A Criança de Erebus escrita por The High Registrar


Capítulo 3
Capítulo 03: Uma Caminhada Sob as Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo e o próximo eram, na verdade, um único capítulo que acabamos por dividir em dois.



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Once upon a dark autumn night
I was so very far from sleep
I longed to walk beneath the stars
Into the wood so dark and deep
Neither myth nor faerie tale
Could keep me from the path to the maze
But eyes upon me I could feel
Hidden in the shadows watching always
(Darkness - Blackmore's Night)*

David e Mary Margaret chegaram ao convento alguns minutos após Regina finalmente ter conjurado o feitiço de Gold.

David foi se prostrar ao lado da Blue Fairy, encarando as marcas no braço da filha com preocupação, enquanto Mary Margaret se ajoelhou perto de Regina, preocupada, e percebeu o papel onde estava anotado o feitiço. Ela o recolheu cuidadosamente e leu o seu conteúdo, exasperada.

"O que você fez, Regina?" Ela resmungou, consternada.

"Assim que elas beberam a poção, foram envolvidas por luz, mas, logo depois, essas marcas apareceram em sua pele e começaram a drenar a luz," respondeu a Blue Fairy, apontando para as marcas nos braços de Emma e Regina. David franziu o cenho, claramente temeroso.

Às palavras da fada, Regina finalmente começou a se mover e se sentou lentamente, notando as marcas em seus braços. "O que diabos é isso?" Ela ainda se sentia fraca, mas fez o que pôde para esconder isso.

"Eu não sei, receio que precise fazer alguma pesquisa a esse respeito, e vocês deveriam ficar por aqui enquanto isso." Respondeu a fada sem encarar Regina.

"E Emma? Funcionou?" Falou enquanto se erguia completamente, olhando para a outra mulher com preocupação. Mary Margaret se levantou também e segurou a mão de Regina com firmeza.

"É difícil saber qual é o seu estado, mas está claro que o feitiço impediu que ela fosse consumida por uma estranha forma de escuridão," disse a Blue Fairy lentamente enquanto Mary Margaret se adiantava para se sentar na cama ao lado de Emma e segurar a sua mão.

"O que vamos…" Começou David, mas ele foi interrompido quando Elsa entrou no quarto. Ao perceber as marcas nos braços de Regina e Emma, sua expressão se tornou muito sombria.

"Regina, você acabou de quebrar alguns selos do Reino das Sombras," falou, exasperada.

"O que?" Falou a prefeita em alto tom. "Como isso aconteceu? Era para isso ser um feitiço de proteção!"

Elsa encarou Regina por um momento, preocupada, e começou a narrar lentamente o que Anna havia lhe contado. Enquanto ela falava, David se aproximou da esposa e, ainda de pé, colocou as mãos sobre os ombros dela. Os demais não fizeram nenhum movimento, embora as expressões em seus rostos se tornasse cada vez mais aterrorizada.

"Aparentemente, a poção pode proteger vocês, mas o custo é muito elevado," Elsa finaliza. "Quem bebeu a poção? Foram só vocês duas?"

"Sim, foi sim," respondeu Regina ainda aturdida.

Elsa olhou com impaciência para a outra mulher, sabendo que estava sendo injusta e infantil. Ela suspirou profundamente antes de continuar. "Ótimo. Agora nós precisamos interromper o efeito da poção antes que mais selos sejam quebrados. Você sabe como fazer isso?"

"O que eu sei é que trevas podem combater luz," respondeu a outra mulher, também impaciente.

Ainda surpresa com a súbita aparição da antiga Rainha de Arendelle, a Blue Fairy se adiantou: "Há um homem chamado de Aprendiz, estou certa de que ele pode nos ajudar." Ela fez uma pausa, observando Regina. "Eu não acho que você deveria mexer com luz e escuridão. Há muito em jogo e não conhecemos o feitiço que você conjurou, mas o Aprendiz saberá."

As pessoas presentes na sala encararam a Blue Fairy em silêncio por um momento. "Eu já ouvi esse nome antes. Esse… Aprendiz. Anna já o encontrou, ele é o dono do chapéu que o Gold tentou usar seis meses atrás."

David cruzou os braços e franziu o cenho. Ele conhecia aquele homem e sabia onde encontrá-lo, embora não soubesse se devia ir atrás dele. Havia muito em jogo, no entanto, e David tinha certeza que o outro homem compreenderia, mesmo se decidisse não ajudá-los.

"Muito bem, onde podemos encontrá-lo?" Regina perguntou, por fim.

"Não você, Regina. Você não deve sair do convento com essas marcas, eles estarão te procurando," respondeu Blue. "Aqui, você estará segura."

"Desde quando você se importa com a minha segurança?" Retrucou, com impaciência. "Você espera que eu apenas sente aqui e espere que as coisas se resolvam sozinhas? E a Emma? Não parece que ela está melhorando."

