Dramione - Start a Fire escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 22
Oh, C'MON!


Notas iniciais do capítulo

E aí gente?! Estou aqui coçando pra continuar com a fic. Então tomem capítulo novo!
Espero que gostem!
Obs: Muito obrigada pelos acompanhamentos! Estou muito feliz por estarem crescendo!



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Minha cabeça fundiu.

Eu sabia! Sabia que Lockhart não era confiável, que era um completo maluco, com todas aquelas conversas aleatórias e... Estranhas... Mas nunca adivinharia que era um psicopata! Um maldito desgraçado que tentou acabar com a minha vida, com a minha felicidade, com o meu amor, e agora Hannah estava morta por culpa dele e... E...

– EU VOU MATAR VOCÊ! – gritei, enfurecida.

Estava prestes a pular em cima de seu corpo já arrebentado, disposta a desfigurar sua cara, e iria, se Draco não tivesse me agarrado, chegando a me levantar do chão enquanto esperneava, me mantendo longe do “professor”.

– ME SOLTA! EU QUERO ACABAR COM ELE, ME SOLTA! – socava o ar, sem muita noção do que fazia. Imaginava que a cara dele estava em todo lugar, de forma que meus pulsos zuniam ao cortar o ar.

Continuei desse jeito até que minhas forças acabaram. Lentamente, meus pés voltaram ao chão, mas não conseguia ficar em pé.

Com Draco ainda me segurando, sussurrando palavras de conforto em meu ouvido, ajoelhei, tentando lutar contra as lágrimas de raiva e tristeza que se acumulavam.

Levantando a cabeça, perguntei, vencida.

– Por quê? O que... Eu fiz... Pra você?

Lockhart apenas me encarou, em silêncio, os olhos impossíveis de ler devido ao enorme hematoma ao redor deles. Sangue seco trilhava um caminho desde seu nariz até o queixo.

– O que aconteceu com ele? – perguntei, nem um pouco comovida com seu estado, nunca desviando o olhar, com medo de que ele escapasse com um mísero piscar de olhos.

– Não consegui me controlar. – Draco sussurrou, depositando um beijo em meu ombro, afagando minha cabeça. Percebia uma raiva distante estava em sua voz. – Pensei em tudo o que ele te fez e me descontrolei.

– Tivemos quase que acorrenta-lo para que não matasse Lockhart a porrada. – Blásio comentou, em algum lugar atrás de nós. Também não parecia muito calmo.

Entortei o nariz.

– Que bom que impediram. Seria um destino bom demais pra ele.

Funguei. Passando a mão pelos olhos uma última vez, me virei para Draco.

– Tragam ele.

Pousei rapidamente os olhos em Hannah, deitada ao lado de Luna... Descansando. Resignada, acrescentei - E tragam Hannah também. Daremos um enterro descente a ela.

Percebi que Luna soluçava. Escondendo o rosto, a loira conjurou um pano azul, com o qual cobriu a falecida amiga, e a levitou.

Quanto a Lockhart, Blásio agarrou-o pelas correntes que prendiam seus pulsos, sem nenhuma gentiliza.

Quase como se a situação pedisse, ao chegar a porta, soltei uma faísca de fogo da minha varinha. Ao atingir o fundo da sala, a faísca explodiu em enormes chamas, engolindo tudo aos poucos. Demos ás costas e deixamos a sala para trás, torcendo para que as lembranças daquele lugar queimassem junto com ele.

____________________________________________________________

– Professora Minerva.

Bati na porta de sua sala, o coração na mão. Estava realmente ansiosa pra acabar com tudo aquilo, tanto que nem me preocupei em me corrigir para “diretora”.

– Professora Minerva. – bati novamente.

Dessa vez, ouvi barulho de passos, além de alguma coisa sendo arrastada. Segundos depois a porta foi aberta, revelando o rosto surpreso da diretora. O curioso era que ela usava uma capa de viagem.

