O Diário de Melody Moore 2.0 escrita por K17TY


Capítulo 4
O Grito


Notas iniciais do capítulo

Hey Leitores! Como está do lado daí?
Desculpa a demora... Tá apertado do lado daqui.
Quase que a fic entra em Hiatus, mas não deixarei isso acontecer.
Espero que gostem do capitulo !
Boa Leitura !



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Estamos há alguns minutos na estrada, ao Sul. O Robert deu ré e tivemos que voltar, pois a pista estava engarrafada com destino ao Norte. Minha cabeça está encostada no vidro da janela, estou sentada agora no banco do carona, enquanto a Dany dorme no banco de trás. Nossos planos mudaram. Na verdade, não temos um plano. O que tínhamos em mente era encontrar o abrigo no Norte, mas parece que os infectados estão se agrupando e fica mais difícil seguir em segurança. Como será que está a minha mãe? Para onde ela foi? Em que lugar está? Será que está viva? Infectada? Morta? Devorada? Não consigo parar de pensar nela.

= Está se sentindo bem? - Robert olhou aparentemente preocupado. - Se quiser podermos parar.

= Não, não. Está tudo bem. É só que... aconteceu tudo tão rápido. Uma hora estava em meu quarto e menos de duas horas depois, o mundo acaba. Difícil acreditar. Espero que minha mãe esteja bem.

= Espero que os meus também estejam, mas não acho que o mundo acabou em menos de duas horas.

= Como assim? – Perguntei confusa.

= Não costuma sair de casa, não é mesmo? Ainda mais nas férias.

= Por que a pergunta?

= Porque os rumores começaram há quase duas semanas, mas a TV começou a abordar há mais ou menos três dias, que foi quando você provavelmente ficou sabendo.

= Verdade, mas, como você ficou sabendo?

= Mesmo nas férias, ainda frequento a escola com um grupo de amigos para andarmos de skate, e foi a partir da história que eles contaram, que no incio parecia surreal, mas que as imagens tornaram reais.

= Que história?

= A de que o vírus, a principio, começou a se espalhar se confundindo com uma epidemia de gripe. Porém ás pessoas ficavam fracas, e mais fracas, até chegarem á morte, morte essa que ás trazia a vida, de uma forma mais resistente, se assim pudermos dizer. – Sem muita atenção á estrada, Robert contava a história alternando o olhar entre mim e a direção, controlando o tom de voz, para não acordar a pequena Dany.

= E as imagens que mencionou? – Realmente eu não saia, pois o John não permitia, eu ir sair para qualquer lugar que não fosse a escola.

= Eram surreais! Policiais atirando em pessoas á queima roupa e elas não se feriam, ou sequer sentiam os tiros! Até serem acertadas na cabeça... – Arregalando os olhos, era como se ele lembrasse da cena.

= Então você quer dizer que o único modo de matar essas criaturas, é acertando na cabeça? – Ele assentiu. – Como se já não bastasse ter que acertá-los, ainda tem um ponto especifico. Sinto muito, mas acho que não vamos sobreviver.

= Não diga isso.

= Ah, é mesmo?! E quem é você? Um super policial que sabe manusear como ninguém uma arma? Ou uma atração de circo que atira facas?! Se eu te contar a ultima vez que arremessei uma faca, o alvo sentiu como se tivessem o beliscado!.

= Você nunca tentou! Vamos lá Melody, você não desiste fácil. – Ele forçou o olhar para mim o sustentado por alguns segundos. – Lembra quando deu uma surra na Jessika? A melhor briga da escola!

= Que idiota! Aquilo não foi planejado tá?

= Oh, qual é! Ela mereceu!

= E como! – Soltamos riisos baixos. – Porque mudou de escola?

= O Josh, como sempre. Estava implicando demais comigo, e os meus pais não gostavam das marcas que ele me deixava.

= Josh sempre foi um idiota. Ainda bem que você se tornou uma pessoa boa, pensei que teria serios problemas.

= E tive. Meus pais gastaram um bom dinheiro com idas ao psicologo. Mas hoje em dia está tudo bem! – Disse animado. – Quer dizer... – Parou para pensar um pouco mais na situação e se deu conta que nada está bem.

= Estamos todos fodidos. Não se preocupe, você não é o único.

Estamos na estrada há alguns minutos, o suficiente para nos afastarmos daquele grupo de infectados.

= Podemos encostar? - Robert me fitou.

= Claro. Ainda pretendo seguir para o Norte. Não seria bom nos afastarmos tanto, é a única certeza que temos até agora.

Ele encostou o carro e decemos um pouco.

= Como pode a cidade estaar tão vazia? – Me perguntou assim que desceu do carro.

= Não acho que esteja... Ou estão em suas casas, ou ouviram o rádio como eu, e estão seguindo para o norte.

= Mas não havia ninguém lá.

= Até onde vimos... Talvez abandonaram os carros e tentaram a sorte.

= E o que você acha que devemos fazer?

= Primeiro devemos comer, e depois voltar para onde estávamos, arrumar um lugar para passar a noite e tentar achar o tal abrigo amanhã.

= Não acha que devemos ficar em algum lugar por um tempo?

= Minha mãe sumiu, Robert, talvez tenha ido para o abrigo ao Norte. Tenho que tentar encontrá-la. Quem sabe seus pais não estejam lá também? Será mais seguro para nós e para a Dany...

= Por que acredita tanto? E se não houver nada lá, Mell? E se for apenas uma ilusão? O que vamos fazer?

= Prefiro acreditar que há um abrigo, que há uma salvação, porque não há outra esperança a não ser essa.

= Tudo bem. Confio em você.

Robert se sentou no banco do carro, porém permaneceu com a porta aberta. Eu continuei escorada no capô, enquanto sentia a brisa tocar o meu rosto. Essa sensação é boa. De olhos fechados, me sinto livre, mas é só abri-los para percerber que isso é mentira. Estou presa, em meio ao caos de uma infecção em massa.

= SOCORRO!

Rob rapidamente se levantou me encarando, Dany acordou assustada e eu me virei em direção ao grito que vinha da casa que estava atrás de mim. Acho que foi alto o suficiente para chamar a atenção de mais infectados. Era um grito feminino, e realmente parecia desesperada. Seria uma briga? Um infectado? Será devemos ajudar, ou sair correndo enquanto há tempo?


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Notas finais do capítulo

E então? Me respondam essas perguntinhas no final do capitulo, por review !
Quero saber o que vocês acham que vai acontecer..

Beijoos e até o próximo capitulo ! ;*



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