Elsa olhou de Regina para Emma por um momento, realmente não havia qualquer sinal de melhora. Depois, seu olhar se voltou para a outra mulher. "Regina, ela está certa. Se os selos acabarem realmente rompidos, as coisas vão piorar para a Emma. Fique aqui e tente contatar o Gold para desfazer esse feitiço."

Regina encarou Elsa com um misto de resignação e impaciência. "O que te faz pensar que Gold nos ajudará?"

"Anna confia na Belle, então eu também confio nela," ela fez uma pausa breve e encarou Emma novamente. "Eu só sei que precisamos desfazer esse feitiço o mais rápido possível."

Regina revirou os olhos, aparentemente, esse excesso de confiança nas pessoas não era exclusividade dos Charmings. "Então você entra em contato com a Belle enquanto eu me asseguro de que Emma está à salvo."

Elsa sentiu a raiva transbordando naquele momento. Ela olhou as marcas nos braços de Emma, pensando que isso não teria acontecido se Regina não tivesse agido por conta própria, para começo de conversa. Não, ela não confiaria a mulher que amava àquela mulher. "Você já fez o bastante por Emma. Deixe ela descansar, o feitiço provavelmente drenou muita energia dela. Você foi a pessoa que fez essa bagunça, então você desfaça isso enquanto eu vou atrás desse Aprendiz."

Em fúria, Regina se aproximou de Elsa, invadindo o espaço pessoal dela de maneira desafiadora. "Miss Kyrre, eu sei que você era um tipo de realeza das geladeiras no nosso mundo. Aqui? Você não é nada. É da minha família que você está falando e eu vou protegê-los." Ela se afasta de Elsa e começa a andar na direção de Emma.

Elsa tem que se conter para que a tempestade dentro dela não se manifeste fora. "Eu estou apenas tentando protegê-la da bagunça que você criou. Eu amo a Emma e não vou permitir que você a mate só para provar que você se importa com ela."

Ignorando o comentário da outra mulher, Regina segura delicadamente a mão de Emma. "Com todo o respeito. Eu não recebo conselhos e não tenho medo de uma feiticeira que sequer é capaz de controlar a própria magia." Com isso, ela e Emma desaparecem uma nuvem de fumaça roxa.

Balançando a cabeça negativamente, Elsa se volta para os demais na sala. Para sua consternação, ninguém parece muito preocupado com o fato de que Regina está tomando conta da Emma.

Mary Margaret é a única que teve qualquer reação às palavras que as duas trocaram, e encarava Elsa com irritação. Como se Regina não tivesse problemas o bastante de autoconfiança! David, no entanto, apenas encara o chão, querendo não demonstrar qualquer favoritismo, embora achasse que ambas as mulheres estavam sendo infantis.

Quando o silêncio se estendeu por quase um minuto, o príncipe finalmente ergueu a cabeça para encarar Elsa. "Provavelmente seria melhor se você ficasse também," ele lança um olhar para a esposa, como quem pedisse desculpas. "Sua magia pode funcionar como mais uma defesa para o convento."

Elsa compreendeu que David desejava que ela e Regina trabalhassem juntas, mas a antiga rainha de Arendelle sabia que isso não aconteceria. "Nós precisamos…" Ela começou a retrucar, mas foi rapidamente interrompida por David.

"Eu e Mary Margaret cuidaremos do Aprendiz. Sei onde podemos encontrá-lo e não há nenhum motivo para os Loa virem atrás de nós dois," ele comentou, ele não sabia se o homem os ajudaria, mas precisava tentar. "Sua magia pode ser útil para repelir essas criaturas se elas atacarem o convento."

Elsa assentiu suavemente. Ela queria ficar perto de Emma para protegê-la e ficou feliz com o arranjo de David, embora isso significasse que provavelmente teria que fazer as pazes com Regina.

Bom, uma trégua temporária não mataria ninguém. Ou isso Elsa esperava.

~~//~~

Regina e Emma apareceram juntas em um dos quartos do convento. A mais velha colocou a loira na cama, cobrindo seu corpo com lençóis e, em seguida, se sentou ao lado da outra mulher, observando as marcas em seu braço por um momento.

Quando ela se voltou para o seu celular em uma tentativa de entrar em contato com Belle, Emma finalmente começou a se mexer na cama. A loira levantou o braço e pressionou os dedos entre as suas sobrancelhas. "Porque tudo ficou silencioso de repente? Não que eu esteja reclamando," ela falou com a voz rouca.

Regina se voltou para Emma, falhando em esconder o seu sorriso. "Ei, como você está se sentindo?"

Emma virou a cabeça para olhar para Regina enquanto deixava escapar um bocejo. "Eu me sinto um lixo, mas pelo menos consegui dormir um pouco." Ela faz uma pausa, tentando se lembrar quando fora dormir. "Na verdade, eu não me lembro de ter ido dormir. Onde estamos?"

