Eu estava perplexa com a abordagem de Kime. Estava de frente para ela depois que ela disse aquilo para mim. Eu não tinha reação e nem conseguia gaguejar para pelo menos tentar dizer algo.

– Eu quero tê-lo de novo pra mim. – Ela dizia agora séria.

– N-Nani... – Gaguejava.

– Mina-chan. – Ela cantarolou com desdenho – Eu vou lutar por ele, ok? Eu o farei feliz bem melhor do que você. – Ela sorriu – Afinal, você não demonstra em nada que gosta dele, então... – Ela cantarolou – Isso é o mesmo que ser invisível ao lado dele. Não terei problema algum.

Ela sorriu alegre enquanto eu a olhava sem expressão e suando frio. Kime passou andando por mim enquanto eu estava paralisada. Abaixei o olhar, me perguntando por quê. Eu... Parecia mesmo que não gostava dele? Eu... Gosto dele, gosto dele de verdade, mas... Agora que vejo... Não disse isso a ele, eu não contei que gosto dele! Desde que começamos a namorar! Será que ele pensa o mesmo que Kime? Será que ele acha que eu não gosto dele?!

Eu não prestei atenção no resto das aulas naquele dia. Guardei tudo quando o sinal soou e desci. Ao chegar no armário e trocar meus sapatos, Akashi apareceu do meu lado, sorrindo. O olhei e ele pegou em minha mão. Passamos pelo portão, andando calmamente. Eu olhava para baixo, pensando se ele também pensava daquele jeito. Quando íamos virar para a rua em direção a minha casa, eu parei de repente.

– Hum? – Ele parou e me olhou em dúvida – Mina?

– Ne.

– Uh?

– Quero ir pra sua casa hoje. – Eu disse sem olhá-lo.

Ele pareceu não entender, mas acalmou o olhar.

– Quer ficar mais comigo? – Ele perguntou alegre.

– Hai. – Disse quase inaudível.

– Hum, ok. – Ele sorriu gentilmente.

Entramos em outra rua e fomos para o ponto de ônibus, pegando-o em seguida. Me perguntava sentada ao lado dele no ônibus se deveria fazer isso mesmo. Eu quero que ele saiba que eu gosto dele, quero que ele seja só meu. E... Não quero que Kime fique com ele. Descemos do ônibus logo depois e voltamos a andar, por mais alguns minutos. Akashi me olhava às vezes, eu estava de cabeça baixa enquanto andava. Quando chegamos em sua casa, fomos para o quarto dele. Ele fechou a porta para não sermos incomodados e se virou, indo em direção a estante.

– Ne? Quer jogar algo? – Ele me perguntou sorrindo e me olhou em dúvida em seguida.

Eu estava de cabeça baixa, escorada na porta.

– Oe, Mina? – Ele se aproximou, pegando gentilmente em meus ombros – Daijoubu?

– Hum. – Assenti.

Ele ainda me olhava e de repente eu o puxei pela camisa, beijando-o enquanto segurava seu rosto gentilmente. Akashi arregalou os olhos, mas aos poucos acalmou o olhar, continuando o beijo. Ele pôs um braço em volta de mim e a mão na minha cintura, apertando-a levemente. Eu parei o beijo e o olhei ofegante, vendo que ele também estava ofegante.

– Mina...

O puxei pela mão e fui até o sofá que havia no quarto dele, fazendo-o se sentar. Ele me olhava em dúvida, não estava entendo nada. Eu nunca fui assim! Eu estava nervosa, mas queria muito que ele soubesse que eu gostava dele. Eu o beijei de novo, me inclinando para frente e ele me abraçou. Pus a mão em seu peito, me aproximando mais e subindo em cima dele. Ele parou o beijo, me olhando em dúvida.

– Mina... Nani... – Ele disse ofegante.

Eu o beijei de novo, intensamente. Me mexia um pouco, o deixando nervoso e comecei a desabotoar a blusa do meu uniforme enquanto o beijava. Cessei o beijou e sentei, ainda no colo dele. O olhava ofegante com a blusa aberta. Akashi me olhava sem reação e eu me encolhi um pouco pela vergonha.

– Gomen...

Ele me olhou sem entender.

– Uhm... – Eu dizia nervosa – Eles não são grandes...

Ele abriu um pouco a boca, quase gaguejando. Me inclinei para frente e o beijei de novo, me aproximando de seu ouvido em seguida.

– Nee? Pode ser gentil? – Perguntei nervosa, quase gaguejando.

O beijei de novo depois de dizer aquilo, mas ele cessou o beijo se endireitando e segurando gentilmente meus braços.

– Mina, não precisa fazer isso.

– Mas... Eu quero que você saiba. – Eu disse.

– O que?

– Que... Eu gosto de você. – Disse nervosa, percebendo que ainda estava em cima dele.

Ele suspirou abrindo um leve sorriso e me sentou ao seu lado.

– Não precisa fazer isso pra provar. – Ele disse calmamente.

Abaixei o olhar e apertei a blusa, fechando-a. Meus olhos marejaram e eu me encolhi. Akashi pegou gentilmente minha bochecha e me fez olhá-lo.

– Mina, você me ama?

“Amar”? Eu gostava dele, não sabia se o amava. Eu não soube responder e ele sorriu gentilmente.

– Ne, apenas queira fazer aquilo comigo se me amar. – Ele disse gentilmente – Não quero que faça isso se não estiver pronta.

O olhava cabisbaixa, mas ao mesmo tempo aliviada. Abracei Akashi, afundando meu rosto em seu peito por estar corada. Ele me abraçou e pôs a mão na minha cabeça, beijando-a.

– Você é muito doida. – Ele deixou uma risada escapar.

– Nande? – Disse com a voz abafada por estar com o rosto em seu peito.

– Ao invés de me falar, você prefere dormir comigo pra mostrar que gosta de mim. – Ele riu.

– Hum... – Murmurei envergonhada.

– E eles são perfeitos.

– Nani?

– Seus peitos. – Ele disse.

Afundei mais meu rosto no peito dele, que riu e fez carinho na minha cabeça.

– Ne.

– Hum.

– Como eu faço pra você ser apenas meu? – Perguntei com a voz abafada.

Ele ficou um pouco surpreso e me abraçou mais forte, continuando o carinho na minha cabeça e depois fechando os olhos.

– Eu já sou apenas seu, Mina. – Ele disse calmamente.