Vivendo sem Você escrita por Carolambola


Capítulo 2
Aprendendo


Notas iniciais do capítulo

Oi!! Estão gostando? ficou meio curto, mas eu vou postar outro logo. Beijos, boa leitura e até lá embaixo!



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Observei meu corpo ser envolvido com um lençol branco. Meu braço ficou caído da cama. Maxon permanecia ao meu lado. Ele se aproximou do meu cadáver, e segurou minha mão. Como eu queria poder beija-lo, dizer que iria ficar tudo bem. Queria poder sentir aquele toque. Eu sentiria saudades dele. Saudades de ser eu, de fazer as coisas que eu fazia e gostava, e o que eu não gostava também... sentiria saudades dos beijos. Das roupas. Das tortas de morango. De dormir com ele.

E meu bebê? Ela nascera saudável. Linda, eu sabia. Mas cresceria sem mãe. Nunca a teria em meus braços. Mas eu a amaria, como seria se nada tivesse acontecido. Eu não entendia isso. Como eu podia amar o que me matou.

Mas eu sabia. Por que ela era minha. Saíra de mim, afinal. Foi uma coisa que eu e Maxon fizemos juntos e sozinhos, sem o consentimento, julgamento e auxílio de ninguém.

Resolvi deixar Maxon sozinho. Estava curiosa para saber algumas coisas. Já que a vida me pregou uma peça, eu tiraria proveito da minha infeliz condição.

Resolvi correr contra uma parede. Tentei mentalizar que passaria para o outro lado. Depois de três tentativas frustrantes, eu consegui passar. Quando olhei ao meu redor, fiquei pasma com o que vi.

Vi vários guardas ali. Porém, nenhum deles estava vivo. Eles estavam todos em posição. Parados, rentes à parede, em sentido. Quando passei pelo meio deles, em direção às grandes portas que davam para os jardins, eles todos sorriram, fizeram uma reverência e voltaram à posição.

Saindo do palácio, fui à grande floresta. Lá, tentei pegar um galho do chão. Demorei, mas com muito esforço, consegui o levantar alguns centímetros. Logo, porém, ele caiu no chão.

Tentei novamente, e assim várias outras vezes. Devo ter passado o dia todo nisto, pois quando consegui segurar o galho firmemente, e dar alguns passos com ele, já era noite.

Tomei caminho ao palácio. Saudações dos guardas-fantasma, rumei para o quarto de Maxon. Atravessei sua porta, e o encontrei sentado na beirada da cama, chorando como uma criança. Ah, como eu queria consolá-lo...

–America, America. Por que America?

–Maxon?

Valia a pena tentar. Ele não ouviu, óbvio. Continuou lamentando, me deixando cada vez mais triste. Eu me sentia impotente, e Maxon se sentia perdido.

Resolvi fazer uma coisa arriscada. Cheguei perto da escrivania, e aproveitando que Maxon entrara no banheiro, escrevi um bilhete.

Maxon:

Sinto muito por tudo o que aconteceu. Nunca vou me perdoar por ter deixado você e nossa filha desamparados. Peço que, pelo menos você, me perdoe.

Nossa. Não sei como você vai acreditar que sou eu escrevendo. Acho que você vai enlouquecer. Sinto muito por isso também. Mas acredite, Maxon, sou eu, sua America, que passou um dia aprendendo como ser fantasma. Fale comigo, por favor. eu posso lhe provar.

Bati no sininho sobre sua mesa, fazendo sinal que ali havia uma mensagem. Me sentei na poltrona mais afastada do quarto.

Maxon saiu logo do banheiro. Ele mirou a mesa e viu meu recado. Ele leu, e, parecendo espantado, sussurrou:

–America?


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Notas finais do capítulo

E aí?? Gostaram? Comentem, POR FAVOR!! Mais em breve!! Beijos!



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