"Nós estamos no convento," Regina respondeu prontamente. "Elsa te encontrou inconsciente na delegacia e nós decidimos te trazer para cá, já que esse lugar é protegido."

A prefeita voltou os olhos para a parede do quarto, hesitante em encarar Emma quando enuncia suas próximas palavras: "Eu tentei lançar o feitiço de Belle, mas parece que só serviu para alimentar essas criaturas e colocar você e toda a cidade em um perigo ainda maior."

Emma encarou Regina, aterrorizada. "Certo, eu me lembro que fui até a delegacia e estava muito cansada, então eu acho que apenas apaguei." ela percebeu que tentava convencer não apenas a outra mulher, mas também a si mesma. "Alguma coisa aconteceu com os…" Ela pausa quando finalmente repara nas marcas em seu braço. "O que diabos…?"

"Todos estão bem. Quanto a isso," ela aponta para as marcas nos braços de Emma, franzindo o cenho. "Essas marcas apareceram quando bebemos a poção para nos proteger. Eu estava tentando falar com a Belle e encontrar uma maneira de reverter isso."

"E eu estava inconsciente durante esse tempo todo?" Emma encara as marcas insistentemente, ela não conseguia acreditar que isso estava acontecendo. "Por quanto tempo eu fiquei apagada?"

Elsa se aproximava lentamente do quarto sendo acompanhada pela Blue Fairy enquanto tentava pensar no que diria a Regina para apaziguá-la. Quando ouviu a voz de Emma, no entanto, tudo deixou de ter importância e ela seguiu a voz, entrando em um dos quartos.

"Emma, você está acordada! O que aconteceu?" Ela se aproximou rapidamente, ignorando Regina enquanto se ajoelhava ao lado da cama e segurava as mãos de Emma. "Eu te encontrei na delegacia com uma marca na sua mão. Você se lembra de quem fez isso com você?"

Emma tentou se sentar, mas caiu novamente na cama, ainda muito fraca. "Desculpe, eu não me lembro de nada que aconteceu depois que cheguei à delegacia." Ela encarou as marcas com tristeza e desespero. "Eu não faço a menor ideia do que está acontecendo…"

"Não se preocupe, David e Mary Margaret foram atrás de alguém que pudesse…"

Em profunda irritação, Regina se ergue da cama. "É claro que você não me deixaria proteger a Emma." Aparentemente, Elsa era capaz de confiar em qualquer um, menos nela. Justo! "Agora que você está em boas mãos, Emma, eu vou tentar encontrar uma maneira de reverter isso já que, aparentemente, eu sou a única responsável por colocar você e todos os demais em perigo."

Com isso, Regina desaparece, cercada por uma nuvem de fumaça roxa.

Elsa apenas suspirou, amaldiçoando a própria estupidez. "Bom, vamos torcer que Regina não tenha feito a burrice de sair do convento."

"Algo me diz que isso foi exatamente o que ela fez," Emma responde, fechando os olhos enquanto esperava que isso acabasse logo e elas pudessem voltar ao cotidiano pacífico dos últimos seis meses.

~~//~~

Regina apareceu em seu cofre em uma nuvem de fumaça roxa.

Ela estava se sentindo frustrado e irritado com as afirmações de Elsa de que ela era a pessoa que pôs Emma em perigo. Estava tão cansada de ser sempre a vilã da história, mesmo quando tentava ajudar. Regina estava com raiva, confusa, frustrada e de coração absolutamente partido, como de costume, mas não queria pensar mais sobre tudo isso agora.

Por esse motivo, a prefeita tinha decidido ir ao seu cofre, apesar de o quão perigoso fadas estúpidas alegavam ser aquela ação. Era esse o único lugar onde podia pensar calmamente em uma maneira de contornar o feitiço que Belle lhe dera. Para tanto, ela começou a procurar freneticamente em seus livros de magia, incapaz de encontrar algo útil.

Ela começou a se sentir ainda mais frustrada, por isso recorreu a seu último recurso: livro de feitiços de sua mãe. Ela lutou contra o desejo de usá-lo por um longo tempo, uma vez que ela não queria nada com ele como ela sabia o que ele poderia fazer com ela.

"Vamos lá... por favor, mãe: ajude-me," ela falou virando as páginas do livro.

Então, após alguns minutos, ela finalmente o encontrou: algo para reverter o feitiço de Gold. Logo que Regina terminou de emitir um suspiro aliviado e começou a emitir as palavras do contrafeitiço, uma nuvem de fumaça negra emergiu do solo dentro do cofre, revelando um homem alto e magro. Ele deu uma olhada ao redor do cofre antes de pousar os olhos em Regina.

"Bem... isso é deveras desconfortável."

