Contra o destino escrita por iamlblaurabia


Capítulo 6
Talvez meu anjo da guarda...


Notas iniciais do capítulo

Cá estou de novo... com mais um capítulo! Espero que gostem...



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POR JIN

            Depois de encontrar Lis novamente, eu pude ter certeza que essa história toda de destino realmente existe. Para começar eu não tinha sido chamado para fazer parte da mesa de jurados naquele dia do teste na Big Hit, oficialmente era para ser o Jimin ocupando aquele posto, mas acabou que ele foi convidado para fazer uma aparição especial em um programa de variedades, e como todos os demais membros já tinham compromissos agendados, por obra do destino o posto acabou sendo passado para mim.

            Quando eu entrei naquela sala e vi Lis eu pensei que era coisa da minha cabeça, ou que aquela garota se parecia muito com ela, então eu fiquei em conflito comigo mesmo até o momento em que ela se apresentou: “Olá, eu me chamo Lis Jung, sou brasileira, descendente de coreanos, tenho 20 anos e vou apresentar um solo para vocês da música “The Shadow” da cantora BoA”. Eu achava que estava imaginando coisas, mas pude ter certeza que era ela quando Lis afirmou ser brasileira, e nesse momento meu coração sem explicação alguma, começou a palpitar. Porém, mesmo depois de descobrir que aquela garota na minha frente era a mesma com quem eu tinha esbarado alguns meses atrás, eu ainda tive que me preocupar em “esconder” de certa forma, a minha surpresa dos meus superiores, que estavam bem ao meu lado.

            Eu realmente encontrei o celular de Lis por pura coincidência, e ao meu ver se ela não tivesse esquecido o celular no banheiro da empresa e não tivesse voltado para buscá-lo, provavelmente faltaria energia e meu trauma teria me atingido de uma forma mais drástica. Até aquele dia, eu nunca tinha presenciado a falta de energia na empresa, e nem mesmo longe dos meus pais. Lis agiu como um verdadeiro anjo naquele momento, e me sinto aliviado em ter sido ela a primeira pessoa (com exceção dos meus pais), a saber do meu trauma, nem mesmo os membros do Bangtan sabem desse meu “problema”.  

            Durante todo o tempo em que fui trainee, e desde o meu debut no grupo eu fiz de tudo para esconder esse segredo. Se isso cair na imprensa, eu posso acabar sendo cortado do grupo, sem brincadeira, para eles eu já sou um “excluído do grupo”, e para as fãs que me consideram um “nada”, um “total sem-talento” esse tipo de notícia seria um ótimo aperitivo. Eu gosto de fazer parte do BTS mais do que tudo nesse mundo, mesmo sendo odiado e desvalorizado por tantos, e vou fazer o possível e o impossível para que o grupo sempre esteja agregado, dando tudo de si para os fãs.

            - Hyung, está na hora de irmos para a empresa. – Taehyung disse batendo na porta do meu quarto.

            - Já estou indo! – gritei terminando de colocar as coisas na bolsa de prática.

            Nesse momento, inesperadamente meu celular vibrou, e quando olhei o visor me surpreendi. Era uma mensagem de Lis, e dizia: “Olá, senhor SeokJin! Como você está? Quem fala é a Lis. Isso mesmo, a Lis Jung, aquela brasileira que esquece o celular em banheiros. Naquele dia eu realmente fiquei preocupada com você, mas achei que foi uma barra e tanto você se abrir para mim, então fiquei meio receosa se devia falar com você ou não, então parece que resolvi falar com você. Espero que esteja bem! Quando puder me responda. Abraço, Lis.”         

            Eu fiquei muito surpreso, afinal já fazia uma semana desde que tudo tinha acontecido e até esse momento não tinha recebido nenhum sinal de vida da Lis, então achava que a essa altura do campeonato ela não iria me contatar, mas parece que me enganei. Com um sorriso automático no rosto, eu peguei minha bolsa e desci para entrar na van. Jungkook estava concentrado vendo vídeos no celular, Hoseok lia um livro, Jimin estava cochilando com fones de ouvido com a cabeça encostada na janela em uma cadeira de frente para mim, Taehyung também cochilava, Suga estava concentrado em seu celular ouvindo música e Rap Monster estava bem ao meu lado, aparentemente estava lendo um livro americano. Bom, pelos menos era o que eu pensava, só percebi uns quatro minutos depois que ele estava me observando, enquanto eu olhava para o meu celular com cara de bobo.

