Visão: As Faces da I.M.A. escrita por Larenu


Capítulo 4
Cientistas Supremos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/641276/chapter/4

A Cientista Suprema Monica Rappaccini olhou para Andrew Forson, nervosa.

— Será que Yelena falhará pela primeira vez em uma missão?

— Acalme-se, Monica. Isso não é do feitio dela. Tenho fé de que ela irá se sair bem.

Monica andava de um lado para o outro, nervosa.

— Andrew, acha que seremos mortos após os Adaptóides estarem prontos?

— Diz isso por causa de Tykkio? Acho que não.

­— Aldrich Killian era cruel. Temo que M.O.D.O.K. seja mais.

— Bom, estamos nos aproximando de Barbuda. Ele não ousaria matar alguém na ilha, se isso serve para te consolar. Eu realmente acho improvável que o M.O.D.O.K. vá nos matar, pois ele precisa de nós.

— Certo. Obrigada, Andrew.

Ela pegou sua arma, preparada para qualquer imprevisto.




Yelena Belova, a Viúva Negra da I.M.A., corria por um corredor com Carol Danvers nos ombros. Atrás dela vinha Visão voando. Irritada com a persistência do herói, Yelena pensou em uma forma de neutraliza-lo. Como era uma agente tão boa, ou, segundo alguns, melhor, que Natasha Romanoff, logo vislumbrou essa maneira.

Já estava se aproximando do M.O.D.O.K., então tinha que agir rápido, pois Visão não podia atrapalhar o encontro dele com os Cientistas Supremos. Yelena se jogou no chão e, ainda com Carol nos ombros, começou a correr na direção contrária.

— Mas o que...? — começou Visão.

A Viúva Negra alcançou uma porta. Digitou a senha dela, esperando que o ser lá dentro saísse. Andy, o Androide do Pensador Louco, saiu da sala. Yelena já sabia como prosseguir. Pegou Carol e começou a correr, deixando para trás um de seus bastões elétricos.

O bastão foi absorvido por Andy. Quase imediatamente, o androide começou a liberar descargas elétricas. Yelena ganhou vantagem e deixou Visão ali com Andy. O herói foi atingido pelas descargas liberadas por Andy ao se aproximar. Caiu de joelhos no chão, tentando resistir. Levantou-se com dificuldade e caminhou em meio à eletricidade. Estava se esforçando para sobreviver ali.

Cerrou os olhos e os punhos. Estendeu os braços para frente e canalizou seu poder. Um enorme raio de luz amarela foi liberado e lançou Andy contra a parede. Apesar disso, as descargas elétricas continuaram ativas na sala.

— Basta — disse uma voz masculina.

Visão olhou em volta e viu o Pensador Louco.

— Não gosto de ver meu androide sofrer.

O Pensador olhou para Andy e as descargas elétricas cessaram.

— Você tem telecinése? — perguntou Visão.

— Não. Estou ligado aos meus androides por um chip em minha mente. Consigo sentir o que eles sentem e controla-los. Andy estava sentindo dor.

O Androide do Pensador Louco se juntou a ele.

— Até mais, Visão. Nossos caminhos voltarão a se cruzar, mas nosso próximo encontro não será tão calmo.

— Sabe que posso matar você agora e evitar isso, certo?

— Obviamente. Mas sei que não o fará, pois você tem algo difícil de encontrar em humano.

— O que seria?

— Um dia você descobrirá. Sem a minha ajuda.

Ele se virou e caminhou vagarosamente pelo corredor, seguido por Andy. Visão olhou para ele com um sentimento que ainda desconhecia. Em seguida, se voltou para seu verdadeiro destino.

M.O.D.O.K. e Dínamo Escarlate já estavam parados diante da porta do ponto de encontro com os Cientistas Supremos. Yelena Belova surgiu no começo do corredor, carregando Carol Danvers no ombro. Ela parou ao lado do corpo grande de M.O.D.O.K., fitando-o.

— Aqui está. Vamos entrar?

Coloque seu visor, por favor.

Ela estranhou o pedido, mas colocou o visor como lhe fora solicitado.

Como estão as coisas lá dentro?

— Normais. Monica Rappaccini está andando de um lado para o outro e Andrew Forson está parado com uma maleta. Há também alguns soldados da I.M.A. e uma caixa grande de metal.

O que acha, Anton? Tudo lhe parece apropriado?

— Sim.

Certo. Então vamos entrar.

