Cassis escrita por Metamorphosis


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

the GazettE e Miyavi não me pertencem 
o que eu seria muito feliz se acontecesse mais como não é então não posso fazer nada *apanha*



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“As coisas difíceis eu esqueço, por estar pensando em você.

As noites que não podemos nos encontrar

Queima dentro do peito nos caminhos que eu posso contar.”

 

Chegando a minha casa, meu pai assim que me vera logo começara com o sermão, escutava tudo calado, parado ao pé da escada e cabisbaixo. Fui para o meu quarto assim que mamãe levou o papai para a sala e me mandou descansar, deitei em minha cama e ficara a fitar minha mão ainda com os curativos. Mais dormir depois do que aconteceu hoje na casa do Kouyou era praticamente impossível. O olhar repressor do Senhor Takashima era o suficiente para me fazer perder o sono e ainda mais deixar claro que não confia em ninguém para confiar à segurança do filho enquanto termina os estudos de nível médio.

Lembrei também do sorriso forçado que Kouyou me exibira antes de voltar para casa e também o carinho com que cuidou do ferimento em minha mão. Estava perdido em meus pensamentos tão profundos que nem percebi que minha mãe havia entrado no quarto. Só a notei quando ela segurou minha mão, me assustando.

_ O que aconteceu?

_ Er... Foi só...

_ Sempre que vai à casa do Kouyou você volta com alguma novidade! Da ultima vez você trouxe a de que estava namorando a Yumi e agora volta com a mão machucada! Por acaso você e o Kouyou brigaram? – ela soltou minha mão, sentou-se ao meu lado na cama e acariciou meu rosto com seu carinho materno que sempre admirei.

_ Não mãe! Não briguei com ele! Isso foi apenas um surto de raiva. Um Acidente. Mais o Kouyou já cuidou do machucado e não vai demorar muito para que volte ao normal.

_ O Ruim é que você não vai poder tocar guitarra até melhorar.

_ Eu não tinha pensado nisso! Puta que pariu... É agora que estou ferrado mesmo! O Kai vai me matar! – levei um tabefe na boca. – Itai.

_ Boca suja!

_ Desculpa! Mais é um fato, o Kai vai me matar! Isso vai atrasar os ensaios da banda!

_ Não tem ninguém que possa te substituir para não atrapalhar os outros garotos da banda? Aquele seu amigo tatuado... Como é mesmo o nome dele?

_ O Miyavi! É ele poderia me substituir enquanto minha mão não se recupera mais é que ele às vezes se empolga quando toca guitarra. Ele é meio maluco!

_ Acho que é por ele ser meio maluco que ele é um dos seus melhores amigos não é mesmo?

_ Tem toda razão mãe! Eu falo com eles amanhã na escola!

_ Como foi à conversa com a mãe do Kouyou?

_ Não deu em nada! Ela achou a idéia legal, pois ela conhece a turma! Mais não podia decidir nada sozinha! Perguntou para o pai do Kou mais ele não deixou!

_ Então ele vai mesmo embora! É uma pena! Você e o loirinho são tão apegados!

_ Nem vendo o jeito que o Kou cuidou da minha mão ajudou a fazer com que ele ficasse. Só resta esperar o dia que eles vão embora.

_ Verdade! – ela ficou a ficar o chão por alguns instantes e depois voltou a olhar para mim. – Bom... Acho que depois de hoje você vai precisar do leite quente com canela e mel para conseguir dormir. – levantou sorrindo e caminhando em direção a porta do meu quarto.

_ Ah, por favor! Estou precisando mesmo! – ela riu e foi preparar o meu leite com canela e mel. Aquele leite tinha um efeito como de um super calmante para dependentes de remédio em mim e assim que ela me trouxe eu o bebi e cinco minutos depois eu já estava dormindo.

No dia seguinte, todos chegaram cedo e fomos direto para a sala de música. Como eu já imaginava, Kai tinha guardado a bronca para hoje.

_ Você sabe que isso vai atrasar os ensaios não sabe?

_ Sei! Mais eu pensei que como eu estou com a mão machucada não seria uma boa oportunidade de o Meevy me substituir nos ensaios para ajudar vocês. – Miyavi começou a saltitar e gritar por toda a sala de música assim que disse seu nome fazendo a todos rirem.

_ Tem certeza, Yuu?

_ Tenho! É só até minha mão melhorar!

_ Deixem! Por favor! – os olhos do moreno brilhavam. Foi o que precisavam para consentirem.

