Midnight Memories - Repostada escrita por speechless soul


Capítulo 6
"Ciúme bobo"


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de agradecer pelos acompanhamentos, e comentários. Desculpem a demora! Essa semana que segue será decisiva para mim, então talvez eu demore a postar, de novo, o que pode levar vocês a me odiarem. Hahahahahaha! Mas depois disso, vem férias, então... Vamos ver quantos capítulos virão! Abraços.



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Chegamos em Hogwarts exaustos. Fomos até o dormitório para nos trocar, e para Rony guardar os doces no “esconderijo”. Enfim, chegando lá, Dino estava sentado em frente a lareira. Ele logo percebeu nossa chegada e foi tentar conversar com a Gina, enquanto Harry apressava o passo até o quarto. Subi e me troquei. Ao voltar, Harry e Rony já estavam esperando. Rony estava bufando, fuzilando Dino com os olhos, enquanto Harry estava lendo o livro de poções que havia conseguido no primeiro dia.

—Vamos? – Chamei os garotos. Gina levantou-se e veio até mim enquanto os garotos iam até a porta.

—Eu vou ficar mais um pouco. – Ela sussurrou – Parece que ele realmente se arrependeu.

—Você é quem sabe. – Eu falei meio fria, pois fiquei surpresa. Quando resolveu ir conosco, era para se distrair e esquecê-lo. Agora, deve ter ouvido qualquer desculpa e já voltou correndo. – Eu vou indo. Estaremos no Grande Salão, se quiser se juntar a nós depois.

—Ok.

Descemos sem pronunciar uma só palavra, até o Grande Salão. Rony estava diferente. Enfiou a cara no Profeta Diário, e não olhou mais para nós. Harry parecia decepcionado. E para completar, Malfoy entra com Blásio, junto de duas lufanas. Não que eu esteja com ciúmes, mas ele tenta bancar o arrependido e depois apronta uma dessa. Mas isso é bom, pelo menos me esquece, e prova que eu estava certa em relação a ele.

—Hermione? – Harry sussurrou me cutucando. Desviei o olhar de Malfoy rapidamente e olhei para ele. – Tem certeza de que está tudo resolvido? Você está agindo de forma estranha com o Malfoy. Se ele te fizer alguma coisa, me avise? – E segurou minha mão, e eu assenti com a cabeça.

Rony tirou os olhos do jornal por um instante, e olhou para nossas mãos. Soltamos rapidamente e olhamos um para o outro com cara de: “Droga! O que ele vai pensar? ”. Mas logo, seu foco foi para a porta quando Gina e Dino entraram no Salão. Dino se juntou aos outros garotos, enquanto Gina, sorridente, sentou-se conosco em frente ao irmão, que voltou a ler o jornal.

—E aí? O que será que tem para a janta? – O clima estava péssimo, por isso tentei puxar algum assunto. – Eu estou com fome, tomara que tenha algo gostoso. – Em seguida a comida se materializou como sempre a nossa frente. Rony nem se moveu, estava realmente chateado para conseguir negar comida.

—Por que não o chamou para sentar conosco? – Rony falou por trás do jornal, ignorando o que eu havia perguntado.

—Você sabe muito bem o porquê. – Ela tirou o sorriso do rosto num piscar de olhos.

—Ah sim! Claro! – Rony abaixou o jornal e encarou a irmã – Vocês provavelmente brigaram, para variar, e obviamente você levou um fora. Acertei?

—Não. – Respondeu de forma sarcástica assim como o irmão. – Estamos muito bem juntos.

—Então por que ainda está aqui? – Pude perceber que Rony fechou a cara instantes antes de voltar a enfiá-la, desta vez de forma mais brusca, no jornal. – Vá lá com ele. Ninguém quer você aqui.

—Primeiro de tudo! – Gina agarrou o jornal e arrancou da mão de Rony violentamente. – Não se esconda quando falar comigo. – Começou a amaçar o jornal. – Se é tão corajoso, fale o que quer na minha cara. Eu estou muito feliz agora, e não vou deixar seu ciúme bobo mudar isso. – E tacou o jornal na frente do irmão.

—Não estou com ciúmes. Estou indignado, porque você teve um ótimo dia com a gente, mas nos trocou num estalar de dedos dele, como se fosse uma cadelinha de estimação.