– Senhorita Granger? O que faz aqui a essa hora? – levantou o olhar – Junto com esse bando de alunos e... O que é aquilo?

Seguindo seu dedo apontado, encontrei Blásio, mais atrás, segurando Gilderoy. Mas ele estava com a cabeça caída, inconsciente, de forma que parecia apenas uma massa preta com tufos loiros.

Dei de ombros.

– Um homem culpado.

Sem dizer uma palavra, talvez por perceber a tensão do grupo, deu espaço para entrarmos. Uma vez que todos estavam dentro, Minerva foi se sentar em sua mesa. Eu me joguei em outra cadeira, Draco em pé atrás de mim.

– Agora me expliquem... – pediu, calmamente.

Sinalizando com a mão, pedi para Blásio levantar o rosto de Lockhart. Ao vê-lo, Minerva entrou em choque.

– Merlin... O que aconteceu com ele?

– Justiça aconteceu. – Blásio respondeu.

– Do que... Do que vocês estão falando? – a diretora, apavorada, olhava para todos nós, de um por um, procurando respostas.

Draco suspirou atrás de mim, começando a explicar.

– Sei que pode parecer chocante diretora. Acredite, todos nós ficamos. Mas Gilderoy era o responsável por tudo o que vinha acontecendo, todos os atentados contra Hermione.

– O... Que? – balbuciou.

– Recebemos hoje um “recado” – ironizou – por meio de nosso amigo Blásio, nos ameaçando. Estava nos intimando a encontra-lo na Sala Precisa, e depois de aterrorizar Hermione lá dentro – senti ele apertar meus ombros -, descobrimos Lockhart.

Minerva apenas nos encarava, confusa e incrédula.

– Olha diretora, sei que disse para termos cuidado e contata-la caso qualquer coisa acontecesse, mas... – comecei, mas fui interrompida.

– Senhorita Granger, me desculpe, mas eu não disse isso. Não posso ter dito.

Franzi a testa.

– E por que não?

Ela me olhou ainda mais perdida.

– Porque cheguei ao castelo apenas hoje, senhorita.

Parei de funcionar por um momento.

Ok, era oficial: meu cérebro estava na merda.

Todos olhavam estupidamente para Minerva, e Minerva olhava estupidamente para nós.

– Perdão? – perguntei debilmente após alguns segundos. Definitivamente alguém ali estava maluco, e não tinha muita certeza sobre quem era.

Ela balançou a cabeça, tentando visivelmente entender o que estava acontecendo.

– Por que a surpresa? Deixei um substituto no início do ano, um amigo próximo e confiável que assumiu o cargo de diretor. – vendo nossa cara de “hã?”, ela continuou – Não deixei?

Neguei lentamente com a cabeça, mil teorias de conspiração pipocando em minha mente.

Pigarreei.

– Diretora Minerva, não vou falar que não estou louca, porque veja bem, acho que estou sim. – juntei as mãos. - Mas tenho certeza absoluta de que quem vi esses quatro meses no castelo era a senhora. E os outros alunos confirmarão isso.

Ok, se antes Minerva estava confusa, agora parecia capaz de acertar um tiro na cara de alguém.

– Você está me dizendo... Que o castelo ficou nas mãos de um ESTRANHO... Que se passou por mim... Até hoje?

– Estranho, não? – Draco se pronunciou. – Por que não pergunta ao senhor professor ali atrás? Ele parece saber muito sobre coisas estranhas.

Com os olhos faiscando, ela se virou para o homem – que Blásio já havia até descartado em uma cadeira. Continuava com a cabeça baixada.

– Lockhart! – bradou. – Não finja que não está me ouvindo, porque sei que está.

A diretora se levantou da cadeira e se aproximou do bruxo.

– Por uma vez na sua vida, seja homem e encare as consequências de suas ações. OLHE PARA MIM!