            - O que tem de tão interessante aí, hyung? – ele perguntou me olhando com uma cara de “hmmm”.

            - Nada demais, senhor RM! Só estava navegando por aí e vi um meme engraçado. – falei tentando disfarçar com uma cara que na verdade não disfarçava nada.

            - Deixa eu ver esse meme também. – RM disse puxando o aparelho da minha mão.

            - Eeee... eu fechei a página sem querer. – disse puxando meu celular de volta para mim.

            - Aham, estou sabendo que você fechou a página que tinha um meme, que te deixou com essa cara de bobão. – ele falou rindo da minha cara.

            Depois disso, comecei a achar que o que eu sinto pela Lis é muito mais do que “uma relação de sintonia entre amigos”. Eu acho que estou apaixonado por ela. Não. Eu tenho certeza que estou apaixonado por ela. Logo, quando a reunião na empresa acabou e nos foi dado um tempo de descanso para que depois retornássemos para irmos treinar, eu decidi chamar Lis para ir ao cinema comigo. Assim, respondi a mensagem dela: “Olá, senhora Lis. Como se esquecer da brasileira que esquece o celular em banheiros, não é mesmo? Eu sou imensamente grato por você estar comigo naquele dia, acho que sentir que podia confiar em você me deu forças. Estou bem sim, e espero que esteja também! Estava pensando, e amanhã eu tenho a tarde livre, por um acaso a senhorita gostaria de ir ao cinema comigo? Na verdade, eu não aceito “não” como resposta.”

            Me admirei comigo mesmo, por ter tido coragem para enviar aquela mensagem e esperar pela resposta dela estava me matando, mesmo ainda não tendo passado nem um minuto após o envio. Eu estava muito nervoso, só conseguia pensar na possibilidade de que talvez ela me achasse muito “apressado”, se é que essa é a palavra certa para o que estou tentando dizer, enfim, eu acho que ela deve ter lido a mensagem e pensado “nossa, que atirado!”.

            - JIN-AH! – Suga gritou fazendo com que eu desse um pulo do sofá de tão assustado.

            - Quer me matar do coração?

            - E você quer que eu fique sem voz, hyung? – ele disse com cara de bravo – Faz uns dois minutos ou até mais, que não só eu, mas todos os outros estão gritando para que você vá comer, porque a comida chegou, só que o bonito não escuta, e me faz vir aqui puxar ele pelo cabelo.

          - Desculpa... eu só estava um pouco distraído. – falei fazendo aegyo.

            - Tá certo filhinho, agora da próxima que você nos ignorar, porque esta grudado nesse celular, eu juro que tiro ele de você, ou melhor, você dele. – Suga falou como uma mãe, mas não aguentou tal postura e começou a rir.

            - Sim senhora, mamãe! – falei me levantando do sofá.

            - Passa já pro refeitório menino! – Suga falou enquanto eu passava pela porta da sala.

            - Você seria um ótimo hyung! - falei rindo da cara dele.

            Nosso manager pediu yakissoba para o almoço, e não estava bom, estava muito bom. Chegou a lembrar o cheiro e o gosto do que a minha mãe fazia para mim, quando eu era criança.

            - Jin hyung, esqueci de te perguntar como foi participar dos testes da semana passada. – Jimin falou no meio-tempo em que comíamos.

            - Foi interessante... – respondi bobamente ao passo que remexia a comida no prato.

            - Realmente, parece que foi muito interessante. – J-Hope falou me provocando.

            - Normal meus queridos! Entre quatro concorrentes só uma se desestabilizou ao me ver, as outras eram muito talentosas, espero que dessa vez surja um girl group. – falei tentando mudar o foco da conversa.

            A intenção dos nossos superiores em colocar um de nós na mesa de jurados era para ver se a pessoa se inscreveu, porque de fato tem talento ou se só quer trabalhar no mesmo ambiente que o BTS, em outras palavras para conferir se são sasaengs ou não. 

            - Vai ser interessante ter meninas da nossa idade trabalhando aqui na empresa. Normalmente só interagimos com girl groups nos programas e nas premiações. – Jungkook disse olhando ao redor, para conferir se o manager não estava por perto.

            - O mais novo demonstrando sua sem-vergonhice! – Jimin falou zoando o maknae que ficou vermelho.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Beijoques!



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