpo junto ao meu. Para eu sorrir imensamente de encontro aos seus lábios enquanto aprofundava o beijo cada vez mais.

Quando nos separamos, Thalia sorriu. Os olhos ainda estavam fechados. A respiração ofegante e o coração disparando de encontro ao meu peito. Sorri com isso e dei-lhe um selinho.

— Vamos voltar? Precisamos anunciar nossa união... – Thalia sorriu. – Quero que todos saibam que eu amo e sempre amarei você. Apenas você.

Devolvi seu sorriso e notei que o batom de Thalia nem sequer borrou durante o beijo. Então até os anjos conhecem o batom 24h?

Por fim, entrelacei meu braço no de Thalia e caminhamos na direção do interior do castelo, onde a maioria dos convidados já se encontrava. Penas nas cores branca, cinza e preta se espalhavam pelo chão. Vozes ecoavam por todos os lados e vários convidados nos cumprimentavam de maneira formal e educada.

Segui-a até as escadas que davam para o trono de Zeus, que se levantou, pedindo silêncio.

— Caros convidados! – Chamou. – É com muito prazer que anuncio a vocês que minha filha, Thalia Grace, a herdeira do Trono de Cristal, está prometida ao Anjo da Terra!

Sorri radiantemente quando Thalia segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. Seu sorriso era tão grande quanto o meu quando os convidados comemoraram com aplausos. As pessoas abaixo estavam tão alegres quanto nós. Talvez porque o fato de a herdeira ter alguém para governar ao seu lado lhes trouxesse mais esperança contra os perigos que nos cercavam.

Foi só pensar nos perigos que pude ver, entre os convidados, o estranho e familiar rosto de Lee. Estranhei o fato de Thalia não tê-lo reconhecido, ou de ele não ter cumprimentado Thalia, como os outros convidados.

No entanto, num movimento rápido, Lee puxou uma faca das vestes e a lançou na direção de Thalia. Mas eu fui mais rápido: puxei Umbra e bloqueei o golpe num rápido movimento. Os convidados gritaram, assustados. Thalia arregalou os olhos, fazendo surgir um arco em sua mão.

— Boa noite... – Lee fez uma referência de maneira debochada. – Vocês nem notaram minha presença... Fiquei um tanto decepcionado.

Segurei Umbra com firmeza.

— Seu líder está morto, Lee! – Avisei. – Vá embora enquanto pode!

Tudo o que Lee proferiu foi um riso debochado.

— Luke pode estar morto... Mas Cronos ainda pode ser desperto! E é a ele que seguirei! E vou mostrar minha lealdade matando a herdeira e drenando todo o seu sangue!

Lee avançou primeiro, indo para cima de Thalia. Coloquei-me à sua frente, deixando que minhas asas surgissem. Depois o agarrei pela gola da camisa e o joguei na direção das portas abertas.

— Todos para dentro! – Avisei aos que estavam do lado de fora, que não tardaram a correr para dentro do palácio, cujas portas foram fechadas e bloqueadas por guardas. Lee rosnou e tentou avançar para cima de mim novamente. Bloqueei seu golpe com uma incrível facilidade. Depois revidei, fazendo um corte em seu rosto. Lee rosnou de dor. Depois chutou com força meu abdômen. Ofeguei, sentindo meu ar faltar por alguns instantes.

Antes que Lee me golpeasse uma segunda vez, condensei as sombras ao meu redor para que me protegessem, como um escudo. Ele gritou de ódio, socando meu pequeno escudo improvisado, não surtindo nenhum efeito. Ri baixo com isso e me livrei das sombras, bloqueando um golpe claramente mortal e golpeando Lee de volta.

— EU VOU MATAR VOCÊ! – Ele disse, me golpeando outra vez. Bloqueei seus golpes com facilidade. – E VOLTAREI COMO O COMANDANTE DE CRONOS! ELE NÃO HESITARÁ EM ME ACEITAR EM SEU EXÉRCITO!

— Você fala demais! – Debochei e, com um gesto, sombras envolveram Lee, que gritou de ódio. Chutei-o com força e ele atingiu o chão dos jardins.

Logo, as portas foram abertas e Thalia passou por elas, sendo seguida por Zeus. Lee estava de joelhos, imobilizado.

— Levem-no para interrogatório. – Zeus ordenou. Os guardas assentiram e abaixaram-se, contendo Lee com firmeza e arrastando-o até uma área afastada do salão. Os olhos do líder da Cidade de Cristal voltaram-se para mim. – Fez bem, Nicholas.

Sorri levemente, embainhando Umbra novamente.

— Tudo pelo bem dos anjos. – Eu disse. Thalia chegou ao meu lado com um pequeno sorriso.

— Está mais forte do que antes. – Ela disse, sorrindo. – Você é incrível.

— Sou é? – Ergui uma sobrancelha. Depois adentrei o castelo junto com Thalia. Os convidados ao redor me receberam com muitos agradecimentos e congratulações. Sorri levemente, cumprimentando a todos com educação e formalidade. Depois caminhei com Thalia até o centro.

