Fallen From The Sky escrita por Tia Ally Valdez


Capítulo 31
Thalia Recebe o Melhor Presente que Pude Dar


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, ANJINHOS! :3
TÔ CORRENDO CONTRA O TEMPO AQUI PARA POSTAR NO ANIVERSÁRIO DO NOSSO QUERIDO FILHO DE HADES, PIPOQUINHA DI ANGELO, ANTES DA MEIA NOITE! :3
Pois é, gente... Estamos chegando ao final... O próximo cap já é o epílogo... E eu nem preciso comentar sobre o quanto a presença de vocês foi importante para mim, não é?
Vamos deixar os agradecimentos para o último cap, onde deixarei não um adeus, mas um até logo... Até porque a segunda temporada está vindo aí! :3
Bom, fiquem com o cap!
E tentem não chorar tanto quanto eu chorei! :')
P.O.V do Nico! :3
Se quiserem uma dica, eu escrevi esse cap enquanto ouvia Just Breathe, da banda Pearl Jam! :3
Enjoy it! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/642554/chapter/31

Nico

 

A única coisa mais constrangedora do que ser flagrado nu com a sua namorada é ser flagrado pelo irmão dela nessa situação.

O sol já estava nascendo quando a porta foi aberta por um dos guardas que a guardava e Apolo surgiu na mesma, ficando imediatamente constrangido ao ver que sua irmã descansava suavemente – e desprovida de roupas – em meus braços.

— Ah... Desculpe. – Ele disse. Corei violentamente, mas assenti. – Eu vim chamá-los para o café.

— Obrigado – Agradeci e Apolo, com um rápido movimento da cabeça, saiu do quarto. O guarda pediu desculpas e fechou a porta, um som que fez com que Thalia, aos poucos, acordasse.

— Nico? – Murmurou, sonolenta. Sorri levemente ao vê-la assim e dei-lhe um selinho. – Bom dia... – Um sorriso doce surgiu em seu rosto.

Buongiorno, mia bella... – Murmurei, sorrindo ao ver seu sorriso crescer.

— Eu amo quando você fala italiano... – Ela disse, fechando os olhos levemente e me abraçando sob as cobertas. – Fala de novo...

Ri baixo.

— Bom saber que você gosta... – Eu disse, me aproximando dele para sussurrar muito próximo ao seu ouvido. – Buongiorno, mia bella.

Thalia sorriu radiantemente e me beijou outra vez, se levantando e percebendo que, como estava em meu quarto, não havia nenhuma roupa para que pudesse usar.

— Droga... – Murmurou baixo, levemente corada ao ver que eu a observava. - Pare de olhar!

Ri baixo e a vesti com sua calcinha. Depois abaixei-me e coloquei minha cueca e minhas calças. Vesti Thalia com a minha camisa e, em seguida, viajei pelas sombras até seu quarto, deixando-a sentada na beira de sua cama e assustando a garota que entrava ali no momento.

— Perdoe-me, alteza! – A garota disse. E eu reconheci Rachel. – Seu pai pediu para que eu viesse lhe chamar e quando entrei você não estava aqui!

— Não se preocupe, Rachel. – Thalia sorriu docemente. – Pode me ajudar com meu vestido?

Rachel travou por um momento.

— Eu... Você quer a minha ajuda? Eu sou apenas uma feiticeira! – Ela percebeu minha presença e corou levemente. – Ah... Eu não tinha te visto aí... Desculpe.

— Não precisa se desculpar. – Sorri levemente. – Ajude Thalia com o vestido. Por favor.

Rachel assentiu levemente. Depois entrou com Thalia em seu gigantesco closet. Senti-me na beira da cama e aguardei até que, dez minutos depois, Thalia saísse de lá, mais linda do que já era naquele vestido. Ela caminhou até sua penteadeira e Rachel fez surgir um par de brincos e um colar, ambos prateados. Com um gesto de Thalia, sua maquiagem surgiu. Ela calçou as sapatilhas que Rachel lhe ofereceu e pegou uma das (várias) tiaras sobre a penteadeira.

Sorri quando vi que Thalia estava pronta para descer. Depois estendi meu braço em sua direção, vendo-a enlaçar seu braço no meu e caminhar comigo porta afora. Rachel sorriu levemente e nos seguiu pelos longos corredores.

— Está linda, Thalia – Elogiei, fazendo-a sorrir.

— Obrigada, Nico... – Ela caminhou pelos corredores, ainda enlaçando seu braço no meu. – Você sabe que suas primeiras semanas aqui serão um pouco entediantes, não sabe?

— Entediantes? – Questionei. Thalia assentiu.

