Steroline - O Amanhã escrita por Desconfia


Capítulo 7
O Beijo


Notas iniciais do capítulo

Depois de remédios, internações hospitalares, perder tudo que tinha escrito 2x ...E devo admitir um pouco de preguiça, está ai o novo capítulo e espero que gostem.
Criticas são sempre bem vindas.
20-25 dias será postado um capítulo novo.
Boa Leitura.



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Levanto do sofá de meias e vou pegar água. Não acendo a luz, a cozinha esta iluminada pela claridade da Luz que entra pela janela. Pego a água e fico encostado na parede. Minha mão ainda está doendo um pouco e meu cansaço esta se misturando com meus pensamentos. Indo de Caroline a Damon.

Volto para o sofá e Liz está fechando a porta da entrada. Quando me vê se assusta.

– Quem está aí? - pergunto

– Sou Liz, Stefan.

– O que você está fazendo aqui?

– Eu precisei de um lugar pra dormir e Caroline me deixou ficar.

– Onde ela está? - Ela pega o celular na bolsa e coloca na mão.

–Dormindo lá em cima.

– E você?

– No sofá.

– Zach sabe que está aqui?

– Sim ele sabe.

– Por quê você não foi pra casa Stefan?

– Tive alguns problemas.

– Estou vendo.

Ela está olhando direto para as faixas em minha mão. Pega suas coisas e vai para a escada. Para no meio do caminho e fica lá parada.

– Está tudo bem?

– Eu não confio em você!

Assim que pergunto ela se vira e fica me olhando.

– Fique longe dela. Não quero você perto dela e não quero que você machuque ela.

Com certeza ela ficou sabendo que Elena está desaparecida em como todo mundo, está achando que eu fiz algo.

– Liz eu não fiz nada com a Ele... - Ela me interrompe.

– Não me interessa o que você fez ou não. Não quero você perto dela.

– Eu jamais machucaria sua filha. - Digo para que ela fique mais tranqüila.

– Pelo que me contaram não seria difícil para você. - Ela faz um olhar estranho, como se tivesse cometido um erro.

– Com quem você conversou?

– Isso não interresa. O ponto é que pesamentos são diferentes de atitudes Stefan e eu não vou correr o risco. Se afaste dela. Pare de arrastar ela para essa confusão. Até na Polícia ela vai ter que ir.

– Por que ela vai na delegacia? - estou muito confuso. Não entendo porque a Polícia quer falar com Caroline?

– Alguma detetive chamada Vanessa me ligou pedindo para falar com Caroline. - ela me olha e parece ver a confusao em meu rosto - Não se lembra o que você mesmo disse, Ela agora tem que explicar a mensagem que recebeu.

– Eu não quis... - Ela me dá um olhar de raiva que não completo a frase.

– Não importa sua intenção. Ela vai ter que ir lá por sua culpa.

– Sinto muito. - A única coisa que consigo dizer. Sento no sofá e pego meu tênis .

– Você vai dormir aqui hoje.

– Não precisa. - respondo colocando o tênis.

– Não sou nenhum monstro sem coração para te colocar pra fora no meio da madrugada. Mas espero que seja a primeira e última vez que você dorme aqui. Só não quero você perto de minha filha.

Aceno para ela informando que a ouvi e compreendi. Não preciso falar que não aceito.

– Fique aqui em baixo e não suba. - Fico em completo silêncio e a observo - Não quero te ver aqui amanhã de manhã.

Ela sobe as escadas e fecha alguma porta lá em cima. Deito de novo no sofá e fico olhando pro teto.

Acordo com o sol nascendo, muito cansado. Arrumo o sofá e paro na escada. Não tem nenhum barulho lá em cima, subo alguns degraus e paro no meio do caminho. Se Liz acordar e me ver não vai ser nada bom. Quero conversar com ela e entender porque toda hostilidade ontem mas decido não subir. Procuro na sala um papel, quando encontro escrevo:

Muito obrigado por tudo e me desculpe por qualquer coisa. - S

Pego minhas coisas e saio. Tranco a porta e jogo a chave por baixo.

ANDO até em casa, como está cedo não tem muita gente na rua, ainda estão dormindo. Chego em casa, não estou com minha chave e a porta da garagem está fechada. Sento na entrada e me encosto na parede. Está na hora do Zach sair. Assim que escuto barulho lá dentro bato na porta.

