Estava sentada na minha cama ouvindo minha musica preferida para tenta me anima, mas nem isso adiantou. Como a minha mãe foi capaz deixa meu pai para vir pra esse fim de mudo. Essa casa não da nem a cozinha da minha antiga. Meu quarto e menor que eram dos empregados que eu tinha na antiga casa.

— Filha a janta esta pronta. — Falou minha mãe batendo na porta e tentando abri a mesma.

— To sem fome. — Gritei, pois estava com um dos fones no ouvido.

— Tira esse fone de ouvido. Vem janta, pois os vizinhos novos vieram nos conhecer. — Falou alterando um pouco a voz, pois sabia que eu estava com o fone de ouvido.

— Vizinho? Já vieram nos incomoda? Que droga, mãe! — Disse tirando o fone do ouvido e pausando a musica.

— Filha! São nossos novos vizinhos. Por favor, tenta ser educada e venha logo. — Vou nada. Pensei logo. — Se você não vim não irei coloca credito no seu celular. Lembre-se, aqui não tem wi fi. — Disse parecendo ler meus pensamentos. Bufei com raiva.

— Já vou. — Falei me levantando. Tomara que não sejam os novos vizinhos aqui da frente. A mulher macho que nunca ouviu fala em rouba de mulher na certa e o amiguinho que acerto uma bolada na minha cabeça que ta doendo ate agora. Coloquei minha sandália e fui para sala de janta. Quando chego lá me deparo com aquele idiota que me acerto uma bolada. O encaro com raiva.

— Filha esses são nossos vizinhos. Dona Quitéria e Ricardo. Essa e minha filha, Jade. — Minha mãe nos apresentava sorridente. Dei um sorriso cínico.

— O que tem para o jantar? — Falei com raiva.

— Jade! — Falou minha mãe parecendo envergonhada. — A nossa nova vizinha nos trouxe macarrão com salsicha. Parece exata uma delicia. Venha comer. — Eles já estavam todos sentados na pequena mesa, só eu me em com trava em pé.

— Macarrão com salsicha? Perdi a fome. — Falei com cara de nojo. Não estava acostumada com essas comidas de pobre.

— Filha, por favor! Perdoem a minha filha, eu juro que dei educação para ela. — Minha mãe se desculpava com eles e me olhava com cara feia.

— É, você deu mais parece que ela não aprendeu. — Falou o idiota que me deu uma bolada mais cedo.

— O que você disse? — Disse alterando meu tom de voz e o encarando com raiva.

— Você não entendeu? Eu falei que você e uma menina sem educação. — Ele me encarava com raiva também.

— O que você fez Jade? — Minha mãe me olhava com raiva e constrangida.

— O que? Eu fiz? Eu não fiz nada! Esse idiota que me acerto uma bolada.

— Mas foi sem querer e eu já te pedi desculpas.

— To nem ai. — Falei cruzando meus braços.

— Jade, desculpa dele. — Minha mãe falava me culpando.

— E se puder devolver minha bola também.

— E devolva a bola dela agora.

— Não vou devolver nada! — Falei seria.

— Então você vai fica sem celular. — Minha mãe disse e vi o idiota do meu vizinho sorrindo como tivesse gostando disso.

— Por quanto tempo?

— Uma semana.

— Tudo isso? — Falei atônica. Ela não podia fazer isso comigo.

— Sim... Agora vai pega a bola dele ou o seu celular. Você escolhe. — Disse e eu fui para o meu quarto. Que raiva desse garoto. Peguei a bola dele. Não iria fica sem meu celular, ainda mais nesse fim de mundo. Voltei para sala de jantar.

— Aqui esta. — Disse adentrando a sala e mostrando a bola.

— Agora devolva pra ele. — Falou minha mãe. Fui andando ate ele, não pensei duas vezes, peguei uma faca e dei vários furos nela. Todos estavam surpresos com o que eu acabara de fazer. Ninguém esperava por isso. Ótimo!

— Tomara a sua bola. — Falei esticando minha mão com a bola ate ele. Minha mãe ainda me olhava atônica. — O que foi? Falaram para eu devolver a bola, mas não falavam que eu tinha que devolver da mesma forma que a peguei. — Falei olhando pro Ricardo e rindo. Sai da sala antes que minha mãe gritasse comigo. Fui pro meu quanto tranquei a porta e coloquei uma musica bem alto no fone. Assim minha mãe poderia grita a vontade. Não iria ouvi nada ate pelo menos amanha.