Sons of Theolen escrita por Live Gabriela


Capítulo 14
Charly - Honra


Notas iniciais do capítulo

O texto em itálico ocorre no passado :)

Boa leitura! E não esqueça de comentar ^^



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Charly sentiu uma forte dor de cabeça. Aos poucos começou a ouvir ecos e logo identificou como as vozes dos seus companheiros de equipe. Ele abriu os olhos vagarosamente, vendo apenas um clarão a princípio, que logo foi tomando a forma das copas das árvores vistas de baixo.

Ele olhou em volta tentando identificar onde estava, mas já não reconhecia o lugar. Não sabia muito da vida na natureza para memorizar com facilidade os ambientes de uma floresta, mas ainda assim não se desesperou, pois logo viu Nipples de costas próximo a si.

O serviçal tinha as mãos juntas ao peito e parecia observar algo com preocupação. Olhando na direção que Nipples observava, Charly avistou Dorothy e Arlindo. A paladina estava sentada recostada em uma árvore, enquanto o clérigo estava de pé ao lado dela, também de costas para o garoto.

— Não se preocupe. Está tudo bem. Vai passar logo – ouviu Dorothy dizer de forma ofegante com o rosto vermelho e suor escorrendo da testa.

— A quem está tentando enganar? Você está sangrando! Eu nem sequer entendo como você não está desmaiada depois dos golpes que levou – falou o clérigo preocupado.

— Não estou tentando te enganar, é só que o tio Steve sempre me disse para não deixar a transparece a dor ou meus inimigos poderiam explorá-la – disse com um sorriso e alguma dificuldade na voz.

— Ótimo, mas não tem inimigo nenhum aqui agora, então pare de ser orgulhosa e me deixe curá-la – falou abaixando ao lado da jovem.

— Não sou orgulhosa e nem estou recusando sua ajuda, apenas estou te falando para não se preocupar tanto.

— Não me preocupar... Você sabe que pessoas normais estariam chorando em desespero no seu lugar, se é que ainda estariam conscientes para isso... – Arlindo negou com a cabeça. – Bem que os sábios sempre me disseram “Quanto mais bela, mais maluca”.

— Eu não sou maluca – reclamou Dorothy - Eu só estou preparada para lidar com esse tipo de situação – falou e se encolheu um pouco de dor em seguida.

Arlindo ergueu uma das sobrancelhas e então tocou na barriga da paladina conjurando uma de suas magias mais poderosas de cura. Charly viu a luz divina sobre a moça e logo os ferimentos dela sumiram magicamente. Nenhuma cicatriz havia ficado como lembrança do combate, o que deixou o jovem theolino muito impressionado.  Ainda assim, parecia que Dorothy ainda estava machucada, pois o clérigo ofereceu mais uma magia de cura.

— Não, obrigada – recusou a Leon – Já estou muito melhor, obrigada Arlindo.

— Tem certeza?

— Sim, porque não oferece ao Solomon? Acho que ele está precisando.

Arlindo se levantou e foi seguindo até o guerreiro, que Charly só avistou depois do clérigo alcançá-lo, já que ele estava mais distante do grupo. Sentindo um pouco de dor, agora nas costas, Charly respirou fundo e começou a se sentar lentamente, fazendo com que Nipples logo notasse seu movimento.

— Meu senhor, está tudo bem? Precisa de algo? – perguntou preocupado.

— Estou bem Nipples, eu acho… - falou ainda dolorido.

— Quer que eu traga algo para comer ou beber?

— Não, obrigado – sorriu para o homenzinho.

— Charly! Que bom que acordou! – exclamou Dorothy se levantando e se aproximando em seguida - Como você está?

— Um pouco dolorido – falou com um meio sorriso e um olho fechado – Mas eu vou ficar bem.

— Bom – disse a moça. – Infelizmente a cura não consegue tirar totalmente a dor, então vai ter que aguentar ela por um tempo.

— Tudo bem. Ahn...Cura?

— Oh, meu senhor, a senhorita Leon tratou de curar seus ferimentos assim que o senhor os recebeu, garantindo sua segurança durante a batalha – respondeu Nipples.

