Almost Is Never Enough escrita por Agente Black


Capítulo 10
O Conselheiro Que Todo Mundo Deve Ter


Notas iniciais do capítulo

Bom, vamos lá, capítulo novo!!!
Pessoal que curte Starker (Peter e Kayla), vai ter que esperar, porque... Vão aturar Starllen por muitooooooo tempo. Mas aí está, mal posso esperar pra postar!
Cada capítulo mostrarei a Kayla tendo uma interagida com um dos personagens, esse foi com Steve.



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–Como assim "namorado"? - pergunta Caitlin.

-Meu namorado uê. - digo.

Tony está sorrindo, espero que ele não faça nada idiota, espero que ele não ME faça ser idiota.

-Prove. - ele diz.

Olho para Roy, tento não parecer aflita, mas ele age normalmente. O que estou fazendo? Aliás, o que nós dois estamos fazendo? Quem queremos enganar?

O bom entre Roy e eu é que; sabemos disfarçar, nos comunicar por olhar. Ele me pedia permissão para algo, eu não sabia o que, mas lanço um olhar de aprovação.

Ele passa a mão envolta do meu pescoço, me puxando para perto. Colo meu corpo no dele, envolvo meus braços ao redor do seu pescoço, encostamos nossas testas, uma na outra. Sinto os nossos narizes se tocarem. O tocar dos nossos lábios é suave. Sinto o gosto da sua boca, sua língua tocando meus lábios, pedindo permissão de passagem, concedo.

Não vou negar que ele beija bem, mas devo admitir que não sinto nada. A uma grande diferença no beijo que Barry me deu e o beijo de Roy. Acontece, que apesar de estar bêbada, o toque de Barry com o meu era suave e gentil, já com Roy, é somente encenação.

Nos separamos.

Sei que Tony pagará por isso. Ah se vai...

A expressão de todos é normal, mas Tony continha sorrindo. Pepper parece horrorizada, Peter e Caitlin assustados. Já Barry, não sei. Ele não nos encara, continua firme e forte olhando para o lado de fora do vidro.

-Então... Vamos almoçar? Tô morrendo de fome... - digo caminhando, levando Roy comigo.

[...]

As perguntas do almoço não foram nada discretas, principalmente da parte de Tony. Peter e Barry estão estranhos, afinal, Barry ainda gosta de mim, isso tá na cara e pelo que tô vendo, Íris também não está gostando nada disso. Já Peter, não entendi o motivo dele estar assim.

-Podemos conversar? - pergunto a Tony.

-Claro. - ele responde.

O sorriso nada discreto de Tony já está começando a me irritar. Não entendo porque ele insiste em fazer esse tipo de coisa comigo. Antes de sair, dou uma olhada ao redor, Barry está chamando Roy para conversar também.

Cara, não tem como disfarçar.

Todos sabem que eu gosto do Barry e Barry de mim.

Caminho pelo longo e extenso corredor da torre, Tony continua com sue sorriso cínico nos lábios e que simplesmente me irritam. Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe, mas o motivo dele ter feito aquilo comigo não será barato.

-E aí? O que foi? Problemas no reator? - ele riu.

-Pare de me fazer passar vergonha! Isso não é legal. - digo.

-Eu? - ele fez cara de sonso. - Eu não fiz nada, nadica, nadinha... - eu o interrompo.

-Que fique claro, não vai rolar mais nada entre Barry e eu, a não ser amizade.

-Aposto uma armadura que não. - ele propôs.

-Apostado.

Tony me lançou mais um olhar irônico e saiu andando. Segui seus passos até a cozinha, todos nós olharam confusos.

Espero que ele não faça mais uma coisa idiota, porque eu não iria aguentar. Sério, mas uma humilhação e eu vou embora desse lugar.

-Pessoal, a Kayla vai precisar de uma escolta, tô achando que a H.I.D.R.A. não tá de brincadeira com a gente. - ele disse se sentando. Afinal, o que a H.I.D.R.A. quer comigo? Coisa boa não é. - Quero entender porque a H.I.D.R.A. se meteu com a Princesa Stark.

-Eu não quero proteção e muito menos ser manipulada. O que tiver de ser, será. Eu sou formada em Ciências Gerais e não nasci pra ser agente, se Fury me deu um cargo na S.H.I.E.L.D. com certeza não era em campo. E se por acaso eu trabalhasse realmente pra S.H.I.E.L.D., trabalharia na área de pesquisa. Eu tenho mais cara de hacker nerd do que de agente de campo.

O pessoal me olhou assustados. Caitlin, Barry, Íris, Gwen e Roy estavam boiando completamente, Peter tentava encontrar seu lugar nisso tudo, Natasha, Thor, Jane e Clint riam, Steve, Laura, Betty e Benner seguravam o riso, Pepper mantia a expressão séria e Tony fazia o de sempre.

-Que foi? - perguntei.

-Você fala rápido demais quando está nervosa. - diz Peter. É tão estranho e ao mesmo tempo legal Peter saber tanto sobre mim em tão pouco tempo.

-Eu não quero proteção. - digo.