_ Está certo! Então vamos começar a ensaiar antes que dê o sinal. – Todos se posicionaram aos seus instrumentos e começaram a ensaiar sem mim. Miyavi precisou algumas vezes da minha ajuda e a do Kouyou, mais não demorou muito e ele já estava tocando a música do jeito certo.

Depois do pequeno ensaio logo cedo, passamos o dia, novamente, preocupados com o Kou. Ele estava mais calado do que o normal, se reservou a si mesmo e respondia o básico e não se envolveu nas conversas e brincadeiras no intervalo. Sem falar que nem tocou na comida na hora do almoço.

_ Ele está assim desde hoje de manhã! A decisão final do pai dele abalou muito ele você não acha? – sussurrou Reita para mim.

_ Eu tenho certeza! Se tivesse visto como ele reagiu a noticia você ficaria abalado também. – sussurrei de volta e fiquei a encarar o Kou. Ele olhou para mim mais logo em seguida desviou o olhar. – Kou! Você precisa comer!

_ Estou sem fome! – levantou e saiu da lanchonete.

_ Ele nem tocou na comida! Ele já é magro, ficando sem comer ele some.

_ Concordo com você Miyavi! – me levantei. – Vou falar com ele!

Sai da lanchonete e me deparei com o garoto sentado na guia da calçada. Estava tão preso em seus pensamentos que nem percebeu que me sentei ao seu lado. Passei meu braço sobre seus ombros e o puxei para perto de mim o abraçando forte.

_ Ontem a noite foi à pior noite da minha vida! – escondeu seu rosto em meu peitoral se agarrando forte em mim.

_ Não diga isso!

_ Mais é verdade, Yuu! Daqui a três meses eu vou para Hokkaido e nunca mais vou ver o Ruki, o Kai! Não verei mais a Turma toda! E o pior de tudo! Não verei mais você que sempre esteve comigo desde que me mudei para cá!

_ Mesmo que você esteja morando longe, não quer dizer que vamos ter que parar de nos falar. Não sei se você já ouviu falar, mais inventarão o telefone e a internet!

_ Muito engraçado!

_ Vamos curtir enquanto podemos! Preocupamos-nos com isso depois certo?

_ Vou tentar... – ele se soltou de mim e sorriu. Levantamos da guia e voltamos para o encontro do pessoal, ele se alimentou direito e voltamos para a escola. Tinha ainda muito ensaio e, mesmo com a mão estando machucada, a banda não poderia parar de ensaiar. Treinaram durante horas, as músicas estavam ficando cada uma mais perfeita que a outra. Depois de ensaiar tanto, fomos cada um para sua casa.

Naquela noite tínhamos combinado de sair todo mundo junto, então só passamos em casa mais para tomar um banho, trocar de roupa e nos encontrar de novo na esquina da escola.

Tomei meu banho sem muita pressa, deixava aquela água quente tocar meus músculos tensos na tentativa de fazê-los relaxar nem que fosse só um pouco, o que não acontecia. Sai do banheiro secando meu cabelo e indo direto para o guarda-roupa escolher a roupa da noite. Coloquei uma camiseta de botão preta, uma calça jeans escuro com rasgos na altura do joelha e um tênis preto. Desci as escadas e estava prestes a sair quando tenho minha atenção tomada pela minha mãe.

_ Yuu! Filho!

_ Oi!

_ Aonde vai?

_ Vou sair com o pessoal!

_ Ainda não respondeu minha pergunta!

_ Eu não sei mãe! A gente vai decidira lá na hora!

_ Certo! Só não chegue muito tarde, seu pai não gostou nada de ontem e também ficou preocupado com a sua mão.

_ Tá! Eu vou fazer o que der para chegar cedo a casa.

_ Certo filho! Divirta-se e dê um abraço para os meninos!

_ Tchau! – sai e corri para a escola. Estavam quase todos lá esperando, só faltava a mim e o Kouyou. – Que estranho! Ele ainda não chegou!

_ Achamos que você tinha ido a casa dele para virem juntos!

_ Eu vim direto da minha casa... – meu celular tocou naquele momento assustando Kai que estava distraído sentado na guia da calçada. – Calma Kai! É só meu celular!

_ Muda essa musica de assassino, dá medo! – ri enquanto tirava o celular do bolso. No visor marcava Kou, e logo atendo.

_ Alô! Kou você não vai vir?