— Ah, certo. O que exatamente acon--

— Sem magia! – interrompeu Solomon ao gritar com Arlindo.

— Tá bem! Já entendi! – exclamou o clérigo. – Não precisava gritar e me empurrar! Eu só estava tentando ajudar – falou com as mãos erguidas.

— Me deixe em paz – pediu o guerreiro de forma ríspida.

— Por Obad-Hai – murmurou o clérigo frustrado se reunindo aos outros três.

— O que houve? – perguntou Dorothy.

— Eu sei lá! Eu toquei no ombro dele para curá-lo, mas antes de conjurar a magia ele puxou minha mão e a apertou dizendo que não precisa da minha “mágica”. Eu disse que ia ajudá-lo e ele gritou aquilo.

— Então ele continua ferido? – perguntou Dorothy.

— Mas é claro! Ele não tem nenhum poder místico de regeneração! E vai acabar morrendo se não parar de ser tão cabeça dura e não tratar daqueles ferimentos.

— Eu verei se o senhor Solomon gostaria de bandagens e de uma mistura de ervas para limpar e ajudar a cicatrizar feridas – disse Nipples.

— É uma boa ideia Nipples, apenas tenha cuidado – disse Dorothy e o serviçal logo assentiu com a cabeça e pegou sua mochila, indo até o guerreiro – Ele é uma pessoa difícil - admitiu a garota.

— Nem me fale – disseram em conjunto Charly e Arlindo.

— Qual é o problema dele afinal? - perguntou o clérigo olhando para o menino - Quero dizer, eu entendo que vocês três se bateram e convenhamos que esse não é o melhor começo para uma amizade saudável e duradoura, mas eu nunca fiz nada de ruim para ele para me tratar assim.

— Porque está perguntando para mim? – questionou o mais jovem.

— Vocês se conhecem há mais tempo, não? Deve saber por que ele é tão mal-humorado.

— Não – respondeu o garoto. – Quero dizer, eu já havia o visto na Cidade Baixa algumas vezes, mas a primeira vez que nos falamos foi naquele dia em que nos encontramos… Estávamos na rua e alguns caras estavam falando sobre vir pra Thorrun, então eu disse que iria viria também, foi aí que ele se intrometeu e… Bem, vocês viram o que aconteceu depois disso.

— Ah… – Dorothy suspirou – Eu queria entender porque ele age assim – disse olhando para o guerreiro que conversava com Nipples – Mas de qualquer forma, sendo uma pessoa difícil ou não, ele nos salvou hoje. Então se ele não quer socializar ou ser curado por você, Arlindo, vamos ao menos respeitar isso.

— Contanto que ele continue vivo para lidar com os monstros gigantes que encontrarmos…

— Ah, é. O que aconteceu com o Campeão da Ninfa? – perguntou Charly se levantando e olhando em volta – Ele fugiu?

— Não, tivemos que enfrentá-lo até o final – disse Dorothy – Arlindo lutou contra o Liminha e Solomon e eu fomos contra o Campeão. Não foi fácil, mas Solomon conseguiu derrotá-lo. Eu até diria que o fez praticamente sozinho… – falou com certa admiração.

— Ahn... Deve ter sido impressionante – disse o jovem com certa inveja do guerreiro.

— E foi – concordou Dorothy – Depois de você ter caído no primeiro golpe do Campeão, eu achei que estávamos perdidos e talvez tivéssemos que bater em retirada, mas Solomon tomou a frente e lutou bravamente contra o monstro. Eu sinceramente não sei o que seria de nós sem ele aqui…

— Ah, e quanto a mim? – reclamou Arlindo – Caso não se lembre eu botei o metamorfo pra correr, além disso...

As vozes começaram a ficar distantes novamente. Charly parou de prestar atenção no que o clérigo falava ao ponto de que não entendia mais suas palavras. Em sua cabeça, apenas conseguia ouvir uma coisa “... você ter caído no primeiro golpe... Caído no primeiro golpe... No primeiro golpe...”.

