Almost Is Never Enough escrita por Agente Black


Capítulo 9
Conheçam Roy Harper


Notas iniciais do capítulo

Como prometido! O capítulo que muda tudo!!!
É melhor olharem a capa...



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–Você está bem? – o garoto me perguntou. Não o olho, pois não gosto que vejam chorando, mas sinto sua presença, sinto sua aproximação.

–Não, mas obrigado por perguntar. – digo sem me virar.

–Também não to legal – ele diz -, terminei com minha namorada, na verdade, ela terminou comigo, á uma semana.

Um silêncio entre nós é quebrado, porque no momento, um carro passa levantando a água parada aos nossos pés e nos molha.

–Vai se ferrar! – grita ele, meus cabelos estão encharcados de água suja, minhas roupas de lama.

–Ótimo! Eu já não queria ir pra casa mesmo, já posso me disfarçar de mendiga.

–Meu nome é Roy Harper, você é...?

–Kayla Stark e sim, eu sou filha do Homem de Ferro.

–Interessante... Espera! Você é a que voltou do mundo dos mortos?! Que massa!

Eu o encaro. Posso ver que está entusiasmado só pelo fato de eu ter morrido, e depois voltado.

Seu rosto é diferente do que eu imaginei – o que seria um nerd que é fascinado por meu pai -, ele tem cara de um playboyzinho, mas sua atitude é bem diferente de um. Ele me cobre com seu casaco. Quase esqueci que estou com uma blusa tão fina que não esquenta nada e obviamente não estou usando casaco, já que fugi às pressas.

–Obrigada. – digo.

–Olha, pelo que eu to vendo, você ta sem celular e sem carteira, o que quer dizer que você está sem meios de comunicações e não pode voltar pra casa. Eu tenho uma moto, se você quiser eu te levo.

–Bom observador você – digo -, mas eu não quero ficar em casa, quanto mais longe, melhor.

Essa é a mais pura verdade, eu não quero estar lá, não agora.

–Na verdade, eu moro a umas quadras daqui.

Entendo o que ele quer dizer. Ele está oferecendo sua casa para eu passar a noite. Sei que não é certo dormir na casa de um estranho, mas é minha única opção, é isso ou voltar pra casa.

–Não entenda mal... – ele diz.

–Tudo bem, não parece ser do seu feitio.

Dou um sorriso, que logo é correspondido.

As trovoadas e relâmpagos começam, tem uma tempestade a caminho. Ele se levanta e me oferece a mão. Pego nela sem exitar.

Depois de um tempo, chegamos ao apartamento de Roy. Ele me contou que trabalha como assistente de Oliver Queen – as empresas do senhor Queen vieram para Nova Iorque e estabeleceram a empresa oficial aqui -, ele, Oliver, Felicity Smoak e John Diggle.

Acho que será legal ter mais um amigo nessa cidade grande.

O apartamento de Roy é grande, tão grande quanto o meu antigo, é preto, cinza e vermelho, sempre nessa sequência. Não há bagunça, parece que hoje em dia os homens não são tão preguiçosos como eram antigamente.

Ele pendura o seu casaco – que estava antes comigo -, e em seguida tirou o tênis. Eu o observava, penso se ele me ajudaria se eu não fosse uma Stark.

–Estou ficando sem graça. – ele diz. Bom, eu não consigo tirar os olhos dele.

–Desculpa. – ri sem graça -, é que... Estou abusando da sua hospitalidade. – dou um meio sorriso.

–Não se preocupe, minha casa é sua casa. – ele vai ao outro cômodo, que eu acredito ser a cozinha. – Você quer alguma coisa? – ele gritou.

–Uma cerveja, por favor.

Ele volta com duas garrafas.

–O que aconteceu pra você ficar tão nervosa que te fez sair de casa? – ele me pergunta. Sei que não deveria falar da minha vida com estranhos, mas já estou na casa dele.

Contei a ele minha a história – ocultando a parte da S.H.I.E.L.D., Homem-Aranha, Flash e H.I.D.R.A. -, como fugi e como voltei ao mundo dos vivos, quase tudo, quase. Como fiquei magoada ao saber que seguiram a vida sem mim e nem se preocuparam em me achar ou o meu suposto assassino, de como Barry arranjou uma namorada... Mas ao falar de Barry, ele mudou de postura.

–Barry? Barry Allen?

–Como você sabe? – pergunto.

Ele me olhou, analizando-me, ele acha que eu sei de algo, mas não sou a única.

–Você conhece o segredo dele, não é? – ele pergunta. Ele sabe sobre... – Você sabe que ele é o Flash?

–Como você sabe?

Levanto-me do sofá. Ele pode ser um infiltrado da H.I.D.R.A., pode ser qualquer coisa!

–Meu amigo e eu, somos amigos do Barry – ele diz. Parece estar nervoso.

–Que amigo? – pergunto.

–Oliver Queen.

–É incrível como ele me fala tudo, não pensa e nem exita. Posso confiar nele, por que ele não me esconde nada, ou quase nada.

–Ai cara! Oliver vai me matar por isso! – ele comenta.

