Steroline - O Amanhã escrita por Desconfia


Capítulo 6
Filme


Notas iniciais do capítulo

Criticas são sempre bem vindas.
20-25 dias será postado um capítulo novo.
Boa Leitura.



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Dei mais alguns passos e chego na casa, olho para a garagem e o carro de sua mãe não esta ali. O celular começa a tocar, olho para o identificador é Zach que está ligando. Ignoro a chamada e coloco no vibrador.

Bato na porta de vidro.

– JÁ VOU - Caroline grita e escuto o barulho dela descendo a escada correndo.

Ela abre a porta e me olha suspresa. - Chegou rápido. - Ela diz me abraçando.

–Estava perto. - Sorrio e por impulso a abraço de volta sem tirar uma das mãos do bolso.

Entramos na casa, já vim aqui algumas vezes com os amigos mas nunca sozinho. Ela me puxa para o sofá ao lado da mesa de centro e fico ali sentado em silêncio, pensando no que deveria contar para ela.

–Conversou com seu irmão?

–Sim

–E como foi?

–Bem. - Digo desviando o olhar para que ela não veja a mentira. Quando olho, ela está com uma sobrancelha levantada e me encarando.

Não consigo evitar e resolvo contar tudo para ela.

– Lembra da festa antes das férias? - Contínuo olhando para ver sua reação.

Ela desviando olhar parecendo um pouco chateada mas logo em seguida vejo que está dando um sorriso.

–Sim, eu me lembro.

Olho para a frente e começo a contar:

– Damon disse que não se lembra quando eu o avisei que estava indo embora. Ele continuou bebendo e depois de algum tempo foi me procurar. Andou por toda a casa e encontrou com Elena e acabou derrubando bebida nela. Eles foram procurar o banheiro para ela se secar. Eles foram para o banheiro de um dos quartos. Ela tirou a blusa para secar e os dois começaram a se beijar. Ele disse que quando percebeu o que estava fazendo deixou ela lá e foi embora...

Olha para Caroline e ela ainda está olhando pra mim, não parece prestar muita atenção na história e sim minha reação ao conta-la. Olho para o lado evitando olhar para Ela.

... Encontrou com alguém falou que eu tinha ido embora, ele diz que não se lembra de quem foi. Bonnie buscou ele e o deixou em casa. De manhã eu contei para ele sobre Elena e o Matt. E ele não me contou nada, nem no tempo em que eu fiquei fora.

– E você não acredita nele?

Fico em silêncio. Acredito? Não sei. Não entendo o porque ele não me contou. E olho para o minha mão ainda no bolso. Será que ele sabia que eu iria ter essa reação!?

– Você acha que não foi só isso, que ele não te contou tudo?

– Eu não entendo como meu irmão pode fazer uma coisas dessas comigo.

– Ele deve ter ficado... - A interrompol

– Ainda mais esperar tanto tempo para me contar.

– Pode ter sido por causa da Elena, de vocês voltarem. E por causa da Bonnie.

– Eu ja disse pra ele que não gosto dela.

– Nem um pouco Stefan?

Olho para ela e com a maior convicção de todas. Analiso o quadro em geral. E como me sinto muito bem conversando com ela.

– Não posso mentir!?

– Não Stefan. Comigo você não precisa fingir.

– Não, não preciso. - Digo a mais pura verdade.

Ela se ajeita no sofá cruza as pernas e senta virada para mim. Dobro uma das pernas e viro para ela.

– Gostei muito dela, isso é um fato. Foi o primeiro interesse. Mas quando paro para pensar não me senti bem. Eu tive que mudar muito para que desse certo.

– Todos mudam com relacionamentos. - Ela diz

– Sim mas ambos tem que mudar Cah e ela era a mesma e eu não ... parecia eu.

– O tempo que ficou fora foi bom. Vocês pode avaliar tudo. - Ela da uma meio sorriso - Todos os momentos foram ruins?

– Não . Tem sim alguns momentos que ficam na mente e que me senti bem. Mas no geral tenhamos mais brigas do que bons momentos. Não me sentia eu mesmo e não me sentia bem. Fico feliz que nos terminamos.

– Você ainda gosta dela?

– NÃO, não gosto mais. Os sentimentos mudam e o tempo também. Elena agora está no passado. Ela não era quem eu pensava. E se tivermos um futuro será somente como conhecidos. Não é fácil esquecer os momentos. Mas superei. Três meses foram muito tempo para pensar.

– O quê você acha que aconteceu com ela?

