Midnight Memories - Repostada escrita por speechless soul


Capítulo 4
Obrigada por me Defender...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Mais um capítulo. Espero que gostem! :)



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POV Hermione

–Eu! Narigudo nojento! – Malfoy levantou num salto e exclamou para Snape. Ele estava ficando maluco? Os garotos ficaram totalmente surpresos e me peguei olhando boquiaberta para a situação.

–O que foi que disse, senhor Malfoy?

–Você não ouviu? Provavelmente precisa de um par de orelhas tão grandes quanto esse nariz para escutar? – Alguns alunos deram risadinhas.

–Você sabe qual a punição por insultar um professor, não sabe senhor Malfoy? – Snape perguntou calmo, mas com um fogo queimando em seus olhos.

–Não ligo para as regras de conduta desta escola.

–E eu, assim como você, também não. Então talvez eu possa demonstrar as Maldições Imperdoáveis no senhor.

–Interessante. – Draco sorriu – Talvez eu possa demonstrar a Maldição da Morte. Ser expulso para mim não será um problema, sabendo que livrei Hogwarts de um péssimo professor.

–Chega! Detenção Malfoy! – Snape exclamou vermelho

–Uau! Grande coisa! – Ele provavelmente tinha batido a cabeça, tomado Whisky de Fogo demais ou qualquer outra coisa, porque ele não estava normal. Entretanto, tinha um tom de seriedade na voz. Nunca tinha visto Malfoy agindo daquela forma. E tudo isso porque o Snape me repreendeu. Ele sabe que estou acostumada com a implicância do Snape. Mesmo assim quis intervir. – Só isso que sabe fazer? É essa a punição? Esperava mais de você.

–Menos 50 pontos para Sonserina. – Malfoy bateu palmas.

–Draco! Senta! – Era algum menino da Sonserina. – Se você não liga para as regras, o problema é todo seu. Agora não prejudique a nossa Casa, por causa de idiotices!

–Me force a sentar, idiota! – E começaram os murmúrios que preencheram toda a sala.

Imperio! – A voz alta de Snape chamou a atenção de todos! – Você se sentará e ficará quieto até segunda ordem, se não quiser que eu te torture até beijar meus pés. – E assim como comandado, Malfoy sentou-se e calou-se, mas permaneceu com a expressão de raiva no rosto.

Snape prosseguiu com a aula, que foi totalmente silenciosa. Ninguém prestou atenção de fato. Todos estavam chocados, principalmente eu. Ao fim da aula, todos levantaram-se silenciosamente e saíram quando Snape nos dispensou. Aparentemente tinha libertado Malfoy do feitiço, pois ele estava saindo da sala com o Zabini.

Os garotos foram na frente enquanto descíamos as escadas. Olhei para cima e Malfoy e Zabini ainda estavam conversando. Malfoy estava com raiva.

–Senhor Malfoy. – Pude ouvir a voz do Snape o chamando. – Sua detenção será agora. Na minha sala. – Fiquei observando. Querendo ou não, me senti culpada. Mas por que ele faz isso? Será que é só para me provocar? Ou ele está sendo sincero pela primeira vez? Que saco! Eu tento, eu juro que tento esquecer esse garoto, mas ele simplesmente insiste em “estar lá”, e me deixar confusa.

–Vamos Mione? – Era Rony – Perdeu alguma coisa aí?

Neguei com a cabeça. Seguimos para as outras aulas e retornamos para o Salão Comunal da Grifinória, quando elas finalmente acabaram. Sério, pela primeira vez não estava com cabeça para aulas. Tombei na cama, morta de cansaço e dormi.

No dia seguinte, estávamos tomando café da manhã. Harry e Rony estavam conversando sobre Quadribol, o que fizeram praticamente as férias inteiras. Rony estava doido para entrar para o time.

Parei de prestar atenção quando Malfoy entrou no Salão com uma expressão péssima e com a mão no braço esquerdo. Imaginei que fosse... Não. Não pode ser o que estou pensando. Às vezes eu paro pra pensar no que Harry disse, mas não acredito de fato que o Malfoy tenha se tornado um deles. Tentei evita-lo, mas meu sentimento de culpa simplesmente não me permitiu que fizesse isso:

–Gente? – Eles prosseguiram com a conversa incansavelmente. – Gente!

