Uma vida seria pouco para te amar escrita por Millene Vasconcelos


Capítulo 8
Capítulo 8 – "Você disse... Grávida?"


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeeee! Mil desculpas a demora de uma semana, mas pra compensar coloquei um capítulo bem grande aí, espero que gostem. Ah, quero agradecer a recomendação da perra linda Nathalya Gonçalves, amei Nathy ♥
Bom, vamos ao capítulo.



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– Ei! – a chamou enquanto segurava levemente seu queixo. – Vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você!

– Eu sei – Paulina sorri. – Só estou com... medo. – sussurrava para que ninguém mais a ouvisse. – Não sei o que posso ter, e por mais que não seja algo grave, pode ser algo ruim.

– Tenho certeza que não é, e aconteça o que acontecer, eu estarei contigo. Sempre. – Falava Carlos Daniel a envolvendo com um abraço. Não poderia deixar de se sentir mal pela mulher que ele ama estar se sentindo insegura com sua saúde.

– O que eu faria se você não estivesse ao meu lado? – perguntava enquanto retribuía o abraço.

Logo a chamam para fazer a coleta do sangue, Carlos Daniel não saiu de seu lado por um minuto sequer, está sempre a transmitindo força.

– O resultado desses exames sai amanhã, senhora. – dizia a enfermeira, uma senhora bastante simpática. – Eles vão ser levados diretamente pra doutora e a senhora pega com ela.

– Ok, muito obrigada! – agradecia Paulina já se levantando e indo em direção da porta, sendo seguida por Carlos Daniel.

***

– Doeu muito fazer aqueles exames? – perguntava Carlos Daniel quando eles já estavam no carro.

– Ai Carlos Daniel, você fala como se eu tivesse medo de agulhas. Não, meu amor, não doeu.

– Você não tem pavor de agulhas?

– Não, por quê? Você tem? – perguntava com uma expressão divertida no rosto, ela sabia que Carlos Daniel não suportava ver agulhas, ainda pensava em como ele ficou naquela sala sem desmaiar.

– Você sabe muito bem que... Sim. – o “sim” saiu como um sussurro da boca dele, e Paulina não se conteve, começou a rir. – Ei, não ria. Você também sente muita cosquinha e nem por isso eu vivo lhe fazendo.

– Mas é que é engraçado ver que você tem vergonha de falar que tem medo de agulhas, você não é o único no mundo!

– Mas provavelmente sou o único adulto. – ele já tinha um tom divertido na voz, e falava sorrindo.

– Não fala pra ninguém que eu tenho cosquinha, isso é constrangedor.

– Só se você não contar que eu tenho medo de agulhas, por que isso sim é muito constrangedor.

– Trato feito então?

– Trato feito. – concordava CD, já lhe puxando para um breve beijo.

– Ei, ei, ei! Você não acha que já é hora de ligar esse carro e dar a partida não?! A gente já aqui parados faz uns dez minutos.

Assim, Carlos Daniel liga o carro e finalmente dá a partida, indo para fábrica, mesmo contrariado.

– Paulina você tem certeza que está disposta a ir pra fábrica?

– Absoluta. Eu estou bem, ou melhor, ótima! Não se preocupe tanto, meu amor. Eu só quero ajudar vocês.

– Eu sei. Você é uma mulher extraordinária, sabia? – falava enquanto a olhava brevemente, pois estava dirigindo.

– E você é maravilhoso, uma benção de Deus para mim. – ela sorria enquanto o elogiava, nunca iria se cansar de fazer isso. – Você tem certeza que quer que eu esteja grávida?

– Sim, claro, por quê?

– Ah, sei lá. É que eu queria estar... Outro filho seria uma benção enorme.

– E se fossem gêmeos? – perguntava animado, ser pai outra vez seria um prêmio enorme para ele.

– As possibilidades são remotas, eu não posso ter gêmeos idênticos, pois tinha uma irmã gêmea e isso reduz as chances de eu ter filhos gêmeos na metade. Mas se fossem eu ficaria duplamente feliz.

– Eu também, até mais.

– Te amo, muito mesmo.

– Eu também te amo, muito mesmo.

Eles chegam pouco depois à fábrica, já que o transito estava cooperando bastante.

– Boa tarde, Rodrigo. – fala Paulina assim que entra na sala. – Como a Patrícia está?

– Está bem, cuidando do nosso filho. – Rodrigo e Patrícia tinham tido o Murilo, que era pouco mais novo que o Daniel e os dois eram bastante amigos.

