Rush Kappa Kappa Tau escrita por Ivashkov


Capítulo 9
Death isn't a game




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GRACE

PORÃO DA KKT

23h20

Grace gritou.

O assassino partiu para cima dela e tampou sua boca com a mão, fazendo com que parasse de gritar. Arrastou-a para longe da porta, de volta para o canto das fotos.

Ele a jogou num canto do chão.

– O quê você está fazendo aqui? - perguntou.

Grace não reconheceu a voz imediatamente. Era uma voz conhecida, ela sabia. Mas era abafada pela máscara, então era quase irreconhecível.

– Pro...Procurando informações sobre minha mãe. - respondeu.

Red Devil se virou de costas para ela. Pegou algo na mesa e entregou a ela. Era uma foto de sua mãe na época antes de ela entrar para a KKT. Grace ainda não entendia o por que do assassino ainda não tê-la matado.

Ela encarava a foto, que mostrava sua mãe sentada com umas amigas no sofá da KKT. Uma coisa chamou a atenção de Grace. Sua mãe estava grávida e com o mesmo vestido que usava quando morreu. Ela sabia disse porque várias fotos apareceram no jornal, e seu pai tinha todos guardados.

Red Devil estava empunhando um machado, mas Grace não parecia se importar. Ela havia conseguido uma foto de sua mãe. Uma foto inédita!

O assassino chegou perto dela e disse:

– Está pronta?

Grace se assustou com a voz do assassino. Lembrou-se de onde estava e na condição em que estava.

– Nem pense em gritar.

Ela engoliu em seco.

– Pronta pra quê?

– Pra morrer.

A loira não teve a chance de responder. Red Devil atacou seu pescoço com o machado, fazendo um corte profundo nele.

Por um estante, antes de tudo ficar preto, Grace não pode deixar de pensar que aquela moça, sua mãe, era um pouco familiar demais.

***

CHANEL #2

LANCHONETE

11h45

Chanel #2 estava sentada com Pete à uma mesa no canto da lanchonete.

– Claro que ele vai continuar a matar os estudantes. - argumentou Pete.

– Eu sei, mas eu estava pensando se eu poderia ressuscitar a todos, que nem eu fiz com Chanel #3.

– Você sabe se é perigoso?

– Bem, no livro diz que eu poderia morrer de desgaste mental e tal...

– Não.

– Não o que?

– Você não vai fazer feitiços desse tipo em todos os estudantes. Na verdade, em nenhum.

– Por quê?

– Você ouviu o que você acabou de falar? Você pode morrer!

Chanel #2 adorava quando Pete ficava super protetor com ela. Estava gostando cada dia mais e mais dele. Já não o via mais como só amigo. Isso era um pouco estranho. Na verdade, muito estranho.

Percebeu que estava divagando em seus pensamentos e não estava dando atenção à Pete.

– O quê? - perguntou.

– Eu perguntei se você quer alguma coisa.

– Ah sim. Não, não. Obrigada. Bem, acho que já vou.

Ela se levantou e Pete a acompanhou até a porta.

– Te vejo mais tarde?

– Com certeza. - Ela se virou e saiu. Mas, ele segurou seu braço, a puxou para ele e nem por um segundo hesitou.

Pete e Chanel #2 estavam se beijando.

***

ZAYDAY

SALA DE ESTAR DA KKT

15h03

Zayday estava preocupada com a amiga. Ela havia saído de noite e até agora não tinha voltado. Era só um porão, o quê poderia ter de mais em um porão?

A empregada decidiu descer até lá.

Era uma ideia idiota, ela sabia. Mas o quê ela podeira fazer? Era sua melhor amiga. Hester as havia abandonado. Ele não ia suportar perder outra amiga.

Desceu as escadas do porão e viu uma banheira, a qual não dão importância alguma. Viu um monte de taças quebradas. Também não se importou. Só entrou e desespero quando viu a amiga caída no chão, de costas para ela.

Correu até Grace, já pensando no pior. Quando a virou, percebeu que seu medo estava concretizado. Seu pescoço havia sido cortado. Mas isso nem era o mais macabro. Os olhos da garota haviam sido arrancados e deixados ao lado dela, com uma mensagem, que Zayday supôs ser do Red Devil:

"CONHECIMENTO É PERGIGOSO. A MORTE É UM JOGO, E EU SEI GANHÁ-LO."

– Não, a morte não é um jogo. - sussurrou.

Zayday não sabia mais o que fazer. Se levasse o corpo para cima, achariam que ela havia matado a amiga. Resolveu ficar quieta e e esperar a polícia encontrar o corpo.

Levantou-se e foi em direção à porta. Olhou mais uma vez para o corpo da amiga.

