Dramione - Start a Fire escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 7
Really?


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, mil desculpas, mas ontem eu meio que estava no meio de um tiroteio de matérias pra estudar e não consegui nem chegar perto do computador. Mas aqui esta! Espero que gostem!



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Acordei no dia seguinte com os raios de sol que entravam pelas cortinas esquentando meu rosto. Abri os olhos lentamente, registrando o teto acima de mim. Conforme me sentava, os acontecimentos do dia anterior me atingiam como um soco.

No entanto, o que mais me deixava surpresa dentro de tudo aquilo continuava sendo o fato de Malfoy ter ficado do meu lado.

Depois de ter desgrudado Nott de mim naquela hora, eu nem tinha prestado uma real atenção no que ele estava falando, mas agora... Eu me lembrava... Me lembrava de ele falar que nunca mais me veria sofrer sem fazer nada a respeito.

Abracei meu corpo, enquanto me perguntava de onde havia saído toda aquela vontade de me proteger. Na boa, ele sempre fez de tudo pra me ver infeliz, então por que isso agora?

Aos poucos, fui notando um perfume no ar. Fechei os olhos e inspirei profundamente: era uma mistura de creme de barbear com colônia masculina, esta com um cheiro amadeirado e algo parecido com hortelã ao fundo... Me abracei mais ainda, deixando aquele cheiro preencher meus sentidos. Conforme passava a mão por meus braços, notei uma textura familiar, mas não conseguia me lembrar do que... Abri os olhos e vi que usava a capa de Hogwarts, no entanto, não era a minha, mas sim, uma com o brasão da Sonserina.

Fiquei um pouco confusa a princípio, até que me lembrei de que Malfoy havia me emprestado sua capa no dia anterior. Não sei por que, mas ao constatar isso, agarrei um pedaço do tecido e trouxe para meu rosto, inalando profunda e lentamente: era o mesmo cheiro.

O cheiro de Draco.

Era bom e... Familiar.

Vasculhando minha memória, me dei conta de que aquele perfume estava bem presente, pois vinha sempre acompanhado de Malfoy. Claro, como sempre, a raiva me cegava para esses detalhes, mas eu conseguia me lembrar de ficar, ainda que por poucos segundos, com os pelos da nuca arrepiados sempre que aquele loiro estava por perto. Eu nunca associaria uma coisa à outra, mas por Merlin, era algo tão sensual e atraente, assim como Malfoy...

Mordi o lábio com a lembrança de suas mãos em minhas costas... Seu peito largo contra meu corpo... Dos seus lábios em minha pele...

Abri os olhos, assustada. O que raios eu estava fazendo? Olhei para minhas mãos e vi que me agarrava àquela capa um pouco forte demais, além de notar que meus seios estavam ligeiramente entumescidos. Merlin, como assim?

Tudo bem, eu já tinha sentido desejo antes, mas sério que eu estava ficando excitada com um perfume? E de Malfoy ainda por cima? Será que eu era tão ingênua ao ponto de esquecer todo o inferno que ele me fez passar por anos só porque ele fez UMA coisa boa? Se bem que, se não fosse esse surto de benevolência dele... Ok, talvez não fosse desculpa suficiente pra me deixar naquele estado, mas era suficiente pra quebrar uma boa ponta do gelo entre nós. É, era sim.

Larguei a capa verde e preta em cima da cama, me dirigindo para o banheiro. Um banho frio acabaria com aquele momento de insanidade. Nossa, eu tinha falado igual uma bêbada agora!

—_____________________________________________________

Desci as escadas aos pulos, meus cabelos acompanhando o movimento. Não estava atrasada, mas queria chegar ao Salão Principal rápido, pra não correr o risco de trombar com Malfoy ali dentro. Ok, eu não estava evitando ele, apenas tomando um tempo pra mim mesma e colocar os pensamentos em ordem. Afinal, esses dias não podiam ser chamados exatamente de normais.

No entanto, meus planos foram por água a baixo antes mesmo de começarem. Ao olhar para a saleta, vi Draco sentado em um dos sofás. Ele não me viu; estava com os olhos fechados, recostado e com o tornozelo apoiado no joelho.

