Os últimos imortais escrita por gurozu


Capítulo 8
Capitulo 7: Mensagem.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, beleza? Voltei com mais um capitulo fresquinho pra vocês. A média de visualizações está muito boa e eu só posso agradecer a vocês que leem e gostam da minha história. Bora lê?



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Visão da Clack:

Despeço-me deles e vou em direção ao embarque. Taku me segura pelo braço e fala próximo de meu ouvido “Se acontecer alguma coisa, volte a esse momento”. Eu concordo com a cabeça e corro pra junto do Lulp.

–Oque ele queria?

–Curioso como sempre. Ele só me deu um conselho.

Embarcamos no avião, guardamos nossas malas e nos sentamos em nossas poltronas, eu fiquei com a janela e Lulp ficou com a poltrona do meio. Vitória!!

–Espero que a viajem não demore muito.

–Espero que o avião não despenque do céu e nós morramos carbonizados. –Digo isso com uma cara assustadora e um tom de ironia.

–Se isso acontecesse você voltaria e impediria o acidente.

–Qual é? Você não tem espírito aventureiro?

–Não consideraria a chance de morrer como uma experiência “aventureira”.

–Como você é chato. Eu vou dormir, acorde-me quando o avião cair.

Durmo quase que a viajem inteira, voar é chato. Chegamos ao aeroporto, desembarcamos e fomos de taxi até o condomínio onde moramos.

–Finalmente voltamos. Quer comer alguma coisa? Eu ia pedir uma pizza.

–Claro! Eu nunca desperdiçaria comida grátis.

Entramos no nosso prédio e subimos as escadas até o terceiro andar.

–Você quer subir e guardar suas coisas primeiro?

–Não, vou deixar aqui na porta mesmo. –Embora moremos no mesmo prédio, ficamos em apartamentos diferentes.

–Tudo bem então, sinta-se em casa.

A casa do Lulp não tem muitas coisas pra enfeitar, nenhum quadro na parede ou flores nas mesas, talvez a única decoração do apartamento seja a tinta da parede. Tiro meus sapatos e os deixo perto das malas, meus pés estão doloridos devido à longa viajem.

–Que canseira, estou acabada. –Digo me jogando no sofá.

–Eu também. Já liguei pra pizzaria, eles devem chegar daqui a vinte minutos.

–Isso é muito tempo, eu estou com fome agora.

–Não adianta fazer birra, quem mais entende de tempo aqui é você.

–Também não precisa jogar na cara. Eu nunca falei desse seu treinamento de ecolocalização.

–A culpa não é minha se eu não consigo enxergar enquanto uso meu poder.

–Sempre com uma desculpa, você é o mais precavido de todos nós.

–Eu tenho medo de morrer. Não gosto de pensar em como é a sensação de perder a vida.

–Ninguém gosta de pensar nisso, nós nunca estivemos preocupados ou preparados para a morte até que... Você sabe.

–Sim, como poderia me esquecer. Todas aquelas pessoas, nossos amigos, companheiros, o meu... Irmão. –Uma lagrima escorre de seu rosto que está coberto pelo capuz do casaco.

–Desculpa por tocar nesse assunto.

–Tudo bem, eu já estou melhor agora, não se preocupe com isso. –A campainha toca. –Deve ser a pizza.

–Finalmente. –Vinte minutos passaram rápido. –O primeiro pedaço é meu.

–Isso não é um bolo de aniversário.

–Tanto faz, abra logo a caixa.

Era minha pizza favorita, a de seis queijos. O cheiro era de deixar qualquer um maluco. Pego um pedaço com a mão e mordo com a ferocidade de um cão faminto.

–Calma, a pizza não vai fugir.

–He he, lembra de quando precisávamos caçar pra poder comer? Bons tempos eram aqueles...

–Verdade, teve aquela vez que meu pai conseguiu matar um mamute, lembra? Foi um banquete, eu achei que ia explodir.

–Eu também, aqueles foram tempos de inocência, sem poderes ou imortalidade, só muito suor e trabalho duro.

–Ha ha ha, era hilário, você era a única mulher da tribo que gostava de sair pra caçar.

–Eu nunca gostei de ser tratada como um ser frágil ou incapaz de fazer as mesmas coisas que os homens.

–Só o Taku e eu somos capazes de aturar as suas maluquices.

Papo vai, papo vem e a pizza acaba. Eu agradeço a pizza e me despeço do Lulp. Chegando ao meu apartamento eu faço a mesma coisa que fiz no do Lulp, tiro os sapatos e me jogo no sofá.

–Isso foi divertido, é uma pena ter de trabalhar amanhã. –Ergo meu corpo e levanto do sofá. –Taku estava preocupado com alguma coisa, e conhecendo ele eu diria que é coisa pesada.

Meu celular começa a tocar. Vou caminhando calmamente até ele e atendo a ligação.

–Alô?

–Alô, Clack, eu preciso que volte.

–Por quê? Eu acabei de chegar em casa.

–O Tiago foi assassinado, eu devia ter percebido que tinha algo errado quando cheguei em casa e a porta estava aberta. Vou te mandar uma mensagem explicando algumas coisas e quando voltar você a mostra pra mim.

Percebo o receio em seu tom de voz.

–Tem certeza de que quer fazer isso?

Ele faz uma pequena pausa.

–Espera um pouco. –Não sei qual é o assunto, mas parece que tem outra coisa no meio de tudo. –Tudo bem, quando receber a mensagem volte pro momento em que eu agarrei seu braço no aeroporto.

–Certo, estou esperando, até mais. –Desligo o celular e desabo novamente sobre o sofá. –Mas que droga! Aquela pizza estava tão gostosa.

A mensagem chega, eu respiro lentamente e começo a me concentrar. Meu poder consiste em fazer um “backup” de todas as minhas memórias e enviá-las pra algum momento do passado que esteja no limite de um dia, e isso também se aplica a qualquer tipo de informação que seja formada de sinais elétricos, como, por exemplo, a mensagem que o Taku me mandou.

Tudo começa a tremular e a escurecer, vou lentamente perdendo a consciência e apagando. Quando abro os olhos eu estou novamente naquele aeroporto, Taku está segurando meu braço e chegando perto do meu ouvido.

–Calma, calma, não precisa dizer nada, já aconteceu. –Falo tampando sua boca com minha mão esquerda. Ele me olha com uma cara assustada. –Antes de qualquer coisa, você mandou uma mensagem. –Eu entrego meu celular pra ele.

–Oque está acontecendo? –Pergunta Maria.

–Parece que a viajem foi cancelada, amiga.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não sei se vocês já tinham notado, mas o nome do personagem principal não avia sido sitado até agora, e a um motivo pra isso, e também dá pra ter uma noção de qual é a idade dos personagens com informações do capitulo. Até o próximo.



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