Dai Nana Han escrita por Pharah


Capítulo 17
Capítulo XVII - Terceira Pessoa: FIM.


Notas iniciais do capítulo

Sabe quando você simplesmente esquece que a história não havia sido terminada? Sério mesmo, lamento. KKKKKKK eu já tenho o prólogo pronto, então o próximo não deve demorar a ser postado. Kisses



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Hinata implora mentalmente, quando abre a porta para o seu namorado entrar em sua casa, que ele não faça nenhum tipo de piadas ou algo assim com seu pai, que era deveras sério. Ele jamais teve um senso de humor que ela sequer entendesse, completamente inverso ao loiro que sorria até as orelhas, observando calmamente a sua enorme casa.

— Caramba, que casa gigante... — sussurra para a morena, que apenas assente com as bochechas fervendo.

Assim que coloca os pés no hall da casa da namorada, o loiro escuta passos e logo enxerga um homem sério a sua frente. Seus cabelos eram compridos e sedosos como de Neji – o primo de Hinata – os olhos preolados como todos os Hyuuga tinham e sua expressão não era as das melhores. Lembra logo o que Kiba, amigo da morena, havia dito sobre o pai da menina e começa a suar frio.

— Então você é o novo namorado da minha filha?

Hiashi analisa as roupas alaranjadas do menino e pensa em torcer o nariz, mas isso seria infantil e deselegante, portanto, continua com o seu olhar indiferente e alheioa falta de moda. Não que um garoto precisasse saber sobre isso, mas é uma questão de bom senso.

— S-sim, meu nome é Uzumaki Naruto.

Hinata jamais havia visto o loiro gaguejar, mas não fica surpresa ao acontecer, visto que Hiashi é extremamente intimidador. Sasuke parecia um felpudo coelho de páscoa ao lado do moreno que encara o loiro, o avaliando dos pés a cabeça.

— Meu nome é Hiashi, e eu sou o pai da Hinata. — ele diz mesmo tendo certeza de que o menino soubesse disso. — Vamos, sente-se. — gesticula até as cadeiras em torno da mesa do hall, e ele mesmo já o faz antes do loiro.

A morena senta-se ao lado do namorado, para dar-lhe apoio, algo que foi visto e anotado mentalmente na memória de Hiashi. Ele jamais havia visto algo assim com a sua filha. Ela semre sentava ao seu lado, não importava quem estivesse na casa. O menino era importante.

O loiro relaxa bastante ao sentar e observa o pai de Hinata. Este, estava sentado com as mãos cruzadas sobre a barriga, barriga que o loiro achou deveras enorme de acordo com o tamanho e a grossura dos braços e pernas de Hiashi.

— Hinata, seu pai tem uma pansa de chopp! — ele sussurra para a garota que senta ao seu lado e esta arregala os olhos, com medo de que o assunto tivesse ouvido.

— Só para constar, eu ouvi isso.

— É, mas é legal ter, sabe? Tomar umazinha num final de semana, e tal... — tenta contornar a situação enquanto coça a nuca, nervoso.

— Eu não bebo. — a conversa termina aí, e o loiro fica vermelho como um pimentão, ou como a sua namorada normalmente fica quando ele diz a ela alguma coisa relacionada ao namoro deles.

A empregada logo trás o almoço e todos começam a comer em silêncio. O estômago da menina quase grita ao comer, visto que as borboletas em suas entranhas estava a matando de ansiedade e faz ela passar mal. Engole a comida contra a sua vontade e tenta colocar um sorriso em seus lábios, mesmo que nenhum dos outros dois homens na sua presença fizesse isso. Hiashi beberica seu suco enquanto observa de esguelha – e com asco – o namorado de sua filha comer como um leão faminto, sem modos algum.

— Garoto, você não precisa comer tão rápido. — comenta Hiashi estranhando a atitude do loiro, visto que só conhecia pessoas refinadas e educadas.

— Eu sei! — responde Naruto. — Mas é que na minha barriga é igual coração de mãe! Sempre cabe mais! — ri do próprio comentário, mas não é seguido por ninguém.

Hinata quase bate a mão em sua testa, desesperada com a próxima ação de seu pai, e Hiashi acha tudo muito estranho e horrível. Como a sua filha poderia gostar de alguém como ele? Neji realmente estava certo, esse menino não servia para nada.