Regina deixou o livro de feitiço de Cora cair quando ela ouviu uma voz masculina forte. Imediatamente, ela produz uma bola de fogo em sua mão.

"Quem é você, e o que diabos você está fazendo no meu cofre?" Ela falou com autoridade, mais temerosa do que curiosa a respeito da estranha figura que aparecera sem ser convidada em seu cofre.

O homem levantou as mãos como se Regina estivesse apontando uma arma de fogo em sua direção. "Calma aí, moça da bola de fogo. Eu não sabia que não havia mais alguém vindo aqui."

"Aqui, no meu cofre, você quer dizer? Isso é invasão! O que você quer aqui?" Regina usa seu tom de voz mais profundamente ameaçador. Não lhe importava quem era aquele homem e o que ele queria em seu cofre, era certo que ele representava problemas e a mulher não esperaria para ver.

O homem lhe lançou um sorriso claramente falso. "Mais uma vez, senhora, eu insisto que você faça essa bola de fogo desaparece. Veja bem, eu não sou uma ameaça para você," o sorriso do homem se tornou triste enquanto ele enunciava as palavras, embora ainda falso. "Mas eles são"

Ele abaixou as mãos rapidamente, indicando algo atrás da prefeita. Um som profundo e duro emergiu, então, do local onde o homem apontara. Regina se virou em direção ao ruído e percebeu que duas sombras se aproximavam dela. Instintivamente, a prefeita lançou uma bola de fogo que fez com que elas diminuíssem um pouco, embora não as destruísse.

Desesperadamente, decide retomar o contrafeitiço que ela estava conjurando quando ela foi interrompida pelo homem: ela alcançou a taça de prata que descansava sobre sua mesa, e jogou ali dentro um colar com um pingente dourado em forma de uma árvore que ela tinha desde sua tenra idade.

Enquanto as sombras recomeçaram a se aproximar, ela pronunciou o feitiço:

"Conjurado foi o feitiço que encheu o coração de Emma Swan com luz protetora, e agora peço que o feitiço seja removido." Segundo as instruções no livro de sua mãe, para se desfazer um feitiço dessa magnitude é necessário abrir mão de alguma coisa valiosa de seu conjurador de modo a mostrar as suas verdadeiras intenções. Dessa maneira, o sacrifício se tornaria o preço da magia e a magia de anulação não causaria nenhum dano a Emma.

O conteúdo da taça brilhou intensamente e o pingente desaparece magicamente de dentro do copo. Uma fumaça roxa rodeou Regina quando ela começou a sentir os efeitos do contrafeitiço.

Quando Regina acabou de evocar a magia, as sombras se afastaram e ficaram quietas, aparentemente muito atentas ao que acontecia. "Muito inteligente, majestade. O Senhor das Trevas..." As sombras pareceram se agitar à menção daquele nome. "Eu sinto muito," ele falou para elas. "O feitiço de proteção de Rumplestiltskin foi decepcionante, até mesmo a barreira de proteção das fadas fez um trabalho melhor."

Já irritada com a atitude da Elsa e, agora, com esse homem misterioso que aparecera em seu cofre, Regina finalmente perdeu a compostura: "O que você quer? Se ousar machucar Emma ou Henry, eu vou me certificar pessoalmente que seu coração imundo seja esmagado!"

"Vou lhe aconselhar novamente contra me matar, majestade. Veja bem, sem mim, essas sombras, cujos olhos inexistentes estão olhando diretamente para você, vão perder a compostura," O homem lhe lançou um sorriso, dessa vez sincero. "Não há necessidade de se preocupar com o seu garoto, eu e os Loa não temos nada contra ele. É um bom menino."

Regina fecha os punhos e começa a usar magia para estrangulá-lo. "Diga-me, o que você quer com a Salvadora?" Ela perguntou enfatizando cada palavra.

O homem luta para responder, o sorriso ainda em seu rosto. "Aa-ah, não é sobre… o que eu quero... os Loa... precisam dela."

"Para o que?" Pergunta Regina, afrouxando o aperto ao redor do pescoço do homem.

Ele massageia seu pescoço. "Você sabe que estrangulamento é uma forma de assassinato, certo? Que rude!" Ele balança sua cabeça levemente. "Os Loa querem liberdade para circular entre os reinos, deixar aquele mundo sem luz e sem vida deles. E eles querem o rei deles de volta."

"E o que você ganha com isso?" Regina perguntou, desconfiada, e o sorriso do homem se alargou ainda mais.

"Eu sou apenas um humilde servo dos Loa, um sacerdote a serviço deles. Se as coisas saírem como planejado, no entanto, eu verei meu mais odiado inimigo morto." Ele começou a andar de um lado para o outro. "Veja bem, não é nada pessoal contra você ou a Salvadora, ou qualquer um nessa cidade. Eu posso até mesmo ajudá-los, no fim!"