Ela ia ter que se virar sozinha na KKT de agora em diante.

E por incrível que pareça, a ideia não lhe assustava nem um pouco.

***

CHANEL #5

PISCINA PARTICULAR DA KKT

16h00

Chanel #5 estava deitada em uma boia em formato de coração, flutuando pela piscina. Ela queria ficar bronzeada para a festa de Halloween que seria daqui a alguns dias. Estava com os óculos escuros na frente dos olhos, encarando o céu de quase final de tarde.

Seus dedos tocavam a água. Estava tudo tão tranquilo. Ela relaxava pela primeira vez em dias.

Mas quando Boone chegou, seu sossego acabou.

Ela levantou a cabeça, encarando-o.

– O quê você quer?

Ele não respondeu. Apenas tirou as roupas, ficando de sunga.

– Não, apenas Kappas podem entrar na piscina. Se afeaste.

Boone não disse nada de novo. Foi entrando na piscina mesmo assim. Mergulhou e nadou até a garota. Se levantou e disse ao seu ouvido:

– Diga adeus.

Chanel #5 não entendeu o que ele queria dizer com isso. Sentou-se na boia, mas foi em vão. Boone virou-a e ela caiu na água. Ele mergulhou e puxou-a consigo.

Eles estavam na área em que a piscina atingia dois metros de profundidade. Após alguns segundos, Chanel #5 reparou em uma coisa, Boone estava tentando afogá-la. Entrou em desespero, se debateu, chutou ele. Nada funcionou.

Seus pulmões já clamavam desesperadamente por oxigênio. Boone já não estava mais submerso. Sua cabeça estava fora d'água, ele apenas forçava a cabeça de Chanel #5 para dentro da piscina.

Quando Chanel #5 pensou em desistir e aceitar a morte, uma pedra afundou ao seu lado. Sangue estava escorrendo na piscina. Não era seu. Era o sangue de Boone.

Suas mãos não faziam mais esforço para baixo. Ela se levantou. Inspirou o máximo de oxigênio que conseguiu. Como era bom respirar. Entrou na boia de novo e ficou observando o corpo de Boone flutuar pela água. Estava de barriga para baixo. Em sua nuca, um ferimento estava aberto.

Chanel #5 ligou os pontos. Alguém havia tacado uma pedra em Boone enquanto ele tentava afogá-la.

Ele estava morto.

***

GIGI

BANHEIRO DE SUA CASA

22h57

Gigi estava na banheira, brincando com a espuma que se formava ali. Seu celular estava do seu lado, vibrando a cada mensagem que recebia. Já não aguentava mais aquele barulho insuportável. Saiu da banheira, se enxugou, colocou sua camisola e foi se deitar, deixando o celular no banheiro.

Quando estava com as luzes apagadas, começou a pensar em sua vida. Ela era uma antiga Kappa, tinha sido melhor amiga de Cathy, sua vida era perfeita.

Agora, era apenas uma secretária que levava café para Cathy e era maltratada por todos. Ela estava cansada.

Adormeceu logo em seguida, não percebendo o barulho que vinha do lado de fora de sua porta.

Acordou em seguida, com aquele zumbido na orelha. Abriu os olhos, sem saber o que estava acontecendo. Olhou para a esquerda e não viu nada. Quando olhou para a direita, se deparou com o Red Devil segurando uma serra elétrica, pronto para atacá-la. Ela pulou da cama, procurou as chaves de todas as portas, mas não foi necessário, pois a porta da frente havia sido quebrada.

Ela correu para fora de casa, com o assassino a seguindo.

Sua casa ficava isolada no campus. Ficava logo depois de todas as fraternidades. Logo atrás dela, tinha uma floresta. Decidiu entrar lá, era mais fácil de despistá-lo lá.

Galhos arranhavam os seus braços. O barulho da serra elétrica ficava cada vez mais alto. Ele estava chegando.

Mais rápido, mais rápido!, pensou.

Corria o mais rápido que conseguiu. Não ligava mais para o barulho. Porque se ficasse se concentrando nele, jamais ia ter concentração para correr direito.

De repente, um vulto vermelho apareceu na frente dela, brandindo a tal da serra elétrica. Ela gritou.

O assassino pareceu congelar com a arma acima cabeça. Ela se virou e correu em direção à saída da floresta.

O assassino não deu nenhum sinal de que a estava seguindo. Correu para o escritório de Cathy, que ficava sempre aberto. Entrou na sala dela e se escondeu dentro do armário, até de manhã, onde julgou ser seguro para sair.


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Notas finais do capítulo

Sou quase um George R.R. Martin na vida AUSHAUSHAUSHA sqn



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