Como sua capa estava comigo, ele usava apenas a blusa do uniforme; suas mangas estavam dobradas até os cotovelos, a gravata ainda sem o nó, descansando ao redor de seu pescoço; os primeiros botões da camisa estavam abertos, deixando exposto parte de seu peito sem pelos, o qual subia e descia lentamente, seguindo o ritmo da respiração. Suas mãos descansavam ao lado do corpo e seus cabelos, uma bagunça organizada.

Terminei de descer as escadas e, ao me aproximar, notei que, apesar da respiração calma, seu rosto era tenso. Sua testa estava franzida, como se algo o preocupasse. Agora de perto, podia ver que ele contorcia os dedos das mãos, nervoso.

Aquela visão me deixou um pouco inquieta. Queria perguntar para ele o que estava acontecendo, mas me faltava coragem. Quero dizer, tivemos um momento legal ontem, mas não é como se nós já fossemos os melhores amigos pra sair perguntando “Ei, o que aconteceu? Quer conversar sobre isso?”. Não é?

Além do mais, eu estava um pouco ressentida de acordá-lo, já que – julgue-me por isso -, eu estava meio que gostando daquela visão: seus braços se encontravam um pouco afastados do corpo, quase que me convidando a me acomodar naquele espaço; devido á posição inclinada, a camisa estava marcando levemente seu corpo; os cabelos loiros caiam sobre os olhos tentadoramente, fazendo com que eu coçasse as mãos para ajeitá-los. Desci a visão um pouco e foquei em sua boca; seus lábios finos estavam levemente entreabertos e pálidos.

Me assustei levemente quando eles se fecharam e sua língua passeou por toda a extensão da boca.

Levantei o olhar e me deparei com um par de olhos cinza que me avaliavam, interrogativos. Por instinto, dei um passo para trás, enquanto Malfoy se endireitava no sofá. Ele passou a mão pelo cabelo, jogando alguns fios rebeldes para trás, fazendo com que minhas mãos se acalmassem. A tensão que eu tinha visto há alguns minutos atrás não estava mais lá, apenas uma discreta tristeza que se escondia por de trás da curiosidade.

Ele ficou me encarando, na expectativa. Como não falava nada, ele bufou, impaciente.

— Quer dizer alguma coisa, Granger?

— Hã, eu... Hum, bom dia. – me enrolei um pouco, embaraçada. Malfoy respondeu com um resmungo.

— Só isso? – levantou uma sobrancelha questionadora e arrogante ao mesmo tempo. Aquilo estava me deixando um pouco constrangida.

— Ah, não. Na verdade eu, hã, queria devolver... Sua capa. – estiquei o braço para ele, finalmente me lembrando dela. Dei um sorriso acanhado, o qual Malfoy respondeu com outro resmungo. Ok, o que eu tinha perdido?

— Ei, aconteceu alguma coisa? – fiz uma tentativa enquanto ele colocava sua capa. Aquilo era mau humor matinal, por acaso?

Dessa vez, ele me olhou irritado, terminando de passar a manga pelo braço.

— Já entregou minha capa. O que você quer agora, Granger? – levantou. Balancei a cabeça, assustada com sua reação.

— Nada, apenas estou sendo educada. – respondi ofendida.

Eu ainda conseguia ver aquele indício de tristeza em seus olhos, mas agora quem estava ligando para aquilo? Eu queria saber era o que EU tinha feito para merecer aquela hostilidade!

Ele levou alguns segundos para responder, mas quando o fez, foi com sua arrogância habitual:

— Ótimo, mas guarde sua educação para alguém que se importe. Não preciso que desperdice sua saliva comigo. – virou e saiu andando em direção á sua escada. Franzi o cenho.

— Mas o que diabos está acontecendo? – falei um pouco alto demais. Ele se virou para mim, entediado. – Nós tivemos uma conversa civilizada ontem, sem discussões. Nós até rimos, nos demos bem. O que aconteceu pra você voltar a me tratar desse jeito? – joguei os braços para o alto. Malfoy bufou e revirou os olhos.

— O que aconteceu é que nada aconteceu. Ontem eu só estava sendo gentil porque era a única pessoa que você tinha naquele momento, então ou eu te ajudava ou teria que aguentar você chorando na minha cabeça durante a noite, atrapalhando meu sono. Então, não pense que nós viramos amiguinhos ou coisa parecida. Apenas fiz o que era melhor pra mim. – se virou e terminou de subir a escada. Aquilo estava muito estranho.