Durante alguns minutos, o clima ameniza. Hinata pede que Hiashi fale sobre a sua empresa e o mesmo conta as partes cruciais para Naruto de um jeito que até um leigo entenderia – já que ele havia reparado que o loiro não parecia lá ser muito inteligente – e o menino escuta atentamente, mas muito entediado.

— Como vocês se conheceram? — Hiashi pergunta e a menina fica assustada por isso.

Ele jamais fora o tipo de pessoa curiosa, principalmente sobre a vida dele. Logo agora? Talvez esperasse alguma história sem graça, ou algo horrível, para que ele pudesse expulsar logo o menino de sua casa.

— Ah, essa é fácil! Tínhamos cerca de seis anos... — começa a contar a história para o patriarca da casa. — Eu estava voltando para a minha casa sozinho, porque meus pais estavam viajando. E eu vi a Hinata correndo de alguns meninos, mas estava nevando! — ele exclamou. — Então ela caiu no chão e eles começaram a rir dela, dizendo que suas roupas estavam molhadas e que se ela tivesse algum resfriado, seria bem feito. Então eu dei o meu cachecol para ela e mandei aqueles meninos tomarem lá!

Hinata está oficialmente chocada. A menina pensava que Naruto não se lembrava daquele dia, até porque eles ainda não eram da mesma sala, apenas da mesma escola. Olhou de esguelha para o seu pai e ele parecia estranhamente entretido no assunto.

— E você fez o que? Bateu neles?

— Bem, eu tentei. Mas quem apanhou fui eu! — o loiro ri sem nem ao menos preocupar-se com o seu orgulho. — Fiquei com um olho roxo e perdi um dente da frente. Mas era de leite, então não faz mal.

— Então você arrepende-se desse dia.

— O quê?! — o garoto quase grita espantado. — Mas é claro que não, tio! Sua filha estava no chão, molhada, sozinha e com frio. Se tivesse como voltar no tempo... Eu faria tudo de novo.

A pobre Hinata cai no choro quando escuta a simples resposta do loiro. A menina tem consciência de que o que o menino disse fora sincero, uma vez que seus olhos estavam faiscantes e ele não tinha nenhum resquício de sorriso no rosto, está sério. Fora naquele dia que havia começado a sentir-se admirada pelo menino que mais aprontava na sua escola, e que praticamente todos o odiavam. Mas ele não dava a mínima e continuava a ser quem era, apenas.

— Eu... Vou no banheiro... — a menina diz com os olhos marejados e praticamente sai correndo para lavar o rosto.

Hiashi vê a filha emocionada e pensa que nunca em sua vida tinha visto isso. Esse garoto causa emoções em Hinata como ninguém, talvez fosse isso que a encantava no loiro.

— Sabe, eu realmente gosto dela. — surpreende-se ao ouvir isso do loiro. — Eu não importo se vocês são ricos ou pobres, conservadores ou não. Gosto dela e vou lutar por ela-ttebayo!

— Entendo... — sussurrou o patriarca. — Sinceramente, você tem uma péssima educação com os garfos, fala errado, é imprevisível e não parece ser muito esperto. Eu não o aprovaria jamais – isso se eu não tivesse certeza de que a minha filha o ama, e ela ama. Eu não sou um pai bonzinho, mas farei uma exceção apenas desta vez. Então é bom que comporte-se, garoto.

Olha severamente para o menino que fica embabascado com o seu veredito. Talvez ele não esperasse tanto defeito sendo apontado em apenas alguma frase? Ou fosse um mero mentecapto que não entendia nada e não tinha cabeça para nada, também?

— Sim, senhor!

A menina volta e vê o clima tranquilo entre os dois, que agora comiam a sobremesa. Será que tinha acontecido alguma conversa enquanto ela tirava as suas lágrimas do rosto no banheiro? Não preguntaria, entretanto. Arreda a cadeira para sentar-se novamente e isso assusta o loiro, que acaba soltando o que estava segurando a um tempo – um longo e sonoro peido.

— Minha nossa senhora! — exclama o pai de Hinata assustado com o barulho alto.

Parece que o namorado de sua filha precisaria de boas aulas de etiqueta. E Neji sobraria para fazer isso, afinal, fora o mesmo que havia negado a felicidade da própria prima.

***

É claro que no dia seguinte Naruto chega na escola como se fosse a melhor pessoa do mundo, por ter passado pelo grande e imponente Hyuuga Hiashi e conseguido a bênção para namorar a sua filha Hinata. Ele conta aos detalhes tudo que havia acontecido no final de semana para os seus dois melhores amigos – Sakura e Sasuke – e obviamente as reações deles não foram como o loiro tinha esperado.

