Rush Kappa Kappa Tau escrita por Ivashkov


Capítulo 7
The ritual


Notas iniciais do capítulo

A parte final o/
Acho que esse é o capítulo mais engraçado até agora.



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CHANEL

SALA DE JANTAR DA KKT

19h15

– Você só pode estar brincando! - gritou disse Chanel #5.

Chanel olhava para Chanel #2 com cara de espanto.

– Você tá me dizendo que é uma bruxa? E que você consegue fazer pessoas voltarem à vida?

– Não. - Chanel #2 respondeu, revirando os olhos. - Eu já tentei fazer feitiços, mas apenas alguns deram certo.... Quer dizer, a maioria. Tudo bem, todos deram certo. Mas eu nunca tentei trazer uma pessoa de volta à vida.

– ENTÃO TENTA! TÁ ESPERANDO O QUÊ? - gritou Chanel #5.

Hester, que ainda estava jantando, apenas observava a cena, com curiosidade. Olhava para cada uma das Chanel's, como se elas fossem um filme, que se desenrolasse em sua frente.

– Eu vou tentar... Só não lembro onde deixamos o corpo. Onde deixamos ela mesmo?

– Achei que você tivesse guardado. - disse Chanel #5, se levantando da mesa e indo até Chanel #2. - Você o guardou né?

– Não! Achei que estivesse com a Chanel!

– Não tá comigo não! Vocês que se encarregaram de dar um fim no corpo! - disse Chanel.

– Não acredito que perdemos um corpo. - Chanel #2 resmungou.

– Vocês o colocaram no freezer. - disse Hester, ainda comendo seu prato de espaguetti.

As três olharam para ela, como se tivessem lembrado agora que ela existia.

– Isso! Lembrei! - exclamou Chanel #2. - Obrigada Hes...Quer dizer... Chanel #4. - Ela partiu para a cozinha, para abrir a porta do freezer.

Chanel empurrou a amiga e abriu a porta primeiro. O corpo sem vida de Chanel #3 ainda estava lá, todo azul. Faziam dois dias que ele estava ali.

– Bem, acho que vai ser difícil de descongelar. - disse Chanel #5, surgindo na porta.

– Claro que não. Carne de vaca descongela rápido. -disse Chanel.

***

CHANEL #2

SALA PRINCIPAL DA KAPPA KAPPA TAU

20h14

Chanel #2 estava sentada no chão da sala. Havia colocado um manto vermelho e forçado as amigas a colocarem também.

Com um secador de cabelo, passava o vento quente pelo corpo de Chanel #3, para descongelá-la. Se não fosse sua amiga, a situação seria no mínimo hilária.

– Anda rápido com isso. - reclamava Chanel.

Ouviram um barulho na escada e se viraram para ver quem era. Era apenas Hester, que estava voltando do banheiro, depois de tanto reclamar que precisava fazer xixi.

Ela colocava seu manto vermelho e descia as escadas. Quase caiu no penúltimo degrau.

– Estou bem, estou bem. - alegou.

Chanel revirou os olhos.

– Vem logo, senta aqui do meu lado.

Hester se sentou. Chanel #2 terminou de descongelar o corpo.

– Pronto. Agora é só ler o feitiço.

Ela leu. Logo depois, começou a falar coisas em grego. Todas as outras olhavam para ela como se fosse um demônio. Parou de falar em grego, puxou uma faca e disse:

– Precisamos de sangue.

– Não quero pegar aids! - reclamou Chanel #5.

– Burra, aids de pega por sexo! - disse Chanel #2.

– Não sejam tapadas! Aids se pega quando se bebe água do México! - respondeu Chanel.

Chanel #2 revirou os olhos e cortou a palma da mão. Abriu a boca do cadáver e pingou três gotas.

– Preciso que façam isso também... CHANEL #4!

Hester, que estava brincando com o braço do cadáver, levou um susto e largou o "brinquedo". Pegou a faca, cortou a palma da mão e despejou três gotas na boca da Chanel #3. As outras duas fizeram o mesmo.

– Ainda acho que vou pegar aids com isso. - reclamou Chanel #5.

Chanel #2 voltou a falar em grego, agora falando mais rápido que o Eminem. Se levantou e começou uma dança que lembrava todas as outras da dança da cantora Lorde.

Por fim, se sentou e disse:

– Agora tá dizendo que só precisamos esperar.

– Será que vai demorar muito? - perguntou Chanel #5.

Quando Chanel #2 ia responder, os olhos do cadáver se abriram. Ela inspirou bem fundo e agarrou o braço da Chanel #5, que gritou.

***

CHANEL #3

Chanel #3 era tecnicamente um zumbi. Ela sentia um estranho gosto de sangue em sua boca.

– AI QUE NOJO! SINTO COMO SE ESTIVESSE SANGRANDO PELA BOCA! - gritou.

– É, ela está de volta. - disse Chanel, revirando os olhos. Ela se levantou. - Pronto, agora que esse ritual satânico acabou, posso voltar a fazer minha rotina de beleza.

Ela tirou o manto, jogou-o em cima do sofá e subiu as escadas, entrou em seu quarto e trancou a porta, colocando uma música bem alta.

– O que que aconteceu? Só me lembro do Red Devil no ofurô. - Chanel #3 comentou.

Chanel #2 respirou fundo e contou tudo o que havia acontecido nos últimos dois dias. Tirando a parte em que ela ficou no congelador pelos dois dias.

– Nova Chanel #4? Agora somos de novo 1,2,3,4 e 5?

– Sim. - Hester respondeu por Chanel #2.

Chanel #5 estava estranhamente quieta. Só tinha ficado observando as amigas. Não tinha dito uma só palavra desde que Chanel #3 acordara.

– O que houve, Chanel #5? - perguntou Chanel #2.

– Nada, só que essa história de ressuscitação é meio estranha pra mim. E os ferimentos dela? Foram curados?

– Acho que sim. - Chanel #3 analisou o corpo em busca dos cortes de faca. - Isso é muito estranho.

– Sim, muito. - concordaram as outras três em uníssono.

***

PEX

23h34

Red Devil abriu a janela do quarto de Earl. O mesmo estava tomando banho, em seu banheiro particular.

Ele puxou a faca e se escondeu em um canto do quarto, que era bloqueado pelo armário, esperando sua próxima vítima sair do banho.

Não demorou muito e Earl saiu do banheiro, com uma toalha enrolada na cintura. Ele cantarolava uma música que Red Devil desconhecia.

Colocou uma cueca e foi até a janela do quarto, que ficava no segundo andar, olhando para a viatura policial, parada a alguns metros da PEX.

Red Devil foi andando de fininho, até chegar perto o suficiente de Earl.

Ele se virou e deu de cara com o assassino. Gritou e chutou-o para longe. Sua máscara de demônio caiu, revelando sua verdadeira identidade.

– Por quê você está fazendo isso? - perguntou assustado. - Achei que você gostasse de mim, que não tínhamos problema algum.

– Você me irrita, Earl.

Puxou uma faca e a cravou no peito de Earl, logo em cima do coração. Para garantir, deu mais duas facadas, em diferentes pontos do peito. Deixou o corpo caído no chão, entrou no banheiro, tirou a fantasia, ficando com a roupa que estava por baixo.

Saiu da PEX pela porta da frente, porque agora não era mais um assassino profissional, e sim um estudante da Wallace.

Mas, não era um assassino profissional. Porque assassinos profissionais não deixam pistas. Red Devil, mesmo sem querer, deixou.


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