Dramione - Start a Fire escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 20
I can't resist anymore


Notas iniciais do capítulo

Falaí dramioners!!!!! Tudo bem?
Certo, sei que vocês devem estar querendo minha cabeça em uma bandeja por ter demorado 24 dias pra postar novamente, fui uma vigarista por ter feito isso tendo dito que o capítulo estava a caminho. Por que isso? Segredos do cosmos que nem Freud explica.
Maaaaas... Pra provar que estou arrependida, vou liberar dois capítulos hoje! O primeiro está aqui, e o próximo deve sair até ás 19:30h.
Então, espero que isso quite minha dívida com vossas senhorias!
Agora, sem mais delongas...
Bom capítulo, e - mesmo não sendo a pessoa mais romântica do mundo, cá entre nós -, espero que gostem do capítulo assim como gostei de escrevê-lo!



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Eu não conseguia acreditar. Não dava. Simplesmente não dava. Ele sabia. Gilderoy sabia e não tentou impedir. NÃO TENTOU! E não me diga que aquele tentativa triste de me avisar foi uma forma de impedir porque NÃO FOI!

Por que ele estava de volta? POR QUE diabos confiaram nele para voltar á Hogwarts e nos ensinar a nos defendermos quando não conseguia fazer isso nem ele mesmo?

— ARGH! – gritei irritada quando Draco passou... O que quer que fosse no meu rosto, no lugar onde os cacos do lustre tinham acertado. Ele retraiu a mão. Suspirei. – Desculpe, não é nada com você. Só estou irritada com o que aconteceu hoje, só isso.

Apesar de alguns problemas, como machucados e desmaios, os professores conseguiram tirar todos do Salão a tempo, e apagar o Fogo Maldito – como? Não faço nem ideia. Em relação a mim, mesmo com uma hemorragia na cara e um buraco negro roxo no quadril, me recusei a ir para a ala hospitalar; voltei para o dormitório com Draco, mais precisamente para o seu quarto, onde ele tentava cuidar do meu corte.

— Herms, nada disso foi culpa sua... – procurou minha mão, mas eu estava muito possessa pra isso. Não precisa de compaixão; precisava de movimento. Retraindo a mão, me levantei e comecei a andar em círculos.

— Eu sei disso! Ou melhor, estou tentando me convencer disso. Mas eu só penso em como eu deveria ter sido mais inteligente pra entender aquela droga de aviso. Quer dizer, eu sou a maldita inteligente, não é? Deve ser por isso que ele achou melhor falar por CÓDIGO AO INVÉS DE DAR UMA MENSAGEM CLARA QUE AJUDARIA TODO MUNDO E NÃO ME FARIA FICAR AQUI BERRANDO COM VOCÊ MESMO VOCÊ NÃO TENDO CULPA DE MERDA NENHUMA! – terminei de berrar, provavelmente vinho e com a cara de um coelho raivoso. Draco continuava sentado onde estava, olhando para mim como se tivesse acabado de, bom, berrar com ele sem ele ter feito nada, mas isso não vem ao caso.

Balançou a cabeça, confuso, e perguntou:

— Que aviso?

Suspirei, desarmada. Não queria contar. Eu sei, idiotice, mas não conseguia tirar aquele peso das costas, aquele peso de culpa. Ah Gilderoy... Era melhor que ele não chegasse a 5km de mim novamente, caso contrário eu cuidaria pessoalmente pra que nunca mais chegasse perto nem de Merlin.

Andei até Draco, cansada pela gritaria e me sentei aos seus pés. Ele jogou o tronco para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos e se pôs a ouvir.

— Hoje, minutos depois de cruzar com você nos corredores, sabe, quando voltamos de Hogsmeade? – ele confirmou com a cabeça. – Bom, eu e as garotas encontramos com Gilderoy, e aquele... Filho de uma maldita... CABRA – soltei, querendo dizer algo muito pior – pediu uns minutos comigo, e começou a falar pra que eu e você tivéssemos cuidado hoje. Eu já sabia disso, que tinha que ter cuidado, por isso achei desnecessário falar com você e te deixar preocupado. Mas aí, antes de ir embora, ele falou alguma coisa sobre fogo e elfos serem úteis ou sei lá. – revirei os olhos. – Agora me fala, como ele queria que eu decifrasse aquilo? Uma frase solta no ar?