–Fala, Mione. – Harry disse olhando pra mim, e começou a beber alguma coisa.

–Vocês não acham que eu deveria... – Respirei fundo antes de prosseguir

–Deveria? – Rony perguntou pegando uma torrada. Fiquei um pouco nervosa, mas resolvi desembuchar de uma vez.

–... Agradecer ao Malfoy?

Harry cuspiu o que estava bebendo, e Rony se engasgou.

–Oi pessoal! – Era Gina que tinha acabado de chegar. – O que está fazendo Rony? – Ela perguntou para o irmão que já estava ficando vermelho. Ela deve ter entendido o recado, pois deu um soco nas costas dele. – O que houve?

–Pergunte a Hermione. – Harry disse em meio a tossidos.

–Que exagero! – Falei indignada. – É que eu perguntei se deveria agradecer ao Draco por ter me defendido do Snape.

–O que? – Perguntou – Deixa eu ver se entendi: Draco defendeu alguém. Esse alguém era você. E ainda por cima, do Snape! Puxa, dava tudo para estar um ano adiantada e ver isso de perto.

–Ok, mas o que acham que eu devia fazer?

–Você sabe o que eu acho. – Rony disse ao se recompor

–Sim, eu sei. Harry?

–Não sei exatamente por que o Malfoy fez isso. Talvez tenha feito para se engrandecer envergonhando o Snape, mas como consequência, muitos acham que foi para te defender. De qualquer forma o pessoal da Sonserina vai ficar totalmente irritado por ter perdido tantos pontos. – Ele parou por um instante e eu continuei encarando. – Olha Hermione, você sabe que ninguém nessa mesa gosta dele, inclusive eu acho que você o odeia tanto quanto eu. Mas se você estiver disposta a agradecer... – Novamente ele parou e suspirou – Acho uma bela atitude.

A mesa ficou silenciosa. Olhei para Rony e ele não parecia bem. Tentei confortá-lo para quebrar o silencio.

–O que foi Rony? Está tudo bem?

–Sim... – Ele disse – Só estou preocupado com o lance de Quadribol, e todo esse assunto é meio estranho.

–Esquece isso e foca. Não deixe isso te abalar. Quando houver a seleção, dê o seu melhor. – Ele deu um sorrisinho meio desanimado. Segurei sua mão, e ele olhou para mim. – Você consegue, Ronald. Eu sei que consegue. – Ele abriu um sorriso sincero desta vez e segurou minha mão com mais força. Estava me transmitindo um calor que só ele transmite.

Eu realmente gosto muito do Rony, desde quando ele me salvou do Trasgo junto com o Harry. Talvez eu esteja errada, mas acho que é algo retribuído. Mas tem aquele Loiro ridículo. Eu já estava odiando o fato de ele ter me agarrado, daí ele resolve dar um ataque e xingar o Snape “por minha causa”. Se foi para tentar se aproximar, ele pode esquecer.

–Acho que nós quatro podemos ir pra Hogsmeade neste final de semana, o que acham?

–Acho uma boa. – Harry sorriu pela primeira vez hoje.

–Também acho – Rony afirmou

–E você, Gina?

–Não sei... – Harry meio que fixou os olhos nela. Era evidente que talvez ele estivesse gostando dela.

–Ah, qual é? Podemos chamar a Luna! Vai ser legal.

–É que eu combinei de sair com o Dino – Ela tentou falar baixo, provavelmente por causa do Rony, que havia mudado completamente com Dino depois que ficou sabendo do namoro. Harry olhou para sua taça e continuou bebendo. – É melhor eu ir. Tchau gente!

Terminamos de tomar café e assistimos todas as aulas do dia. Eu sabia que Harry queria se sair bem esse ano, para conseguir se tornar um Auror, mas percebi que ele estava meio avoado, e minha intuição me diz que o motivo de tanta distração é a Gina. O jeito que ele olha para ela o denuncia. É muita sorte dele, o Rony não perceber, porque era capaz de ficar de mal com o próprio amigo.

