Slasher Story escrita por PW, Felipe Chemim, VinnieCamargo


Capítulo 7
1x07: Garotos Não Choram


Notas iniciais do capítulo

Escrito com sangue e vísceras por Necromancer.



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Mark voltava para casa com um casaco de capuz preto, ele já estava todo encharcado, mas não se importava com isso. Suas mãos tremiam dentro do bolso do moletom. Seu celular não parava de tocar e isso o deixava apreensivo, pois já sabia quem era.

Em seu bairro não passava muitos carros nem muitas pessoas, perfeito para o garoto.

Andando em passos lentos como se não quisesse chegar em casa, Mark pulava algumas poças de água pela rua, isso o distraia brotando pequenos sorrisos em sua face.

Poderia demorar o quanto quisesse, mas uma hora teria que voltar para casa.

Do lado de fora Mark observou sua casa enquanto a chuva caia. Seu celular toca mais uma vez, impaciente ele lê a mensagem recebida.

" Você vai pegar um resfriado se continuar na chuva."

Assustado olhou ao seu redor procurando quem te observava, mas não tinha ninguém ali. Amedrontado entrou dentro de casa.

Era de manhã, mas mesmo assim o tempo estava escuro e sua casa num breu total, ele liga o interruptor e a lâmpada não acende, Mark suspira e sobe a escadas de madeira que rangem a cada degrau que pisa deixando rastros de água vindo de suas roupas molhadas.

Tenta abrir a porta de seu quarto, mas o cômodo está trancado, Mark chuta a porta e ela não abre.

— Merda. —Chutou novamente.

Alguns chutes seguidos e a porta abre.

Diferente dos outros cômodos seu quarto está iluminado por causa da janela aberta.

Em sua cama havia vários gatos de cores e tamanhos diferentes, alguns brincando com as roupas de cama, outros miando, e alguns apenas deitados.

Mark nunca gostou de gatos, aborrecido tentou espanta-los, mas os felinos mostraram os dentes para o garoto que saltou para trás.

Seu celular apita novamente, rapidamente abre a mensagem.

"Não foi legal o que você fez com o gato de Gabriella."

— O que eu fiz com o gato dela? — Se perguntou confuso andando de um lado para o outro.

— Se sou o reaperface então matei o gato de Gabriella? Mas eu não me lembro de ter feito isso. — Alisou seu queixo pensativo. — Mas eu não lembro de ter matado ninguém. — Desesperado olhou para janela.

— Eu sou um perigo para sociedade. — Assentiu com a cabeça.— Eu tenho medo.

Colocou as mãos na cabeça e começou a ofegar.

— Eu tenho medo de mim e do que posso acabar fazendo, meu Deus eu sou um psicopata!

Sentou no chão com os olhos marejados em lágrimas.

Um gato laranja esfregou suas costas na perna de Mark. O moreno de olhos claros sorriu trêmulo pegando o gato no colo.

— Caro amigo, acho que vou me entregar para a polícia. — Continuou sorrindo como se o gato estivesse o entendendo.

OPENING THEME

SLASHER STORY

1x07: Garotos Não Choram

Tory espreguiçou-se em sua cama, igual um gato. Apesar das cortinas brancas estarem fechadas, um resquício de luz do dia passava e deixava uma luminosidade agradável para a garota. Roupas diversas estavam espalhadas pelo quarto, sem organização alguma, resultado das agitadas noites anteriores.

Tirou o delicado lençol de seda cor-de-rosa de cima do seu corpo, revelando estar usando apenas uma calcinha preta de renda. Levantou, quase tropeçando em um salto alto que estava no meio do caminho. Espreguiçou-se mais uma vez e foi até seu closet. Escolheu o vestido vermelho mais simples de sua coleção, contando com algumas penas nos ombros e um decote enorme.

Em seguida, achou seu celular em baixo de uma cueca preta com listras cinzas e vermelhas, que deveria estar ali há dias, esquecida por algum cara. Várias notificações em suas redes sociais ainda mostravam a repercussão da festa.

– Só duas mil e duzentas curtidas no Instagram... - queixou-se consigo mesma.

No momento em que largaria o celular em qualquer canto, o número de Hannah apareceu, em uma chamada surpresa. Deslizou o dedo, atendendo:

– Hannah, querida. Como vai? - Esbanjou falsa simpatia.