_ Não posso! Meu pai me deixou de castigo! Vê se pode isso! Nem sair mais com vocês eu poço! Daqui a pouco ele vai querer me proibir de tocar na banda.

_ Mais você sabe por que ele não deixou?

_ Por que a cabeça dele foi tomada pela ganância! Só por isso... Itai!

_ O que foi?

_ Nada! Minha mãe me deu um tabefe na nuca!

­_ Não tem como pedir para sua mãe?

­_ Não tem Yuu! Deixa para a próxima! O velho está em casa, se ela deixar eles vai acabar brigando e eu não quero isso!

_ Está bem! Manda um abraço para a sua mãe! Tchau!

_ Tá! Tchau! – Desligamos o telefone e ao olhar para o pessoal pude ver a expressão de desapontamento reinar em suas faces.

_ Mais que merda!

_ Verdade! Tínhamos combinado de sair só para ele se distrair e agora o motivo não vai.

_ Na boa, agora estou sem nem um pingo de vontade de sair. – concordo com o Reita. O desanimo declarou guerra a nós e fomos vencidos facilmente. – Não tem graça agora! Vou voltar para casa.

_ Vamos fazer isso! – todos concordaram, despedimo-nos e voltamos para nossas casas.

Chegando a minha casa, me joguei no sofá e liguei a tevê. Mas não conseguia prestar atenção no que estava passando naquela caixa preta. Foi quando vi minha mãe depositar uma xícara em minha frente, minha atenção voltou-se para ela que sorriu docemente para mim.

_ Eu falei para você voltar cedo, mas não precisava desistir do programa com seus amigos.

_ Todos tínhamos desistido.

_ Por quê? Aconteceu alguma coisa?

_ O Pai do Kou colocou ele de castigo e ele não pode sair depois que volta da escola.

_ Bom... Ao menos não proibiu o garoto de tocar!

_ Se ele fizesse isso seria a mesma coisa que dizer que não se importa se o Kou se suicidasse.

_ Não fale isso Yuu! É cruel! Er... Agora eu vou arrumar a cozinha! Não se esqueça de tomar seu chá, querido!

_ Tá! – fiquei inerte no sofá algum tempo depois que mamãe foi para a cozinha. A Única com o qual predominava minha mente naquele momento era o porquê do pai do Kouyou queria nos afastar do Kou. Será que, olhando para mim, ele me achou um marginal e me tem como uma má influencia para ele? Não! Não era isso! Alguma coisa aconteceu! Eu sei disso! Mais agora eu não poderia fazer nada. Meus pensamentos tinham tomado conta de mim e quando fui perceber a hora, já era tarde da noite e como teria aula amanhã, então deixei para falar com o próprio Kou na escola. Tomei o chá como ela havia me pedido, logo em seguida, o sono me venceu e eu dormi ali mesmo. Acordei acho que meia hora depois com meu pai me chamando para ir dormir no meu quarto e, meio cambaleando, o obedeci.

Logo cedo, enquanto estava tomando meu banho, a campainha toca. Era costume meu de descer mesmo ainda molhado e pouco vestido só para ver quem era quando uma situação assim acontecia. Mais quando vi que era o Kouyou e ele me viu do jeito que eu estava, vi seu rosto ficar vermelho e o meu começara a aquecer em sintonia. Meu coração começou a bater forte e acelerado. Como em um súbito impulso, corri para o meu quarto completamente envergonhado, quase tropeço na toalha que usava, mais por sorte não cai e me tranquei no quarto. De lá escutei as risadas da minha mãe e do meu pai, que, como por um milagre, estava de folga justo naquele dia. Que situação constrangedora! Olha o que esse garoto faz comigo! Na verdade era o que eu queria entender. Por que eu sempre reagia assim quando o via em casa sem me avisar? Porque olhar-lo nos olhos me fazia ter cada vez mais vontade de ficar perto dele? Mais isso eu sabia que seria por pouco tempo, tinha de ficar perto dele o máximo que podia, mas naquele momento meu corpo reagiu sozinho e me levou para meu quarto.

Assim que me tranquei em meu quarto, coloquei meu uniforme de imediato e desci para a sala com minha mochila e com o Sekai. Chegando à sala, ficamos frente a frente, ele me cumprimenta logo cedo com aquele seu sorriso maravilhoso que só em vê-lo saberia que já tinha meu dia ganho, largou sua mochila em cima do sofá ao lado de sua guitarra e começou a caminhar em minha direção. Senti naquele momento minhas pernas tremerem, minha mão suava e tremiam. Sorri para ele soltando um “Bom Dia” bem fraco. O que ele ia fazer? Foi quando o vi tirar o Sekai e minha bolsa de minhas mãos e os colocarem no sofá ao lado dos seus pertences.