Tínhamos uma pilha enorme de deveres, e obviamente eu estava disposta a fazer todos, e como sempre “ajudar” os meninos a fazerem os deles.

–Meninos, vamos fazer todos para ficarmos livres até sexta.

–Ah não. Não estou com um pingo de disposição para isso. – Rony disse bocejando.

–Rony, é sério. Se você deixar tudo para depois e entrar em desespero, eu não vou ajudar.

–Mas olha isso! – Ele apontou para a lista de tarefas. – É só o segundo dia, e já temos mil coisas para fazer! – E se jogou no sofá.

–Eu sei Rony, mas amanhã, teremos mais ainda se acumularmos. Harry, você não concorda? Precisa de boas notas para seguir a carreira de Auror. – Ele estava sentado no chão, encostado no sofá, em frente a lareira e lendo um livro. – Harry? – Ele continuou em silêncio.

–Ei! – Rony falou alto e tacou uma almofada. Harry se virou meio assustado.

–O que foi?!

–Estamos falando com você. Ainda está lendo esse livro de poções?

–Poções? – Perguntei

–Não é nada, gente. Desculpem-me. Só estava tentando me distrair.

–Você anda muito desligado ultimamente. – Afirmei, e fitei seus olhos. – Quer fazer os deveres?

–Pode ser.

–Até você? – Rony perguntou

–Você devia fazer o mesmo. Quero ver você dar conta do treino e dos deveres depois. – Harry falou.

–Tudo bem, “papai”. – Os dois riram.

Conseguimos terminar tudo, depois de vários ataques de tédio do Rony. Mas não pude deixar de perceber que Harry ainda estava distraído, o que o deixou meio desastrado, fazendo com que ele quase derramasse tinta nos trabalhos do Snape.

A semana passou nesse ritmo e Rony até que evoluiu rápido. De última hora, Gina disse que iria conosco, e me falou, em particular, que havia brigado com Dino. Além disso, eu ainda estava no dilema de falar ou não com o Malfoy, toda vez que nos encontrávamos, mas acabava não falando.

Sábado chegou, e estava meio frio. Vesti uma calça jeans, casaco, luvas e uma touca. Saímos do castelo, encontramos com a Luna, para ir até Hogsmeade. Era fim de outono, e haviam folhas espalhadas no chão, o que tornava o caminho agradável. Até que avisto Draco sozinho, olhando para baixo, com as mãos no bolso.

–Gente, eu acho que vou acabar logo com isso. – Disse olhando para ele.

–O que? – Gina perguntou – Ah, isso...

–Podem ir na frente, se quiserem. É melhor não ir ninguém, para evitar discussões.

–Está doida? Não vou deixar você sozinha com ele! – Rony exclamou

–Está bem! Mas fiquem longe, e deixem que eu resolvo.

E assim, comecei a andar meio receosa em direção a ele. Depois de um tempo, ele percebeu que eu estava indo, olhou e novamente fitou o chão.

–Draco... – Chamei-o calma. Ele continuou olhando para baixo. Permaneci firme e comecei a encontrar as palavras corretas. – Eu queria te agradecer. Eu não sei se fez aquilo por minha causa, mas mesmo assim... – Respirei fundo. – Obrigada por me defender.

–Eu fiz para te defender sim, mas de qualquer forma, não vai mudar nada entre a gente.

–Draco, por favor, não se faça de inocente. – Eu disse em meio a um suspiro. – Foi você quem pisou na bola, não eu. – Ele deu de ombros. Me aproximei, segurei seu queixo, e dei um beijo em seu rosto. – Obrigada. – Ele olhou para mim com um sorrisinho. Eu tentei segurar, mas também sorri sarcasticamente. – Não se acostume. Esse foi o último.

Ele continuou sorrindo. Pensei em perguntar o que Snape havia feito com ele, para ele entrar com a mão no braço, mas preferi acabar com a conversa de vez. O maldito loiro ainda tem efeito sobre mim. Me virei e fui até o encontro do resto do grupo.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal? O que acharam? Comentem! Até o próximo capítulo! ;*



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