– Tory, - ela disse com a voz embargada - eu estou péssima.

Victory revira os olhos.

– Nossa, meu anjo, por quê?

– A festa. Eu estou com aquelas imagens na minha mente. – a loira falou, começando a dar leves soluços - O assassino, crueldade, eu juro que tentei fazer alguma coisa e...

– Relaxa, pu... Por favor. Relaxa, esse maldito não vai chegar perto da gente. - Tory disse - Infelizmente Kat se foi. Fará falta, aquele anjo...

– Eu também fiquei pensando se você tá legal. Por quê, sabe, ter algo disso na própria festa… - Hannah disse com a voz suave.

– Não se preocupe. Mesmo com toda essa bagunça, a festa obteve sucesso. - Tory respondeu, direta - Agora, se me der licença, Hannah querida, tenho uma sessão marcada no SPA. Depois nos falamos, tá, linda? Beijos.

Antes da loira começar a responder, Tory desligou.

– Garota chata... - resmungou consigo mesma antes de receber uma mensagem de número restrito.

"Seja mais educada com suas amiguinhas. Nunca se sabe quando dirá adeus a elas..."

Tory, que já não aguentava mais essas mensagens, respondeu: "Meu pau para você."

***

Lucky continuava incrédulo com o que havia acontecido com Maycon, no fundo ele se sentia culpado pois era um dos que mais se aproveitava de Mash que fazia seus deveres de casa. Lucky estava perdido, nada mais fazia sentido, sem namorada, sem melhor amigo e um assassino a solta, sua hora poderia chegar a qualquer momento, e ele não fez nem metade do que pretendia fazerem sua vida.

Em frente a Microlins o atleta estava sentado vendo a chuva cair, os raios e trovões, tudo o surpreendera antes, mas nada tem sido tão interessante ultimamente.

A sua frente passa uma garota de vestido azul florido apressada, seu cabelo ensopado colado em seu rosto e ombros, seu perfume trazia memória á Lucas, ele a conhecia. Ao perceber que era Miles ele deu um pulo, seu coração acelerou.

— Miles!— ele gritou, a garota automaticamente olhou para trás, mas quando viu que era Lucas revirou os olhos e voltou a andar.

— Miles, espera!— Ele correu atrás da garota que acelerou o passo.

Seus frágeis braços estavam cruzados e seu corpo encolhido como se isso fosse a proteger da chuva. Seu ex-namorado gritava por ela, mas ela apenas o ignorava.

Sem muito esforço Lucky se aproximou da morena, agora ele estava tão encharcado quanto ela.

— Miles, eu te amo, porra quantas vezes terei que falar isso?— Ele segurou o braço da garota a impedindo de continuar andando.

— Você não percebe que isso está ficando cada vez mais repetitivo, Lucas? Eu já disse que acabou, não há mais nada entre nós. — Ela puxou seu braço se soltando dele.

— Mas o que sinto por você é verdadeiro, nunca amei e nem amarei alguém como eu te amo, isso dói...— Ele continuou parado, a garota virou para ele e o olhou como se quisesse degolar o atleta.

— Se você me ama então porque me enganou? Sua especialidade é me fazer de otária e ainda conseguir que eu me sinta culpada por não te perdoar. Lucas, você só faz merda.

Algumas lágrimas começaram a cair dos olhos do garoto que envergonhado abaixou a cabeça para que sua amada não o visse daquele jeito.

— Eu te trai algumas vezes sim... Mas nunca com a Hannah, nem sei como aquelas imagens foram parar no computador da Microlins.

Você me enoja. — Miles o olhou com desprezo e depois voltou a andar.

— I wouldsayI'msorry... — Lucky fechou os olhos e começou a cantar um pouco desajeitado e desafinado. — If I thoughtthat it wouldchangeyourmind. But I knowthatthis time I havesaid too much, been too unkind.

Miles se virou arqueando o cenho assistindo seu ex pagar esse mico.

— I trytolaughabout it cover it allupwith lies. I trytolaughabout it hidingthetears in myeyes cause boys don'tcry. Boys don'tcry. — Continuou, suas lágrimas se misturavam com as gotas de chuva.

— Pare com isso, por favor. — A garota tampou os ouvidos. — Se você acha que consegue me convencer cantando essa música clichê dos anos 90 saiba que está fazendo papel de ridículo.