— Mas... E aquilo tudo que você disse para o Nott? Sobre nunca mais me ver sofrer sem fazer nada? Qual a sua desculpa? – dei alguns passos pra frente, já gritando a essa altura.

Malfoy parou com a mão na maçaneta, de costas para mim. Depois de alguns segundos em silêncio, respondeu:

— Não acredite em tudo o que ouve, Granger. – e, sem me dar tempo de resposta, entrou no quarto e bateu a porta, me deixando com cara de trouxa no andar de baixo, com os braços moles ao lado do corpo. Algumas lágrimas ameaçavam sair, mas lutei contra elas.

O que eu havia pensado? Aquele era Draco Malfoy. Por que eu tinha pensado que ele havia mudado? Não, o que ele disse fazia sentido: ele nunca faria nada que não envolvesse o proveito próprio. Brincar com os sentimentos dos outros não significava nada, e sempre seria assim.

Eu não acredito que havia ficado preocupada com ele, ou que havia tido pensamentos mais íntimos envolvendo ele. Não acredito que tinha me permitido acreditar por um segundo que ele podia se tornar um amigo. Não, lá estava o que ele realmente era.

Mas... Apesar de tudo, aquela tristeza nos olhos dele me intrigara. Aquela relutância em responder arrogantemente... Era estranho. E mais, se ele estava apenas me defendendo para ter seu precioso sono preservado, ele não tinha necessidade de ter dito todas aqueles coisas para o Nott quando este pediu uma explicação. Poderia apenas ter dito “Vá se ferrar!” e pronto.

Será que estava acontecendo alguma coisa com ele e... NÃO! NÃO, PAROU! Eu não acredito que estou procurando desculpas para o comportamento do Malfoy! Ele sempre agiu assim, não tinha motivo para ele mudar agora.

Argh!, eu tenho que parar de pensar nele. Não posso deixar que me deixe assim. Não posso!

—_____________________________________________________

A manhã passou sem maiores emoções. Me sentei sozinha no café da manhã, o que despertou a curiosidade de Gina, que por sinal era a única na mesa, já que Harry e Ron estavam atrasados como sempre. Mas como sabia que a ruiva me encheria de perguntas, e eu não estava nem um pouco a fim de respondê-las, aleguei estar com dor de cabeça e que preferia ficar afastada.

Não podia continuar fugindo de Gina. Sabia disso, mais cedo ou mais tarde ela iria me por contra a parede e teria de explicar tudo para ela. Mas, na real? Eu queria mesmo contar pra ela; Gina sempre me entendia, mesmo quando eu mesma não conseguia essa proeza, mas ainda precisava absorver o que estava acontecendo antes que outros entrassem no reality show da minha vida.

Quando Malfoy entrou no Salão, logo me encontrou com o olhar e pude ver de novo aquela tristeza contida nele. Fiquei dividida entre ir conversar com ele sobre... Tudo, ou apenas ignorá-lo.

Meu amor próprio falou mais alto, de forma que apenas tranquei a cara para ele e me voltei para meu prato. Mantive meus olhos longe da mesa da Sonserina durante todo o café, mas podia sentir seus perfurando minha nuca.

Não aguentando mais a pressão, me levantei e saí dali, indo me enfurnar na biblioteca até o início das aulas. Pelo menos lá teria um pouco de paz.

—_____________________________________________________

Já era hora do almoço. Uma manhã de aulas sem nada para me concentrar além dos livros havia me feito muito bem. Me sentia nos eixos novamente.

No entanto, só para rebaixar meu estado de espírito de novo - sim, até porque o universo adora fazer isso comigo -, ao me sentar ao lado de Ron na mesa da Grifinória, a primeira coisa que ouvi foi a voz acusadora de Gina:

— Agora vai explicar o que está acontecendo?

Olhei para a ruiva e a encontrei de braços cruzados. Harry ao seu lado também me encarava, mas apenas curioso. Suspirei. É, era agora.

