Midnight Memories - Repostada escrita por speechless soul


Capítulo 5
Isso é o que nós vamos ver...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, espero que gostem. Muitos beijos e abraços!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/641312/chapter/5

POV Draco

~Alguns dias antes...

Depois da aula de Defesa Contra a Arte das Trevas, saí por último acompanhado de Blásio. Eu estava queimando de raiva. Snape me paga...

—Você pirou de vez! – Blásio cochichou – Toda Sonserina vai ficar com raiva de você por perder tantos pontos em apenas uma aula, além de te caçoarem por defender a...

—Não ligo para essa droga de Taça das Casas, e não toque mais nesse assunto!

—Está bem, “estressadinho”! Enfim, eu, Crabbe e Goyle vamos ao Três Vassouras esse final de semana. Quer ir com a gente?

—Senhor Malfoy. – Pude ouvir a voz fria do Snape me chamando. – Sua detenção será agora. Na minha sala. – Apenas assenti com a cabeça para Blásio, que entendeu o recado e saiu.

Eu o segui até sua nova sala. Boa parte dos itens nojentos que ficavam nas masmorras foram levados até lá. Ele parecia gostar mesmo de coisas mortas, e me adicionar a sua coleção não seria um problema para ele.

—Sente-se. – Ele indicou a cadeira em frente a sua mesa.

—Eu prefiro continuar em pé.

—Isso não foi um pedido. Se você quiser eu posso te forçar de novo.

—Vá em frente. Vai precisar da maldição Imperius para sempre? – Ele apontou a varinha para meu braço esquerdo, e a Marca Negra começou a queimar. Logo, eu estava no chão me contorcendo de dor, que aumentava cada vez mais e se distribuía para meu corpo.

—Você realmente acha que é o mais importante aqui, só porque o Lorde das Trevas lhe confiou a tarefa? – Ele disse com um sorriso maldoso. – Posso tornar essa dor ainda mais insuportável se você ousar me enfrentar mais uma vez. É bem mais fácil você deixar eu te ajudar, do que bancar o teimoso e correr o risco de perder o braço.

—Não preciso da sua ajuda. – Falei ofegante tapando o braço com a outra mão. – Meu pai vai saber disso...

—Será que depois de tanto tempo, você ainda não aprendeu a lidar com seus problemas sem precisar chamar o “papai”? – Fiquei em silêncio. – Ele me pediu para ficar de olho em você. Então não pense que chorar lhe salvará dessa vez.

—Ele sabe dessas coisas?

—Claro que sabe. Ele confiou a mim a tarefa de cuidar de cada passo seu, e discipliná-lo se possível, já que nem isso ele fez direito. – Sua expressão de nojo se intensificava a cada palavra. – Quero deixar uma coisa bem clara: se você ousar me desrespeitar mais uma vez, vai se arrepender amargamente.

—Tudo bem, Snape. – Suspirei entediado e revirei os olhos. – Mais alguma coisa, querida “babá”? – Perguntei sarcasticamente, me recompondo e sentando na cadeira.

—Como anda o progresso da tarefa?

—Não tem nem uma semana que as aulas começaram. Acha que eu posso consertar com um estalar de dedos?

—Pressinto a sua falha. – Ele disse torcendo o nariz. – O cheiro está impregnado em você. É tão fraco e inútil quanto o medroso do seu pai...

—Como ousa falar dele assim?

—Saia da minha sala, já terminei com você...

—Com prazer – Olhei sério para ele, peguei meus materiais e saí da sala. Segui para o Salão Comunal da Sonserina e chutei alguma coisa quando cheguei no quarto.

—Aconteceu alguma coisa? – Blásio estava deitado em sua cama, lendo um livro qualquer. – Snape pegou pesado?

—Nada que eu não tenha conseguido aguentar. – Respondi, tentando disfarçar a dor. – Só vamos jantar, não quero mais ficar aqui.

—Estou lendo.

—E desde quando gosta de ler?

—Desde que eu resolvi ser um aluno exemplar, ora. – Olhei sério para ele. – Mentira! – Começamos a rir. – Vamos logo, ser inteligente dá fome.

E seguimos para o Grande Salão. Cobri meu braço novamente. Ao entrar, atraí olhares de todos. Provavelmente a notícia havia se espalhado. Procurei meu lugar e me sentei. Alguns colegas olharam com desprezo, achando que eu me importava.