— Eu não vou desistir de você, Miles.

— Boa sorte. — Ela sorriu irônica e foi embora.

Doía em seu peito ver sua amada partir e não poder fazer nada, Lucky sentia seu coração apertado, ele queria gritar, insistir, mas o melhor que ele poderia fazer era a deixar em paz, Melissa não o perdoaria tão cedo.

Desanimado voltou para onde estava, mas foi surpreendido por Miles que abraçou sua cintura, o garoto sorriu de orelha a orelha.

— Por mais que eu tente reprimir...— encostou a cabeça no ombro do garoto e começou a chorar. —Eu sempre irei te amar, seu merda.

Os dois se beijaram.

— Eu prometo nunca mais te magoar.

—Assim espero. — Ela o olhou desconfiada e Lucky gelou.

— Eu só quero ficar ao seu lado, te proteger, só irei me sentir seguro se você estiver segura. — Ele a abraçava fortemente.

— Só não, morra okay?

Ele sorriu para ela.

A magia do momento foi quebrada quando o celular de Lucky apitou, era mensagem de um número restrito, seu semblante mudou na hora.

" Belo clichê, vai ser prazeroso os separar novamente."

***

A chuva continuava a cair, do quarto de Terry as cortinas estavam abertas e a janela de vidro fechada dando uma ótima visão do céu nublado e chuvoso.

Num pequeno sofá verde Brenda e Johnny analisavam o quarto da trans enquanto ela ajeitava seu gravador para começar a entrevista.

Paredes rosa decoradas com alguns cartazes do filme “O Segredo de Brokeback Mountain” espalhados pela parede junto com prateleiras brancas com várias bonecas Monster High sentadas nela.

— O que houve com Vince? Eu chamei ele para entrevista, não vocês.— Terry olhou para os góticos com indiferença.

— Ele teve um compromisso. — Respondeu Johnny.

— Merda, foi exatamente por isso que chamei ele, vocês são estranhos.

— Digo o mesmo sobre você. — A gótica sorriu de canto.

Terry bufou.

—Vamos começar logo antes que eu perca a paciência. — Ligou seu gravador.

— Estou aqui com dois dos membros do clube de cinema da escola de Reaperswood para conversarmos um pouco sobre filmes de terror e seus estereótipos já que temos um assassino a solta que se inspira neles.

Brenda forçou o sorriso enquanto Terry falava.

— Que micão.— Brenda cochichou para que somente seu amigo ouvisse e ele riu.

A trans levantou as sobrancelhas esperando um dos dois falar.

— Por onde devemos começar? — Brenda olhou para o teto, ela não parecia interessada na entrevista.

— A primeira a morrer.— Johnny sorriu e Brenda o olhou agora sorrindo também, Terry apontava seu gravador para eles.

— Essa é aquela que todos esperam que seja apenas uma figurante por morrer rápido, mas não, sua morte atinge a todos, dos populares até os rebaixados. — os olhos do gótico brilhavam enquanto falava.

— Um ótimo exemplo de personagem assim é a Casey Becker de Scream, impossível não lembrar da Drew Barrymore quando te falam sobre Scream. — a garota de cabelo curto e um pouco úmido da chuva continuou o que seu amigo começara a falar.

— Então na nossa história quem representa esse tipo de personagem é a Gabriella King?— Terry assentiu começando a entender.

— Digamos que sim. — Brenda confirmou. Terry não esperava essa reação de indiferença vindo da gótica, mas isso a deixou mais confortável.

— E depois dela?

— Sei lá! — Brenda sorriu provocando Terry que a olhou torto.

—Depois de Gabriella quem morreu foi o Ganz, certo? — Johnny olhou para os lados tentando se lembrar.

— Sim! Ele era um zero à esquerda, muitos filmes têm personagens assim, geralmente vive um pouco mais para render cenas cômicas, mas Willy não era o alivio cômico de nossa história. — Brenda gesticulou com as mãos.

— Não temos um alivio cômico nessa história, ou temos? — Terry perguntou interessada.

— Ainda não... Mas quem sabe futuramente. — Brenda respondeu.