Sacou sua varinha e levantou o queixo de Lockhart com ela. Ao fazer isso, revelou seu rosto neutro, mas os olhos bem abertos, ainda impassíveis. A diretora deu um sorriso irônico.

– Melhor assim. Agora, se importa de me explicar o inferno que causou aos meus alunos enquanto estava fora? Aliás, de explicar o que está fazendo neste castelo? Ou terei que apelar?

Ele continuou em silêncio. Seu rosto era uma tela em branco. Ele poderia estar pensando tanto em matar todos nós ali quanto em coelhinhos em uma campina; eu não conseguiria saber.

No entanto, ao fixar os olhos em mim, sentada atrás de Minerva, não os desviou mais. Ficou assim por tanto tempo que, um por um, os presentes na sala foram percebendo, desviando os olhares de mim para ele. Impaciente, mas cansada demais para gritar, perguntei.

– Perdeu alguma coisa? Sua dignidade, talvez?

Pela primeira vez desde que o encontrei, ele pareceu despertar, como se houvesse saído de um torpor. No entanto, sua reação foi... Rir. Uma risada curta, mas genuína, como se realmente estivesse achando graça naquilo tudo.

Céus, ele era doente.

– Ah pequena Hermione, antes fosse minha dignidade. Antes fosse. – finalmente se voltou para Minerva. – Desculpe minha senhora, mas acho que não poderei responder suas perguntas. Não funciona assim. Não sem as perguntas certas.

Sorriu ainda mais, logo retornando a se dirigir a mim.

– E acho... Que nossa Hermione aqui saberá fazê-las.

Revirei os olhos, já impaciente com aquela besteira toda.

– Certo, é oficial, você é maluco. Não vou entrar em mais nenhum joguinho mental doente seu, então é melhor ficar quieto...

– Opa, opa, opa, vamos com calma! – sorriu, como se tentasse me tranquilizar. Me deixou mais nervosa ainda. – Eu disse que você SABERÁ fazê-las... Mas apenas com a contribuição de Draco.

Olhei para ele, parado acima de mim. Tinha seu famoso sorriso de lado, utilizado quando queria parecer superior ou intimidador. Mas Gilderoy não pareceu se abalar.

– Ah, vamos lá Malfoy! – se remexeu na cadeira, já desperto e parecendo bastante animado - Você sabe quais são as regras do jogo. Você sabe o que pode ser dito e o que não pode; o que deve ser feito e o que não deve. Você sabe de todas as cláusulas do acordo, todos os perigos e obrigações. Você sabe... Porque você já esteve dentro do acordo. Você já foi salvo por ele. Mesmo que não o tenha feito, que não tenha sido uma das partes ou ainda que o perigo de morrer não tivesse recaído sobre você.

Estava começando a ficar com medo de pirar. Voltei a encarar Draco.

– Do que ele está falando?

Mas ele claramente não ouviu. Parecia perdido em pensamentos, em uma memória profunda. Percebia seus olhos passarem por diferentes estágios: confusão, reconhecimento, tristeza, incredulidade, e por fim, ironia.

– Um voto perpétuo.

Gilderoy piscou, parecendo orgulhoso?

– Muito bem, senhor Malfoy. Vejo que não é mais o idiota completo que conheci anos atrás.

Draco sorriu, cada vez mais perigoso. Gilderoy parecia não ligar. Mesmo.

– Boa tentativa, Lockhart. Mas se acha mesmo que vai me convencer de que fez tudo isso a mando de outro... Quem teria interesse ou tempo para...

– Ah, mas não estou pedindo que acredite senhor Malfoy. Tampouco que faça as perguntas. Essa parte, creio eu, pertence á senhorita Granger. Veja bem, não pretendo morrer por sua imprudência. – levantou a sobrancelha, brincando.

– E creio EU que não pretendo fazê-las. –proferi, irônica.

