Abigail e a Fera de Hillstone escrita por amarf


Capítulo 8
Capitulo seis




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– Você não podia ter feito isso! Não sem nos consultar primeiro – Karina falou irritada.

– Pelo amor de nossa mãe, eu não fiz nada de errado – Iris comentou desinteressada.

– Não fez?– Karina riu sarcástica

Iris não respondeu, Lisa desceu as escadas com a testa franzida, lábio pálido e uma voz fraca.

– Eu bebi?

– Não… – As duas irmãs responderam em uníssono

– E por que essa ressaca?

– Lisa, temos que conversar – Karina disse preocupada.

– É claro que temos Ka, mas eu preciso de um café – Ela fez uma careta ao dar mais um passo – E de um banho.

*********

Abigail estava deitada na cama, a pele mais pálida do que qualquer outra vez que Lucas se lembrasse. Ele sabia que a garota estava sonhando, pois seus olhos mesmo fechados se moviam, a pele estava molhada de suor e mesmo assim tremia de frio. Os três rapazes entraram, mas Lucas foi o único a toca-la. Abaixou-se no pé da cama segurando a mão dela.

– Faça alguma coisa – Murmurou.

– Podemos tentar pela áurea – Shane comentou

– Vocês são loucos? Essa baboseira não…

Jack ignorou o que Lucas dizia, com o dedo indicador tocou a testa de Abigail que ficava cada vez mais gelada, se concentrou e após alguns segundos em silencio sussurrou: “Ostende te.” Porém nada aconteceu, o silencio prosseguiu enquanto ele repetia o processo mais algumas vezes.

– Isso esta me dando fome – Shane comentou saindo do quarto

– Mas que droga! Vocês não estão ajudando porcaria nenhuma, ela só piora! – Lucas se levantou enfrentando Jack

– Não, isso… Isso esta errado. Onde ela esta? – Jack não falava com Lucas, ele conversava consigo mesmo, sua expressão estava confusa.

– Bem na sua frente, idiota! – Lucas gritou

– Vê se cala a boca.

– Eu vou fazer você se calar.

– Se ameaça-lo de novo, vai se ver comigo moleque – Shane entrou calmo mastigando o ultimo pedaço de um sanduíche, mas seu olhar continha ameaça.

O silencio pesou mais uma vez. Jack voltou a falar:

– Shane, preciso da sua ajuda – Deram-se as mãos para que Jack repetisse o processo, dessa vez algo aconteceu. Uma fumaça negra emergiu do corpo de Abigail, Lucas caiu para trás vendo a cena. A fumaça negra em poucos segundos tomou forma do corpo da garota e explodiu deixando no ar cheiro de algo morto.

– Que merda é essa?

– Abigail esta presa num sonho. Ela perdeu a conexão – Jack falou novamente para si mesmo

– Tipo, TV a cabo? Você só pode…

– Preciso que encontre algum objeto, qualquer coisa, que tenha grande significado e que ela tenha tocado pela ultima vez.

– Ela não tem nenhum objeto importante. Pelo menos, não em Hillstone.

– O que quer dizer com isso?

– Se ela tem um objeto tão importante como esta pedindo, deve ter virado cinza a alguns anos.

– Lucas, ela só vai voltar se reencontrar a conexão.

– Então… – Ele se levantou respirando fundo – Me usa.

– Jack, não – Shane falou observando a expressão do amigo – Ele é fraco, vai morrer lá dentro.

– Você sabe que não tem outra opção.

Lucas se sentou no chão e segurou a mão da amiga que parecia não ter mais pulso. Jack tocou os dois corpos cada um com uma mão e sussurrou algo que o garoto não compreendeu, fechou os olhos e os dois foram sugados para um lugar escuro. O chão estava molhado e ao redor uma fumaça espessa ia em direção ao céu.

– Parece que perdemos a festa – Lucas sussurrou

– Estava tendo um incêndio aqui.

– Estamos no sonho da Abigail?

– Sim…

– Ela tem sérios problemas.