— Reaperface é como se fosse o diretor e nós apenas seus personagens, ele conhece a personalidade de cada um, sabe da importância de cada papel, e quando o enredo do personagem começa a ficar desinteressante ele vai lá e.— Johnny simulou esfaquear Brenda e a garota caiu deitada no sofá como se estivesse morta.

—... Então os que já morreram foi por quê se tornaram inúteis na história? — Terry não conteve o olhar triste.

— Mais ou menos isso. — Brenda sorriu.

— Nem sempre por quê se tornaram inúteis, alguns são apenas peões, descartados na intenção de ferir a rainha.

— E quem seria a rainha?

Os góticos se entreolharam.

— Talvez os gêmeos plastificados. — Johnny revirou os olhos.

— Ew. — Brenda fez cara de nojo.

— Mash foi apenas mais um peão? — Terry segurou o choro.

—... Sim, ao ser descartado deixou duas peças mais fáceis para serem eliminadas.— Johnny respondeu friamente.

— Que assassino esperto, não? — Brenda sorriu irônica.

Terry respirou fundo e desligou o gravador.

— Já acabou? — Johnny perguntou frustrado.

— Mais tarde continuamos. — Terry se levantou e foi até a porta de seu quarto.

— Falamos algo de errado? — Brenda perguntou para seu amigo.

— Ela gostava do Mash, acho que foi isso. — Johnny respondeu baixo para que Terry não ouvisse.

Quando abriu a porta Hannah estava encostada nela mexendo em seu celular rosa.

— Quanto tempo você taai? — Terry estranhou a garota ali distraída.

— Na verdade, eu cheguei agora. — Hannah ainda olhando para o celular entrou no quarto. — Penny Queen está na cidade e eu acabei me empolgando, você sabe que eu adoro ela né?!— Hannah abriu uma imagem em seu celular dela ao lado da cantora.

— Quem é Penny Queen? — Brenda perguntou.

— Apenas uma cantora pop, seu público alvo são loiras burras. — Johnny respondeu provocando Hannah que apenas o ignorou.

Hannah puxou Terry para o canto do quarto.

— O que esses anormais estão fazendo aqui? — Hannah olhava para eles com desdém.

— Vince não pode vim.

— Nossa que pena, eu estava louca para ver um homem bonito hoje…— A loira fez biquinho. — Espero que eles já estejam de saída, miga!

Terry sorriu fraco.

Os góticos que conversavam se levantaram e foram até a trans de laço rosa no cabelo artificialmente liso.

— Hm....— Brenda olhava para baixo. Johnny levantou uma sobrancelha ao perceber que a garota não ia falar.

— Terry, vamos fazer uma pequena comemoração do Halloween na casa da Bren essa noite, se quiser ir você é bem-vinda lá.— Johnny a convidou.

— Ainda não estamos em outubro...— A negra estranhou.

— Provavelmente nem estaremos vivos até lá, por isso vamos comemorar hoje. — Bren sorriu fraco.

Hannah arregalou os olhos e Terry desconfortável colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha

— Se der eu irei.— Forçou o sorriso e os dois góticos saíram do quarto.

— Leva eles até lá embaixo, Hannah.— Terry cutucou a loira que a olhou com reprovação.

— Não precisa, sabemos onde fica a saída.

Hannah os acompanhava com os olhos.

— Não gosto deles.— Cruzou os braços. — Você vai nessa festa? — Franziu o cenho.

— Claro que não. — Terry sorriu irônica.

***

No hotel da cidade estavam hospedados os gêmeos, o mais novo estava sentado na cama mexendo no notebook. Peter entrou no quarto em silêncio com a camisa social branca um pouco molhada da chuva, ele estava com algumas olheiras.

Ele ficou mais tempo dando depoimento na delegacia, pois é o principal suspeito.

Phillip estava quieto esperando o mais velho falar.

— Explosão acidental, foi o que eu disse, eles estão investigando...— sentou na cama também. — Agora me diga.... Por que explodiu a nossa casa? O que deu em você?

— Foi para proteger nossa irmã. Aquele cretino me chantageou falando que se eu não obedecesse a ele daria um fim na Penny.... Eu não tive escolha. — Fechou o notebook e o deixou de lado na cama.

— Merda! — Peter fechou os olhos estressado

— Para que explodir a casa? — Perguntou Peter ainda desconfiado.

— Não sei... Ele sente prazer em nos torturar, aquele maldito.