– Você me deixou preocupado. - Diz Zach assim que entro.

– Desculpe.

A sala está meio desarrumada e os papéis ainda espalhados. Ele anda por eles e coloca alguns em sua pasta.

– Quando vai arrumar esses papéis? - Pergunto.

– Em breve - Ele responde a caminho da cozinha.

Vou atrás dele, ela paga alguns pães no armário e coloca na mesa. Ele me entrega uma xícara bem quente de café. Não aceito. Ainda estou com sono e está muito cedo para acordar.

– Como você está?

– Estou bem tio.

– Tem certeza?

Não respondo. Ele se senta também e começa a tomar o café da manhã.

– Cadê o Damon ?

– Dormindo no quarto. Ele bebeu. - Zach responde.

– E como ele está?

– Nada bem. O que você acha.

– Não sei o que achar, esse é o problema.

– Agora imagine pegar vocês dois se socando no chão e depois você sumir.

– Me desculpe.

– Tem que pedir não é a mim.

Desvio o olhar e sento na mesa.

– Assim que você saiu levei Damon ao médico. - Ele me olha - A sua mão como está ?

– Boa, não dói muito.

– Vocês estão precisando conversar.

– Eu sei, mas não agora.

– Sabe, quando chegamos em casa ele ficou no sofá e eu vim limpar o sangue que vocês deixaram. Quando voltei ele estava chorando e bebendo. Queria a todo custo saber onde você estava e conversar contigo.

Mesmo quando estou com raiva, eu me preocupo com Damon e sei que ele se preocupa comigo. Parando para pensar não me sinto bem por ter socado ele.

– Sabe o telefonema?

– Sim.

– Sei que você queria ficar sozinho assim que você não me antendeu. Mas Damon ficou me pedido para ligar até você atender. Ele queria saber se você estava bem e onde ia dormir.

– Mesmo bêbado e machucado ele se preocupou com você. - Ele continua.

– Eu sei, mas ainda preciso de tempo. Não quero ter a mesma reação.

– Pense bem no que você vai diser pra ele. E se desculpe. Seu irmão é a pessoa mais importante que você tem. - Ele diz se levantando da mesa.

– Não garanto nada.

Zach sai para trabalhar, e eu subo para o quarto. Fecho a porta e pego pelo quarto os livros e jogo na mochila. Tomo um banho e troco a faixa. Quando saio escuto barulho na casa, Damon acordou. Ainda está um pouco cedo, coloco meu celular pra despertar em 30 minutos, mas não consigo dormir. Ligo o computador e jogo algumas músicas no celular.

Na hora de sair, jogo o celular e a chave do carro junto dos livros na mochila. Escuto o barulho da porta se fechando e em seguida a buzina do carro. Não preciso olhar sei que é Damon. Meu carro esta com o tanque cheio mas não quero dirigir, mas também não quero ir de carona, quais são minhas opções? Ir de carona e teremos que conversar e eu posso evitar isso por mais um pouco. Posso ir de carro, mas não quero ter que dirigir. Ir de ônibus, chego na hora exata, pra falar a verdade um pouco atrasado e evito o trabalho de ir de carro e a conversa. A buzina toca de novo e pego a mochila e desço as escadas. Damon desiste e escuto o barulho do carro saindo. Coloco a playlist do The Cure e vou para o ponto.

Assim que chego na escola o sinal já tinha tocado. Corro até meu armário, jogo tudo lá dentro, pego meus os livros e vou direto pra aula.

– Desculpa! - Esbarro em alguém no corredor e ALGUMAS coisas caem no chão.

– MERDA! - Tyler grita me olhando com uma expressão de raiva. - OLHA POR ONDE ANDA.

– Sério isso!? - Falo encarando de volta.

Nos abaixamos pra pegar as coisas no chão e entrego para Tyler uma argola de ouro que caiu junto com os livros.

– Está usando brincos agora? - Brinco

Ele não responde, fecha ainda mais a cara, vira as costa e sai andando. Pego meus livros e vou para a aula.