— Bom, o que aconteceu é... Bom, como vocês sabem, agora eu sou monitora-chefe... E os monitores-chefes têm seus próprios quartos... Mas são dormitórios separados em duplas... E a gente meio que não pode escolher com quem fazer dupla... Eu bem que tentei mas, sabe, não dá e... – eu gesticulava pra todos os lados, procurando desesperadamente a melhor forma de despejar a bomba, até que Gina me interrompeu:

—DESEMBUCHA LOGO! – olhou pra cima irritada, ainda com os braços cruzados.

— EudividomeudormitóriocomMalfoy! – despejei de uma vez só. Fechei os olhos e esperei. Houve um momento de silêncio. Com sorte eles não tinham entendido.

Acontece que essa teoria foi por água a baixo quando Rony explodiu ao meu lado.

— COMO ASSIM, “DIVIDO MEU DORMITÓRIO COM O MALFOY?”! – rosnou.

Olhei para ele, que estava um pouco vermelho demais. Comecei a gesticular para que falasse mais baixo. Ele olhou para os lados, notando alguns curiosos e virou para mim novamente, rosnando mais baixo. – Quem foi o maluco que fez essa divisão?

— Minerva. – juntei as sobrancelhas, com pena dele, que estava perdido. Ron parecia ter perdido a fala. Quem se pronunciou foi Harry, surpreso.

— Mas por que ela fez isso? Ela sabe que vocês não se dão bem! Ele infernizou sua vida por anos, já chegou esse ano tirando sua paz, e você ainda vai ter que aguentá-lo no seu próprio dormitório? – falou, indignado por mim. Já falei que amo quando Harry banca o irmão mais velho? – mesmo ele sendo mais novo?

— Você acabou de resumir o que eu queria dizer á ela. - respondi, o pensamento longe.

Harry não sabia de metade do que já havia acontecido, mas ainda assim olhava com raiva para a mesa da Sonserina, e eu não precisava virar para saber que fuzilava Malfoy. Rony ao meu lado fazia o mesmo e, ah, que surpresa!, Gina também. Pigarreei, chamando a atenção de todos.

— Olha, não adianta. Minerva foi bem clara sobre a tradição de colocar grifinórios com sonserinos e corvinos com lufanos. Não vai dar certo tentar explodir a cabeça de Malfoy com o pensamento. Acreditem, eu já tentei. – levantei a sobrancelha, irônica.

— Mione, pode até ser, e sei que você sabe se cuidar sozinha, mas quero que me diga se ele te fizer qualquer coisa, ok? – Harry me encarou, esperando a confirmação.

Acenei com a cabeça, já quebrando essa promessa no momento em que a fiz. Seria melhor pra todos se mantivesse certas coisas longe do ouvido de Harry e Ron. Já Gina... É, eu resolveria depois.

— Hã, bom, agora que eu já contei o que aconteceu, acho que tenho aula pra assistir agora. – me levantei, colocando minha mochila no ombro. Dei um beijo na bochecha de Ron e mandei um para Harry e Gina. Saí correndo antes que eles fizessem mais perguntas e eu me enrolasse.

Eu contaria para Gina.

Só não sabia quando.

—__________________________________________________

Estava me dirigindo para a última aula do dia: Defesa Contra as Artes das Trevas. Essa era a minha única aula do dia, com a Sonserina e, sinceramente, não sabia o que esperar. Admito, estava com um pouco de medo, mas não iria fugir. Já estive na guerra, o que era um bando de sonserinos?

Entrei na sala e fui direto me sentar na frente. Simas já estava sentado lá, então não corria o risco de acabar fazendo dupla com alguém indesejável. Embarquei em uma conversa com ele sobre a quantidade de deveres que já tínhamos, quando a porta da sala se abriu. Olhei para a porta e Gilderoy estava lá, parado. Todos, impressionantemente, ficaram calados com sua presença.

Acho que ninguém sabia muito bem como agir.

Gilderoy começou a andar, lentamente, por entre as mesas. Olhava para ambos os lados, neutro. Usava uma espécie de terno azul-escuro, quase preto, sem capa. Ainda era estranho vê-lo sem aquelas roupas berrantes.