— Mas como você é porco! — Sakura crispa os lábios em desgosto ao ouvir sobre a flatulência na frente do pai da morena. — Francamente, como você PEIDOU na frente de um homem como aquele?! — não sabia ao certo, mas a vontade de bater no amigo era tão grande que aperta forte as mãos do namorado que está ao seu lado, fazendo o garoto franzir o cenho.

— Ah, sei lá, Sakura-chan... — murmura o Uzumaki coçando a nuca, sinal de nervosismo. — Fiquei intimidado, Hinata me assustou. Saiu.

Diferente da rosada, o Uchiha não estava realmente muito surpreso do ato do amigo. Conhecia mais do que bem o loiro – infelizmente, em alguns casos – e sabia que a mancada na frente de pessoas inapropriadas era como se fosse a marca dele. Naruto poderia ser considerado o maior má noteiro do mundo. Ou ao menos o maior que ele conhece. Decide por não comentar nada para o loiro, visto que diferente com Sakura, Naruto provavelmente acharia ruim se o moreno dissesse algo negativo. Não que ele realmente importasse, mas não estava a fim de escutar a gritaria do loiro agora.

— Bom, o que importa agora é que todos nós estamos felizes! — exclamou por fim a Haruno, cansada de ter que dar algum tipo de sermão no seu amigo.

— É isso aí-ttebayo! — concorda Naruto com um sorriso de orelha a orelha.

Um pouco longe do trio que conversa animadamente sobre o acerto de Naruto com o pai da sua namorada, encontra-se Karin com o seu amigo Suigetsu. Ela observa atentamente a alegria do primo, e fica feliz por isso. O loiro parece comentar algo engraçado com o casal de amigos, porque até mesmo Sasuke havia rido, algo peculiar. Tudo parecia certo para eles.

— Então é o fim... — pensa alto e o garoto ao seu lado arqueia a sobrancelha em dúvida.

— Como assim? Planeja acabar com a felicidade dos três?! Mas você é uma megera mesmo, ein, Karin! — exclama Suigetsu com um sorriso debochado para a amiga.

Mesmo que fosse algo de errado, ele não avisaria ninguém, no entanto. Não faria esse tipo de coisa com uma amiga, seria errado, mesmo que o que ela fizesse fosse também. Por outro lado, a ruiva ajeita os óculos, irritada e olha para o garoto pálido com uma expressão assustadoramente raivosa.

— Mas é claro que não! Que tipo de pessoa você acha que eu sou?! — indaga a Uzumaki nervosa. — A vadiazinha que ama o mocinho da história e vai tentar roubá-lo a todo custo da protagonista? Fala sério! — rola os olhos em descontentamento.

O menino observa a ruiva ficar vermelha de raiva e não entende bem o motivo. Ele havia apenas entendido errado a frase dela, qual o motivo de ficar tão brava? Sério, porque Karin sempre era e é assim com ele?

— Mas então por que a da frase?

A menina suspira, pois não gosta muito da ideia de falar os seus pensamentos. Era como se a sua mente fosse invadida, e ela preserva muito a boa privacidade alheia. E a dela também.

— Pensei alto. — explica, mas os olhos de Suigetsu queimam de curiosidade. — É só que eles tiveram problemas em ficarem juntos e agora acabou, entendeu? É o fim.

— Ora ora, mas quem diria que Uzumaki Karin fosse uma pessoa tão poética? Estou na frente da mais nova poetisa da escola?

— Ah, cale a boca, imbecil.

Tudo o que Karin havia dito era verdade. Finalmente o trio havia conseguido arrumar com as suas vidas. Sakura conseguiu os seus dois melhores amigos de volta, Naruto achou alguém que o compreendia e até mesmo admirava e Sasuke enterrou o seu orgulho pela garota por quem sempre fora apaixonado. Tudo estava bem.

E continuaria assim.


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Notas finais do capítulo

Então é isso. Foi bom escrever essa história e agradeço a todos - e peço desculpas pela demora também - que leram e gostaram. Tenho mais uma fanfic terminada de SasuSaku, e ela chama-se NECESSE, caso queiram dar uma olhada... E pra quem prefere histórias em andamento, tenho "A Escolhida" e "Laços de Sangue" também SasuSaku com pitada de NaruHina. Kisses! Comentem



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