A duas primeiras aulas passam voando, anoto as coisas e finjo prestar atenção ou que entendi. Algumas pessoas encaram a minha mão mas ninguém me pergunta O que aconteceu. O terceiro horário é educação física e vou para o campo de futebol americano. Assim que chego vejo Matt e Tyler, eles olham pra mim e em seguida derrubam um dos jogadores . Ainda bem que não sou eu. Aceno para o treinador para mostrar a faixa, saio do campo e vou para os últimos degrais da arquibancada. Escuto uma risada, olho para ver se é Caroline mas não. Ela ainda está no prédio. Deito na arquibancada e fico olhando o céu e pensando nela.

Quase caio quando escuto o sinal tocar. Procuro meu celular mas não está comigo, devo ter deixado na mochila. Percebo que ninguém está saindo para o campo, cadê todo mundo. Desço as escadas e assim que olho o relógio do corredor está já no quarto horário.

Dormi a terceira aula e o intervalo. No armário pego meu celular e tem 4 mensagens: 3 de Caroline me procurando no intervalo e reclamando que dei um bolo nela. Uma do Damon que ignoro e vou para a aula.
Entre o quarto e o quinto horário, envio uma mensagem para Care, peço desculpas e aviso que vou esperar na saída.
Assim que escuto o sinal tocar saio o mais rápido possível da sala, vou direto pro armário guardar os livros lá , mas já está tão cheio que coloco alguns na mochila. Vou para o estacionamento da frente e procuro o carro dela, mas não o encontro. Um mar de rostos passam por mim, alguns me olham e comentam alguma coisa que não consigo entender, começo a prestar atenção e são mais que alguns pessoas. Mas assim que vejo ela saindo não presto atenção em mais nada, só nela. Acompanho todo o caminho que Ela faz pela saída. Ela está linda hoje, não só hoje, mas parece um pouco irritada ao telefone. Ela desliga e sorri para mim assim que me vê.

Sorrio de volta e aceno.

– Onde você estava no intervalo? - Ela diz me dando um soco no braço.

– Isso vai ficar roxo sabia?- tento fazer uma cara séria mas não consigo e acabo o rindo.- Desculpa, estava dormindo na arquibanca.

– Sei - ela diz com um sorriso.

Ela está diferente, consigo perceber em seu olhar. Quero contar pra ela sobre a conversa que tive com sua mãe, mas não quero um clima estranho.

– O que aconteceu? - pergunto enquanto saímos do caminho dos outros alunos.

– Nada.

– Eu te vi no telefone.

– Minha mãe vai me buscar hoje.

– Por que? - Por que não me conta que vai na Polícia? - Aconteceu alguma coisa?

– Não, tenho um compromisso hoje antes do treino. E ela está mais preocupada que o normal.

– Sei como é. - Sei muito bem. Ela me olha mas não pergunta nada. E desvia o olhar.

– Preciso esperar minha mãe na calçada. - Ela põe a mão no meu ombro e me empurra. - Vamos.

Assim que olho pra tras para ficar de frente para ela vejo Damon saindo da escola. Ele não parece muito bem. Não está sorrindo ou cercado de pessoas. O olho dele está bem roxo e com um curativo na bochecha e na sobrancelha. Saio do campo de visão dele e puxo Caroline comigo. Ele olha em volta e vai direto pro carro.

– Você que fez aquilo com ele? - Caroline pergunta.

– Acho que sim.

– Como esta a mão.

– Já está boa, não dói

– Sabemos então quem levou a pior.

Acho que nos dois perdemos. Nunca brigamos assim né quando crianças.

– Alguém te perguntou sobre a mão?

– Não, alguns so olharam.

– Ela já sabem então o que aconteceu?

– Duvido.

– É só somar dois mais dois Stefan. Damon com o rosto todo rebentado mais você com a mao machucado. Igual a briga de irmãos. - Ela me guia de novo até a calçada - A única coisa que eles não devem saber é o motivo.

– Posso te fazer uma pergunta?

– Claro.

– Por q... - o carro da mãe de Caroline aparece, MERDA queria perguntar sobre a Polícia. Me despeço e vou para o ponto de ônibus.