– Não faço a menor ideia. Deve estar na casa de algum dos seus namorados ou com algum parente. Te garanto que não sei e diferente do que a Polícia pensa não sei ou fiz nada.

– Eu sei que você Não fez.

– Pode dizer a Polícia e a todos da cidade por favor - Digo brincando.

Ficamos em silêncio e ela estava avaliando todas as minhas palavras.

– Falo o mesmo sobre eu e o Tyler. - Ela diz depois de um tempo - É muito óbvio que sempre brigamos. E só hoje ele já me enviou 5 mensagens.

– Será uma reconciliação? - Pergunto mas não querendo saber a resposta.

– Não, disso eu tenho certeza. Também preciso seguir em frente.

– Quem bom. - Não sei porque mas ouvir ela falar isso me deu um certo alívio.

– Somos o tipo de pessoas que procura não machucar para não sermos machucados.

Ela se levanta e vai para a cozinha e volta com duas latas de refrigerante geladas e coloca na mesa. Não me oferece e nem toma.

Senta de novo no sofá e olha para mim.

– O que? - resolvo perguntar.

– O que aconteceu depois do Damon te contar?

– Nada - Fujo do assunto.

– Tem certeza?

– Sim, tenho.

– Stefan, eu te conheço muito bem. Você não e o tipo de pessoa que não faz nada. E vamos ser sinceros você deixa seu corpo falar mais rápido que sua mente.

O que ela quis dizer com isso!?

Ela estende a mão para mim - Deixa eu ver como e está a sua mão?

Tiro a mão do bolso com um pouco de dificuldade. Minha mão esta um pouco inchada, preciso de gelo. Coloco na dela, ela olha e vira a Palma para cima. Manda que eu mexa os dedos para ver se estão quebrados.

– Como você sabia?- Digo emvergonhado.

– Eu te conheço. E além do mais você nunca me abraçou com uma só mão.

– Verdade - Sorrio

Ela se levanta e me entrega o refrigerante.

– Não beba, so segure para diminuir um pouco o inchaço.

– Tudo bem.

– Espera um pouco. - Ela diz a meio caminho do segundo andar.

Meu telefone vibra, não me dou ao trabalho de olhar e coloco ele na mesa. Não quero falar com ninguém, nem ver ninguém. Depois de uns 2 minutos Caroline desce a escada com uma caixa. Coloca em cima da mesa e a puxa para mais perto do sofá.

– Vamos da um jeito nessa mão.

Ela da total atenção a minha mão. Toda hora perguntando se está doendo. Tenho certeza que esta torcida e cortada. Limpa, faz um curativo no corte que tem nela e espera desinchar.

– Como ficou o Damon?

– Pior - Meu telefone vibra.

– Que bom. Mas você não devia ter feito isso.

Não respondo só continuo acompanhando o seu trabalho.

– Muito obrigado.

– Não há de quê. Mas, vocês precisam conversar, com palavras e não com o punhos dessa vez.

– Prefiro evitar por algum tempo.

Minha mão diminui e ela coloca uma faixa nela. Junta as coisas e guarda em algum lugar. Volta e me entrega um refrigerante e se senta do meu lado.

– Obrigado!– Digo. - Você sempre me ajuda Care.

– De nada, sempre que precisar. Mas não vamos fazer disso um hábito.

O telefone vibra de novo. Caroline pega e me entregá. Coloco de novo na mesa sem nem olhar. Ela pega e atender.

– Alô. ... Tudo bem e com você? .... Ele está aqui sim....Vou passar pra ele.

Ela me entrega o telefone, faço que não com a cabeça. Ela me entrega do mesmo jeito. E vai para outro cômodo.

– Alô?

– Stefan você está bem?

– Estou sim, não precisa se preocupar.

– Como não me preocupar. - Ele diz um pouco desesperado. - Vocês brigam e ai você some por horas sem dar noticias.

– Me desculpe...

– Por quê não atendeu minhas ligações?

– O Celular estava no silencioso.

– Ou pensou em me avisar?

– Desculpa, queria ficar sozinho.

– Entendo, você está bem mesmo?

– estou e Ainda quero ficar sozinho tio.

– Venha pra casa menino.

– Hoje não.

– Mas.., - O interrompo.

– Vou ficar bem, vou dormir em algum lugar. Não se preocupe.

– Falar é fácil.

– Te vejo amanhã antes da aula. Tchau.

– Tchau, se cuida.

Desligo o celular, Care esta encostada perto da escada. coloco no bolso e me aproximo e a abraço, dessa vez com os dois braços. Ela me abraça de volta de volta e diz.