Draco, parecendo um pouco mais confuso do que antes, pigarreou e desceu até o chão, ficando no meu nível.

— Olha... Eu sei que Lockhart ter falado aquilo, na sua cabeça e na de qualquer um não faria sentido, mas você podia ter me contado também. Eu sei, eu sei, você não queria me preocupar – gesticulou para que me acalmasse ao ver minha iminente agitação -, mas e você? Você ficou com a preocupação toda pra si, e eu não queria que isso acontecesse. Agora você fica aí, se remoendo, como se tivesse falhado em algum tipo de obrigação. Mas preste atenção – me segurou pelos ombros e forçou a olhá-lo nos olhos – você. não. falhou.

Ele me encarava quase como se me desafiasse a contradizê-lo. Eu estava desarmada. Não conseguiria me culpar com ele agindo daquela forma. E, sinceramente, eu não queria me culpar. O que eu queria era achar Lockhart e enfiar um diabrete na goela dele pra que nunca mais falasse asneira na vida. Ou não falasse mais nada.

Mas antes que pudesse compartilhar minha mais nova descoberta sobre mim e meu imenso cosmos interior, Draco expirou irritado – hum, mau sinal. Soltou meus ombros e se jogou contra o pé da poltrona em que estava.

— Eu sabia que não devia ter te deixado sozinha com aquela desmiolada da Weasley, principalmente depois do que esse maluco me falou... – resmungou irritado, e pareceu se dar conta, tardiamente, do que tinha dito. Ah não, agora ele ia falar.

— Que maluco falou o que?

— Nada, nada, absolutamente nada. Uma coisa estúpida, nada demais. Olha só, já está ficando tarde, não é? – começou a se levantar, mas eu o puxei de volta.

— Não senhor. Se eu acabei de falar o que estava me incomodando, você também vai falar. E se foi tão estúpido, vai ser mais fácil ainda não? – cruzei os braços.

Ele suspirou, novamente – estávamos fazendo muito aquilo.

— Certo, estou falando de Lockhart. Lembra de... Não você não vai lembrar. – passou a mão pelo rosto.

— Tenta. Tenho uma memória boa.

Draco me fuzilou com os olhos, quase gritando “FICA QUIETA, ESTOU TENTANDO TE EMGAMBELAR!” Cruzei ainda mais os braços.

— Ah, CERTO. Lembra que você andou reclamando sobre eu parecer estar tenso, preocupado com... Como foi que você disse? “Como se um bolo de poeira das cinzas de Voldemort fosse pular de trás da porta”? – levantou a sobrancelha, brincalhão. Reprimi o sorriso. Ou pelo menos tentei.

— Ah, não senhor, não vai me distrair. Pode continuar.

Ele revirou os olhos. Abriu a boca, querendo protestar, mas logo a fechou novamente. Voltando a se recostar nos pés da poltrona, falou, cansado.

— No dia que Minerva anunciou o baile, Lockhart me chamou pra conversar na sala dele. Achei que não seria nada demais, sei lá, alguma coisa sobre as aulas? – deu de ombros – Mas a nossa conversa foi praticamente resumida a ameaças.

— COMO? Aquele desgraçado fez alguma... – comecei, já voltando a espumar.

— NÃO, não. Ele não me fez nada. As ameaças não eram pra mim, Hermione. – tomou fôlego – Eram pra você.

Fiquei uns segundos em silêncio, processando.

— Pra mim? Mas por que...

— Certo, eu não faço ideia do por que, mas ele insistia que eu tinha que terminar tudo com você, da forma mais canalha possível. Que eu fizesse com que você me odiasse e nunca mais quisesse olhar pra mim novamente.

Eu piscava descontroladamente.