— Deverá aprender sobre suas responsabilidades como futuro governante. Também precisará aprimorar seus conhecimentos e aprender sobre a história do reino.

— Parece entediante... – Comentei. Ela riu baixo. – Você vai estar lá para me ajudar?

Thalia assentiu.

— Eu também precisarei saber minhas responsabilidades, principalmente nos conselhos de guerra – Disse. – Ainda temos que conversar sobre nosso casamento e nos preparar para a coroação, que pode vir a qualquer momento.

Assoviei.

— Eu só tenho dezesseis anos e já preciso conversar sobre casar? – Questionei. Thalia riu.

— E sobre sua coroação para se tornar o rei da Cidade de Cristal.

— Eu não deveria ser o príncipe consorte¹?

Thalia deu de ombros.

— Não temos títulos complexos aqui. – Ela disse. – Títulos demais fazem ganância demais subir a mentes demais. Aqui só temos o rei, a rainha e os príncipes e princesas.

Arregalei os olhos.

— E os duques? Condes? Barões?

Thalia deu de ombros.

— Os anjos não vêem necessidade em tantos títulos. Tudo o que eles precisam são dois governantes que saibam administrar o reino com sabedoria. Desde a criação da Cidade de Cristal, todos os reis e rainhas foram amados e respeitados pelo seu povo. Eles sabiam governar com sabedoria e, ao mesmo tempo, agradar a população. – Ela suspirou baixo. – Eu quero me dedicar a esses estudos, Nico... Porque eu quero ser uma rainha amada pelo povo.

— Eles já amam a princesa deles. – Comentei, fazendo-a sorrir levemente. – Quando se tornar uma rainha, será a mais amada de todas.

Thalia sorriu.

— Eles podem me amar, mas não é só porque eu sou uma boa princesa e tenho potencial para se uma ótima rainha... – Começou. – Mas também porque sou uma ótima guerreira e morreria para salvar o reino.

— E eu morreria para salvar você – Falei. Ela riu baixo. Depois sorriu quando chegamos à mesa, onde sua família já estava organizada, apenas esperando por ela. – Desculpem-nos pela demora – Pedi.

— Não há necessidade de se desculpar, Nicholas. – Hera deu um sorriso doce. – Tenho certeza de que foi por um bom motivo.

Na verdade foi... Pensei, mas preferi não responder. Foi para que minha namorada não viesse tomar café desprovida de roupas.

— Sentem-se – Pediu Zeus. – E podemos nos servir.

Thalia sorriu e, assim como eu, sentou-se à mesa. Logo, começamos a nos alimentar. Em silêncio na maior parte do tempo. Porém, ao final da refeição, Zeus resolveu se pronunciar a respeito do que aconteceu no baile.

— Não acho que Lee seja o traidor aqui dentro – Falei. – Acredito que o traidor ainda está entre nós.

— Mas Lee sabe quem é. – Apolo supôs. – Tenho absoluta certeza de que ele sabe quem é o traidor infiltrado no castelo.

— Não se preocupe... – Isabelle se pronunciou. – Eu cuidarei de interrogá-lo.

Sorri levemente, quase sentindo pena do pobre Lee por ser deixado nas mãos de Isabelle. Depois virei-me para Thalia, aproximando-me silenciosamente dela enquanto os outros conversavam entre si.

— Depois do café, quero te mostrar uma coisa.

Thalia sorriu levemente, assentindo de maneira discreta.

— Devo trocar a roupa? – Questionou.

— Coloque um vestido que não seja tomara que caia ou que tenha mangas compridas. E não se incomode de calçar algo... – Sorri. – Para onde vamos, não é necessário.

Thalia assentiu, sorrindo levemente. Depois voltou-se para seus irmãos, conversando animadamente.

[...]

— Estou pronta. – Ouvi a voz de Thalia e virei-me para vê-la. Estava impressionantemente linda no vestido que usava. Ela sorriu ao ver onde eu a esperava: a mesma sacada na qual conversamos durante o baile. Minhas asas estavam de fora e as dela também surgiram quando ela se aproximou.

— Está linda – Elogiei. Thalia sorriu minimamente.

— Obrigada... – Murmurou. – Para onde vamos?

Sorri de canto.

— É surpresa – Falei, levantando vôo. Thalia riu baixo e fez o mesmo, também levantando vôo e me seguindo.

— Adoro surpresas... – Ela disse ao meu lado, sorrindo ao me ver. – Sempre quis imaginar como seria quando você conseguisse suas asas e eu as minhas.

— Você imaginava um momento clichê onde nós dois voamos lado a lado de mãos dadas?

Thalia riu baixo, mas assentiu.