Subitamente memórias dolorosas começaram a preencher a cabeça do garoto. “Eu falhei de novo” ele pensava repetidamente até as lágrimas começarem as escorrer por sua bochecha.

— Charly? – ouviu a voz de Dorothy – Hey, o que foi?

Sem conseguir responder a paladina, o garoto a encarou brevemente e saiu correndo por entre as árvores logo em seguida. A vergonha do fracasso o tomou de tal forma que ele não podia suportar aquilo, não podia mais ficar ali e encarar seus companheiros.

— Que raios foi isso? – questionou Arlindo confuso.

— Eu não sei, mas vou descobrir – disse Dorothy já correndo atrás do menino.

Solomon se levantou do tronco em qual estava sentado e observou à distância a movimentação. Já Nipples, deixou seu estojo de cuidados médicos perto do guerreiro e se aproximou preocupado.

— O que houve Sr. Arlindo? – perguntou o serviçal.

— Eu não sei, Dorothy foi ver o que é.

— Onde o moleque foi? – perguntou Solomon se aproximando.

— Não tenho certeza… – respondeu se virando para o guerreiro em seguida - E não sabia que se importava.

— Não me importo – retrucou o careca. – Mas assim ele vai desviar nosso caminho - falou voltando para onde estava.

— Claro… – concordou o louro desconfiado.

Charly correu. Não pretendia ir longe, na verdade nem sabia para onde estava indo, apenas queria se isolar. Sentia-se levemente tonto e suas lembranças o deixavam ainda mais confuso. Então parou pouco tempo depois para retomar o ar, mas ao se recostar no tronco da árvore, acabou deixando o peso de seu corpo levá-lo ao chão. Onde juntou as pernas e deixou toda sua frustração sair por seus olhos.

Dorothy o alcançou em poucos instantes e apesar de não querer que a garota o visse naquele estado, nada pode fazer. Sentia-se fraco até mesmo para levantar e sair dali.

— Charly! – disse a jovem abaixando ao seu lado depois de encontrá-lo – Por Heirôneous, o que aconteceu? Por que você correu daquele jeito?

Mas ele nada disse, nem sequer ergueu a cabeça. Não teve coragem de encarar a garota, muito menos de respondê-la. Só conseguia chorar. Estava triste, mas mais do que isso, estava bravo consigo.

— Charly, por favor. Eu sou sua amiga, não sou? Fale comigo. Você pode confiar em mim. Por que está assim? - insistiu a paladina, sem receber resposta alguma – Bem, se não quer falar, então saiba que estarei aqui se precisar de algo...

A jovem Leon então se sentou ao lado do jovem e lá ficou. Ela não insistiu mais para que ele falasse e isso de alguma forma deixou o garoto mais confortável. Após algum tempo, Charly ergueu a cabeça e ela ainda estava lá. Ele rapidamente desviou o olhar com medo de dizer o que estava pensando, mas ao ver o sorriso de Dorothy ele se sentiu mais confiante e decidiu que deveria conversar com ela:

— Eu… - gaguejou respirando fundo - Eu falhei Dorothy… - disse por fim.

— Do que está falando? – ela se virou para ele.

— Você… Você disse que eu… - Mordeu os lábios. - Eu caí no primeiro golpe! – exclamou de forma dolorida.

— É por isso que... Pelos deuses, eu sinto muito Charly! Eu não quis te magoar! Eu nunca tive a intenção de dizer que você falhou ou qualquer coisa do tipo – justificou a paladina com uma das mãos ao peito.

— Mas eu falhei. De novo! Eu caí no primeiro golpe… De novo! - enfatizou. - Eu sou um fraco. Nunca vou ser um guerreiro. Nunca serei tão bom quanto você ou o Solomon.

— Não diga isso!

— Mas é verdade! – exclamou de imediato – Eu não sou forte como vocês e assim eu não vou conseguir recuperar minha honra… – falou gaguejando nas últimas palavras.

— Você está errado. Acabou de começar sua jornada, é natural que não ganhe todas as batalhas a princípio.

— Mas eu precisava! Eu precisava ganhar para proteger as pessoas que eu amo e tudo o que consegui foi falhar! Eu fui fraco e... – se interrompeu cerrando os punhos.