— Mas como assim? Ele simplesmente te botou contra a parede e mandou você quebrar meu coração, sem mais nem menos?

Draco passou as mãos pelo cabelo.

— Ele deu uma explicação sem sentido nenhum. Ficou falando sobre perigo, sobre morte se aproximando, lembranças e... Não lembro, mas não fazia sentido nenhum. Falou que se eu quisesse salvá-la, manter você longe do perigo, essa era a forma. E tudo o que eu conseguia pensar era em como eu não podia fazer isso, como não suportaria te machucar mais uma vez. – se ajoelhou e segurou minhas mãos – Eu decidi pensar em mim, na minha felicidade, e por Merlin, como eu sou feliz com você Hermione. Como eu sou... – levou as minhas mãos á sua boca, depositando vários beijos desde a ponta dos dedos até as palmas. Não conseguindo me controlar, enlacei seu pescoço, abraçando-o. Não sabia o que fazer; aquelas palavras mexeram comigo de tal forma que fiquei sem reação.

Afagando minha cabeça, ele continuou, próximo ao meu ouvido.

— Deixa eu te contar um segredo... Antes de você... Antes daquele dia na Casa dos Gritos, eu... Nunca tinha conseguido conjurar um patrono na minha vida.

Surpresa, me afastei de forma a ver seu rosto, apoiando as mãos em seu peito; ele sorria.

— N-nunca?

Balançou a cabeça negativamente, ainda sorrindo.

— Por quê?

— Você sabe que, para conjurar um Patrono, é preciso ter uma memória muito feliz, não é? – concordei com a cabeça. Ele deu de ombros – Bom, eu nunca tive um memória feliz o suficiente para poder conjurar um.

— Nenhuma? Nenhuma memória de infância, com a sua família, aqui em Hogwarts... – ele apenas balançava a cabeça negativamente, abaixando os olhos para as minhas mãos. Não sei bem o que estava tentando conseguir com aquilo. Acho que apenas não queria acreditar que ele se sentia tão miserável a ponto de não ter uma única boa memória.

— Acho que você sabe que minha vida não foi exatamente um conto de fadas, Hermione. Acredite, vasculhei minha memória centenas de vezes, procurando um único momento que fosse em que eu tivesse me sentido realmente feliz... Mas nunca achei esse momento. – levantou o olhar para mim – Até aquele dia em que te salvei de Nott.

Fiquei ainda mais surpresa ao ouvir isso. Quero dizer, aquele não foi o melhor dia da minha vida. Vendo minha confusão, riu levemente. – Não me entenda mal. Acredite, eu prefiro não pensar no que aquele patife fez. Não, tem a ver com a nossa conversa depois disso. – apertou minhas mãos - A minha memória feliz... Foi a primeira vez em que te fiz sorrir; a primeira vez que não nos tratamos com repulsa – sorriu, pesaroso -; a primeira vez que fiz a tristeza sumir de seus olhos... E não ter sido o causador dela.

Aquilo me derrubou. A sinceridade tão sofrida na voz dele doeu mais do que se tivesse me agredido fisicamente. Sei que ele não queria me ofender, e não tinha. O que me doía era a tentativa de pensar em como tinha sido sua vida até ali... Todas as decisões erradas que foi obrigado a tomar, todo o amor que lhe foi negado... Não conseguia pensar em palavras que servissem para consolá-lo. Simplesmente não havia.

Fitei seus olhos, examinando aquelas íris cinza que continham tantos segredos, tantos sentimentos confusos e, ainda assim, com um questionamento muito claro: o que você realmente sente?

Encorajada pela vontade de mostrá-lo que era amado, que EU o amava, passei a mão por sua nuca, trazendo sua boca á minha e, com os lábios bem próximos, ordenei.

— Não quero que pense nisso nem mais um minuto.

Ele pareceu um pouco surpreso com meu tom de voz, mas a confusão se foi tão rápido quanto tinha aparecido, sendo substituída por um sorriso.

— Como quiser.