—A vida é minha, Rony. Você é meu irmão, não meu pai. Por que não se preocupa em achar uma namorada, e para de encher meu saco? – Gina se exaltou e levantou.

—Gente... – Falei calma. – Se acalmem, isso não vai levar a nada.

—Eu namoro quando eu quiser, você não tem nada a ver com isso.

—Rony... – Harry tentou puxar o amigo que também se levantou.

—Exatamente! Eu não tenho nada a ver com isso, assim como você não tem nada a ver com a minha vida!

—Gente! – Aumentei um pouco o tom de voz, mas não consegui atenção, novamente.

Os dois já haviam conseguido uma pequena plateia. Já não dava para decifrar o que eles estavam falando. Aquele embolar de palavrões e ofensas, junto do falatório dos outros alunos, estavam martelando minha cabeça.

—CALEM A BOCA! – Acabei explodindo. Gina e Rony ficaram quietos e olharam para mim assustados. – Sentem-se os dois... – Eles continuaram olhando. – AGORA! – Berrei mais uma vez, e eles obedeceram. – E vocês podem voltar a cuidar da vida de vocês, bando de bisbilhoteiros! – Falei para o grupo de estudantes que estavam ali. Ouvi alguns: “que grossa” e “garota maluca”, mas ignorei. – Os dois vão pedir desculpas, e não vão mais tocar no assunto. Ouviram?

—Me desculpa? – Gina pediu calma. Diferente do irmão, ela era mais compreensiva, e aceitava que estava errada. – Na verdade, me desculpem. Eu errei em ter trocado vocês, mas o que eu podia fazer?

—Tudo bem. – Harry falou junto comigo, mas em um tom menos animado que o meu – Rony? – Perguntei sem chiliques dessa vez.

—O que? Eu não tenho nenhum motivo para pedir desculpas. – Levantou-se – Boa noite! – E saiu.

—Mas que garoto teimoso! – Eu estava prestes a levantar, mas Gina conseguiu me segurar.

—Hermione, tudo bem. Eu já imaginava que essa seria a resposta. Eu conheço meu irmão, ele só está irritado, mas quando se acalmar vai conversar comigo. Obrigada, mesmo assim, por tentar nos ajudar. – E sorriu

—De nada... – Suspirei e retribuí o sorriso. – O que está acontecendo ali?! – Olhei assustada para a porta, e vi Rony atingindo Blásio.

POV Rony

Eu não estava com um pingo de paciência de ficar ali. Resolvi voltar para o Salão Comunal. No caminho eu esbarro em alguém.

—Olhe por onde anda, Weasley! – E para terminar meu ótimo dia, lá estava o Malfoy junto de Zabini e duas lufanas aleatórias para me encher. – Não consegue andar sem precisar da mamãe?

—Falou o garoto que precisa chamar o papai para limpar o nariz! – Respondi em rebate – Vá para o inferno, e não enche meu saco.

—Ui! Ele está estressadinho! Quer um abraço?

—Estou avisando Malfoy! – Eu o ameacei colocando minha varinha no pescoço dele, que debochava da minha cara com risadas.

—Vai! Anda logo com isso! Medroso! Só tome cuidado para não sair cuspindo lesmas daqui! – Ele gritou me provocando. Quando vi que Blásio estava pegando a varinha, enfeiticei-o

Petrificus Totalus!— Blásio caiu duro no chão – E quanto a você... Levicorpus!— Draco ficou de cabeça para baixo flutuando no ar.

Comecei a zombar da cara dos dois. Virei-me para voltar para o dormitório, mas depois de alguns passos, fui atingido.

Estupefaça!— Era a voz do Malfoy, que me atingiu na cabeça. Eu caio e bato com a cabeça da escada.

A última coisa que vi antes de tudo começar a escurecer foi Harry desarmando o Malfoy. Ouvi a voz de Hermione: "Enervate!". O feitiço fez com que a tontura passasse, mas não foi tão eficiente. Ouvi a voz de uma garota que parecia desesperada: “Won-Wonzinho! ”. Que droga é essa? “Desmaia logo, Rony! ” – Pensei.

