Visão: As Faces da I.M.A. escrita por Larenu


Capítulo 5
A E.S.P.A.D.A. Salvadora




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Horas depois, na ilha de Barbuda, M.O.D.O.K. flutuava por um dos corredores da torre principal da I.M.A. com o Cientista Supremo e a Viúva Negra.

Andrew, quero que inicie o quanto antes a reconstrução do Adaptóide. Porém, desejo que construam vários, não apenas um.

— Mas senhor, era apenas um protótipo.

Confio na capacidade de você e Monica.

M.O.D.O.K. recebeu um chamado do Pensador Louco.

Preciso ir.

Ele se retirou, deixando Andrew e Yelena a sós com os soldados da I.M.A. que os acompanhavam. De repente, um deles avançou sobre Andrew. O Cientista Supremo desviou.

— Traidor!

Andrew estendeu o braço na direção dele e começou a concentrar a energia de sua roupa ali. Um forte laser verde foi liberado naquele soldado, que foi jogado para longe. Andrew voou até ele. Quando decolou, os outros soldados atacaram Yelena. O Cientista Supremo pressionou o soldado que o atacara contra o chão.

— Para quem você trabalha?

O homem tirou o capacete.

— Não saberá — disse, com sotaque espanhol.

Ele começou a babar uma espuma branca.

— Droga. Pílula de suicídio.

Forson se virou e viu Yelena lutando com os outros.

— Eles têm pílulas de suicídio, tente tirar a de um para interrogarmo-lo!

Ela assentiu. Yelena chutou para fora o capacete de um e colocou-o contra a parede. Puxou a mandíbula para baixo, impedindo-o de morder, e arrancou a pílula disfarçada de dente. Enquanto isso, Forson derrubava os outros no chão, mas eles conseguiram usar suas pílulas. Andrew voltou para perto daquele com Yelena.

— Quem enviou vocês?

O espião cuspiu. Em seguida, com o sotaque espanhol carregado, pronunciou sua última palavra:

— Diablo.

Em seguida, pressionou um controle escondido por baixo do uniforme e foi eletrocutado.

— Menos mal. Agora temos um nome.

Ele caminhou até um painel.

— Ultron? Conte-me tudo que sabe sobre Diablo.

Nada.

— Ultron?

Ninguém respondeu.




Para compreender o ocorrido, é necessário voltar minutos atrás para o submarino da I.M.A. estacionado em algum lugar do litoral de Barbuda. Ultron jazia ali, caído entre os cabos. O haviam deixado ali. Olhou em volta na escuridão e vislumbrou um vulto.

— Hola, mi amigo.

Ultron moveu sua cabeça na direção dele.

Quem está aí?

— Yo tengo varios nombres, pero me gusta el nombre “Diablo”.

O robô traduziu a fala dele. “Eu tenho vários nomes, mas gosto do nome ‘Diablo’”.

Vai me ajudar a sair daqui?

— Si. Pero para todo hay un precio.

“Sim. Mas para tudo há um preço.”

O que quer em troca?

— Una promesa. Cuando usted tomar el mundo, quiero mi parte de su logro.

“Uma promessa. Quando você dominar o mundo, quero minha parte de seu lucro.”

O que me oferece? Apenas me salvar não basta.

— Energía. Siervos. Casa.

“Poder. Servos. Abrigo.”

Diablo estendeu um braço e os cabos foram jogados para longe.

— Vamos, Ultron. Temos que deixar Barbuda — disse já em inglês.

Ele moveu os braços e um portal se abriu. Ultron se levantou.

Estou logo atrás de você.

Seu salvador assentiu e entrou. Ultron o seguiu. Saíram em uma caverna enorme e escura, onde havia um trono.

— Ultron, ficaremos aqui por um longo tempo.

Por quê?

— Uma grande ameaça virá à Terra. Precisamos sobreviver a ela.

Ameaça?

— Thanos, o Titã.

Diablo fechou o portal. Logo em seguida, a voz de Andrew Forson surgiu ali.

Ultron? Conte-me tudo o que sabe sobre Diablo.




Em um satélite orbitando a Terra que funcionava como sétima base da S.W.O.R.D., o Pico VII, um carro voador foi estacionado. Todos os tripulantes desceram dele.