Ele inclinou o corpo para frente e me beijou, devagar. Sorri internamente, enquanto uma sensação cálida surgia em meu coração, se espalhando rapidamente pelo corpo, até as pontas dos meus dedos, que percorriam sua nuca. Mesmo já estando acostumada com a sensação familiar de seus lábios sobre os meus, era sempre algo novo. Sempre um novo choque, uma sensação que se renovava e me fazia sentir que nunca tinha o suficiente, desejando sempre mais.

Quando o ar faltou, ele se afastou, me observando. Tocou uma mecha do meu cabelo, os dedos acompanhando-a até repousar no meu ombro. Afastou ligeiramente a alça do meu vestido, causando uma leve fricção em minha pele. Soltei um suspiro. Com os olhos fechados, me aproximei novamente dele, encostando minha testa na sua.

— Ah Hermione, você é tão linda... – sussurrou. – Eu... Eu não sei o que... Ah, Merlin! – me beijou novamente, dessa vez mais exigente e faminto, despertando em mim uma sensação de necessidade e desejo. Um desejo primitivo, que estava me enlouquecendo. – Por favor... Eu não posso mais suportar isso... Não consigo mais suportar esperar... – seus dedos que estavam no meu ombro se dirigiram até as minhas costas, encontrando o fecho do meu vestido. Com deliberada lentidão, começou a descê-lo, marcando a fogo cada região da minha pele que tocava. – Me diga que posso fazer isso. Que posso fazê-la minha. Porque eu preciso que você seja minha.

A esse ponto sua voz havia se resumido a uma súplica. Seus lábios friccionavam os meus, enquanto sentia seus dedos retesados na base do fecho, esperando minha resposta. Delirante, consegui apenas suspirar.

— Por favor... Me ame.

Mal vi seus movimentos. Sua boca se fechou sobre a minha, ao mesmo tempo em que seus braços me erguiam. Rapidamente alcançou a cama, me deitando quase com reverência, nunca desviando os olhos dos meus. Continuou em pé, ao que parecia travando uma luta com suas roupas. Praticamente rasgou os botões da camisa, revelando seu peitoral, que, apesar de já ter visto, me fez corar levemente.

Nesse momento, notei o volume em suas calças e me dei conta do que estava prestes a fazer. Claro, ainda queria, mas só ali pensei “É a minha primeira vez...”. Soltei um risinho nervoso, tanto pela cena de Draco praguejando seu cinto, quanto por nervosismo. Pensei que passaria despercebido, mas ele parou seu movimento no mesmo instante e olhou para mim.

Acho que o terror estava estampado em meu rosto, pois ele suspirou e veio se sentar ao meu lado na cama.

— Hermione... Você realmente quer fazer isso? Olha, se você não estiver pronta eu...

— NÂO, não é isso! – interrompi-o, vendo a tristeza em seus olhos – Eu só estou... Um pouco insegura. Digo, é minha primeira vez e... Ah, eu não sei bem o que fazer. – admiti, um pouco envergonhada.

Olhei para ele, realmente sem-graça, e encontrei-o com um sorriso bobo no rosto. Revirei os olhos.

— Sério? Eu aqui, nervosa, e você achando graça?

— Herms... Eu não estou achando graça. – falou, com um sorriso maior ainda. – O problema é que você realmente não faz ideia de como fica ainda mais linda envergonhada, com as bochechas rosadas. – passou os dedos carinhosamente pela região corada. – Minha irritante sabe-tudo. – brincou, me fazendo sorrir.

— No entanto, se está se sentindo nervosa, creio que devo acalmar a senhorita. – se levantou e, com inúmeros floreios, estendeu a mão para mim. Um pouco confusa, aceitei e me levantei. Ele passou o olho por mim, parecendo me examinar. – Bem, vejamos, a dama diz se sentir insegura, no entanto, este pobre senhor não sabe dizer com relação a que. Por exemplo, vejam este pé! – apontou para meus pés descalços, como se estivesse anunciando a rainha da Inglaterra. – Este pé tão gracioso e dedos tão pequenos que faz qualquer um ter vontade de se ajoelhar e beijá-lo.