"Eu duvido disso, mas com certeza não vou te deixar escapar ileso," Regina balançou as mãos e ativou selos no cofre para que ninguém entre ou saia dali. Então, é envolvida por uma fumaça roxa e desaparece.

Facilier observou enquanto Regina desaparecia sem fazer qualquer menção de impedi-la.

"As coisas poderiam ter corrido muito melhor, mas poderiam ter corrido muito pior também." Então, ele bateu no chão duas vezes com o bastão que carregava quando as sombras nas paredes começaram a se aproximar dele. "Façam-me um favor e sejam mais útil na próxima vez. "

As sombras o alcançaram, então, e cobriram nas trevas, e ele desapareceu também.

~~//~~

Emma e Elsa encaravam o espaço vazio onde antes estivera Regina. A mais nova deixou escapar um suspiro de cansaço. "Ela precisa parar de me tratar como se eu fosse a serva dela ou algo assim."

Emma sorriu carinhosamente diante das memórias que brotaram das suas primeiras interações com a prefeita. "Ela tem mesmo essa pose," falou, por fim, mas mudou de assunto rapidamente ao perceber a expressão irritada da namorada. "De qualquer maneira, por quanto tempo eu fiquei inconsciente?"

Elsa deixou suas inseguranças de lado por aquele momento; Emma precisava dela. "Eu não sei, tem mais ou menos duas horas que encontrei você," ela falou, pensativa. "Dessa vez foi diferente da última, não foi?"

"Foi completamente diferente. Eu não me sinto nem um pouco descansada!"

Elsa se adiantou para se sentar na cama, ao lado de Emma.

"Sim, isso foi meio que nossa culpa," falou Elsa, franzindo o cenho. "Regina fez uma poção sob instruções do Mr. Gold e fez com que você bebesse. Mas ela só serviu para alimentar essas criaturas, e provavelmente está consumindo suas energias." Elsa segurou a mão da namorada. "Você devia descansar."

"Eu não consigo," retrucou Emma imediatamente. "É tão frustrante, eu me sinto perdida, inútil. Que belo dia para ser a Salvadora!"

"Emma, você precisa parar de se culpar por coisas que estão fora do seu controle," Elsa apertou a mão de Emma, tentando tranquilizá-la. "Não é sua culpa se fizeram você de alvo. Estou feliz que esteja bem."

"E eu estou feliz que você esteja aqui," Emma aperta a mão de Elsa de volta. "Você já parou para pensar como seriam as coisas se você tivesse conseguido voltar para Arendelle?"

Elsa engoliu seco, pensando no reino que talvez nunca mais seria capaz de alcançar, agora sendo controlado por Hans. "Eu… eu estou feliz que não tenha que fazer essa escolha."

Repentinamente, Emma começou a sofrer espasmos. Um jato de luz branca saiu de sua boca e de seus olhos e ela foi cercada por fumaça roxa.

Elsa observou a cena completamente em choque, incapaz de fazer ou pensar em qualquer coisa. "Emma!" Ela gritou e, tão repentinamente quanto começaram, os espasmos param e Emma se volta para Elsa com um leve sorriso, os olhos quase fechados.

"Eu estou aqui, estou aqui," ela disse com a voz fraca, lentamente estendendo a mão para segurar a de Elsa novamente. "Eu não sei de mais nada, a não ser que você vai estar aqui." Depois disso, Emma lentamente fechou os olhos e adormeceu.

Elsa encarou a outra mulher, completamente chocada por um momento. Então, quando o medo a tomou, ela deitou a cabeça no peito de Emma e começou a chorar copiosamente. Ela tentou se acalmar ouvindo as batidas do coração da namorada, pelo menos o bastante para pensar em como ajudá-la.

~~//~~

David desceu da caminhonete. Ele andava depressa, e Mary Margaret que teve de se esforçar para conseguir acompanhá-lo. David conhecia bem o homem que deveriam encontrar e sabia onde encontrá-lo, mas a sugestão da Blue Fairy o tinha deixado muito preocupado. Ter de recorrer aos poderes do Aprendiz era um mau sinal, indicativo de que a situação de Emma estava já muito além de seu alcance.

“Ele vai nos ajudar,” Mary Margaret afirmou esperançosa, reparando como David parecia aflito e ansioso. “Ele precisa.”

“Mas ele não deve,” retrucou o príncipe ao parar de repente, frente à varanda da pequena casa em um extremo da cidade. “E ele sempre foi muito rigoroso com seus deveres, você sabe bem disso.”

“David!” Mary Margaret exclamou exasperada diante da negatividade de seu marido. “É da nossa filha que estamos falando! Emma é a Salvadora, eu tenho certeza que isso é razão o bastante.”

David franziu o cenho e deixou escapar um suspiro, então se voltou para Mary Margaret com uma expressão muito pouco confiante. “Eu só espero que ele pense como você.”

