A Maldição de Hans escrita por Annabeth Grace da Ilhas do Sul


Capítulo 12
Capítulo 12 - A Execução




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POV Hans

Soube por um dos guardas que Elsa viria para meu reino ás pressas para assistir minha proclamação como sendo o rei e no dia seguinte Annabeth nem veio me visitar e isso me deixou desconfiado de certa forma. Eu não sabia ao certo o quê, mas havia alguma coisa dentro de mim que fazia com que eu confiasse em Annabeth, mal sabia eu que ela me traíra ao mostrar todo aquele sentimentalismo de uma irmã preocupada, quando na verdade ela apenas queria que eu a libertasse dos meus poderes de fogo. Quando foi na véspera da coroação, Annabeth veio até mim, ordenou que me soltassem e me levou até meu quarto.

– Hans, eu não mereço sua confiança. – Ela disse, fechando a porta atrás dela.

– Por que irmãzinha? – Perguntei, estranhando a natureza que aquela conversa estava tomando.

– Elsa não veio para vê-lo se tornar rei.

– Como assim? – Por mais que eu tentasse ser paciente com Annabeth, o rumo daquela conversa estava quase me irritando.

– Ela irá adiantar sua execução.

– Você o quê? – Exclamei já sem paciência. Dominado pelo ódio e pela raiva de ter sido traído, eu a segurei pelo pescoço com a mão esquerda até que ela ficasse a alguns centímetros do chão.

– Hans, por favor. – Ela clamou por piedade, em meio às tentativas de poder respirar.

– Você me traiu Anna, e acha mesmo que eu vou confiar em você de novo?

– Eu mereço morrer, quanto á isso você tem toda a razão.

Uma bola de fogo surgiu em minha mão direita, aquela seria a chance perfeita de obrigar Annabeth á fazer exatamente o que eu queria que ela fizesse.

– Acho que eu tenho mesmo. – Abri um sorriso. – Até logo irmãzinha. – Atirei a bola na direção dela e saí do quarto. Mal sabia eu que havia acabado de fazer a coisa que menos queria naquele momento: o que ela queria.

No dia seguinte, me levaram novamente ao salão de julgamentos e eu tive de encarar o rosto de milhares de pessoas que estavam lá só para me ver ser torturado.

– Aqui nos encontramos novamente para presenciar o julgamento do réu Hans Graham Tyrel Joseph Keith Daniel III pela acusação da tentativa de homicídio contra minha irmã, a princesa Anna de Arendelle e eu, rainha Elsa de Arendelle. Estou aqui hoje para redefinir sua punição.

– Redefinir minha punição, tá mais para adiantar não é mesmo? – Resmunguei para mim mesmo.

– Sua execução será hoje ao pôr do sol.

Apesar de eu saber o real motivo por Elsa estar ali, fiquei surpreso por ela ter de adiantar minha execução para aquele mesmo dia. Elsa em pessoa me executaria na frente de centenas de pessoas ao pôr do sol e eu não teria muito que fazer considerando que eu iria morrer.

POV Narrador

Ao pôr do sol, uma multidão se reunira numa região meio desértica do reino das Ilhas do Sul. Havia guardas em volta de Elsa e Hans para impedir que súditos e outras pessoas com intenção de linchar ou atrapalhar a execução entrassem, e nem mesmo Annabeth pôde entrar no meio do círculo. Haviam correntes de aço enterrados tão fundos na areia que era quase impossível que Hans se soltasse e fugisse para se salvar. Elsa havia criado uma afiadíssima estaca de gelo com seus poderes como objeto da execução, Annabeth observava com terror a estaca se materializando na palma da mão de sua prima e no momento em que Elsa erguera o espeque para golpea-lo, Annabeth conseguiu entrar na roda e correu para proteger Hans, então de repente todos olharam com horror a poça de sangue se formando abaixo do corpo de Annabeth ao mesmo tempo em que ela se transformava em cinzas.

Hans então olhou para a irmã com os olhos arregalados e finalmente conseguiu se soltar para ir ajuda-la. Mas não dava tempo, sua irmã falecera e tudo havia sido culpa dele. Annabeth falecera com a estaca de gelo fincada em seu coração.

– Anna! – Ele gritou de horror ao ver o monte de cinzas no lugar em que sua irmã estava havia segundos atrás. – Me perdoe Anna! – Hans se jogou sob o amontoado de cinzas ao mesmo tempo em que começou a chorar.