-Ótimo, então não tenha, faça. Treine e defenda-se sozinha. - disse Tony.

Olho para Pepper em busca de ajuda, mas ela só assentiu com a cabeça.

-Escolha seu professor. - disse Tony erguendo a mão, apontando para os outros. No início, achei estranho o fato de ter essa súbita vontade de me defender, mas é o que tem pra hoje.

-Steve. - escolho. - Eu escolho o Steve.

-Sem problemas. - ele responde sorrindo.

[...]

Depois de um tempo, Roy recebeu uma ligação de Oliver e precisou sair, com ele Roy e Peter também.

Cada um voltou a seus afazeres e Steve e eu começamos o treinamento. Fomos para a academia.

-Deve estar se perguntando porque eu te escolhi, certo? - comento e ele assente. - Natasha me faria aprender a base da pancada e Clint me zoaria eternamente, além do mais, os dois fariam insinuações sobre mim e Roy.

-E eu não faria? - ele pregunta.

-Espero que não, porque aí eu teria que chamar o Thor como instrutor. O que não seria legal, nada contra os asgardianos, mas não tô afim de aprender uma outra cultura, mal aprendi a minha.

Steve ri e eu me junto a ele.

-Quanto você pesa? - pergunta.

-Essa pergunta não é apropriada, está na lista das 20 coisas que não deve se perguntar a uma mulher.

-Me empreste essa lista um dia desses. - ele entra no ringue e me ajuda a subir.

Pego sua mão e passo por baixo das cordas.

-Pode deixar. Mas respondendo sua pergunta, tenho 60 quilos.

-Você não é igual a seu pai, mente mal. Fala a verdade, você só tem 1,57 de altura, isto te faria uma anã gorda.

-Isso aí está na lista também Steve. - ele sorri. - Okay, tenho 50 quilos, feliz?

Ele pareceu pensar por um momento.

-Você é leve, pequena, fraca e parece que é de porcelana, ou seja, frágil. - lanço meu olhar de fúria sobre ele. - Se quiser ganhar uma luta, terá que usar o corpo todo.

-Qualquer coisa eu uso a armadura. - sorrio. Ele começa a preparar as luvas de boxe.

-Você não tem uma e as do Tony, bom, você já viu o que acontece. - ele disse se referindo ao meu acidente.

Ele se aproxima e começa a enfaixar a minha mão, não há escapatória agora, terei que lutar.

-Bom, ontem, na casa do Roy, não consegui dormir então fiquei pensando em um protótipo, imitando a Mark 43, mas de um jeito mais... "Kayla" possível.

Ele suspirou e terminou de enfaixar as minhas mãos, foi para o outro lado do ringue e se sentou no chão.

-Você e o Roy não são namorados de verdade, tá na cara. - ele disse. Me aproximei dele e sentei ao seu lado. - Todos aqui dizem que eu sou o "mais inocente", mas até eu já percebi que aconteceu algo entre você e o Barry, até o Peter tá estranho. Não sou tão burro assim.

-Você não é burro Steve. Sim, aconteceu algo entre Barry e eu, mas eu não gosto de falar sobre isso, finjo que esqueci. Já o Peter, bom, eu realmente não sei.

-Ele gosta de você, a Gwen é só uma amiga para ele. - Steve explica.

Não imaginava ele assim, tão inteligente e convincente ao mesmo tempo.

-Não notar isso comprova minha teoria que minha idade mental é de sete anos. - ri sem graça.

-Então eu tenho eu tenho dez, porque eu noto cada coisa aqui. - ele diz. Estamos desabafando?

-Steve, Steve, manjando nas referências. - brinco e dou um empurrão de leve em seu braço.

Ficamos em um silêncio total. Ele quer me dizer algo, mas não tem coragem ou se sente inseguro.

Sei muito bem o que é.

-O que rola entre você e a Natasha, percebi que você e Natasha estão afastados. O que aconteceu?

-Eu conversei com ela, sobre nossa situação atual, quer dizer, ela acha que não temos futuro juntos, mas eu acho ao contrário. Passei a vida procurando por alguém e quando acho, não vamos pra frente, talvez haja algo de errado comigo.

Peguei sua mão e apertei forte, chamando sua atenção para mim, ele me encarou, confuso.

-Diga a ela como se sente, ela vai entender, o que as mulheres precisam é de um homem que se expresse.

-Acho que não custa nada tentar. - ele dá de ombros.

Eu vejo no Steve um irmão, um irmão mais velho que dá bons conselhos. Um irmão que não tive, acho que posso encontrar em todos aqui um irmão, só preciso procurar direito.

-Eu acho que deveríamos lutar. - digo.

-Não, por hoje é só, nós dois precisamos de um tempo pra pensar. - ele se levanta e me ajuda. - Até mais Kayla, pode deixar, essa conversa ficará entre nós dois.

-Até, Steve.

Pois é, dia longo e ainda são três da tarde. Mas uma coisa é certa:

Steve é o conselheiro que todo mundo deve ter.


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Notas finais do capítulo

E aí? Reviews? Please???