O casal lado a lado o resto do caminho até a porta da casa, onde David hesitou por um momento. Era difícil pra ele, independentemente das circunstâncias do reencontro, encarar seu antigo mestre novamente. Mary Margaret entendia os temores do príncipe, mas naquele momento seus pensamentos estavam unicamente em sua filha, e no risco que a vida dela corria. Ela deu um passo à frente e bateu a aldrava da porta, que se abriu sozinha ao terceiro toque, com um rangido surdo.

David e Mary Margaret entraram na casa silenciosa e aparentemente vazia, apenas para encontrar o velho homem sentado em sua poltrona os observando, como se já os estivesse esperando.

“Príncipe David e Snow White.” Falou fechando um livro que carregava em suas mãos e guardando seus óculos de leitura. Ele acenou com a cabeça na direção de cada um em cumprimento. “Vieram mais tarde do que eu esperava.”

“Mestre Myska, eu peço desculpas pela intromissão,” David não olhava diretamente para seu antigo mentor, ao invés disso preferindo encarar a parede ao seu lado. “Mas se o senhor nos esperava, então sabe por que estamos aqui.”

“Sim, é verdade. Mas apesar de não me incomodar em recebê-los, infelizmente, David, eu não posso ajudá-los.”

“Você precisa nos ajudar!” Exclamou Mary Margaret, encarando aquele homem sentado em frente a ela. “Nossa filha pode perder a vida nisso e nós já esgotamos todas as nossas alternativas...”

A voz de Mary Margaret começara a falhar quando David a interrompeu com um sinal de sua mão. Ele tinha enfim reunido a coragem para olhar seu antigo mestre nos olhos, e sabia o que tinha que fazer.

“Já imaginava que o senhor não aceitaria nosso pedido.” Disse com uma voz firme.

“Mas mesmo assim você veio até aqui. David, eu gostaria muito de ajudá-lo, mas meu dever me impede,” Respondeu o homem mais velho com uma voz triste. “Sei que você entende, afinal, foi por isso que você abandonou seu treinamento tantos anos atrás.”

O príncipe trocou olhares com sua esposa e segurou sua mão com firmeza, mais uma vez reunindo coragem. Percebendo a intenção de David, Mary Margaret o encarou e assentiu com a cabeça. David deu um passo à frente e respirou fundo.

“Quero sua permissão para usar meu treinamento e salvar minha filha da escuridão que está atrás dela.”

Michael Myska, o Aprendiz, se levantou de um salto frente às palavras de David. Ele encarava o príncipe com firmeza, seus rostos a poucos centímetros de distância. A expressão no rosto do Aprendiz completamente indecifrável.

“Você entende o que me pede?” Myska questionou com a voz calma. “Quando se casou abandonou seu treinamento e o juramento que fez, ainda assim permiti que mantivesse sua magia. Não faça com que eu me arrependa disso.”

“Jamais utilizaria meu treinamento sem o seu consentimento, mestre, mas eu preciso poder proteger as pessoas que amo e essa cidade.” Disse o mais jovem em um tom firme. “Esse foi o juramento que eu fiz.”

O Aprendiz encarou David durante algum tempo, estudando as intenções do mesmo. Encararam-se sem se mover e David pode perceber um brilho no fundo dos olhos de seu antigo mentor que ele não reconhecia.

“Seu treinamento deve ser o suficiente para proteger sua filha das trevas que a cercam,” Ele disse, enfim quebrando contato visual e se virando de costas para o casal. “Mas acho correto assumir que você não sabe o que precisa que fazer.”

Mary Margaret fez uma expressão surpresa e tornou a se voltar para David. Eles tinham poder pra proteger Emma, mas eles não sabiam o que tinham que fazer. Pela expressão de repentina tristeza no rosto de David, ele foi atingido pela mesma dúvida.

“Mestre, nós...” David começou a responder, mas sua voz foi morrendo aos poucos.

“Já tem muito tempo que não somos mestre e aluno, David.” Respondeu em tom seco. “Se você acha que está pronto pra fazer isso, então é o que você deve fazer. A magia da rainha da neve de Arendelle deve ser o bastante para proteger sua filha.”

“Elsa!” Exclamou Mary Margaret erguendo seus olhos, surpresa.

“Sabemos que as sombras não podem tocá-la, mas pra proteger a Emma com esse poder...” David começou a pensar, imaginava que o Aprendiz no mínimo exigiria que ele descobrisse sozinho a forma como deveria usar o treinamento que obtivera.

“Para proteger a vida da Salvadora, devem escondê-la além do alcance daquilo que pode feri-la.” Murmurou o velho. David arregalou os olhos quando a solução surgiu em sua cabeça na forma de uma memória de um passado recente.