– Não seja tão precipitada! Não está acabado. – subitamente, seu olhar voltou a escurecer, a diversão de minutos antes desaparecendo. – A morte da pequena Hannah marcou o fim e o início, o início e o fim. Logo você entenderá o que digo, e virá me procurar. E estarei pronto para suas perguntas. Se feitas sabiamente. – acrescentou, o ar descontraído voltando.

No entanto, tinha a impressão de que Minerva iria desmaiar.

– O que ele disse? – sussurrou.

Luna soluçou em seu canto. Aquilo não seria bonito.

Com um último olhar a Lockhart, me voltei para a diretora.

– Acho melhor a senhora se sentar.

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O dia seguinte foi uma zona. Após explicar a Minerva tudo o que havia acontecido desde o início do ano, todos os ataques, o que havia se passado na Sala Precisa aquela noite, sobre a morte de Hannah... A diretora, irada, levou Lockhart para uma das celas no castelo, a da torre mais alta do lado leste – apenas fiquei um pouco indignada por ser a mesma cela que Sirius havia ocupado, anos atrás, mas não era bem a hora para sentimentalismo.

Após jogá-lo lá, com a promessa de que eles voltariam a conversar, passou mais uma hora conversando conosco, se desculpando pela “negligência” e assegurando uma despedida a altura para nossa amiga.

Mas eu não estava presente naquela sala. Minha mente viajava por lugares desconhecidos, já que, mesmo que me recusasse a admitir, uma parte de mim havia ficado intrigada com o que Gilderoy tinha dito. Uma parte de mim insistia em tentar juntar as peças do que havia ouvido. Mas eu não podia. Digo, ele era maluco. Não era?

Voltamos para o dormitório, o Sol já prestes a raiar, mas não sentia um pingo de sono. Ninguém sentia. Blásio se recusou a ir embora, de forma que fiquei com ele e Draco na sala comunal dos monitores, sentados em frente á lareira, o silencio absoluto. Nem mesmo Blásio encontrava algo para fazer piada. Luna subiu para seu quarto assim que chegou e permaneceu lá, sozinha, sem se pronunciar hora nenhuma.

Horas depois, mas que pareceram minutos, já era a hora do almoço. Retirando forças só Merlin sabe da onde, desencostei do ombro de Draco, indo colocar meu uniforme, sendo seguida mais tarde por ele, que já tinha se despedido de Blásio.

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O Salão parecia tenso. Assim que pisei no cômodo, Gina levantou do seu lugar na mesa da Grifinória e correu em minha direção, me dando um abraço apertado ao me encontrar. Tocou o braço de Draco, em uma expressão muda de compaixão. Ele confirmou com a cabeça.

Indo para a mesa da Grifinória com ela, fui logo saudada por Harry e Rony, que seguraram minhas mãos por sobre a mesa, explicando que Minerva havia dito a público apenas sobre a morte de Hannah, mas para eles tinha revelado todos os detalhes, e estavam com uma raiva igualmente assassina de Gilderoy. Aquilo me confortou.

Mais tarde, o enterro foi realizado nos jardins do castelo. Diversos amigos da lufana choravam, ainda incrédulos pelo acontecido. Eu me mantinha afastada, observando tudo junto com Draco ao longe. Não aguentaria mais aquele clima mórbido, ou acabaria enlouquecendo.

No entanto, no meio daquele tumulto todo, ainda sentia falta de alguma coisa... E percebi que a diretora não estava presente. Estranhei, mas nada que prendeu minha atenção por muito tempo. Acho que nem se Bellatrix ressurgisse das cinzas bem na minha frente eu daria importância, dado o meu estado beta.

Deixei os jardins antes de a cerimônia terminar. Não estava me sentindo bem para aquilo. Não podia ser normal. Não era normal! Que droga, eu só queria que as coisas voltassem ao que eram. Que eu pudesse finalmente descansar, dar um tempo da tensão! Era pedir demais?!

– Hermione! – Draco me chamava, suplicante, enquanto eu pisava duro pelos corredores. – Por favor, se acalma, as coisas vão melhorar agora!