– Vão jantar lá em casa hoje. – Convidou Carlos Daniel.

– É. Assim vocês podem fazer compras com a gente. Vamos comprar nossas roupas e as das crianças pra festa.

– Ótimo, vou avisar a ela agora mesmo. – diz Rodrigo, saindo da sala pra fazer a ligação.

– Vou fazer uma vistoria na fábrica, meu amor. – avisa Paulina. – Volto logo. – diz enquanto sela seus lábios.

– Tudo bem, estarei revisando alguns documentos pendentes aqui, te espero.

Paulina narrando*

Enquanto eu fazia a vistoria senti um pequeno mal-estar, nada grave, apenas uma ânsia de vômito junto uma tontura. Escorei-me na parede enquanto esperava passar, o que levou alguns instantes, mas depois me senti melhor.

“Ai meu Deus, o que será que me causa tantos mal-estares? Ah, mas seja o que for, estou prestes a descobrir”, pensava um pouco confusa. Desde que comecei a passar mal minha cabeça tá uma confusão só em pensar o que pode ser a causa disso...

Acabei a vistoria e segui pro escritório principal, o meu e de Carlos Daniel.

– Como foi a vistoria meu amor? – veio até mim selando nossos lábios. Como era incrível o quanto ele me fazia bem com um simples toque.

– Foi... Boa. Sim, foi boa. – falei com um tom meio confuso na voz.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou ele com uma expressão preocupada, o que me fez dar um sorriso.

– Não. – eu envolvi meus braços em seu pescoço, o trazendo mais para perto. – Não aconteceu nada. – acabei de dizer e encurtei a pouca distância que nos separava, começando um beijo calmo, explorando nossas bocas.

Por mais fôlego que nos faltasse, nossa necessidade um do outro era mais forte que nosso instinto de sobrevivência e o tendo ali não me falta mais nada.

– Vamos para casa? – sussurrei quando finalmente encerramos o beijo, ainda podia sentir sua respiração com nossa proximidade. – Lembre-se que você me deve compras.

– Não me esqueci, quero que você esteja lindíssima na nossa festa. O que não vai ser tão difícil, pois você já é pura beleza. – ele acariciava meu rosto enquanto falava, senti minha face corar e minha pele reagir ao seu toque. – Sabe, você fica muito linda toda vermelhinha.

– Para, Carlos Daniel... Anda, vamos pra casa! – o chamei, mudando de assunto.

– Tá bom, tá bom. Mas você me deve alguns beijinhos, que fique claro.

– Mais tarde eu pago e com juros! – sorri. – Agora vamos, anda.

– Amanhã vamos pegar o resultado dos exames com a doutora, está ansiosa? – o seu semblante era um pouco sério, vi que ele também estava com medo dos resultados que esse exame pode trazer.

– Um pouco. – sussurrei, não queria transparecer a insegurança que estava sentindo, mas ele me conhecia mais do que eu mesma e me puxou para si, tomando-me num abraço. – Mas se Deus quiser não será nada demais, você vai ver.

– Eu sei meu amor, Deus vai prolongar bastante sua vida aqui na terra porque ele sabe o quanto eu preciso de você. – sua voz estava embargada, ele estava chorando?! Por mim?! Cada gesto dele me fazia amá-lo mais a cada instante, o quanto ele se preocupava comigo era algo fascinante e gratificante, ele foi um milagre em minha vida.

– Ei... Você... Está chorando? – perguntei o óbvio, segurando levemente a ponta de seu queixo, para que pudesse olhar em meus olhos.

– N-não... Quer dizer... Talvez. – ele “confirmou” abaixando a cabeça de novo. A esta altura já estava também dominada pelas lágrimas. Bom, já estava antes mesmo de ele começar a chorar.

– Por favor, não chora... – sussurrei baixinho, para que só ele ouvisse, e o tomei em um abraço.

– Vamos pra casa? – perguntou-me mudando drasticamente de assunto.

– Sim! – dei um meio sorriso, ao qual ele me retribuiu. – Podemos ir. – completei enxugando algumas lágrimas que restavam em meu rosto.

– Te amo. – sussurrou quando estávamos saindo da sala. – Nunca se esqueça disso.

– Também te amo, te amo muito, mais que tudo, e não, não vou me esquecer. – o respondi lhe dando um sorriso.