— Charly, você está cobrando muito de si. O Campeão da Ninfa era muito forte, não pode esperar que o derrotaria sozinho.

— Não estou falando dele…

— Não? – ela franziu as sobrancelhas.

— Isso já aconteceu antes – continuou, controlando-se para não chorar novamente.

Dorothy ficou em silêncio o encarando esperando que continuasse. Aquilo era algo difícil para Charly. Ele nunca havia contado para outra pessoa sobre o que sentia e o que havia acontecido com ele, mas acreditava que aquela era a hora certa, que Dorothy era a pessoa certa para falar sobre seu primeiro grande fracasso.

— Aconteceu há algumas semanas… – começou respirando fundo e Dorothy segurou sua mão – Sabe, minha família nunca teve muito dinheiro. Meus pais eram alfaiates e conseguimos viver por muito tempo com isso, mas meu pai sempre quis algo a mais. Um dia ele ouviu sobre o acidente na taverna e as riquezas de Thorrun, foi então que ele decidiu que viria para o Norte.

— É por isso que você queria tanto vir? Para encontrar o seu pai?

— Não. Eu vim para recuperar a minha honra. Meu pai era um homem problemático e quando ele foi embora, eu e minha mãe tivemos que aguentar como podíamos, até que um dia três pessoas apareceram em nossa porta, cobrando uma dívida que meu pai havia feito…

“— Então você é o filho do Taylor, han? — disse uma mulher com uma cicatriz notável na bochecha direita – Espero que tenha mais senso do que ele, garoto. Onde ele está?

— Ele não está aqui — respondeu Charly desconfiado, já tinha ouvido falar daquela mulher, era conhecida em algumas tavernas por fazer apostas altas em jogos e desafios, e também por ser impiedosa com aqueles que perdiam para ela.

— Para onde ele foi? — perguntou o meio-elfo de túnica branca ao lado da mulher.

— Norte.

— O que? — perguntou a mulher enraivecida – Aquele cão sarnento! Não acredito que ele fugiu.

— O que faremos agora? — perguntou um humano robusto de voz grave atrás dela.

— Eu não s... Escute garoto. O viciado do seu pai perdeu a aposta e disse que iria nos pagar hoje. Já fui benevolente demais esperando por todo esse tempo. Agora eu quero o meu ouro.

— Com licença, mas será que eu posso ajudar? — interrompeu uma mulher jovem de cabelos castanhos e sardas no rosto. A mãe de Charly.

— Pode sim, moça. Você é a mulher do Taylor, não? Entregue o meu maldito dinheiro que ele me deve e eu vou embora. Simples assim — disse a mulher.

Charly olhou preocupado para sua mãe e então a viu segurando em suas costas uma antiga espada que seu pai havia deixado para trás. A arma sequer estava afiada, servia mais para ameaças do que qualquer coisa, mas considerando as pessoas que estavam em sua porta, talvez ela fosse necessária para mais do que isso.

— Sinto muito — continuou a Sra. Taylor. - Eu sei que meu marido pode causar problemas às vezes, mas como podem ver somos uma família humilde e agora somos só eu e meu filho. Meu marido não deixou nada para nós. Talvez quando ele voltar vocês possam resolver isso.

— Talvez eu leve seu filho como garantia então — ameaçou a mulher e logo um meio-elfo que estava atrás dela se esticou para alcançar Charly.

— Você não vai tocar um dedo no meu filho! — exclamou puxando a espada das costas e apontando para o homem.

— Escute aqui dona, eu não estou com paciência alguma hoje. Ou você me dá o dinheiro ou…

Antes da mulher terminar a frase a mãe de Charly avançou na direção dela com a espada. O homem que estava atrás dela rapidamente a empurrou para o lado e sacou uma espada curta. Charly se afastou assustado e logo o meio-elfo se inclinou para entrar na casa e ir atrás dele, mas assim que tentou a mãe do garoto o acertou com a lâmina. Não chegou a cortar o homem, apenas bateu nele para que se afastasse, mas o humano com a espada-curta se manifestou de imediato, encarando aquilo como ameaça. Ele esticou a lâmina na direção da mãe de Charly e acertou em cheio sua barriga, perfurando o abdômen e fazendo-a cair no chão em seguida.