Quando chegou à frente da sala, se virou para todos e pronunciou:

— Esse ano, vocês irão se aprofundar no infinito estudo de Defesa Contra as Artes das Trevas. Em nossas aulas, os ensinarei a se defenderem das mais diversas criaturas, como fantasmas, Inferius, Súcubos, e outras mais. No entanto – aumentou a voz -, nesta aula, gostaria de avaliar sua capacidade em feitiços não verbais, já que gostaria de utilizá-los este ano. – se apoiou na mesa. – Formem duplas.

Aproveitei que já estava ao lado de Simas e fiz dupla com ele. Lockhart afastou as mesas, deixando um grande círculo no meio da sala, onde as duplas se posicionaram.

— Lembrem-se: não pronunciem o feitiço; se concentrem nele, permitam que o feitiço que querem lançar preencha sua mente e então, deixem que a varinha trabalhe. Podem começar! – ao dizer isso, deu um passo para trás. Comecei a ouvir barulhos de feitiços sendo lançados.

Virei para Simas, que me olhava como que perguntando “posso?”. Acenei a cabeça, confirmando e ele se colocou em posição de ataque. O olhava fixamente, repetindo mentalmente o feitiço de proteção. Podia ver as engrenagens por trás dos olhos do grifinório, quando de repente, sua varinha soltou um jato prateado.

Praticamente gritei em minha mente “PROTEGO”, fazendo um escudo tão forte que Simas foi jogado longe por seu próprio feitiço estuporante.

Como várias pessoas estavam voando pela sala, pegas desprevenidas pelos parceiros, ninguém reparou em nós. Fui até Simas e estendi a mão para ele.

— Desculpe, acho que coloquei muita potência no feitiço! – dei um sorriso sem graça.

— Que isso, foi incrível! Está se desculpando por ser boa?

— Há, não mesmo. É minha vez, Finnigan. – brinquei, o que arrancou uma risada dele.

Voltei para a minha posição, pensando no feitiço Expelliarmus. Apontei a varinha para ele, repetindo “Expelliarmus, Expelliarmus, ExpeLLIARMUS, EXPELLIARMUS!” Estava pronta para lançar, quando Simas vacilou no mesmo lugar, se desequilibrando loucamente, até que foi de cara no chão, não conseguindo mais ficar em pé. Mas... O que tinha acontecido?

Ele levantou a cabeça para mim, um pouco ofendido.

— Sério, Mione? Azaração das Pernas Bambas? Não tinha outra coisa menos sacana pra lançar? – tentou se levantar, sem sucesso. Fiquei embasbacada.

— Mas... Mas eu não fiz isso! – arregalei os olhos. – Eu estava pensando no feitiço Expelliarmus! Eu ia te lançar um Expelliarmus, juro! – me ajoelhei perto dele, que se acomodou de bruços.

— Então quem foi? Por que, se minha dupla era você, acho que não teria motivo para outra pessoa mirar um feitiço em mim! – apoiou a cabeça na mão, irônico. Cruzei os braços, zangada.

— Bom, então acho que o Pirraça passou por aqui, porque já falei que não fui eu. E acho que não tenho motivos pra mentir pra você sobre isso, ou até mesmo pra te lançar uma azaração. – Simas pareceu ponderar sobre isso, até que cedeu.

— É, você está certa. Foi mal.

Dispensei com a mão.

— Não foi nada. Mas acho que agora você não poderá continuar como minha dupla. – me apoiei em um joelho, procurando o professor pela sala. O encontrei já vindo em nossa direção. – Professor, parece que Simas não está em condições de continuar.

Lockhart o observou, que continuava debruçado no chão, até que se abaixou e o ajudou a levantar.

— Vamos rapaz, sente-se aqui. – conjurou uma das cadeiras, fazendo com que Simas se sentasse nela. – Daqui a pouco o efeito da azaração passará. – se virou para mim. – Agora você, Srtª Granger, parece que está sem dupla.

— Fazer o que, não é? – dei de ombros.

Lockhart olhou em volta da sala, fixando o olhar em um ponto específico. Levantou a mão, chamando alguém. Continuou olhando para um ponto além de minha cabeça, até que se voltou novamente para mim.

— Bom... Você pode fazer dupla com o Sr. Malfoy. – franzi o cenho, me virando lentamente, com o olhar ainda preso naquele homem.

Quando me virei de fato, dei de cara com o loiro que, no momento, o que eu mais queria era evitar.


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Notas finais do capítulo

:)



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