Rush Kappa Kappa Tau escrita por Ivashkov


Capítulo 8
Knowledge is dangerous


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ~suspense~



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CATHY

ESCRITÓRIO

07h12

Cathy estava enlouquecendo. Mais um aluno havia sido morto. Ela já não aguentava mais. Os telefones não paravam de tocar, jornalistas viviam no campus e Denise não descobria nada. Nunca prestava atenção quando acontecia um assassinato.

Ela estava sentada à sua mesa de madeira, escrevendo os nomes dos mortos, tentando desvendar quem era o assassino e por quê ele estava fazendo isso.

"Jhenifer, Chanel #3...."

– Espera... Não foi ela que ressuscitou? - Cathy ainda não havia entendido a história direito. Só sabia que quase tinha morrido ao vê-la na KKT ontem à noite, quando foi fazer uma visita. Ela riscou "Chanel #3" da lista.

"Jhenifer, Shondell, Tiffany, Earl."

Tentava encaixar o que todas essas mortes significavam. Era um aluno diferente do outro. Podiam ser alunos aleatórios, talvez. Não. Essas mortes se encaixavam de alguma maneira. Ela sabia.

Gigi entrou na sala, segurando uma bandeja com duas xícaras de café, como sempre fazia toda manhã. Cathy rapidamente guardou a lista.

– O que foi, Cathy?

– Nada... Só estou tentando desvendar o mistério do Red Devil.

Gigi, que havia se sentado na cadeira de frente para Cathy, bateu palmas.

– Eu tenho uma teoria.

Lá vem, pensou Cathy.

– E se o Red Devil estivesse se vingando? Do tipo, suas vítimas fossem pessoas que o maltrataram no passado?

Cathy pensou por alguns instantes.

– Continue.

– Enfim, Jhenifer era sua sobrinha, certo? Ela era do clube nazista daqui da universidade.

A decana se lembrou do maldito grupo nazista. Ela odiava todos os gruos que se formavam naquela estúpida universidade. Mas, o grupo nazista era, com certeza, o ganhador de seu maior ódio.

– Ela não praticava bullying, eu sei. - continuou Gigi. - Mas, e se alguém simplesmente se confundiu? No caso da Chanel #3, é por quê ela é uma Chanel. Todos matariam para ser uma Chanel.

– Apenas garotas. - corrigiu Cathy.

– O que possibilita a hipótese de o Red Devil ser uma garota. A Shondell era uma vítima fácil. Ela era uma policial, logo descobriria a verdade. Então ele ou ela decidiu dar um fim em pelo menos uma policial. Tiffany provavelmente estava no lugar errado, na hora errada. Porque era uma aluna nova e era muito parecida com a Chanel.

– Mas ela estava em outra fraternidade. - comentou a decana.

– Detalhes, detalhes. E Earl, por fim. Nós duas sabemos que ele não tinha uma relação muito boa com todos. Se achava o tal e só tinha Pete como amigo.

– Essa teoria nos dá um leque de opções.

– Sim. Espero ter ajudado. - Gigi havia terminado seu café, enquanto Cathy ainda nem havia tocado no seu. - Vai ficar frio. - disse, apontando para a xícara.

– Ah, sim. - Cathy pegou a xícara e tomou um gole do café. - Você já pode ir.

Gigi, acostumada com a grosseria da chefe, saiu da sala, deixando Cathy ainda mais confusa com a sua teoria.

***

CHAD

CAMPO DE GOLFE

11h23

Chad acertou a bola, que rolou até o buraco número 17. Ele estava jogando com Boone.

– E aí cara, como estão as coisas com a Chanel #5? - perguntou.

– Nada bem. Ela me dispensou ontem. - respondeu.

– Sério? Por quê?

– Porque alguém tirou fotos minhas com Melanie e mandou para ela.

– Que chato. - Chad estava tentando esconder alguma coisa.

– O que foi? - perguntou, percebendo a hesitação do amigo.

– Fui eu.

– Foi você o que?

– Fui eu quem mandou as fotos para ela.

Boone ficou chocado.

– Espera... O quê? Por quê?

– As Chanel's não são pessoas boas para se namorarem. - ele acertou mais uma bola no buraco.

– Disse quem está namorando a rainha delas.

– Já estou quase terminando com Chanel.

– Você sabe que ela não vai deixar barato né?

– Sim, eu sei. Por isso, eu tenho um plano.

Boone acertou uma tacada também, mas a bola parou a poucos centímetros do buraco.

– E isso me envolve, não é mesmo?

Chad deu um sorriso.

– Mas é claro.

***

DENISE

PEX

16h50

Denise passou a tarde inteira fazendo depoimentos dos garotos da PEX. Nenhum deles sabia nada sobre um possível envolvimento de Earl com o assassino.

O que era muito estanho até mesmo para ela, que não era uma policial de verdade.

Estava sentada à mesa da sala, analisando os depoimentos. Passava os olhos rapidamente, mas parou, quando dois chamaram a sua atenção. Eram de Boone e Chad.