Por mais que eu falasse essas palavras elas nunca deixariam de ser verdadeiras, além das famosas “borboletas no estômago” que eu sinto sempre que estou com ele e que, com certeza, nunca deixarei de sentir.

Depois desse breve diálogo nós rumamos para nossa casa, sempre em bom clima.

– Mamãe! Papai! – fomos abordados por nossos filhos correndo.

– Meus amores... – me ajoelhei ficando ao alcance dos menores e os abraçando, e logo depois me levantei fazendo-o com os maiores. – Que saudade.

– Boa noite, filhos. – cumprimentou Carlos Daniel.

– Vamos jantar mamãe e papai. – a Paulina nos chamava me puxando pela mão.

– Calma filha, eu e o papai vamos tomar banho e aí descemos para jantar, ok?

– Ok mamãe!

– Vamos, Carlos Daniel? – o chamei segurando sua mão.

– Vamos, meu amor.

***

– Boa noite vovó. – cumprimentei aquela que eu considerava uma mãe dando um beijo em seu rosto.

– Boa noite, minha filha. Como foi no exame?

– Foi bem, eu recebo os resultados ainda amanhã.

– Que bom minha filha, vamos acabar de vez com essa dúvida.

– É vovó, finalmente vamos saber o motivo disso tudo. – Carlos Daniel falava com certo tom de alívio na voz, dava pra perceber que ele também estava sofrendo nisso tudo.

– De que vocês estão falando? – Lizete perguntava com seu jeitinho adorável de sempre.

– Nada meu amor, fique tranquila. – segurei sua mão enquanto falava, acariciando-a levemente.

– Ai mamãe, tem uma coisa sim e vocês estão me escondendo. – ela fazia uma carinha emburrada e cruzava os braços.

– Como você é esperta não é? Sim, meu amor, está acontecendo uma coisa. Sua mãe... – Carlos Daniel começou, mas eu o interrompi.

– Meu amor... Tem certeza?

– Deixa ele falar mamãe, por favorzinho. – eu não pude resistir a sua carinha de cachorrinho pidão.

– Tudo bem, pode falar Carlos Daniel. – suspirei.

– Bom, como ia dizendo, sua mãe estava sentindo uns enjoos esses últimos dias e ela foi fazer um exame hoje a tarde e amanhã recebemos o resultado.

– E você está bem mamãe? – O Carlinhos perguntou preocupado. Meus filhos são tudo!

– Sim, não se preocupe Carlinhos, estou ótima. – o sorri.

E continuamos jantando na mais perfeita harmonia.

***

– Já está pronta? – Carlos Daniel perguntou pegando as chaves do carro e me abraçando por trás.

– Sim. – me virei cercando seu pescoço com meu braço. – Podemos ir.

– Vamos então. – ele segurou minha mão e me guiou até a saída da casa abrindo a porta do carro para eu entrar.

Entrei e ele deu a volta entrando também, dando por fim a partida.

– Sabe, eu tenho certeza absoluta de que você não tem nada. Não sei, eu sinto isso e também pedi a Deus pra ser uma bênção no lugar de algo ruim, entende?

– Sim... E... Obrigado. Por tudo. Não sabe o quanto me sinto segura com você ao meu lado.

Não demorou muito e chegamos na clínica, faltando apenas alguns minutos para minha consulta.

– Tá tudo bem? – perguntou ele enquanto passava seu braço sobre meus ombros.

– Sim, eu acho... – o sorri. – Só estou um pouco ansiosa.

– Calma. – sussurrou.

– Paulina Bracho? – a enfermeira me chamou.

– Aqui. – respondi enquanto me levantava junto com Carlos Daniel. – Vamos. – falei me virando pra ele.

– Bom dia. – a doutora nos cumprimentou já dentro da sala dela.

– Bom dia doutora. – nós dois a cumprimentamos de volta.

– Seus exames estão aqui e sobre o resultado...

– Pode falar te peço que não nos oculte nada. – Carlos Daniel a pediu.

– Não o farei, senhor Bracho, não se preocupe. Voltando, eu tenho duas noticias sobre o resultado dos exames.

– E quais são? – foi minha vez de falar, dava pra notar o meu nervosismo em minha voz trêmula.

– O primeiro é que a senhora está grávida. De, aproximadamente, 5 semanas.

– Você disse... Grávida? – perguntei ainda digerindo o que a doutora dizia, e qual seria essa outra notícia?


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Cometem pra mim saber o que estão achando da fic.
@spanicxfan



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