A semana passou rápido, e havia sussurros de todos os lados. Sábado chegou e estava frio. Encontrei Blásio, Crabbe e Goyle me esperando na sala, e logo fomos para Hogsmeade. Os três resolveram ir numa loja qualquer, mas eu fiquei esperando do lado fora, com as mãos no bolso, olhando para baixo. Até que ouço uma voz familiar. Uma das últimas que esperava ouvir.

—Draco... – Era Hermione. Continuei olhando para baixo. – Eu queria te agradecer. Eu não sei se fez isso por minha causa, mas mesmo assim... – Ela respirou fundo. – Obrigada por me defender.

—Eu fiz para te defender sim, mas de qualquer forma, não vai mudar nada entre a gente. – Levantei a cabeça desta vez e olhei em seus olhos.

—Draco, por favor, não se faça de inocente. – Ela disse em meio a um suspiro. – Foi você quem pisou na bola, não eu. – Dei de ombros. Até que ela se aproximou, segurou meu queixo, e deu um beijo em meu rosto. – Obrigada. – Olhei para ela com um sorrisinho. Ela também sorriu sarcasticamente. – Não se acostume. Esse foi o último. – Ela se virou e foi em direção ao Potter, os Weasley, e Lovegood. Sorri sozinho e sussurrei para mim mesmo: “Isso é o que nós vamos ver, minha morena”.

POV Hermione

—Você precisava mesmo dar um beijinho no rosto dele? – Rony perguntou um pouco irritado

—Rony, por favor. – Falei em um tom cansado. – Esse assunto já acabou.

—Não parece. Ainda mais com aquele sorriso estampado na cara dele. Parece que era tudo que ele queria.

—Esqueceu que ele é o Malfoy? Quando que ele iria gostar de um beijo de Sangue-Ruim?

—Mas mesmo assim! Ele deve estar rindo para zoar de você e... – Puxei ele para perto e beijei seu rosto.

—Satisfeito? – Perguntei sorrindo. – Você fica fofo com ciúmes, sabia?

—Ciúmes? De quem? Oi? – Ele estava ficando cada vez mais sem graça. Todos riram até chegarmos no Três Vassouras. Pedimos cerveja amanteigada.

Até que foi agradável. Tentei distrair ao máximo a Gina, que havia brigado com o Dino novamente. Foi divertido, e logo todos nós estávamos meio entupidos de bebida.

—Querem ir ao Dedos de Mel? – Luna perguntou. Rony levantou num salto e quase caiu. – Acho que isso é um sim. – Rimos enquanto saíamos.

—Gente, eu acho que não vou não. Estou cheia – falei em meio a soluços. – Daqui a pouco vai escurecer, eu vou procurar algum lugar para descansar. Nos encontramos na escola?

—Tudo bem! – Luna disse. Segui até o fim do povoado e encontrei uma árvore. Sentei na grama e encostei a cabeça no tronco. Fechei os olhos e comecei a pensar em toda a situação que deu o que falar durante a semana. Draco de fato, fez para me defender. Eu realmente não sei se ele ainda tem interesse em mim, ou se é só mais um teatro. Porém, ele abriu um sorriso tão sincero quando beijei sua bochecha, como se eu tivesse curado seja lá qual dor ele estivesse sentindo. Queria realmente saber o que Snape fez com ele. Estou me sentindo culpada, mesmo que talvez eu não devesse.

—Oi! – Harry apareceu do nada e colocou suas mãos em meus ombros. Estava eufórico e com um sorriso no rosto, como uma criança que acabou de pregar uma peça. – Posso fazer companhia?

—Que susto! – Falei sorrindo. – Claro que pode.

—Está tudo bem? – Ele perguntou. – Estava pensando na vida?

—Mais ou menos isso. Aconteceu alguma coisa?

—Não. – Dessa vez acalmou-se – Só não queria doces.

Ficamos em silêncio por um tempo, observando o pôr do Sol.

—E aí? Alguma novidade? – Perguntei para tentar quebrar o silêncio.

—Tirando que preciso de ajuda com as tarefas de casa... – dei um tapa leve no ombro dele, que sorriu novamente. – Agora tenho que fazer tarefas para o Dumbledore.