— Confesso que sim. – Ela olhou para baixo. – Estamos muito acima das nuvens...

Sorri de canto.

— É para não estragar a surpresa.

Thalia fez um falso bico e eu fui obrigado a rir baixo, sendo seguido por ela. Percorremos um longo caminho voando, no qual Thalia passava o tempo conversando comigo, provavelmente para tentar descobrir qual seria a sua surpresa, ou talvez só para conversar mesmo.

Senti um cheiro familiar. Tão familiar quanto a brisa que batia em meu rosto. Sorri levemente e segurei a mão de Thalia.

— Pronta?

Ela sorriu, assentindo. Devolvi seu sorriso e descemos, passando pelas nuvens. Thalia semicerrou os olhos, mas os arregalou, emocionada quando viu o que eu queria lhe mostrar.

Estávamos voando perto da beira do penhasco, no qual ondas cristalinas se chocavam com as pedras abaixo. A imensa faixa azul que era o mar se estendia até além de nossa visão. A espuma incrivelmente branca das ondas se chocando contra as pedras fez com que Thalia levasse uma das mãos à boca. Os olhos brilhando lindamente.

— Nico... – Sussurrou. Os olhos levemente marejados.

Continuei guiando-a pelo mar, descendo até que estivéssemos perto das águas azuis. Thalia sorriu, colocando sua mão na água conforme voávamos para frente. Ela sorriu novamente, levemente emocionada, e eu subi novamente, ainda sobrevoando o mar até encontrar a praia. A areia era incrivelmente branca, só não era mais branca do que a espuma das ondas que chegavam aos poucos até a areia. Thalia sorriu imensamente ao sentir a areia sob seus pés descalços. Ela sorriu e correu até o mar, sentindo uma das ondas chocar-se levemente contra seus pés, mas voltou correndo o mais rápido possível quando a ressaca do mar fez a água retornar. De um segundo para o outro, Thalia estava atrás de mim, com as mãos em meus ombros e o rosto escondido atrás de mim. Ri baixo, segurando uma das suas mãos sob a minha.

— Está tudo bem, Lia... – Sorri, dando alguns passos para frente e sorrindo ao sentir a água gelada e cristalina chocar-se contra meus pés. Thalia subiu as pernas na mesma hora, colocando-as ao redor do meu corpo. Ri um pouco mais alto, provando a ela que não fui puxado para as profundezas do oceano quando a água retornou. – Viu só? – Mostrei a ela enquanto outra onda diminuía gradativamente até chegar aos meus pés. Thalia me encarou, hesitante, mas baixou as pernas, sorrindo ao ver a água retornar e não puxá-la junto.

E ela se animou o suficiente para me puxar até que a água do mar estivesse acima de meus joelhos. E eu ri alto quando Thalia jogou água em meu rosto, jogando água nela também. Ela riu e começamos uma pequena (e divertida) guerra de água. Thalia riu alto e correu mais para frente, sem ver a grande onda que se erguia atrás dela.

De olhos arregalados, Thalia pulou em minha direção, me derrubando. E nós dois fomos arrastados pela onda até a areia, rolando um por cima do outro até que eu estivesse deitado na areia, com Thalia em cima de mim. Ela emitiu um som baixo, que pensei ser um soluço. Já estava me levantando, preocupado, quando aquele som se revelou como um riso alto e alegre. Eu amava o riso de Thalia mais do que tudo. Ela estava rindo por cima de mim e eu não me contive, tendo que rir junto com ela. Thalia deitou-se em meu peito, ainda rindo enquanto as ondas iam e vinham, pequenas e suaves e me molhavam mais do que já estava molhado.

— Eu te amo, Nico – Sussurrou antes de segurar meu rosto entre suas mãos e selar nossos lábios num longo (e salgado) beijo. Sorri de encontro aos seus lábios, envolvendo sua cintura enquanto a puxava para mais perto.

E, naquele momento, eu tive certeza de que não importava a gravidade dos nossos problemas, nós sempre teríamos um ao outro. Eu sempre estaria por perto para proteger Thalia e ela sempre me protegeria quando eu precisasse.

Naquele momento, as quatro palavras que saíram da minha boca foram as palavras mais verdadeiras que eu já havia dito em toda a minha vida.

— Eu te amo, Thalia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Choraram tanto quanto eu chorei? E essa Thalia conhecendo o mar? Foi lindo? Sim ou claro?
Eu realmente espero que tenham gostado, meus amores!
Despedidas melosas, agradecimentos e trilha sonora no próximo cap! :3
Nos vemos no próximo cap e até os reviews, meus amores! :3
Bjoks! *3*