— Certo, hora de falarmos com a diretora da S.W.O.R.D. sobre o seu destino, Visão.

— Quem é a diretora? Stark nunca revelou para mim.

— Uma mulher que eu acredito que você conheça. Filha de um dos militares mais poderosos dos Estados Unidos. Ex-namorada de um dos seres mais fortes da Terra.

— Ela é... Betty Ross? A diretora da S.W.O.R.D. é Betty Ross, a ex-namorada do Hulk e filha do Hulk Vermelho?

— Sim. Betty sempre foi uma mulher forte. Seu pai, machista como todo velho veterano militar dos Estados Unidos, a menosprezava. O mesmo fazia Bruce Banner, que se preocupava mais com seus experimentos do que com ela. Mas Betty era uma cientista tão inteligente quanto Banner, e realizou em segredos estudos sobre vida extraterrestre.

“Seus estudos foram guardados por muito tempo, mas ela decidiu mostra-los para Peggy Carter. Acontece que Betty havia descoberto vida fora da Terra, um segredo do governo americano e suas agências (CIA, FBI e NSA), da NASA, da S.H.I.E.L.D., da S.W.O.R.D., da A.R.M.O.R., da S.T.R.I.K.E., da I.M.A. e da Hidra também.

“Ela podia provar e divulgar aquele segredo. Entenda que tamanho segredo causaria muito estardalhaço na comunidade científica e na sociedade em geral. Então, a diretora Carter enviou Betty para a S.W.O.R.D., com o objetivo de que a agência pudesse persuadir Betty a não revelar o segredo.

“Então, a inteligência de Betty surpreendeu a todos novamente. Ela cativou a diretora antiga da S.W.O.R.D. e então pôde ingressar na agência. Obviamente, Betty Ross foi aos poucos ganhando destaque na agência e então, quando a diretora faleceu, Betty foi indicada para assumir o cargo de diretora da S.W.O.R.D., o que fez.”

— Entendo. Ela parece ser uma mulher realmente inteligente.

— Tome cuidado com a forma com a qual se dirigirá à diretora Ross, está bem? Não a ofenda — alertou Carol.

Chegaram a uma enorme porta. Um visor brotou dela. Abigail colocou os olhos nele.

Acesso permitido. Seja bem-vinda, agente Brand.

Abigail fez um movimento de continência e a porta se abriu. Todos entraram naquela sala esférica, onde uma mulher estava de pé olhando por uma janela circular para o espaço sideral.

— Tão belo e tão vasto. Não acham?

Ela se virou.

— Prazer. Sou a diretora da S.W.O.R.D., Betty Ross.

Betty Ross ajeitou os óculos, de forma que eles refletiram a luz das lâmpadas.

— Visão. Os relatórios de Carol Danvers me contaram bastante ao seu respeito. Prefere ser chamado de J.A.R.V.I.S.?

— Não. Prefiro Visão.

— Claro. Você ganhar um corpo representa o surgimento de um novo ser, Visão. Fascinantemente compreensível.

A diretora se sentou em sua cadeira.

— Abigail, relatório de missão.

A agente Abigail Brand se colocou à frente dos outros.

— O resgate da agente Carol Danvers e do Visão foi bem-sucedido. A I.M.A. continua representando uma ameaça, mas acredito que a reconstrução do Adaptóide fará com que eles sumam do mapa por um tempo.

— Certíssima. Obrigada, agente Brand, por mais uma missão bem-sucedida.

Carol Danvers deu dois paços à frente.

— Diretora Brand, gostaria de compartilhar as descobertas que fiz na I.M.A. com outros cientistas.

— Tudo bem, providenciarei uma equipe para ajudar-te com alguns experimentos. Agentes Wilson e Sydren, podem retornar para seus setores. Abigail, pode se retirar com Visão. Chamarei a S.H.I.E.L.D. para busca-lo.

Os dois se retiraram e Betty ativou o comunicador. Porém, já havia uma chamada para ela. Betty estranhou o nome da chamada: Thunderbolt Ross, seu pai, que no momento era o Hulk Vermelho. Ela atendeu, relutante. A imagem que apareceu era chocante. O Hulk Vermelho estava preso a uma parede, urrando de dor.