– O que foi? Achou que iríamos para um bosque encantado com arco-íris, doces e musica de fundo?

– Por que tudo parece tão real? – Ele ignorou o comentário de Jack e começou a caminhar em meio aos destroços.

– Isso não importa agora, temos que achá-la.

– Tudo esta tão… – Lucas começou a tossir

– Você esta ficando fraco, mas eu preciso que se concentre em achar a Abigail. Só você vai poder vê-la, eu sou como uma porta para fora do sonho, meu corpo aqui esta a paisana. Minhas ações em nada ajudam ou atrapalham.

– Isso é ótimo – Falou entre a tosse forte, mas a ironia continuava. Ele semicerrou os olhos procurando a amiga, o que era difícil, o lugar que estavam era escuro e a fumaça dificultava ainda mais. Lucas em poucos minutos andava com a ajuda de Jack.

– Aquilo é um corpo? – Sussurrou

– Quer ir ate lá?

Caminharam mais um pouco e encontraram um corpo ensanguentado, molhado e sujo. Folhas secas estavam presos no cabelo castanho, hematomas e cortes estavam espalhados pelos braços, pernas e pescoços. Lucas se aproximou para ver melhor.

– É ela – Limpou o rosto da amiga – Abigail, fala comigo.

– Quem é… – Abriu os olhos devagar – Lucas? O que esta fazendo aqui? Não, você tem que sair. Ela vai voltar… Você tem que… – Suas palavras saíram rapidamente, ela estava confusa demais. Seu olhar estava insano.

– Segure bem ela, não a solte por nada no mundo – Jack falou e antes que Lucas perguntasse seu corpo foi sugado com uma força arrebatadora e um clarão azulado lhe cegou.

Horas depois, Lucas acordou com uma dor de cabeça muito forte. A cama da Abigail não estava tão confortável e, fazer qualquer movimento parecia pedir a morte, devagar ele desceu da cama e engatinhou ate a porta, desceu as escadas e meio tonto viu a uma reunião sendo realizada na sala.

– Onde vocês guardam a aspirina? – A voz rouca de Lucas assustou todos presentes.

– Na cozinha, eu pego pra você – Diana falou paciente, ela se dirigiu a cozinha esfregando os dedos em um pingente com força – Seja forte – Sussurrou para o rapaz que se aproximou do aglomerado. Abigail chorava desesperada na poltrona, os dois homens que ele trouxera para casa estavam do outro lado da sala de braços cruzados, e Lisa mais as irmãs sentadas no sofá juntamente com Tom, avô de Abigail.

– Abigail? Você esta bem? – Ele se aproximou, mas ela o reprimiu

– Você precisa… Eu estou bem… Só…

– Vamos logo fazer isso – Karina falou severa se aproximando de Lucas

– Fazer o que?

– Chega de perguntas! – Karina o segurou com força, o colocou sentado no sofá, todos que estavam sentados, se levantaram fechando um circulo, apenas Abigail ficou de fora.

– Vão me matar? – Ele perguntou sentindo a cabeça ficar mais dolorida

– Não somos assassinos, Sr. Miller – Karina falou ríspida

– Você é a porta-voz do grupo agora?

– Eu vou ter prazer em estrangular sua cabecinha – Shane disse irritado

– Parem, por favor, parem. Eu preciso de… Alguns… – Abigail falou com a voz embargada – Minutos com ele. Por favor.

– Não. Nos já falamos que isso não esta em…

– Ah, cale a boca – Lucas se levantou com dificuldade, empurrou Karina que parecia uma parede em sua frente e se agachou na poltrona ficando cara a cara com sua amiga – Como você esta?

– Eu estou bem… Desculpe por tudo isso. A culpa é minha, eu não…

– Do que esta falando?

– Eles vão te ajudar. É pro seu bem.

– Abigail…

– Você sabe que eu te amo.

– Mas que papo é esse? – Ele se levantou encarando todo mundo – Podem começar a falar.

