A Maldição de Hans escrita por Annabeth Grace da Ilhas do Sul
Notas iniciais do capítulo
Tem algum Kristofannabeth na plateia?
POV Annabeth
23 de setembro – Hoje é aniversário de Hans e eu. O castelo Westergaard foi decorado na noite passada e poucas horas antes da festa começar, tive duas surpresas: Um bolo de oito camadas, metade de chocolate e metade de maracujá com chantilly e um rapaz loirinho que eu não via desde os oito anos estava entre os convidados.
— Majestade. – Ele disse ao se aproximar de mim. Quem diria que Kristoff Bjorgman tinha crescido tanto? – Gostaria de falar com a senhora.
— Mas é claro que sim Kristoff. – Eu o abracei. Ele não tinha ideia de como senti a falta dele. Ele era um amigo muito importante para mim. Nós fomos até uma área mais reservada – uma das varandas do corredor do segundo patamar do castelo – e foi aí que ele me disse o que eu mais queria ouvir dele:
— Andei pensando sobre o que vinha me pedindo nos últimos anos e tomei minha decisão. Eu aceito.
Não dava para descrever de forma alguma o que senti naquele momento afinal Kristoff Bjorgman, o garoto mais legal, atrapalhado, divertido e charmoso que conheci depois de Hans estava parado bem ali na minha frente anunciando que finalmente aceitara meu pedido de casamento. Eu o agarrei e lhe dei um beijo intenso e demorado até sentir que a língua dele tinha varrido cada canto da minha boca.
— Quando quer que casemos? – Perguntei eufórica.
— Quando quiser. Você é a rainha, é você quem decide. – Kristoff sorriu, maroto.
— Ah Kris, agindo dessa maneira você me lembra mais de um príncipe encantado do que um rei ocupado.
— Como se eu não soubesse. - Eu ri. Pois adorava aquele garoto bobo acima de várias coisas.
— E a Anna?
— Ela era boa demais para mim, sempre preferi você Annabeth.
— Desse jeito tenho quase certeza de você ficou se torturando por não ter me aceitado tão rapidamente como deveria.
— Apesar das coisas que seu irmão fez, eu não a desprezo como outros por aí. Você é diferente de seu irmão e gosto disto em você. Você é... – Percebi que ele tentava encontrar as palavras certas – Como um pontinho brilhante num imenso breu.
— Como assim?
— Você alegra todos á sua volta e isso faz de você praticamente um anjo.
— Ah Kris... – Eu o beijei carinhosamente.
— Olá Kristoff. - Cumprimentou Hans, Kristoff e ele trocaram um olhar mas aparentemente não haviam mais ressentimentos entre os os dois.
— Olá Hans. - Apesar de notar certa grosseria em sua voz, percebi que ele não havia partido para cima de meu irmão por minha causa.
— Sei que me odeia pelo que fiz com Anna, mas fico contente de saber que minha irmã se sente a mais feliz do mundo perto de você.
— Ah Hans... - Eu o abracei, quase chorando emocionada. - Obrigada por pensar em mim mesmo quando estou me sentindo tão feliz.
— Sempre estarei com você Anna.
— Tem algo que vai gostar de saber. - Sorri.
— O quê? - Ele estava ansioso para saber.
— Posso contar para ele, Kris? - Kristoff assentiu com um sorriso. - Hans, eu estou grávida.
— Anna, você está grávida? - Hans ainda estava processando a mensagem.
— Sim H. - Ele me pegou nos quadris e ergueu no ar ao mesmo tempo em que me fazia dar uma pirueta que fez a saia do vestido esvoaçar seguido de um abraço bem apertado.
— Já sabe o sexo? - Ele perguntou, sorrindo radiante.
— Não, mas acho que será uma menina.
— E ela será linda igual à mãe. - Eu ri.
— Obrigada H.
Algumas horas depois quando a grande festa já havia começado e o salão de bailes estava praticamente abarrotado de gente, Hans e eu descemos as escadas trajando nossas roupas mais finas e elegantes ao mesmo tempo em que os convidados nos aplaudiam e só ao olhar para os lados meio que discretamente percebi que Kristoff estava me aguardando ao pé da escada. E pra variar, eu praticamente não o reconheci vestido naquele uniforme Sul-Ilhano, e temi que qualquer um que o visse achasse que ele fosse da realeza, e esse tipo de pensamento por pouco não me fez explodir em risadas.
— Majestade... - Cumprimentou Kristoff, me reverenciando ao passo que me estendera sua mão direita. - Concede-me o prazer de dançar com a mulher mais bela de todo o mundo? - Sorri e peguei em sua mão. Nós começamos á bailar pelo salão todo e quase ri quando notei que Kristoff estava se atrapalhando todo em meio á valsa lenta tocada por um grupo de seis homens que complementavam a orquestra.
— Está indo bem. - sussurrei em seu ouvido. - Tente me seguir. - Dei três passos pra frente e três para trás e assim consecutivamente. Ao me dar conta de que ele pegara o jeito, deixei que ele me conduzisse e deitei minha cabeça sob seu peito e fechei os olhos. A sensação foi estranha e ao mesmo tempo maravilhosa: Senti como se estivesse deitada numa rede e que ela ficava balançando o tempo todo, fazendo-me quase cochilar até que Kristoff parou e só então me dei conta de que a valsa tinha parado.
Ele e eu nos dirigimos até uma mesa reservada totalmente para mim e lá ficamos enquanto eu observava os convidados bailando um ritmo mais rápido e agitado. Minutos depois senti uma mão pousar em meu ombro e ao olhar pra trás me deparei com Hans, estendendo a mão enquanto sorria para mim.
— Será que eu posso ter essa honra? - Ele pergunta, sorrindo docemente. Me levanto ajeitando a saia do vestido e então só ficamos Hans e eu no centro do salão de bailes.
— Não sabe como senti falta disso. - Sussurrei em seu ouvido.
— Eu também senti saudade Ann.
Não sei como, mas eu senti que realmente podia confiar em Hans e só então deitei minha cabeça no peito de Hans (já que eu era demasiada pequena pra deitar minha cabeça em seu ombro) e deixei que ele me conduzisse. Sem saber de que forma ou por que, mas comecei a me sentir estranhamente sonolenta (por algum motivo senti como se voltasse a ser criança quando deitei em seu peito, o que só me trouxe as melhores lembranças de Hans comigo)e por um segundo acreditei ter adormecido no peito de Hans e só paramos de dançar quando a música parou.
Horas depois, quando praticamente todos os convidados tinham ido embora, os criados começavam a limpar o salão e minha mãe e meu irmãos tinham ido dormir, Hans me levou até o píer, onde nos sentamos bem na beirada, como ainda era madrugada haviam apenas os barcos pesqueiros ali além de nós. Deitei a cabeça no ombro de Hans e ele passou o braço pelas minhas costas. Resultado: O momento mais perfeito da minha vida que só terminara quando o Sol já havia subido alguns metros.
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Á partir deste capítulo, as coisas serão focadas na Annabeth, A PARTE II começa no próximo CAP