— Mãe! — gritou o garoto correndo a socorro da mãe.

— Charly… – ela falou com dificuldade em meio aos gemidos de dor.

— Seu imbecil, o que está fazendo? — gritou a mulher com a cicatriz, repreendendo o brutamontes.

— Ela ia nos cortar! — justificou o homem.

— Ela está sangrando! Não acha que já temos problemas demais com a guarda da cidade?!

— Nós vamos levar o garoto? – perguntou o meio-elfo.

Antes de ouvir a resposta para a pergunta, Charly pegou a espada da mão de sua mãe e correu para atacar o homem que a havia ferido. Sendo este muito maior e experiente que o jovem, defendeu-se com a própria espada e prendeu a lâmina do garoto contra o batente da porta. Charly puxou a espada tentando tirá-la de lá para proteger sua família, mas o adversário fez pressão sobre a arma velha e a quebrou perto da base.

O jovem Taylor se desequilibrou para trás com o impacto da lâmina se quebrando e quando recobrou o equilíbrio apenas viu um punho vindo em sua direção. O homem acertou em cheio o queixo do garoto, derrubando-o no primeiro golpe.”

— Quando eu acordei, ela… – Charly se interrompeu sem conseguir continuar.

Dorothy imediatamente abraçou o garoto o mais forte que conseguia. Ele então não mais se segurou e abraçou a jovem de volta, deixando todas as lágrimas saírem de seus olhos. Nenhum dos dois sabia o que dizer. Charly apenas sentia o aperto em seu coração pela perda da mãe e o sumiço do pai, enquanto Dorothy pensava no que poderia ajudar, já que não tivera amigos na infância e não sabia como lidar com esse tipo de situação.

— Eu sinto muito Charly – ela disse por fim. – Eu sinto muito pelo que houve com sua mãe, sinto muito pelo modo como falei com você mais cedo…

—Não precisa se desculpar – ele se soltou dela retomando o fôlego. – A culpa não é de ninguém além de minha… – falou com os lábios trêmulos.

— Isso não é verdade.

— Dorothy, eu já tenho 15 anos! – exclamou chorando – Eu deveria ter conseguido ao menos proteger a minha família e nem disso eu fui capaz! Eu perdi tudo, minha mãe, meu pai, minha casa, minha honra… Tudo o que me restou foi meu fracasso e uma espada quebrada.

— Escute – ela falou olhando fundo em seus olhos – Eu não tenho a menor ideia de como pode ser perder a família dessa maneira, mas eu te digo uma coisa: Eu estou aqui com você agora, e não vou te abandonar nunca! Você é meu amigo e estarei contigo sempre que precisar – falou segurando as mãos dele. – E apesar de eu achar que você é muito corajoso e não perdeu honra nenhuma, se você acredita que precisa recuperá-la e fará isso através do combate, eu posso ensiná-lo tudo o que eu sei. Eu não sou a melhor guerreira, mas aprendi com um dos melhores.

— Está dizendo que…

— Eu vou treiná-lo Charly, vou ajudá-lo do jeito que eu puder, para que você nunca mais se sinta fraco ou sozinho de novo. Faço disso uma promessa.

Os olhos do jovem se encheram de lágrimas e ele se jogou para os braços da paladina, abraçando-a com força. Há tempos não sentia tanta alegria. Estava feliz de estar ali, de tê-la conhecido. 

— Obrigado Dorothy… Obrigado, por ser minha amiga.

— É uma honra poder ser sua amiga, Charly – ela respondeu sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Olá leitores queridos!

Como vão vocês? Eu vou muito bem por saber que tem tanta gente acompanhando e gostando da história, mas queria pedir um favorzinho.

Queria que me dissessem quem é seu personagem favorito até agora :D

(por favor leitores fantasminhas, comentem isso também - sério, pode colocar só o nome do personagem que tá bom).

Bom, isso é tudo por hoje. Espero que tenham gostado do capítulo!
Até o próximo!