– Como se você mandasse em…

– Ele tem o direito de saber – Diana reapareceu

– De novo essa confusão? Achei que estava encerrada – Jack disse com o maxilar cerrado – Nos vamos apagar e pronto. Karina esta esperando o que? – O que uma vez foi angelical, se tornou diabólico. As feições de Karina se tornaram sombrias. Ela segurou o rosto de Lucas com as duas mãos com força, a orbita de seus olhos ficou vazia e sua cabeça tombou para trás. Enquanto o rapaz sentia-se mais fraco a cada segundo, todas as suas lembranças passavam como um flash diante de seus olhos. Mas o mais intenso era a lembrança da primeira vez que viu Abigail.

– Para… – Ele puxou o ar para seus pulmões, mas não parecia preenchê-los. Sua voz falhava a cada segundo ainda preso nas mãos de Karina, as lembranças dos momentos vividos com a amiga ficavam cada vez mais distantes, como se não pertencesse a ele.

O som do corpo caindo ao chão fez o silencio pesar, Karina soltou o ar em uma só lufada.

– Por que ele não acorda? – Abigail disse rouca, as lagrimas não haviam cessado e a cabeça de Lucas repousava gentilmente em suas pernas.

– Dê um tempo… Ele precisa de um tempo – Lisa disse mais gentil do que pode

– Isso tudo é uma loucura.

– Querida… – Jack tentou se aproximar

– Não me chame de querida – Abigail disse feroz. Ficou ninando Lucas por minutos ate que os olhos do amigo se abriram. Verdes e brilhantes, ele forçou um sorriso.

– Abigail?

– Sou eu…

– Achei que tinha te perdido – Massageou a testa, todos na sala estavam surpresos com o que acabara de acontecer. Shane olhou para Karina.

– Achei que tinha feito o serviço – Os olhos claros se tornaram laranjas, cada passo parecia inflamá-lo mais.

– Eu fiz… Eu… Por que…

– Não entendem? Ate podem apagar algo da mente, mas nunca do coração – Abigail disse sorrindo mais contente do que poderia expressar.

– Diana, cadê a aspirina que foi buscar? Minha cabeça não para de doer.

– Ele é fraco Abigail, não pode deixá-lo nesse mundo… – Shane disse irritado, Lucas se sentou coçando a cabeça um pouco confuso.

– Podem me explicar o que diabos vocês estão falando?

– É sobre tudo que tem acontecido… Desde a morte dos meus pais aos sonhos… – Abigail sussurrou, como se contasse um segredo que só ele pudesse ouvir, mas tudo se aquietou quando Diana derrubou o remédio e o copo de água no chão, os comprimidos rodaram ate os pés de Karina, a mais próxima.

– Tudo bem, querida? – Tom se aproximou apoiando a mão no ombro da amada com carinho.

– Iris? – Diana murmurou, todos voltaram sua atenção para a morena que tinha o corpo pairado no ar com elegância, mas seus olhos estavam vazios, petrificados no nada. Um arrepio congelou Abigail que tinha a sensação de já ter vivido aquilo.

– Mas que merda é essa? – Lucas quase gritou quando a cabeça de Iris tombou para trás e de sua boca saiu uma gosma preta que ao cair no chão tomou a forma de um homem.

– Sou Mackenzie, é um prazer vê-los.

– Você é um Lunaris. Não é bem vindo aqui.

– Mas que recepção, Jackson. Eu trago noticias – O homem tinha os braços para trás, andava com elegância mesmo que não tivesse um corpo físico – Haverá um conselho essa noite. Convidamos todos vocês a irem… Inclusive a recém-chegada.

– Ela não é…

– Ora, não gaste suas mentiras comigo – A sombra interrompeu Jack – Nos vemos em breve, Abigail – Em poucos segundos a sombra se tornou fumaça que aos poucos se dissipou, mas deixou um cheiro forte de algo podre na casa.