–Pode deixar, podemos confiar um no outro. – garanto que sim.

[...]

Depois nos inúmeros pedidos para que Roy dormisse na cama e eu no sofá, acabo cedendo. Roy dormiu no sofá e eu na cama. Antes de dormir, conversamos mais, eu me abri e ele escutou, essa conversa ficará só entre nós, eu prometi e vou cumprir. Mas antes, eu pedi um favor, como amigos de Barry, queremos o melhor pra ele. Sei que – mesmo conhecendo ele a pouco tempo -, ele seria capaz de deixar essa tal de Íris para tentar algo comigo, mas não posso deixar isso acontecer, não seria justo.

Roy e eu fizemos um acordo.

[...]

E lá vou eu, vestida de dark – ou gótica se preferir -, mas dessa vez, com a maquiagem mais leve, com uma jaqueta de couro de Roy e pronta para ir para a Torre. Roy está vestido da mesma maneira dark, roupas de couro pretas, coturnos, cabelo arrepiado... A minha sorte que eu sempre ando com o básico de uma maquiagem no bolso, reforço meus olhos com o lápis. Agora, convencer Roy de usar vai ser estranho.

–Roy – o chamo, ele caminha até mim, ainda sim, será estranho. Ele não percebeu o que eu tenho em mãos, já que escondo as mãos nas costas. Quando estamos cara a cara, levanto a mão com o lápis e ele me olha assustado.

–Não e não, eu não vou usar maquiagem, é coisa de mulher!

–Você nunca viu The Walking Dead? – pergunto – A gente combinou.

–Odeio prometer esses tipos de coisas... Isso não vai doer né?

–Talvez, porque você não está acostumado, mas não é dor e sim incômodo, talvez até chore. - digo.

–Tem como refazer o contrato? Isso não é mesmo necessário?

Seguro seu queixo, puxo-o para baixo, já que ele é mais alto que eu. Encaro seus olhos escuros, uso minha outra mão para puxar sua bochecha e aminha mão que antes segurava seu queixo, está com o lápis. Passar lápis nele foi difícil, porque ele chora - ,sim, ele ta chorando -, e toda hora borrava.

–Roy! Fica quieto!

Depois de um tempo, consigo finalmente terminar.

–Viu? É isso que as mulheres sofrem. - digo.

–Vocês são masoquistas! Podemos ir?

–Agora sim.

Descemos ao estacionamento do prédio, onde Roy pegou sua moto. Ele monta na moto e eu me sento atrás. Seguro no ferro de trás, ainda tenho certa vergonha.

–Eu não sei como você anda de carona, mas eu não costumo andar devagar. Segure-se em mim.

Rodeio sua cintura com meus braços. Consigo sentir o calor de sua pele, seu cheiro é bom, como se eu cheirasse baunilha e sobre toda essa roupa, consigo senti-lo.

A moto é ligada e em questão de segundos, estávamos percorrendo as ruas de Nova Iorque em alta velocidade, ultrapassando sinais vermelhos, os carros buzinavam para nós dois, mas eu só conseguia ouvir os risos de Roy e me juntava a ele.

Depois de uns dez minutos, estávamos em frente a Torre Stark – ou Vingadores. Chego ao estacionamento e digito minha senha.

“Se identifique, por favor.” – pedi J.A.R.V.I.S.

Não acredito que ele não me reconhece.

–J.A.R.V.I.S., sou eu, Kayla.

“Digite sua senha.”

Digito minha senha e faço a confirmação de voz, J.A.R.V.I.S., não me reconheceu, talvez porque eu não me visto desse jeito.

“Seja bem-vinda senhorita Kayla.”

–Obrigada! - digo finalmente e começo caminhar para o elevador.

“Devo avisar sobre usa chegada? Estão todos preocupados.”

–Não precisa, todos continuam aí?

“Sim, ninguém saiu e o senhor Allen e senhoritas Snow, West e Stacy voltaram. E o senhor? Quem é?”

Olho para Roy, ele parece estar confuso - qualquer um ficaria. Logo ele percebe que deveria responder.

–Roy Harper.

O elevador se abre e as caras típicas, preocupadas me olham de cima a baixo.

–Kayla Stark, nunca mais faça isso! – diz Pepper correndo para me abraçar. – Onde esteve? Você está bem? Quem é ele?!

Logo vejo que Tony está sorrindo, ele sabia onde eu estava o tempo todo! Clint e Laura estão aliviados e Lucas – o filho deles -, está dormindo. Bruce, Betty, Thor e Jane estão com expressão de surpresos, Steve e Natasha estão sérios, mas conhecendo eles como conheço, estão rindo por dentro. Caitlin, Peter e Gwen pareciam estar preocupados também, Íris continua com a mesma cara. Mas onde está Barry?

–Você?! – ouço a voz familiar de Allen. Ele provavelmente estava na cozinha. Estava com uma cara de poucos amigos e olhar indecifrável.

Ele encarou Roy.

–Pessoal, esse é meu namorado, Roy Harper.


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Notas finais do capítulo

O link tá aí:

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E aí? Reviews? Não me matem!