Chego em casa, jogo a mochila na sala. Damon não está aqui. Passo na cosinha e pego alguns sanduíches, pego meu celular e subo para meu quarto. Tranco a porta, ligo la TV em um canal de filmes e me jogo na cama, comendo no meio do filme. Quando o filme termina mando um sms para Care perguntando se está tudo bem. Quero saber sobre oque ela conversou com a Vanessa e perguntar o porque ela não me contou. Estou preocupado que ela tenha medo de me contar.

Estou cansado e fecho os olhos.

Alguns segundos depois abro os olhos e ja esta passando outro filme. Olho no celular e Care me respondeu as 3 horas atrás:

Estou bem, minha mãe está me levando pro treino.

Levanto correndo e pego minhas coisas pelo quarto e vou para a garagem.

Paro o carro e fico esperando do lado de fora do ginásio o treino acabar. Começo a fazer uma lista do que tenho que fazer. Preciso conversar com Care. Encontra Elena para todo mundo parar de pensar que eu fiz algo com ela. Preciso também comversar com Damon, pedir desculpas e acertar as coisas. Pego meu celular lembrando da mensagem que ele me mandou.

– Stefan - Care diz saindo do ginásio e sorri para mim, um sorriso forçado. Ela está triste com alguma coisa.

Dou alguns passos em sua direção e ela estica os braços e me abraça. Um abraço bem apertado e desesperado. A seguro em mim como se ela pudessa desmaiar na minha frente. Seu rosto se enterra em meus pescoço e sinto o cheiro de seu cabelo.

– Está tudo bem. - falo para acalmar.

– Você não tem como saber disso. - Ela me olha e a tranquilizo.

– Está tudo bem. - digo de novo- Não se preocupe.

Ela me solta e andamos até meu carro. Ela se encosta na porta do carro e cruza os braços no peito. Me encosto do lado dela. Ela não me olha e fica encarando a frente.

– Eu fui na delegacia hoje. - Ela diz. - E conversei com a Vanessa.

– Eu sei Care.

– Você sabia !?

Isso faz com que ela desfrute os braços e me olhe de lado. Aceno com a cabeça.

– Por que não me contou? - Ela pergunta indignadopa.

– estava esperando você me dizer.

– o que você pensou?

– Pensei porque você não me contou, mas confio em você é se você não me contou e porque ficou preocupada comigo. E queria me proteger. - Dessa vez ela que balança a cabeça confirmando.

– Não ficou com medo? - ela se vira pra mim - Pensou que eu iria falar besteira? ....

– Claro que não. Eu confio muito em você. - Sorrio pra ela.

– ... Por que veio aqui então?- Ela para na minha frente e me olha.

– queria ter ver e estava proucupado com você. - Pego e seguro sua mão.

Parados um olhando nos olhos do outro. Meu coração acelera. O sol de tarde bate e sua pele brilha. Começo a sentir a mesma coisa de quando sai do quarto. Seguro sua mão com mais força. Nenhum dos dois quebra o contato visual. Se os olhos são o espelho da alma a de Caroline é maravilhosa.

Me incline para a frente olhando em seus olhos procurando algum sinal de que eu deveria parar. Não vi nenhum. A puxo para mais perto, sua boca de abre um pouco. Meus lábios se abrem também com a excitação e me inclino para a frente virando a cabeça para o lado. Ela Faz o mesmo movimento. O encaixe de nossas bocas foi perfeita e a sensação melhor impossível. Sinto o gosto de menta em sua boca e seu hálito preenche meus pulmões. Nossas línguas se encontraram sem problema nenhum como se já se conhececem a anos, sabendo qual seria o movimento. Não tinha nenhum diferença, eras um só neste momento. Senti todo seu corpo encostado no meu, senti seu coração batendo. Nós afastamos e não consigo evitar de sorrir e ela tambem.

Sua pele está brilhando com a luz do fim de tarde. Coloco uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, ela começa a ficar vermelha me olhando. pego sua mao e entrelaco nossos dedos ainda sustentando o olhar.

– Alguém deveria dizer alguma coisa - Ela diz.

– Vai em frente - Digo sorrindo.

– Não isso - Ela repreende.

Uma buzina toca e olho para o lado. Liz esta saindo do carro com um rosto nada amigavel. Sinto Caroline se encolhendo do meu lado e sua unha furando minha mão, ela se encolhe envergonhada. Desvio o olhar de Liz e seguro a outra mão de Care.


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Notas finais do capítulo

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