O quarto de Abigail não estava tão bom quanto deveria, a garota repousava no peito de Lucas que tinha a feição preocupada. Toda a historia que acabara de ouvir sobre bruxos não fazia o menor sentido, aquilo não existia, mas desde que supostamente visitara o sonho da amiga, algo lhe dizia que deveria acreditar em tudo. A amiga, por outro lado, não parava de chorar. A morte de seus pais tinha sido em vão, por uma briga milenar sem sentido. Tudo ao seu redor parecia desmoronar.

– Eu não posso perder você – Ela se sentou enxugando as lagrimas – Então vamos ter que…

– Eu não vou te deixar. Nem comece com esse papo.

– Lucas…

– Estamos juntos ate o fim.

– Você não esta entendendo…

– Não, é você que não entende que eu não vou te abandonar nesse barco insano e provavelmente furado – Ele acariciou o rosto da amiga com gentileza enxugando as lagrimas – Vou estar com você ate o fim.

Ela direcionou o olhar para a janela, havia anoitecido mais rápido do que queria. Lucas seguiu seu olhar.

– Vamos comer, você tem uma festa para ir.

Enquanto desciam as escadas, o silencio da sala se dissipava. Lisa apareceu na ponta da escada, em suas mãos sacolas douradas e no seu rosto um sorriso animado.

– Achei que não fossem terminar nunca.

– Quer falar comigo? – Abigail perguntou confusa

– Eu trouxe uma roupa que talvez…

– Roupa?

– É, vai cair bem em você.

– Mas…

– Para o jantar, tonta – Shane saiu da cozinha falando de boca cheia

– Vai, eu vou preparar alguns sanduíches para você – Lucas disse gentil, Lisa saltitou e puxou Abigail pelo braço de volta para o quarto.

– Mas que tipo de jantar é esse? – Abigail perguntou fazendo uma careta enquanto Lisa rodava o vestido grudado em seu corpo

– Ele não é maravilhoso? Você vai ficar estonteante.

– Eu não posso ir com…

– Você vai com esse vestido.

*********

Abigail ficou parada por alguns minutos olhando para a porta em seu frente, os dedos trêmulos seguravam a ponta do longo vestido rosa que Lisa a forçou usar, a cintura ficava marcada por uma faixa do próprio vestido, sem alças e um decote em coração a fazia se sentir estranhamente exposta. Respirou fundo antes de entrar. Sua primeira visão foi um par de olhos caramelos e cílios gigantes, Abigail desceu o olhar pelo corpo da garota, usava um vestido estilo sereia azul contornando bem suas curvas e um colar de grandes safiras pesava em seu pescoço.

– Achei que não fosse vir – Lisa passou o braço em volta da garota.

– Eu não queria – Murmurou sendo guiada ate o salão principal, o burburinho da conversa de pessoas elegantes se misturava ao som de uma musica sensual e envolvente de um piano de cauda preto sem pianista, Abigail continuava andando, mas seus olhos ainda estavam no instrumento que tocava sozinho. As mulheres usavam vestidos longos de cores escuras e jóias ofuscantes, já os homens usavam ternos de perfeita qualidade e sapatos lustrosos.

– Abigail… – Shane apareceu deslumbrante usando terno, os olhos esverdeados tinham um brilho travesso, ele estendeu a mão que a garota segurou e de forma antiquada, a beijou – Você esta atrasada.

– Não enche Shane. Pelo menos ela veio… – Lisa cochichou. Ignorando os dois acompanhantes, Abigail examinou o ambiente, um lustre de cristal pendia sob sua cabeça, as paredes tinham cor marfim e em uma dessas um grande espelho com moldura dourada. Menos elegantes e segurando bandejas, garçons com paletós brancos e gravatas borboletas serviam champagne e canapés. Do outro lado do salão, próximo ao arco que levava a sala de jantar, Jack a encarava de forma curiosa, em sua companhia uma senhora de cabelo loiro cinzento que usava um belo vestido preto a olhava também, mas não da mesma forma que o rapaz que se despediu da senhora e caminhou em direção ao trio.