“A união de dois corpos em protetor e protegido, prevalecendo o protetor.” Disse David, trocando olhares com sua esposa. Mary Margaret levou algum tempo para entender que se tratava da mesma magia que Rumplestiltskin usara para manter seu filho, Baelfire, temporariamente vivo.

O homem mais velho assentiu com a cabeça sem proferir uma única palavra e voltou a se sentar em sua poltrona. Ele colocou de volta os óculos de leitura e pegou seu livro.

“Obrigado, senhor Myska.” David agradeceu com firmeza na voz, agora certo sobre o que precisava fazer. Ele olhou de seu antigo mestre para Mary Margaret e fez sinal para que eles se apressassem. Os dois então saíram da casa e entraram na caminhonete em direção ao convento.

Antes de saírem da casa, no entanto, Mary Margaret olhou para trás uma última vez, encarando aquele que fora uma figura tão importante na vida de David. O homem levantou o rosto para encará-la de volta, e Mary Margaret pode ver, mesmo à distancia, o brilho incomum no fundo de seus olhos. Desconfortável com a sensação que aquilo lhe causava, ela virou as costas e apressou o passo

~~//~~

David e Mary Margaret chegaram ao convento apenas alguns minutos depois para encontrá-lo aparentemente deserto. Apavorados e em um acordo silencioso, os dois entraram no lugar, procurando pela filha; eles acabaram por encontrar as fadas, ansiosas, fora de um dos quartos para hóspedes. As mulheres abriram espaço para o casal passar.

Dentro do quarto, uma Blue Fairy muito preocupada examinava Emma com sua magia enquanto Elsa, ainda sentada ao lado da cama, tentava conter a própria ansiedade. Mary Margaret foi a primeira a se recuperar, ela se aproximou da cama e olhou para o rosto da filha, procurando sinais que evidenciassem seu estado atual.

"O que aconteceu?" Ela perguntou, por fim, quando David finalmente se juntou a ela e segurou sua mão. "Onde está Regina?"

Elsa ergue os olhos para encarar os dois e seca suas lágrimas com os dedos. "Regina desapareceu, não sei onde foi. Emma…" Elsa tem que respirar profundamente antes de continuar. "Emma acordou, mas ela acabou desmaiando de novo." Ela balançou a cabeça suavemente. "Vocês acharam o tal aprendiz?"

"O Aprendiz não pode interferir, mas ele nos deu a permissão de executar um feitiço que vai salvar a Emma," respondeu David, ainda olhando na direção de Emma enquanto mais uma marca surgia em seu braço.

Regina repentinamente aparece no quarto, cercada por uma nuvem de fumaça roxa. "Funcionou?" Ela perguntou antes de perceber que Emma se encontrava desacordada novamente. "O que aconteceu? Ela estava acordada quando eu saí!" A prefeita lança um olhar incriminador para Elsa.

"Eu não sei," respondeu a loira rapidamente. "Ela estava conversando comigo e, de repente, ela teve um espasmos estranhos. Quando eles pararam, ela apenas… apagou. Você desfez o feitiço do Gold? Isso é bom, certo?"

Nenhum deles soube responder Elsa, no entanto. "Eu não entendo!" Exclamou Regina, sentindo-se desamparada enquanto olhava para Emma atentamente, ela sabia que havia algo de errado com a loira e que, de alguma forma, era culpa dela. Suspirando profundamente, Regina se voltou para David e Mary Margaret. "Vocês encontraram o Aprendiz?"

David assentiu lentamente e começou a contar a todos o que ouvira do Aprendiz. "Vocês se lembram do que o Gold fez para manter o Neal vivo por algum tempo? Ele fundiu os corpos dos dois. Nós faremos isso com a Emma!"

"David, isso é magia poderosa. Nem mesmo eu posso lançá-la! Como você…?" Ela balançou a cabeça levemente em consternação. "Não tem importância nesse momento. Nós precisamos impedir os Loa de consumir mais luz de Emma, eu não consigo entender como isso vai ajudar a Emma."

"Também não entendo," falou Regina, enquanto olhava de David para Mary Margaret, que apenas encarava o marido com um sorriso nos lábios. Regina suspirou novamente. "Emma precisa recuperar suas forças."

David percebeu o olhar da esposa e sorriu-lhe antes de se voltar novamente para Regina. "Primeiro, precisamos ter certeza de que Emma está bem, nós a preencheremos com magia de luz, se você estiver disposta a ceder parte da sua Regina," a morena apenas assentiu em resposta, aguardando o restante da explicação de Davd. "Então, nós precisaremos protegê-la dos Loa, e é aí que a fusão entra: precisamos fundi-la com Elsa. Como os Loa não podem tocá-la, não poderão machucar a Emma."

Elsa se surpreende com o plano de David. "Você… você quer me fundir com Emma?" A loira engole seco e olha para Emma de novo, segurando as mãos da outra mulher com firmeza.