– Eu sei, Draco, eu sei! Mas eu preciso extravasar um pouco. Preciso ficar com raiva, quebrar alguma coisa, porque acredite, só assim eu vou me acalmar! – gritei, sem nunca deixar de olhar para frente. – Por que não é assim? Eu não tenho que mostrar pro mundo que eu estou bem? Que eu continuo forte? Não é sempre assim? – falava sem parar, procurando o corredor que levava ao meu dormitório, dando voltas e mais voltas, sem realmente saber o que estava fazendo. – Pois bem, eu posso muito bem fazer isso. Sempre fiz. Mas antes eu tenho que me convencer disso! Tenho que PELO MENOS COMEÇAR a pensar que me sinto assim! Mas eu não posso fazer isso se eu NÃO.ME.ACALMAR! – gritei, finalmente virando o corredor do sétimo andar.

Alcancei a porta do dormitório, e, girando a maçaneta, me virei para Draco, que havia me seguido até lá, com um falso sorriso.

– Agora, se me dá licença, tenho uma mobília pra destruir.

Entrei no cômodo, seguida de perto por ele.

– Hermione, você...

Mas ao colocar o pé para dentro, interrompeu sua fala, os olhos levemente arregalados.

Sabe, estava começando a achar que Merlin tinha alguma coisa contra mim.

Em pé, no meio da nossa sala comunal, se encontrava Minerva. Estava com a cabeça levemente abaixada, a aba de seu chapéu pontudo cobrindo seus olhos. No entanto, pelo sorriso sacana que exibia, enquanto balançava lentamente para frente e para trás nas pontas dos pés, seguindo um ritmo que estava em sua cabeça, logo percebi que não se tratava da minha diretora.

Sentindo Draco sacar sua varinha atrás de mim, fiquei apenas ali, parada, os braços cruzados, esperando a bomba que sabia que viria. Lentamente, “Minerva” levantou o olhar, mostrando o que já esperava encontrar: olhos vazios, desprovidos de consciência ou vontade. No entanto, sua voz era vibrante ao se pronunciar, parecendo retumbar por todos os cantos do castelo.

Hahahahahaha! Ah, essa foi ótima! Eu me diverti, você não se divertiu? – perguntou, uma risada tão irônica e sombria quanto sua voz – Desculpem, desculpem, foi algo estúpido de se fazer, uma perda de tempo talvez, mas foi tão pateticamente divertido! Há, vocês estavam TÃO desesperados por capturar alguém, por achar um rosto para odiar e culpar, que nem pensaram duas vezes antes de dar o assunto por resolvido ao achar esse rosto. – “Minerva” andava de um lado para o outro, como se contasse um caso banal – Mas... Vocês nem pararam para pensar... Acharam mesmo que eu fosse aquele idiota do Lockhart? Acharam mesmo que uma mente tão limitada como a dele pudesse realizar o que eu realizei? Acharam que aquele fantoche PATÉTICO seria capaz de chegar aos meus pés?

Praticamente cuspiu aquelas palavras, parando de andar, irritada. Subitamente, soltou uma gargalhada, tão alta e raivosa que pulei no mesmo lugar.

– Bom, acho que posso dizer que isso foi um insulto. Muito bem! Ponto para os perdedores! Mas agora... Sim, sim, já me diverti o suficiente. Bem Granger, acho que, a essa altura, já percebeu que tenho total controle sobre este castelo e as vidas de quem está nele. – e, como que para provar o que dizia, fez Minerva levantar as mãos, simulando uma movimentação de um fantoche. Logo parou e se recompôs - Então, espero que, sem nenhum escândalo que estrague nossa diversão, me encontre na Torre de Astronomia esta madrugada para que possamos resolver nosso empasse. Vamos fazer outra festa do pijama! E não se preocupe, estarei lá. Já consegui o que queria, não preciso mais me esconder por trás de idiotas com Gilderoy. E espero que vá sozinha. Malfoy não será poupado caso resolva participar da festa.