– Você esta linda – Jack sussurrou para a garota que lhe ofereceu um sorriso.

– Onde minhas irmãs estão? – Lisa passou os olhos pelo salão

– Me concede uma dança, senhorita? – Ele estendeu a mão a Abigail que ponderou por alguns segundos antes de aceitar.

Caminharam juntos ate o meio do salão, o piano mudou a melodia, tocava agora algo harmonioso. Jack passou uma mão na cintura de Abigail diminuindo a distancia entre seus corpos e com a outra mão segurou a da garota que sentia borboletas vivas em seu estomago.

– Nervosa com seu primeiro conselho? – Perguntou com o lábio colado na orelha de Abigail que sentiu um arrepio percorrer sua espinha, murmurou algo incompreensível fazendo Jack rir – É normal, mas eles não são tão ruins…

– São bruxos, não são? – Jack concordou em silencio – Todos?

– Sem exceção – A olhou nos olhos, sentindo a energia correr em suas veias. O brilho do olhar de Abigail ainda o encantava. Ela respirou fundo ficando embriagada com cheiro de mata molhada que exalava do seu parceiro, os olhos prateados dele a examinavam com curiosidade que ela não entendia.

– Por que esta me olhando assim?

Acabou ficando sem resposta, um homem de cabelo grisalho e olhos claros que tinham um brilho intenso interrompeu a dança. Ofereceu a mão para Abigail e com sua voz grave disse:

– É um prazer conhecê-la. Sou Mackenzie… – Jack tinha havia se transformado, tinha os olhos mais maldosos que ela já havia visto grudados na figura de Mackenzie que não desmanchou o sorriso cortês – Tem causado, como posso dizer – Segurou o queixo como se estivesse pensando – Problemas garotinha.

– Mas eu não fiz nada – Gaguejou

– Mas irá fazer.

– Como? – Mackenzie meneou a cabeça como respeito e se virou para o arco, em poucos segundos a cena mudou. Shane e Lisa estavam de volta, os olhares estavam voltados para o arco onde estavam as três mulheres de aparência fascinante recebendo a reverencia de todos, exceto de Abigail.

– A da esquerda, é Pacificus: a que traz paz. A da direita é Malum: o caos. E a do meio é Iustitia: a justiça – Jack cochichou voltando a se reerguer.

– Elas são… – Abigail piscou algumas vezes verificando se as três eram reais ou não. A que se chamava Malun tinha cabelo loiro que estava preso em um coque deixando seu rosto belíssimo a mostra, tinha olhos claros que claramente seduziam qualquer pessoa. Usava um vestido amarelo com uma longa cauda.

Já Pacificus tinha o cabelo castanho, os olhos claros eram extrovertidos e seus lábios carnudos esbanjavam o sorriso mais cativante que existia. Usava um longo vestido preto com uma fenda na perna. Iustitia era a mais antiquada, com um vestido azul com movimento, tinha o cabelo castanho preso em um falso curto e como jóia perolas.

– Elas não me parecem reais – Abigail disse ainda em choque

– Acredite, eu bem que queria isso – Shane falou acompanhando os passos de todos para a sala de jantar. A mesa estava posta, sob o teto dois pequenos lustres de cristais faziam a mesa brilhar com talheres, copos e pratos dourados. Abigail sentou-se em uma das cadeiras.

– Que comece o show de horrores – Lucas murmurou no pé do ouvido da amiga que quase saltou da cadeira com o susto

– O que você faz aqui? – Shane o pegou pela gola da blusa

– Comer. O que você acha? – O garoto zombou

– Não devia estar aqui.

– Lucas, vai embora… – Abigail cochichou tirando o amigo das mãos de Shane

– Eu…

– O que esse mortal faz aqui? – Uma voz desconhecida sussurrou

– Eu vim entregar a pizza e resolvi ficar pra ceia. Qual a sobremesa? – Lucas se afastou da amiga sentando-se a mesa ignorando a dúzia de olhares fulminantes que queimavam sua pele.


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