De repente, alguns dos telespectadores emitiram um som que parecia ser o reprimir de um grito e só então Hans percebeu do que se tratava quando viu que algo surgia em meio ás cinzas da maldição: Uma menina ruiva de olhos verdes cheia de sardas se levantou e todos á sua volta pareciam assustados o suficiente para dizer alguma coisa.

– O que houve H? Por que estão todos chorando desse jeito? – Annabeth acariciou o rosto do irmão.

– Anna! – Ele a abraçou em meio aos prantos. – Eu te amo.

– Eu te amo também Hans.

POV Annabeth

Quase chorei de emoção ao perceber que ele me dissera o que nunca havia me falado nos últimos dez anos. “Eu te amo” foi a melhor coisa que ele me falara desde que começara a ser ruim comigo. Só então percebi: Meu plano funcionara! Meu querido Hans estava de volta!

Depois que o tivemos de volta, nós dois passamos o resto do dia grudado um no outro e então percebi que as coisas voltariam a ser como antes.

Eu realmente estava curiosa para saber como ele tinha se sentido nos anos em que foi afetado pela maldição. Quando quis que ele me contasse, procurei um lugar como meu quarto por ser mais reservado e foi então que nós nos sentamos numa mesa que havia em seus aposentos e ele me contou o que sabia:

– Como se sentiu na época em que foi afetado pela maldição?

– Sinceramente Anna, nada de estranho pelo que eu possa me lembrar. Mas eu me sentia mais livre de certa forma.

– Como assim?

– Ser o vilão por todos esses anos meio que me ajudaram a fazer com que eu me sentisse mais livre, entende?

– Sim.

– Mas por outro lado, essa maldição me fez imaginar e fazer coisas que eu nunca acreditei que seria capaz. Machucar você foi uma dessas coisas.

– Eu sabia que não era o meu Hans que estava fazendo aquelas coisas. Ele nunca me machucaria e eu sei muito bem disso. Tudo o que eu fiz durante todos esses anos sem o irmão que eu amava foi procurar alguma forma de trazê-lo de volta para mim.

– Uma parte de mim sentia que deveria confiar em você enquanto outra me fazia querer machucá-la.

– Não se culpe por ter me machucado, não era você de verdade e o meu Hans jamais faria aquelas coisas horríveis comigo. O que realmente importa é que você está aqui e nós nunca vamos no separar novamente. – Hans sorriu enquanto afagava meus cabelos. – Sabe o que eu acho estranho nisso tudo?

– Não.

– Por que será que eu ressuscitei e acabei ficando fisicamente falando mais parecida com você.

Nessa hora mamãe entrou. Alguns fios de cabelo já estavam grisalhos.

– Vocês são os irmãos do fogo.

– Como é que é? – Hans perguntou.

– Enquanto você pode materializar fogo, Annabeth tem os poderes de uma fênix.

– E o que uma fênix tem a ver comigo?

– Quando você se tornou cinzas, você estava obviamente morrendo. E acabou por renascer das cinzas, o que é logicamente uma das propriedades de uma fênix, além de poder ressuscitar e com isso enganar a morte, suas lágrimas têm poderes curativos.

– Isso significa que posso curar as pessoas! – Exclamei, sorrindo de orelha á orelha.

– Mais ou menos isso Annabeth.

– Agora Hans pode ser o rei.

– Não quero. - Protestou Hans.

– Sempre foi o que quis. Por qual motivo desistir justo agora?

– Estou desistindo por você Anna. Você é tão boa rainha quanto eu devo ser rei. Os súditos a amam e você deve ficar por eles.

– Mas Hans, o trono é seu. Você é o irmão mais velho e por isso deveria possuir o trono.

– Se eu for o rei, então saiba que estou renunciando.

– H... – Ele fez eu me calar ao colocar o dedo indicador sob meus lábios.

– Shh... – Ele fez o ruído para que eu ficasse quieta. – Eu já tomei minha decisão e não irei voltar atrás.

Olhei frustrada para ele, mas ao olhar bem em seus olhos, vi que ele estava sendo sincero e verdadeiro.

– Está bem Hans. – Eu o abracei. – Se é isso mesmo o que deseja...

– É o que eu sempre quis, Vossa Majestade. – Ele me reverenciou, mas eu o empurrei para trás de brincadeira.

– Não seja bobo. Engraçadinho.


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