Falou isso com tanto fervor que me fez rir. Era a coisa mais sem-noção que já tinha ouvido. Ele levantou a cabeça para mim, os olhos uma mistura de brincadeira, desafio e luxúria.

— Ah, a senhorita ousa rir de mim? Pois devia passar a observar seu pé melhor e verá que tenho razão. Mas agora observe suas mãos! – pegou minhas mãos nas suas e passou os dedos pela palma. – Não há palavras para expor tamanha beleza, além da total habilidade que certamente possuem. Meu nariz que o diga. – depositou um beijo em cada uma, e eu ria sem parar, já sem nervosismo.

— Ah, mas vejam isto também. – segurando uma mão, me rodopiou, fazendo com que eu parasse com as costas encostadas em seu peito. Ainda ria quando ele começou a falar em meu ouvido. – Vejam este lindo pescoço a mostra... Implorando pela minha atenção. – mordeu o lóbulo e desceu para minha nuca, depositando beijos longos na base do pescoço, a língua percorrendo a clavícula.

Seus braços, que estavam fechados ao redor do meu quadril, subiram até os meus ombros, e, ao levantar as alças do meu vestido, começou a despi-lo.

Senti o tecido percorrer meu corpo, enquanto cada parte das minhas costas nuas se grudava ao seu peito, causando um choque que me fez suspirar, mas não me afastei. Assim que o vestido caiu aos meus pés, os braços de Draco voltaram a se fechar ao redor dos meus quadris.

Já não usava a parte de cima da lingerie, de forma que meus seios ficaram expostos, sentindo o ar da noite contra eles, o que me fez me sentir bem... Me sentir feminina. Percebendo que estava relaxada, Draco deslizou a mão até um dos seios, apertando-o delicadamente. Um arquejo de prazer escapou dos meus lábios, assim como dos dele, fazendo com que ondas de desejo percorressem todo meu corpo até se acumularem entre minhas pernas.

— Sim... Não tenho como descrever sua perfeição. – deslocou mais uma mão, estimulando com a palma meu outro seio, já túrgido. – E não ouse discordar de mim.

Com isso, começou a massagear ambos os seios, em um ritmo tão deliciosamente torturante que minhas pernas falharam. Minha cabeça pendeu para trás, sendo sustentada basicamente pelas mãos do loiro que, cedo demais, pararam o movimento, se acomodando nos meus quadris. Um gemido de protesto foi tudo o que consegui produzir, enquanto Draco me girava de frente para ele, sem nunca afastar as mãos. Ao pousar os olhos em mim, um sorriso terno brotou em seu rosto, contrastando com seus olhos, escurecidos pelo desejo, conferindo-lhe o ar de uma criança travessa. No entanto, a ereção que sentia se insinuando próxima a minha barriga demonstrava que o momento não tinha nada de infantil.

Umedecendo os lábios, perguntou com a voz rouca.

— Tenho permissão para prosseguir, milady? – levantou uma sobrancelha, tanto inquisitiva quando brincalhona. – Confia em mim para isso?

Mesmo tentando parecer calmo, percebia a ansiedade em seus olhos, seu corpo; o quanto estava se controlando, o quanto queria aquilo. Assim como eu. Sei que isso não estava em discussão, mas não queria decepcioná-lo. Não, eu tornaria aquilo inesquecível. Para nós dois.

Dei um sorriso que acreditava ser o mais sedutor que tinha.

— Mas creio que essa calça irá nos atrapalhar, não acha? – pousei as mãos em seu peito.

Os olhos dele brilharam.

— Estava pensando a mesma coisa.

Em movimentos rápidos, a peça desapareceu, passando a ter como barreira entre nossos corpos apenas o fino tecido da minha lingerie. Draco sorria, dando passos em direção á cama, enquanto eu tentava não prender os olhos em seu membro, tanto para não deixa-lo com o engo inflado, quanto porque... Bem, sentia que começava a corar. E violentamente.

Ao sentir a madeira da cama contra minha canela, ele passou os polegares pela alça da última peça restante.