M.O.D.O.K. olhou para a porta, que começou a se abrir. Eles passaram por ela e entraram. Monica Rappaccini pareceu assustada ao ver M.O.D.O.K. junto de Yelena, mas tentou disfarçar.

Cientista Suprema, algum problema com minha presença?

— Não, senhor.

Ótimo. Yelena, por favor. — A Viúva Negra colocou Carol Danvers no chão. — Estavam procurando por alguém?

— Carol Danvers — reconheceu Andrew Forson.

Ela se moveu ao ouvir o próprio nome.

— Tirem a mordaça — pediu Monica.

Soldados da I.M.A. pegaram Carol pelos braços e arrancaram a mordaça.

— Olá, Danvers. Sentiu minha falta?

Monica se colocou em frente de Carol, sorrindo.

— Jamais.

Carol cuspiu ao pronunciar essas palavras. A Cientista Suprema da I.M.A. passu a mão pelo rosto para tirar o cuspe.

— Nojenta, ousada e rebelde — disse Monica. — Sua atitude não é digna de uma dama.

— E a sua é? O que vocês têm dentro dessa caixa é uma aberração. É um monstro.

O Adaptóide é uma máquina necessária — corrigiu M.O.D.O.K., se aproximando. — Ele é o futuro dos super-heróis.

— Um monstro que copia os poderes dos outros. Acha isso justo?

Andrew Forson se virou para Carol.

— O que você julga justo, Carol? Espionar a I.M.A. para a S.W.O.R.D.?

Ela gelou.

— Como você...?

— Eu sei de tudo que acontece entre meus cientistas. Você desertou a I.M.A. e deve pagar por isso. Nós aceitamos você entre os nossos, deixamos que conhecesse segredos da Ilha de Barbuda, e é assim que retribui?

M.O.D.O.K. se surpreendeu com essa revelação.

Traidora — disse ele, se aproximando mais ainda de Carol por trás. — Você merece morrer!

— Senhor, o que acha de deixar o Adaptóide cuidar dela? — sugeriu Rappacini. — Só será necessário alguém para ele copiar os poderes. — Ela olhou para Anton Vanko. — Senhor Vanko?

— O quê? Não vou ceder meus poderes para um robô.

— Ninguém falou nada sobre ceder. O que acha de um robô que copia suas habilidades, e não rouba-as?

O Dínamo Escarlate ainda parecia relutante. Para sua felicidade, porém, a porta foi explodida por Visão, que pousou no centro da sala.

— Rendam-se!

Um por um, todos na sala olharam para ele: Yelena, M.O.D.O.K., Anton, Monica, Andrew, Carol e todos os soldados e cientistas. Aproveitando a distração, Carol socou chutou os soldados que a seguravam e se libertou. Pegou a arma que um deles deixou cair e mirou o Andrew Forson.

— Eles estão em desvantagem. São dois contra cinco e vários soldados. A chance de eles vencerem é mínima — anunciou Yelena Belova.

De repente, o teto daquela sala começou a se abrir, deixando a luz do sol entrar. A quinjet que Visão vira nos monitores do Pensador Louco começou a descer e sua porta se abriu, revelando um homem negro com asas vermelhas e uniforme branco e uma mulher de cabelos verdes. Eles pularam para dentro.

— Correção. Somos quatro contra cinco — disse a mulher.

— Cinco — corrigiu o homem. — Esqueceu do Asa Vermelha.

Um falcão de asas vermelhas entrou pelo buraco e pousou no ombro do homem.

— Tanto faz. Visão, meu nome é Abigail Brand e este é Sam Wilson, o Falcão. Somos da S.W.O.R.D. e viemos ajudar você e a agente Danvers.

— Como sabem meu nome?

— Carol nos comunicou.

Visão pousou e Carol correu para seu lado com a arma. Abigail, Falcão e Asa Vermelha se juntaram a eles. Os cinco fitaram seus inimigos, que também haviam se agrupado: Viúva Negra, M.O.D.O.K., Dínamo Escarlate, Cientista Suprema e Cientista Supremo. Andrew Forson se distanciou dos outros e se aproximou da caixa do Adaptóide. Soldados o cercaram.

— Vou tentar ativar o Adaptóide e programa-lo para copiar os poderes do Visão.

Assim, os heróis cuidariam cada um de um vilão: Abigail de Yelena, Carol de Monica, Visão de M.O.D.O.K. e Falcão de Anton.