Com uma última risada, Minerva fechou os olhos e cambaleou, reabrindo-os logo em seguida, de volta ao normal. Draco correu para ajuda-la a se manter de pé, e eu fiquei no mesmo lugar, completamente... Bem, acho que não existe palavra para descrever meu estado de confusão.

...“Acharam que aquele fantoche PATÉTICO seria capaz de chegar aos meus pés?”...

...“Tenho total controle sobre este castelo e as vidas de quem está nele.”...

...” Já consegui o que queria, não preciso mais me esconder por trás de idiotas com Gilderoy.”...

– Hermione?

Pisquei os olhos, focando Draco assessorando Minerva no sofá, mas prestando atenção em mim. Sua testa estava franzida em uma interrogação.

Sem nem pensar no que fazia, dei meia volta, atropelando a porta. Se Draco chamou meu nome depois que saí não saberia dizer. Meus ouvidos zuniam, o som de meu coração retumbando no peito a única coisa que ouvia além de meus próprios pensamentos.

Corri por todos os corredores, esbarrando em alguns alunos no caminho, quase os derrubando. Isso não importava também. Eu só precisava correr o mais rápido possível. Tinha que chegar a tempo.

Saí do castelo, ainda correndo. Esmagava a grama sob meus pés, o vento castigando meu rosto, minhas panturrilhas queimando. Não parei até alcançar o campo de quadribol. Escolhendo um vestiário aleatório, entrei, sem nem me importar se havia gente ou não. Achando as vassouras ao canto, peguei uma e, deixando meu medo de voar de lado, considerando que havia outras coisas a temer no momento, subi no cabo, dando impulso e alcançando voo.

Voava depressa e alienada a tudo. Nem mesmo quando a altura se tornou tão grande que sentia as nuvens atravessarem meu corpo senti medo. Apenas precisava chegar lá... Na torre mais alta do castelo, a leste.

Ao avistá-la, dei uma guinada na vassoura, aumentando ainda mais a velocidade, como se ela fosse desaparecer caso demorasse muito.

Quando já pairava acima dela, saltei, mal atingindo o chão e já voltando a correr.

– BOMBARDA MAXIMA! – bradei, ainda distante da cela, mas o estrago na fechadura ainda enorme.

Adentrando a fumaça provocada sem diminuir o ritmo, distingui Gilderoy, que se encontrava sentado em um canto, o sorriso meigo no rosto que me deixou com mais raiva ainda. Agarrando-o pelo colarinho, o arrastei para fora.

– Agora – rosnei -, me conte tudo o que sabe.

– Você tem as perguntas certas? – perguntou, ainda sorrindo, mesmo com a minha varinha apontada contra seu peito.

– Não sei. Quem sabe se eu perfura-lo não ajuda? – apertei ainda mais a ponta contra seu peito, que subia e descia calmamente, aumentando meu descontrole.

– Mas se fizer isso, as respostas se perdem comigo.

Tou ché!

Tentando acalmar a minha respiração antes que cometesse uma loucura, soltei seu pescoço e abaixei a varinha. Ele não se moveu, apenas ficou ali, esperando que parasse de bufar. Fechei os olhos, pensando em tudo que poderia perder se não controlasse minha sede por vingança.

Mais controlada, abri os olhos novamente, encontrando Gilderoy no mesmo lugar, o mesmo sorriso no rosto.

Peguei “minha” vassoura – tinha que lembrar de devolver – e montei, torcendo para que ainda tivesse raiva suficiente para continuar inibindo o medo. Olhei para Lockhart.

– Você vai descer comigo.

Ele veio até mim, montando na vassoura também, mas mantendo certa distância, a máxima que a situação permitia.

– Você tem as perguntas certas? – perguntou novamente.

Dei uma guinada.

– Vamos descobrir.


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Notas finais do capítulo

Isso é tudo por hoje pessoal! kkkkkk :)
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