—Desgraçado!

—Temos que achar um jeito de descobrir quem está por trás daquela mascara, eu quero acabar com ele. — Disse Phillip determinado.

— Enquanto eu vinha pra cá recebi uma mensagem de Terry nos convidando para uma festa fantasia na casa da emo... Estou com uma sensação que algo acontecerá lá.— Peter pegou o celular.

— E vamos para assistir? Melhor não...

— Pensa comigo, somos os principais suspeitos, se não aparecermos por lá vão desconfiar mais ainda da gente.

— Você tem razão.... Mas eu não vou me fantasiar.

O outro sorriu.

— Nem eu.

***

— Essa chuva não para...— Brenda estava sentada ao lado da janela vendo a chuva cair.

Ela é aquela típica pessoa que reclama quando está calor, reclama quando está frio e reclama quando está chovendo, nunca satisfeita com o clima.

— Eu gosto do tempo assim. — Johnny estava deitado na cama lendo uma revista sobre creepypastas.

Ambos estavam fantasiados, Johnny usava um terno e gravata, seu rosto estava maquiado como se ele fosse uma caveira mexicana, havia um chapéu para completar sua fantasia, mas o garoto o tirou.

Brenda usava um vestido tomara que caia preto sem muitos detalhes, o que chamava a atenção era seu chapéu de bruxa e sua gargantilha de spikes.

— Brenda...— Ele jogou a revista de lado. — Vamos sair dessa cidade.

A garota arregalou os olhos.

— O quê? Você quer fugir? — Ela sorriu não acreditando.

— É sério, eu quero sair daqui. — Ele não parecia estar brincando. — Essa cidade está me deixando louco, não aguento mais sair de casa amedrontado achando que vou ser pego pelo assassino... Eu também não quero que você morra, a polícia está sendo inútil, as mortes não param...

Brenda abaixou a cabeça.

— Se não morrermos talvez enlouqueçamos de vez.— O garoto continuou.— Precisamos dar o fora daqui.

Brenda não queria responder, pois não sabia o que responder, ela queria ir embora com seu melhor amigo, mas ao mesmo tempo ela não queria abandonar sua família.

— Pense no que eu te falei. — Johnny pegou a revista novamente.

A menina voltou a observar o lado de fora, alguns jovens fantasiados se aproximavam de sua casa.

— Que porra é essa?!— Se levantou indignada.

Johnny foi até a janela também.

— Foi você que convidou esses desajustados?

— Claro que não! — Brenda respondeu furiosa.— Hm... Minha mãe vai ficar bem irritada se eu der uma festa de arromba.

Sua expressão que era de fúria logo foi para perversão.

— Essa festa vai ser um arraso! — Ela desceu as escadas correndo e abriu a porta deixando os adolescentes entrar.

Eram muitos, a jovem gótica nunca imaginara participar de uma festa assim, por mais que ela odiasse os outros jovens de sua idade essa parecia uma ótima oportunidade para ela se divertir um pouco.

— Oi... Acabou que eu resolvi vir. — Terry sorriu, ela usava uma fantasia de boneca Monster High, a filha do lobisomem.

— Foi você que convidou eles né? — Perguntou Johnny enquanto descia as escadas.

— Não... Eu não fazia ideia que seria uma festa grande desse jeito... — A negra sorriu desajeitada.

— Claro que foi você, Terry. — Tory se aproximou com uma garrafa de cerveja em mãos, ela estava vestida de “anjinha”.

— Não. — Ela cruzou os braços.

Tory mostrou para os góticos a mensagem recebida de Terry a convidando.

— Você não tem jeito mesmo, né monstra high.... — Johnny balançou a cabeça indo para a cozinha.

Na cozinha estavam Lucky e Miles se beijando, eles estavam vestidos de vampiros, ao lado deles Newton num cosplay mal feito do “naruto” comia uma maçã.

— Passei a ter nojo de maçãs por sua causa, Newt. — Johnny revirou os olhos.

— Essa é a melhor fruta que existe, lide com isso.

— Espero que ela esteja envenenada.

Newt se engasgou e Johnny sorriu.

***

Peter e Phillip saem de dentro do carro já dando de cara com alguns idiotas de máscara.

— Creio que estava bem mais interessante fazer vários nada naquele hotel.... — Phillip olhou ao seu redor. — TroyeSivan lançou o clipe de Fools, era para eu estar assistindo agora...