_ O... O que está acontecendo?

_ Você não tomou café da manhã que sua mãe me falou!

_ Mais vamos nos atrasar! E não estou a fim de ter que agüentar o Kai implicando por causa disso!

_ Esquece o Kai! Vai! Eu vou tomar café também!

_ Então está bem! – ele me virou na direção da cozinha, me empurrando e seguindo junto comigo e minha mãe a minha frente. – Desculpa Mãe! Bom dia!

_ Sem problemas querido! Sentem-se! Vou servi o café!

Sentamos à mesa um do lado do outro e a frente do papai, mamãe colocou mais um copo e um prato na mesa e serviu o café. A situação não podia ficar pior. Na verdade poderia ficar pior e ficou. Meu pai acordou com a língua solta e queria a mim como sua primeira vitima.

_ Filho! Seu amigo é bonito não é? – olhava com o mesmo sorriso e olhar irônico que eu tinha de agüentar na escola com o Miyavi. Aquilo só poderia ser um pesadelo. Realmente aquele parecia não ser o meu dia.

_ Er... É! Pelo menos é o que as garotas da escola dizem! – Falar aquilo me deixou profundamente sem jeito. Mais consegui me livrar de pelo menos uma das indiretas do papai.

_ Falam é? – maravilha! Ele entrou no jogo do papai. Será que ele não se tocou que o papai queria me constranger na frente dele? Não! Ele sabia! Quando se tratava de me zuar era com eles mesmos. – E você não me falou nada? Olha como você é!

_ Idiota! Sabe que é isso o que as meninas falam! Ou você nunca percebeu os suspiros das garotas da nossa sala no ano passado. Elas só faltavam te comer com os olhos. – tomei um gole do meu café.

_ Sempre achei que era por você que elas suspiravam! Mais se você diz.

_ Meninos! DR deixa para ter no quarto de vocês! – mais um. Era tudo o que eu precisava para começar meu dia.

_ Não fale assim com eles querido! – Salvo pela mamãe! Ao menos alguém naquela casa me dava alguma razão. – Sabe que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher!

_ Mãe! Muito engraçado. – Cedo demais. Papai riu com minha reação. Não era para menos, meu rosto nunca estivera tão fervente e vermelho como estava na hora.

_ Filho! Vocês dois formam um casal bonito sabia?! – Kou estava ainda mais vermelho com o recente comentário do papai que forçou o rosto para o chão e não teceu mais qualquer comentário sobre o assunto. Na verdade, coloquei um ponto final com a brincadeira, terminei meu café e sai com o Kou para a sala deixando meus pais rindo na cozinha. Pegamos nossos pertences e começamos a caminhada para a escola.

_ Desculpe pelos meus pais! Eu ainda não sei o que minha mãe colocou no café dele que o fez falar isso tudo, mas te garanto que descubro. – o fiz rir, depois de tudo o que aconteceu naquela semana, eu finalmente o fiz rir.

_ Não se preocupe! Não tem problema! Foi engraçado apesar de tudo!

_ Eu vi o quanto você achou engraçado! Estava mais vermelho que maçã madura. – o meu próprio comentário me fez ficar pensativo e não trocamos mais nenhum comentário sobre o assunto o caminho todo.

Fomos cada um para a sua sala. Para a minha sorte e felicidade, era aula de química. A professora me deixou entrar na sala sem pedir explicações e me sentei em meu lugar. Mais por falta do interrogatório da professora eu tinha o do Reita que não descansou até que eu falasse alguma coisa.

_ Vai falar ou não?

_ Cara você é chato quando quer alguma coisa!

_ Então fala que eu paro de te encher!

_ Eu estava tomando café em casa! Meu pai acordou com a macaca e resolveu descontar em mim e no Kou!

_ Com o Uruha? Como assim? Ele não estava de castigo?

_ Estava, está! Não sei! Isso você tem que perguntar para ele! Agora cala a boca que eu quero prestar atenção!

_ Se você tivesse o mesmo interesse em Matemática com o qual você tem em Química, você não precisaria se preocupar com mais nada.