—Muito difícil?

—Só tenho que me aproximar do Slughorn, o que vai ser fácil, sendo o melhor aluno, e fazendo poções tão incríveis! – Revirei os olhos

—Pura sorte!

—Tudo bem. Se você diz... – ele disse em defesa e começamos a rir. – Mas o Dumbledore veio com um papo meio estranho...

—Sobre?

—Basicamente. Minha vida amorosa.

—Nossa! – Falei meio surpresa. – Ficaria no mínimo meio assustada.

—Pois é. E deve ficar. – Olhei para ele sem entender. – Ele citou você.

—O quê?!

—Ele acha que estamos...

—E o que você disse?

—Falei que te acho brilhante e atraente, mas que somos apenas grandes amigos.

—Você me acha atraente?

—É claro que sim. – Ele disse me olhando – Bonita, inteligente. Acho que eu poderia fazer uma lista de coisas que me chamam atenção em você. – Eu fiquei vermelha

—Obrigada? – Havia um tom de dúvida na minha voz. Mas sorri, pois tentei levar como um elogio.

—Me pergunto se Dumbledore sabe de tudo o que acontece ou aconteceu em Hogwarts. Você acha que ele sabe sobre nós? – Ele abaixou o tom de voz. – Durante o Torneio Tribruxo e tudo mais? – Travei. Realmente não entendi o porquê do Harry estar falando sobre tudo aquilo.

—Não sei. Só sei que eu e você ficamos sem conversar por uma semana. – Ele riu, mas logo percebeu que eu estava um pouco constrangida em lembrar daquilo.

—Mas você lembra daquilo como algo ruim? – Ele chegou mais perto, para ficar encostado do meu lado. – Desculpe tocar nesse assunto. Fiquei tão inquieto quanto você, quando ele me perguntou sobre a gente. Por isso acho que talvez ele saiba.

—Harry? Você quer que eu abra jogo? – Falei em um tom mais alto e ele olhou meio surpreso. – Eu não acho que ele saiba. Mas eu não quero tocar no assunto, porque você também me chama a atenção em muitos aspectos. Eu não imagino passar aquele dia com outra pessoa, que não seja você. Mas paramos de nos falar por uma semana, porque nossa amizade falou mais alto. Eu te considero um grande amigo tanto quanto você me considera uma grande amiga. Mas daí eu senti seu cheiro naquela Amortentia, e ao que tudo indica, você ainda me atrai. – Ele me olhou ainda mais surpreso.

—Por que você não falou? Que sentiu meu cheiro?

—Porque não vi necessidade, Harry. Mas já que você começou a falar sobre isso, me senti na liberdade de falar – Ele me olhou sério.

— Me desculpe tocar nesse assunto, não queria te deixar desconfortável. É melhor pararmos por aqui. Não quero estragar nossa amizade por causa desse comentário.

—Não tem problema Harry. – Olhei no fundo dos olhos dele. Ele fixou seus olhos nos meus. Então, dei um beijo em seu rosto, e ele sorriu tímido em resposta. – Vamos procurar o pessoal.

—Ok.

Levantamos rápido, e ficamos próximos novamente. Pude sentir a respiração de Harry, enquanto olhava em seus olhos. Desvíamos o olhar e demos distância um para o outro, e voltamos para a loja de doces. Lá estavam eles:

—Ué? Você não disse que iria para a escola, Mione? – Gina perguntou.

—Sim, mas acabei mudando de ideia. Fiquei com vontade de comer doces.

—Eba! – Luna bateu palminhas e entramos na loja. Eu e Harry quase nem olhávamos um para o outro. Legal, agora eu realmente estou confusa, ainda mais do que o Harry. Primeiro o Draco, com a história de ainda gostar de mim. Depois o Harry desenterrando aquela assunto. E ainda tem o Rony, o garoto que eu gosto desde o dia em que viramos amigos. Vou acabar enlouquecendo.

Tentei esvair meus pensamentos e voltei a conversar com grupo, para tentar me distrair. Logo, quando Rony já estava com uma sacola entupida de doces, voltamos para Hogwarts.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Snape pegou pesado? E os beijos? Hermione confusa? Comentem! Muitos abraços e beijos! :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Midnight Memories - Repostada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.