"O que?" Perguntou Regina prontamente. "O que vai acontecer com ela? Ela vai apenas… desaparecer? Além disso, não tenho certeza se existe muito mais magia de luz em mim."

"Vamos ter que tentar obter o máximo que pudermos," falou David, se voltando para Elsa. "A consciência dela vai ficar adormecida dentro da Elsa, a luz vai estar segura e intocável pelos Loa."

"O que vai acontecer com a Regina quando drenarmos toda a luz dela?" Perguntou Elsa, franzindo o cenho.

"Regina não vai mais ser alvo dos Loa. É claro que é sempre arriscado deixar uma pessoa pura escuridão," respondeu David prontamente.

Regina balançou a cabeça, ela não gostava nem um pouco da ideia de Emma ser fundida a Elsa. "Por que não preenchemos ela com escuridão em vez disso? Ela poderia nos ajudar durante a batalha."

"Não," falou Elsa com determinação. "Não, você não vai transferir escuridão para o coração da Emma! Isso seria contraprodutivo, estamos tentando impedir exatamente que o coração dela seja consumido pelas trevas."

"Vocês realmente deviam ouvir a Regina. Ela é uma rainha, afinal, e ela sempre toma a decisão correta." Diz uma voz vinda de um canto sombrio do quarto, e o homem que antes estivera no cofre de Regina se aproximou dos demais.

O homem sorriu e estalou os dedos, paralisando todos na sala à exceção de Elsa, que sente sua magia envolvendo-a e protegendo-a.

"Como?!" Perguntou Regina, estupefata. "Eu selei o meu cofre com você lá dentro! Além do mais, esse convento não estava protegido?"

O homem ignorou Regina por um momento, focando em Elsa. "É claro que a Rainha do Gelo estaria aqui também! Essa é uma reunião da realeza: eu mesmo tenho sangre nobre pelo lado da minha mãe."

Ele se voltou para os demais. "Meu nome, bom… vocês podem me chamar de Facilier." Ele sorriu, se curvando para todos os presentes, e finalmente se voltou para Regina. "Ah sim! O seu encantamento e o das fadas… me causaram problemas. Sabe o quanto é difícil se fundir à escuridão e viajar pela Eternidade Cega na forma de sombra?"

O pânico de Elsa cresceu quando ela sente a magia de Facilier a dominando no momento em que seus olhos se cruzam. Ela soube naquele momento que não podiam enfrentá-lo, era poderoso demais. Ele queria a Emma… ela tinha que proteger a Emma.

Concentrando-se na única magia que aprendeu nos seis meses em que morara em Storybrooke, Elsa segurou a mão de Emma com firmeza e desapareceu. Facilier se voltou rapidamente para o lugar onde as duas estiveram. "Ela é desagradável, não concorda, majestade?"

"Você não vai chegar perto da Emma, isso eu juro!" Falou David, se esforçando para sair do controle exercido pela magia do Facilier, mas o homem apenas lhe sorri em resposta.

"Desculpe desapontá-lo, mas eu não estou aqui exclusivamente por causa da Salvadora. Aquela ali já é uma causa perdida," o homem falou muito lentamente enquanto se aproximava de David. "Estou aqui por aqueles que ainda podem me causar algum problema." Ele estendeu a mão e arrancou o coração do príncipe, se surpreendendo com o que encontrou. "Apenas meio coração? O que devo fazer?"

"David!" Gritaram Mary Margaret e Regina simultaneamente. As fadas começam a sussurrar entre elas, buscando maneiras de se libertar do feitiço de Facilier.

Regina se voltou para Mary Margaret imediatamente e percebeu o desespero da outra mulher ao ver o seu próprio coração, agora habitando o corpo de seu marido, nas mãos do inimigo.

A prefeita se concentrou em sua magia de fogo e, repentinamente, viu-se livre do feitiço de Facilier, fogo em suas mãos. Sem pensar muito a respeito, ela lançou o fogo contra o outro homem, que teve que se desviar e trombou com a parede, deixando cair o coração.

"Ai! Isso foi rude!" Falou o homem, levantando-se com ajuda de sua bengala. "Mas, de qualquer jeito, bom trabalho, majestade! Eu sabia que você tinha isso dentro de você, e os Loa também vão ficar felizes em ver luz florescendo de você."

Facilier lançou um último sorriso para Regina e deixou seu corpo cair em direção ao chão, fundindo-se com sua sombra. A sombra fica parada por um momento, todos a observando com cautela; então, mesmo ela some.

__

*Era uma noite escura de outono/Eu estava tão longe de dormir/Eu ansiava caminhar sob as estrelas/Para o bosque tão escuro e profundo/Nem mito, nem conto de fadas/Poderia manter-me do caminho para o labirinto/Mas os olhos em cima de mim eu podia sentir/Escondidos nas sombras observando sempre.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos que acompanho e peço desculpas pelo atraso.



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