//No dia seguinte//

—Como ele está? – Ouvi uma voz aflita, que logo reconheci como sendo a de Gina.

—Está melhor. Malfoy o atingiu na cabeça, o que dificultou um pouco as coisas. Mas Madame Pomfrey sempre dá um jeito – Houve uma pausa. Harry prosseguiu – E você?

—Eu? Estou bem. – Ela respondeu num suspiro. Não estava bem. Conheço minha irmã. – Cadê a Mione?

—Estava aqui até pouco tempo. Saiu bufando, dizendo que iria resolver uma coisa.

—Será que é grave?

—Não sei. Mas ela disse que era algo em que ninguém deveria se meter.

—Não deve ser boa coisa.

—Cadê ele?! – Uma terceira voz surgiu – O meu Won-Won? – Quem que me deu este título ridículo?

—Seu “Won-Won” – Levantei lentamente ainda com dor

—Você não devia estar fazendo força Sr. Weasley! – Madame Pomfrey surgiu do além para me dar uma bronca, mas ignorei.

—Sim, meu! – A garota, que descobri ser a Lilá Brown, insistia em agir como se eu fosse uma propriedade.

—Deixa de ser louca! Nem nos conhecemos direito! E eu já tenho... Alguém!

—Você... Vai... Ser... Meu... – Ela disse soluçando e em seguida saiu correndo chorando.

—Meio pirada né? – Gina perguntou

—Meio? – Começamos a rir

—E desde quando você tem alguém? – Harry perguntou com um sorrisinho de canto

—Vocês acreditaram? Eu só queria me livrar dela.

—Coitada. – Harry falou, segurando uma risada.

—Ainda bem que você não tem um "alguém", senão eu teria um ciúme compulsivo e teria que matar a garota. – Gina falou de braços cruzados. Quando resolvi abrir a boca, Harry me interrompeu.

—Eu vou deixar vocês se resolverem e esperar ali fora. Por favor não briguem! – E assim o fez, nos deixando sozinhos.

Gina ainda estava de braços cruzados, batendo com o pé direito no chão, como se esperasse alguma coisa.

—Você parece a mamãe, sabia? – Finalmente falei – Está agindo exatamente como ela agora.

—E você parece o papai. – Ela respondeu e sentou na ponta da cama. – Só não sei se ele iria criar toda essa bagunça. – Nos encaramos sérios por uns instantes, mas em seguida estávamos rindo. De novo ela cruzou os braços, mas dessa vez com um sorrisinho no rosto.

—Me desculpa por hoje, Gina. Eu só não quero que você se machuque. – Falei calmo – Você resolveu ir conosco por causa de uma briga, mas em seguida já estava lá de novo.

—Eu sei que eu errei, mas foi a minha escolha. Eu gosto dele.

—Tem certeza? – Perguntei sério. Eu tinha minhas dúvidas. Ele aparentava gostar, mas não sei se minha irmã retribuía com a mesma intensidade. Talvez seja ciúme de irmão, mas enfim.

—Tenho. – Ela respondeu depois de pensar um pouco.

—Okay então. Me desculpa?

—Sim. E você?

—Desculpo. – Ela veio e me abraçou com força. - Mas pode ter certeza, eu vou continuar sendo o mesmo teimoso ciumento de sempre.

—Me poupe! – E me deu um tapa no braço, me fazendo rir. – E você fique longe de brigas, ok? – E me acertou com um travesseiro. E retribuí e começamos a fazer uma pequena guerrinha de travesseiros.

—Eu falei para não brigarem! – Harry entrou. Gina tacou um travesseiro nele, que não entendeu nada, mas logo estava dentro da guerra conosco.

—O que significa isso?! – Era Madame Pomfrey. – Já que o senhor Weasley já está disposto, pode sair! Mas arrumem essa bagunça antes. – E assim o fizemos. Saímos da Ala Hospitalar e contamos para o Harry sobre a reconciliação. Era hora do almoço, então fomos até o Grande Salão. Havia um bolo de gente tapando a entrada, e gritos de raiva que pareciam ser de Hermione. O que será que aconteceu?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O Rony vai continuar sendo ciumento, mas será que continuará levando ao extremo? E o que houve com a Hermione? Comentem e bom final de semana!



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