— Ei, amiguinho ­— chamou Sam, falando com Asa Vermelha. — Está vendo aquele acara ali? — Ele apontou para o Cientista Supremo. — Não deixe ele abrir a caixa!

O falcão de asas vermelhas voou até Forson. Pousou delicadamente no capacete amarelo dele e então bicou o vidro pelo qual Forson via. Continuou bicando, até que Andrew Forson se irritou.

— Acabem logo com esse falcão!

Mas os soldados olhavam assustados para algo ou alguém na direção do falcão.

— O que foi agora? Estão com medo de um passarinho idiota?

Ele se virou na direção do pássaro. Então, viu o ser vermelho parado em cima da caixa. O falcão Asa Vermelha voava em volta do monstro, animado.

— Que monstro feio é esse?! — ele gritou.

Andrew atirou, mas a criatura desviou.

— Sydren! — gritou Carol, animada.

O monstro vermelho pulou em Andrew, que desviou e levantou voo. O Cientista Supremo ficou parado no ar enquanto disparava em Sydren. O alienígena pulou em Andrew, que caiu. Como consequência, errou o tiro, acertando a quinjet da S.W.O.R.D. que pairava sobre eles. A quinjet caiu e escorregou pela lateral do submarino, caindo na água e levando consigo a vida de seu piloto.

Visão disparou em M.O.D.O.K., que continuou ileso. De repente, sentiu sua energia aumentar. Estava canalizando a energia do sol. Estendeu os braços para frente e liberou o raio solar em M.O.D.O.K., que foi jogado sobre a caixa do Adaptóide, destruindo-a com o que estivesse dentro.

— O Adaptóide! — gritou Monica Rappaccini, distraindo-se.

Carol jogou-a no chão. Ao mesmo tempo, Dínamo Escarlate abandonava a luta com Falcão para ajudar M.O.D.O.K., Andrew Forson se levantava e Yelena Belova se distraía. Aproveitando o momento de distração, Abigail Brand correu. Pegou algo em seu bolso e apertou. Vindo do corredor, um carro normal branco entrou na sala.

Abigail pulou nele e chamou os outros. Carol, Visão, Falcão, Sydren e Asa Vermelha se acomodaram nos bancos do carro. A agente Brand acelerou e deu um cavalo-de-pau para ficar de frente para os outros. Acelerou e apertou um botão. Em seguida, o carro levantou voo em uma velocidade incrível.

— Ponham os cintos. Estamos indo ao pico.

Colocaram os cintos de segurança e olharam para baixo a tempo de ver o submarino se alojar na ilha de Barbuda, parte do país conhecido como Antigua e Barbuda, no Caribe.



BÔNUS

Embaixo do Empire State Building em Nova York, Wolfgang von Strucker observava os cadetes da S.H.I.E.L.D. treinarem. Quem comandava o treinamento era seu filho, Andreas von Strucker, conhecido como Espadachim, e sua filha, Andrea von Strucker. Ao lado de Strucker estavam o Caveira Vermelha e uma mulher semelhante a ele, Sinthea Shmidt, conhecida como Sin ou até mesmo como a segunda Caveira Vermelha. Do outro lado, o corpo robô de Arnim Zola.

A atenção dos quatro se voltava completamente para uma das cadetes, que era ruiva.

— Acha que Justine sabe sobre o pai, doktor Zola?

— O Mandarim delegou a criação dela e de Sasha. Herr Hammer era extremamente machista, portanto preferiu um filho machista.

Os quatro olharam então para uma outra cadete.

— É neugierig que as duas não saibam que são irmãs — disse Shmidt.

— Sasha und Justine Hammer serão fundamentais para a Hidra.

Sinthea observava a tudo com curiosidade. Sabia que a Hidra sempre fora machista, e que eram poucas as mulheres aceitas na organização. Com a Feminista morta e a Víbora em Madripoor, ela, as duas garotas Hammer e Andrea von Strucker eram as únicas mulheres na Hidra. Sem contar as prisioneiras, obviamente.

— O que acha do desempenho delas, Madam Hidra? — perguntou Zola.

Essa era a deixa para Sin falar.

— Intrigante, sem dúvida.

Seu pai pareceu estranhar o comportamento dela, mas a súbita entrada do agente Bob a salvou de discutir a relação.

— Senhores, é urgente.

— Diga, Bob.

— É sobre a prisioneira número 10387.

— O que tem a Mulher-Aranha?

— Julia Carpenter acordou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Visão: As Faces da I.M.A." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.