Uma fumaça verde começou a sair pelo nariz dele. A atenta Betty percebeu também que ele estava sendo eletrocutado e que estava preso apenas por minúsculas bolinhas de metal. A câmera se voltou para um homem ao lado daquela cena.

Olá, Betty Ross.

A figura era de um homem com o rosto prateado e um capuz verde.

— Quem é você?

Chamam-me Doutor Destino. Pelo que você vê, estou com o seu pai.

— Sim. Antes que tente, não conseguirá me chantagear.

Ah, é? Encouraçado, por favor.

Um homem de metal surgiu e começou a socar o Hulk Vermelho.

Como vê, meus amigos podem mata-lo a qualquer momento.

— O que quer comigo?

Dados da S.W.O.R.D., obviamente.

— Sobre o quê?

A Igreja Universal da Verdade.

Betty gelou com o pedido.

— Não... não sei do que está falando.

Oh, mas você sabe, sim senhora. Sua face revela isso.

— A S.W.O.R.D. tem muitas coisas no banco de dados. Não me lembro de nada sobre isso.

Não? Bom, seu pai pagará por sua curta memória, diretora Ross.

Ela segurou as lágrimas e cerrou os punhos.

— Está bem. Me dê um computador para eu transferir.

Não sou tolo, diretora. Muito pelo contrário. Abra seu computador. Verá uma nova pasta, intitulada “D”. Passe todos os arquivos sobre a Igreja para ela.

A diretora seguiu os pedidos e assim fez.

— Pronto.

A pasta simplesmente sumiu de seu computador.

Muito obrigado, diretora Ross. Você acaba de fazer um imenso favor à humanidade.

Um buraco abriu embaixo do Hulk Vermelho. As bolinhas soltaram-no na escuridão do buraco.

Até o dia em que encontrará seu Destino, Betty.

A fumaça verde tomou conta da sala. Quando se dissipou, não havia mais nada ali, nem o buraco. Betty desligou e começou a soluçar. Logo suprimiu os soluços de angústia e ligou para a S.H.I.E.L.D.

— Diretora Jones, estou com J.A.R.V.I.S. Podem vir busca-lo.

Certo. Enviarei os Vingadores.

Jessica desligou. Betty gelou ao ver a possibilidade de rever Bruce.





Em Barbuda, M.O.D.O.K. entrou na sala onde estava o Pensador Louco com Andy.

O que queria me mostrar?

O Pensador não falou, apenas indicou um monitor que mostrava uma sala cheia de cabos cortados.

O que tem isso?

— Ultron estava aqui. Ele escapou.





BÔNUS

O apicultor Fritz Von Meyer cuidava das abelhas em seu laboratório em território peruano. Achava aqueles insetos seres fantásticos, que não tinham medo e possuíam uma violência latente em seu interior. Atrás de si, uma bandeira mundialmente conhecida mostrava aos visitantes sua origem: aquela era uma bandeira do nazismo.

Fritz terminou de alimentar as abelhas assassinas e se aproximou da bandeira, batendo continência.

— Heil Hitler! Eines tages werde ich zu meiner geliebten Deutschland zurückzukehren. — “Um dia retornarei para minha amada Alemanha”.

De repente, seu telefone começou a vibrar. Ele atendeu.

— Heil Hidra! — bradou a pessoa do outro lado.

— Heil Hidra! — repetiu Von Meyer.

— Fritz, estou enviando soldados para buscar-te. Queremos você de volta aos Estados Unidos em menos de um mês.

— Positivo, Herr Strucker.

Apressado por causa das notícias, Fritz correu para perto das abelhas. Sem querer, escorregou e caiu sobre as abelhas. Irritados com sua casa destruída, aqueles pequenos seres começaram a voar na direção de Fritz. O cientista alemão tentou correr, mas logo estava cercado pelas abelhas. Pegou uma arma e atirou na direção delas, só que a bala foi neutralizada pelos insetos.

— Bitte, ich wollte nicht! — “Por favor, eu não tive a intenção!”.

Mas já era tarde demais. O nazista foi coberto pelas abelhas e caiu para trás, logo não conseguindo nem mais respirar. Apenas suas luvas brancas ficaram para fora, mas ainda com as mãos dentro, pois se mexiam em uma tentativa inútil de agarrar algo para se erguer.


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