— Nada mais justo do que uma dança antes de finalizarmos a noite, não? – Sorri. Thalia devolveu meu sorriso. Depois fez um gesto para os músicos.

Com um gesto do irmão de Thalia, Apolo, os instrumentos ali presentes desapareceram e deram lugar a um lindo piano. Um dos músicos permaneceu ali e sentou-se de frente para o piano. Uma jovem subiu logo depois. A melodia logo preencheu o ambiente. E eu não contive um sorriso ao reconhecê-la.

— Sério? – Encarei Thalia quando comecei a guiá-la pelo salão. – Elvis Presley?


Homens sábios dizem
Que só os tolos se apaixonam
Mas eu não consigo evitar
Me apaixonar por você

— Acha mesmo que Elvis era um mortal comum? – Thalia sorriu. – Onde acha que ele conseguiu aquela voz e beleza? – Ela ficou em silêncio por um momento, como se algo lhe ocorresse, e arregalou os olhos.


Eu deveria resistir?
Seria um pecado
Se eu não consigo evitar
Me apaixonar por você?

— O que houve? – Questionei, me aproximando dela. Thalia me encarou por um longo momento e apenas sorriu.

— Nada... Só me lembrei de um sonho muito bom. – Ela sorriu, olhando em meus olhos. – Esse momento é perfeito.


Como um rio que corre
Certamente para o mar
Querida assim vai
Algumas coisas
São destinadas a ser

Sorri, puxando-a para perto de mim enquanto a música nos envolvia cada vez mais. Dançamos até o fim. E eu fiz questão de sussurrar seu nome, ouvindo-a sussurrar o meu em resposta. Assim como fiz questão de tomar seus lábios para mim e dizer, com toda a verdade do mundo, que a amava. E seu sorriso fora tão puro. Tão verdadeiro e tão belo, que não pude conter a vontade de lhe beijar uma segunda vez quando ela disse que me amava.


Pegue minha mão
Tome minha vida inteira também
Porque eu não consigo evitar
Me apaixonar por você

E para onde fomos?

Para um lugar que pertencia apenas a nós. Onde apenas nós dois pudéssemos estar. Onde pude ter o prazer de beijá-la com todo o amor que pude. De puxá-la para mim enquanto via seu vestido deslizar pelo seu corpo e se perder pelo chão de meu quarto. Onde pude apreciar a beleza que apenas o seu corpo conseguia ter. Onde permiti que suas mãos deslizassem pela minha pele enquanto ela se livrava da minha camisa. Onde pude deitá-la sob mim e beijá-la ardentemente. Um beijo que ela, e apenas ela, poderia receber.


Como um rio que corre
Certamente para o mar
Querida assim vai
Algumas coisas
São destinadas a ser

Eu amava Thalia. E amava momentos como aquele: momentos nos quais nossos corpos nus chocavam-se um contra o outro em meio à escuridão. Momentos em que eu podia sentir cada pedaço de sua pele de encontro à minha. Momentos em que eu tinha o prazer de tocá-la e de senti-la sob (e sobre) mim. Momentos apenas nossos. Momentos que ficariam guardados apenas para nós. Momentos em que eu sussurrava seu nome, sentindo-a reagir sempre positivamente à minha voz e sussurrar meu nome também, obtendo uma reação totalmente positiva à sua voz doce. Momentos em que eu fazia meu máximo para que ela sentisse todo o prazer do mundo. E para que ela sentisse, visse e soubesse o quanto eu a amava. O quanto eu amava aqueles momentos apenas nossos. O quanto eu amava seu som. E, de algum modo, eu sabia que ela amava o meu.

— Thalia... – Consegui, após longos e árduos esforços, pronunciar seu nome, entre tantos outros sons confusos que se perdiam em meio à escuridão do quarto.

— Nico... – Ela respondeu. Aquela era a única palavra que seus lábios conseguiam pronunciar entre tantos outros sons, igualmente perdidos na escuridão, mas guardados para sempre na memória.


Pegue minha mão
Tome minha vida inteira também
Porque eu não consigo evitar
Me apaixonar por você

E eu amava momentos nos quais eu a envolvia em meus braços e tocava seu rosto, baixando meu olhar até que meus olhos encontrassem o par de safiras que eram os seus, que possuíam um intenso brilho de excitação, satisfação e prazer. Amava momentos nos quais eu me aproximava dela. Próximo o suficiente para sussurrar:

— Eu amo você.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Gostaram tanto quanto eu? Morreram com esse final fofinho? Quem aqui lembrou do sonho que a Thalia teve no cap 9? Quem teve que ir até o link pra ver? Auhauahha! :3
Eu realmente espero que tenham gostado! ;)
Nos vemos no próximo cap! ;)
Mais uma vez, obrigada MaryDiÂngelo, minha gêmea maravilhosa! :3
Bjoks! *3*



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