– Dessa vez com os dois braços.

Ela diz e começo a rir e ela ri junto. Solto ela, viro de costas e vou em direção a porta.

– Muito obrigado de novo. - Digo

– Onde você pensa que vai?

– Embora.

– Nada disso, você falou que não ia voltar pra casa. - Ela se aproxima de mim pega minha mão e diz - Então você dorme aqui.

– Tem certeza?

– Claro que sim. - Não consigo evitar e sorrio com a rapidez que ela respondeu.

Pegamos travesseiros e uma coberta, Ela improvisa uma cama para mim no sofá. Não estou com sono, porém cansado, o dia foi muito tenso em minha mente não vai se acalmar rápido.

– pronta, está com sono?

– Nem um pouco- respondo.

– Agora o que vamos fazer? - Ela diz olhando em volta.

– Filme? - Pergunto pra ela.

– Pipoca - Ela grita sorrindo e me leva pra cozinha.

Encostado na bancada enquanto pego refrigerante e succos na geladeira observo Caroline abrir as prateleiras pegando vasilhas e sacos de doce. Quando a pipoca fica pronta tira do microondas, joga mais no chão do que no pote. Pego as coisas e coloco na mesa da sala. E olho em volta. Mas cadê a TV?

– Care, cadê a TV?

– Está no quarto da minha mãe. Vamos assistir no meu. -Ela sai da cozinha ainda com mais vasilhas na mão.

– Tudo bem. - Falo

Subimos a escada, e ela me conduz até o quarto. Estava bem diferente da última vez que estive aqui, três meses atrás. Ela colocou as comidas na cama, colocou um filme de terror e encostou a porta.

– Não prefere que eu coloque a TV na sala? - pergunto preocupado com a reação de sua mãe ao me ver aqui.

– Claro que não aqui é melhor, e além do mais minha mãe não deve chegar de madrugada. - Ela responde, sempre lendo meus pensamentos.

Deitamos na cama e ela apertou play e começamos a assistir. O filme é bom, o roteiro também e até da alguns sustos, ainda mais em Caroline que espalha pipoca por todo o lugar. Ainda no meio do filme e a já comemos tudo.

Começa a ficar frio, fechamos a janela e pegamos um cobertor. Ela deita mais perto de mim e de dois em dois minutos tampa o rosto de medo. Toda vez rio de sua reação. Tem medo mas não consegue deixar de assistir.

Pisco os olhos e quando abro o filme ja terminou e Caroline esta dormindo encostada em mim e com a mão no meu peito. Olho para ela, tão serena, e tranquila. Não consigo evitar e sorrio. Ela sussurra algo e se encosta mais em mim e coloca a cabeça no meu ombro.

Não me mexo para que ela não acorde. Eu podia sentir o calor de seu rosto no meu peito. Olho para ela, tenho certeza que igual a um bobo. Ela se vira e encosta o rosto em mim. Escuto apenas o som lento de sua respiração se misturando com as batidas do meu coração.

Tudo o que eu queria era ficar deitado do lado dela, envolve-la nos meus braços e dormir. Só dormir juntos, e continuar com o sentimento de alegria que ela me traz.

C

ontinuo olhando para ela e a pergunta me vem a mente.
" O que seria de você sem ela?"
Realmente é uma pergunta que não sei responder.

Só de imaginar não poder conversar com ela, a ajudar, e ver ela sinto um aperto no peito. Só desmontando o quanto me sinto bem perto dela e de sua amizade. Se ela esta triste nao consigo evitar em ficar também. Não gosto quando alguém a maltrata ou faz pouco caso dela. Odeio ver o modo que o Tyler a trata e tenho certeza que ela consegue alguém bem melhor. Ele sempre deixa as pessoas felizes e me pergunto se alguém a faz. Sempre vou ajudar e a apoiar, mesmo se ela não pedir e sei que ela faria o mesmo por mim. Meu coração comeca a bater forte,

Minha pele comeca a esquentar onde ela esta encostando. Pego com cuidado a sua mão e a tiro do meus peito. Minha pele formiga e meu coração acelera ainda mais. Coloco seu rosto no travesseiro, e me sinto triste porque não está mais no meu ombro. Levanto com o maior cuidado possível e a cubro. Fico olhando por algum tempo, não tinha como negar ela parece um anjo dormindo.

Afasto os pensamentos. Abro a porta do quarto e saio. Paro no corredor até me acalmar. Desço as escadas, me jogo no sofá e fecho os olhos para tentar dormir.


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Notas finais do capítulo

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