–America?

Ele parecia espantado. Me perguntei se iria desmaiar.

–Prove, se for você.

Nossa, ele estava descrente mesmo. Olhei ao meu redor. Algo leve, algo leve... ah, uma caneta, óbvio! Cheguei pertinho dele, me perguntando se conseguiria toca-lo. Sem muita certeza, coloquei a mão em seu rosto. Eu não senti o toque. Talvez, com tempo e treino, eu conseguisse fazer mais coisas.

Voltei à minha tarefa. Me concentrei e agarrei a caneta. Ela ficou firme em minha mão novamente, como quando eu escrevi. me pareceu um movimento normal, mas Maxon parecia espantado.

–Escreva algo. Pode ser um truque.

Eu te amo. Sempre vou amar, meu Majestoso Marido.

–Céus, America. É você. Como é possível?

Não sei. Apenas acredite. Sinto muito por tudo. Queria poder tocá-lo.

–Tente, America. Sei que consegue. Eu te amo.

Concentre-se. Vou tentar. Te amo.

Maxon fez uma cara de concentração. Fechou os olhos. Fiz o mesmo. Usei toda minha força e vontade. Estendi minha mão e o toquei. Tentei, ao menos.

–Não sinto nada.

Sinto muito. Vamos tentar outro dia. Tudo bem com você e o bebê?

–A bebê é linda. Eu estou bem agora que sei que está aqui. Porém, extremamente triste por sua morte. O velório será amanhã. Já é tarde.

Vá dormir. Deitarei ao seu lado.

–Claro.

Maxon se deitou, e ficou olhando para o lado, o mesmo que eu deitava todas as noites até aquela. Subi na cama e mexi em uma coberta para mostrar-lhe que estava ali.

– Boa noite, minha rainha.

Boa noite, meu rei.