— É a Penny ali? — Perguntou Peter surpreso ao ver a loira de costas conversando com Wendell.

Os gêmeos se aproximaram, mas quando a garota virou eles viram que na verdade era Hannah.

— Gostaram do meu cosplay de Penny Queen? — A garota sorriu infantilmente.

— Na verdade não. — Phillip respondeu seco.

—Estão vestidos de que? — A garota sem graça mudou de assunto.

— Não ta óbvio? Eu estou vestido de Peter e ele de Phillip. — O gêmeo mais novo sorriu sarcástico.

A garota não sabia o que responder.

— Idiota. — Phillip murmurou.

A chuva tinha cessado, apenas uma leve garoa caia facilitando a diversão de alguns dos jovens no quintal da casa.

— Quanta aberração.... — Peter comentou.

Ao notar a presença dos gêmeos Brenda gelou.

— Nossa, até vocês?!— Brenda falou com os rapazes.

— Você realmente achou que iriamos perder esse micão tour? — Peter sorriu para a garota que continuou séria.

— Traga me cerveja, renegada. — Phillip estalou os dedos.

— Não sou sua empregada. — Brenda revirou os olhos e desviou do caminho dos gêmeos.

Então ela se depara com um encapuzado com uma máscara de caveira, ela gritou.

— Sou eu, gatinha! — Então o garoto loiro tirou a máscara.

— Thiago, seu filho da puta! — Ela chutou sua perna. — Você está louco?

— Humor negro é meu nome do meio. — Ele sorriu torto.

— Idiota.

— Idiota não, sou descolado, sossega guria. — Ele estendeu as mãos. — Tá vendo aquela vadia vestida de anjo vulgar? Eu quero foder com ela.

— E o que eu tenho a ver com isso?

— Nossa como você é azeda! Tá afim de dropar um doce?

Bren ignorou o garoto.

— Doce? — Newt se aproximou.

— Vai querer ficar doidão, Branca de neve? — Thiago sorriu empolgado.

***

— Então a Miles voltou com o Lucky....— Vince e Johnny olhavam o casal abraçado.

— Ela é muito otária... — Vince balançou a cabeça em negação.

— Sabe quem é mais otario que ela? Esses idiotas vestidos de reaperface.— Johnny observava.

— É uma vergonha saber que existe esse tipo de gente.... Se bem que, se eu soubesse teria vindo de Reaperface também.

— Eu também. — Johnny sorriu.

— Se liga, Newt já tá doidão. — Vince cutucou Johnny com o cotovelo.

***

Newtse apoiava nas paredes, sua visão não era a mesma, ele via tudo psicodélico.

Cinco garotos vestidos de Reaperface o cercava, mas em sua visão ele via cinco homens loiros e narigudos sorrindo para ele, era um sorriso mais largo que o normal.

Então esses cincos loiros se juntaram e viraram apenas um com o rosto mais largo e chifres na cabeça.

— Mash? — Perguntou Newt desnorteado.

Várias facadas no abdômen, uma seguida de outra, Newton sentia a dor, mas não entendia o que estava acontecendo.

—... A minha vida, o que você ta fazendo com ela?— Perguntou tremulo, ele via apenas arco íris saindo de sua barriga, nem imaginava estar perdendo a vida.

***

— Cadê o Newt? — Johnny estranhou o sumiço do garoto.

Ele e Vince se entreolharam então correram a procura do garoto.

— O que? — Brenda os seguiu até o quintal.

Havia uma porta ao lado do quintal, grudado com a saída da cozinha, era o porão que costumava ficar trancado, mas dessa vez estava aberto.

Peter e Phillip estavam lá dentro, não acreditando no que viam.

Eram alguns corpos pendurados de ponta cabeça, eles sabiam de quem era aqueles corpos. O mais recente era o de Newt que ainda escorria sangue de seu peitoral e barriga.

Moscas sobrevoavam ao redor de cada um dos corpos já podres, era uma cena nojenta.

— Como vieram parar aqui? — Brenda tampou a boca chocada com a cena.

— Eu sabia que vocês estavam envolvidos com isso.— Peter metralhava Brenda e Vince com o olhar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Não esqueçam de comentar! Façam suas apostas nos assassinos!



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