Eles alegavam praticamente a mesma coisa, mas suas entrevistas não se encaixavam por pequenos detalhes e algumas horas. Leu o depoimento de Boone:

"Eu tava no meu quarto, quando lembrei que Chad havia me convidado para estudar com ele. Eram umas nove e meia quando cheguei lá. Estudamos até onze e pouca, quando ele foi ao banheiro e trancou a porta. Aproveitei a oportunidade e fui até meu quarto, para pegar alguns jogos. Não vi ninguém no corredor. Meu quarto fica um andar em cima do de Chad, então demorei um pouco para subir as escadas. Quando voltei, Chad estava conversando com alguns amigos pelo celular. Jogamos o resto da noite."

Em seguida, leu o de Chad:

"Boone chegou para estudar em meu quarto umas dez horas. Estudamos até as onze e meia, quando ele entrou no banheiro. Aproveitei a oportunidade para trocar de jogo e conversar com alguns amigos, pelo meu celular. Ele saiu do quarto e foi pegar alguns jogos no quarto dele. Quando voltou, contou que tinha ouvido um barulho bem estranho vindo do quarto de Earl, que fica no final do corredor do meu quarto. Decidimos não ir lá, porque era a intimidade de Earl. Depois, terminamos de jogar e fomos dormir."

Denise estava achando aqueles dois muito, muito esquisitos. Decidiu,por fim, que iria espioná-los.

GRACE

PORÃO DA KKT

22h58

Grace segurava uma lanterna e olhava fixamente para a porta do porão. Ela seria expulsa da fraternidade se Chanel soubesse disso. Mas ela não estava nem aí, precisava de respostas sobre sua mãe. Foi torturante ficar na KKT uma semana e não ter a chance de procurar nada. Todas as Chanel's haviam saído, não se sabe para que e Zayday era sua amiga, então não contaria nada. Era a oportunidade perfeita.

Abriu a porta e desceu as escadas. O ar ficou mais frio e pesado. O que era aquele líquido na escada? Ela nem queria saber. Desceu as escadas com cuidado, segurando a lanterna acesa à sua frente. Suas mãos transpiravam.

Desceu até o final da escada e deu de cara com uma banheira. Uma banheira? Em seguida se lembrou que seu pai havia lhe contado que sua mãe tinha morrido em uma banheira, depois de seu parto. Seu coração disparou. Aquele era o lugar onde ela havia nascido. E onde sua mãe havia morrido.

Ela tremeu dos pés à cabeça e foi examinar a banheira. Ela estava suja de sangue. Sangue seco. Sangue de 18 anos atrás. Sangue de sua mãe. Fora isso, a banheira parecia normal. Desistiu dela e foi adiante com a investigação.

Chegou à um armário. Era grande e antigo. Pegava poeira nas portas de madeira escura. Ela abriu uma das portas e quase morreu do coração.

O armário estava cheio de fantasias do Red Devil.

Tudo bem que ele era o mascote da fraternidade, mas aquilo era bem esquisito. Decidiu deixar o armário de lado, por enquanto. Chegou a um canto do porão, onde parecia ser habitado.

Seu coração, que já estava acelerado, acelerou mais ainda. Olhou em volta. Não havia ninguém ali. A lanterna iluminava uma mesa, onde várias fotos de todos os alunos da Wallace tinham sido coladas, uma do lado da outra.

Várias fotos apresentavam um grande "X" vermelho. Jhenifer, Tiffany, Earl... O "X" de Chanel #3 havia sido apagado. Também havia fotos dos funcionários. A de Shondell era a única marcada.

Grace não queria aceitar a realidade. Ela estava com medo. Muito medo. Além disso, estava no covil do Red Devil.

Ele se escondia na Kappa Kappa Tau! Como isso era possível? Estava animada para contar à Zayday o que descobrira. Quando ia voltar, a porta se fechou e barulhos de passos encheram o porão.

Ela rapidamente desligou a lanterna e se escondeu atrás de algumas caixas que estavam ali. Estava desesperada. Ela ia morrer! Ela ia morrer!

Calma, Grace. Você não vai morrer. Pode ser uma Chanel que voltou aqui para pegar algo, pensou. Parte dela não acreditava naquilo. Parte dela queria acreditar. Ela havia entrado naquele porão para ter respostas sobre o mistério de sua mãe, mas não descobriu nada.

Ela estava com um desespero tão grande. Queria sair dali, mas não podia.

Os passos se aproximavam. Pararam a poucos metros de Grace, onde ela supunha ser o local das fotos. Arriscou olhar para ver alguma coisa. Tudo o que viu foram caixas e mais caixas.

Tentou separar uma delas, mas foi em uma péssima ideia. A caixa caiu e todo o seu conteúdo (taças de cristal) se quebraram no chão, fazendo um barulho terrível.

Grace não quis nem saber. Correu para a porta. Tentou ser o mais veloz que conseguiu. Funcionou. Mas seu plano só tinha uma falha: quando chegou à porta, ela estava trancada. Chutou a madeira, socou e forçou a fechadura. Ela não cedeu.

Grace não tinha tempo. Os passos, que nem tinha notado, se aproximavam. A pessoa parou atrás dela. Ela se virou...

E deu de cara com o Red Devil.


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Notas finais do capítulo

Acho que sou um pouco mau demais hsuahsuahs



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