_ Chega mais Reita! – puxei-o para perto de mim o segurando pela nuca e sussurrei a ele. – Não é na matéria que presto atenção, é nas pernas da professora! Agora se você colocar um vestido no Hiroshi pode ter certeza de que vou me traumatizar e nunca mais assistiria a uma aula de Matemática. - Reita teve uma crise de riso depois do que falei, ele tentava parar de rir quando a professora chamou a atenção, mais só um soco meu em seu ombro o fez parar.

Depois da aula de química e de mais algumas outras aulas, veio à hora do intervalo. Esperávamos Kai e Uruha na porta do refeitório enquanto víamos Miyavi fugindo dos abraços do Ruki. Foi quando vimos Kai se aproximar sozinho.

_ O que aconteceu dessa vez? Por que ele não veio?

_ Ele disse que era para eu vir na frente que ia arrumar o fichário dele.

_ Agüenta as pontas ai Aoi! Ele já vem! – Reita indagou logo após bagunçar meu cabelo.

_ Pra que isso? Não precisa bagunçar meu cabelo idiota! – puxei a faixa que escondia seu misterioso nariz e recebi um murro no ombro. – Itai!

_ Nunca mais... Nunca mais faça isso de novo!

_ Então nunca mais bagunce meu cabelo!

Esperamos cinco minutos e nada do loiro aparecer. Eu me revoltei com a demora e fui à sala dele e do Kai, mais nem sinal dele. Voltei correndo para onde o pessoal estava e ofegante contei o que vi. Uma sala vazia.

_ Como assim ele não esta lá? Ele falou para mim que ia arrumar o fichário!

_ Mais ele não está lá!

_ Calma Yuuzão! Ele deve estar na sala do clube! – fui para lá junto Meevy e constatamos o que eu já imaginava. Nada do Kouyou na sala do clube de música. – Puta que pariu! Ele evaporou!

_ Vai avisar o pessoal que ele não está! Tem mais um lugar que preciso ver.

_ Não quer que eu vá junto?

_ Não precisa! Vai falar para o pessoal! – falei quando já estava praticamente no meio da escada que dava acesso aos outros andares da escola. Ele fez o que eu pedi e eu continuei subindo, subindo e subindo, até que cheguei ao terraço do colégio. Lá estava ele olhando por entre a grade a paisagem enorme da cidade e para a minha tristeza, com um maço de cigarros em uma mão enquanto levava um cigarro à boca. – Achei que tinha largado esse vicio ridículo!

_ Yuu? Ah... Há quanto tempo está ai? – virou-se para mim jogando o cigarro e o maço no chão.

_ Cheguei agora! E não acredito no que vi! Há quanto tempo voltou a fumar?

_ Er... Na verdade nunca deixei de fumar!

_ Mais que merda Kouyou! Você sabe que faz mal para a sua saúde que já é frágil e mesmo assim você continua fumando? – eu me revoltei, voei na direção dele o pressionando contra a grade do terraço.

_ Yuu, não... Não precisa ficar bravo... Eu... Eu paro... – o pavor tinha tomado sua face, foi só assim que percebi que a minha reação foi o motivo. O soltei me afastei e sentei-me no chão.

_ Não entendo por que faz isso! Por um acaso você quer morrer é? – não o encarava, não conseguiria depois de ver o medo que sentia e que eu o causara. Fiquei a fitar o chão enquanto ouvia-o sentar ao meu lado.

_ Eu sei que é perigoso e ainda mais para mim, mais eu não consigo... E parece que essa situação toda me fez ter mais anseio a fumar do que eu já tinha.

_ Você nem tentar tentou! Sem falar que vem fingindo ter parado não é?

_ Eu sabia que você brigaria comigo, por isso não falei nada. Perdão! Eu não queria que você descobrisse assim.

_ Na verdade não queria nem que eu descobrisse não é?

_ Não fala assim! Está sendo cruel comigo! – senti seus braços se entrelaçarem em mim, seu rosto se apoiando em meu ombro e a me apertar ainda mais forte. Meu estomago na hora ficou mais gelado que o pólo norte e minhas mãos tremeram mais aquilo não foi nada em comparação ao que senti quando ele beijou meu ombro. Minhas mãos soavam e tremiam, e ao perceber isso, levou suas mãos até as minhas e as apertou com força.

_ Er... O... O pessoal está esperando a gente! Vamos descer! – me levantei em um salto e caminhei em direção a porta do terraço.

_ Tá! – ele me seguiu e fomos até onde o resto do pessoal.

 

CONTINUA....


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Notas finais do capítulo

o/ Reviews Onegai nee!!!!!!!!!!!!



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