— Se me permite.

Desceu o tecido lentamente, percorrendo os dedos por toda a extensão das minhas coxas, intensificando os choques em meu corpo. Agora, completamente nua, Draco me acomodou em seu colchão, rapidamente subindo na cama, engatinhando como um gato selvagem, até estar sobre mim. No primeiro instante, senti o peso dele sobre o meu corpo, me prendendo contra o colchão, cada centímetro da sua pele grudada á minha. Mas logo ele se apoiou em seus cotovelos, mantendo-se alguns centímetros acima de mim. Seu olhar capturou o meu, e o olhar terno de antes reapareceu.

— Olá.

Soltei uma leve risada.

— Olá.

Fiquei olhando para ele: os cabelos caídos sobre o testa, os lábios finos, levemente inchados, seus ombros largos acima de mim e os braços fortes ao meu redor, como uma fortaleza... Senti que podia ficar ali para sempre.

Ele sorriu novamente.

— Só isso? Nenhum comentário esperto e impertinente de última hora? – levantou uma sobrancelha.

— Nhah, não. É melhor eu não te humilhar com meu intelecto agora. Quem sabe depois? – respondi, atrevida, meus dedos procurando o caminho até seus cabelos.

— Ah, então é assim Srta. Granger? Pois bem. Esse comentário deve ter sua devida punição.

Retrocedeu um pouco, de forma a ficar no mesmo nível que meus seios.

— Tem sorte que sou benevolente.

Me arrancando uma última risada, levou a boca a um dos seios, passando a língua ao redor do bico. Minha risada se transformou em um gemido, surpresa pelo crescente prazer. Draco fechou os lábios ao redor do mamilo, enquanto utilizava as mãos para provocar o outro. Continuou a provocação até meus gemidos quase evoluírem a gritos, parando por uns instantes, para logo provocar o outro mamilo com seus lábios.

Quando pensei que não poderia mais aguentar de desejo, ele moveu a boca em direção á minha orelha, traçando círculos preguiçosos com a língua na região sensível abaixo do lóbulo, logo movendo sua atenção para o pescoço, onde esfregou carinhosamente o rosto.

Nesse momento, uma de suas mãos deixou o posto de sustentação, o dedo indicador percorrendo minha clavícula, o vale entre os seios, minha barriga, até chegar á área sensível ente minhas pernas. Arfei, sentindo-o sorrir contra meu pescoço. Seus dedos foram ainda mais embaixo, provocando minha feminilidade, gerando espasmos e gemidos.

— Ah, Draco... – arfei, delirando com aquela sensação, também sentindo sua respiração instável contra minha pele.

— Você gosta quando eu a toco assim? – perguntou, roucamente.

Pude apenas balançar a cabeça, freneticamente, enquanto mordia os lábios.

— E que tal assim?

Remexeu um dos dedos pela carne sensível, enquanto introduzia outro dedo dentro de mim. Arqueei o corpo, estremecendo de desejo. Gemidos escaparam dos meus lábios quando ele introduziu outro dedo, passando a massagear a região com o polegar.

— Ah Merlin... Você está tão molhada...

Meus arquejos foram abafados por seus lábios, que cobriram minha boca, devorando-a. Minhas mãos se deslocavam por toda a extensão de suas costas, arranhando-o, sentindo cada músculo, enlouquecendo com os espasmos que eram enviados para todos os meus membros.

Interrompeu o beijo, passando para o meu queixo, mordendo-o. Nisso, senti sua outra mão se mover, dessa vez afastando minhas pernas. Joguei a cabeça para trás, oferecendo meu pescoço, ao sentir sua virilidade se acomodando entre meus quadris.

— Isso pode doer um pouco, você sabe... No início.

Mesmo em meio aquele torpor, consegui rir levemente.

— Não sou tão ingênua, Draco. Eu só... Preciso de você. Agora.

Ele segurou meu queixo, movendo minha cabeça de modo que o encarasse.

— Eu te amo.

Minha resposta foi abafada por sua boca, que novamente desceu sobre a minha. Seus dedos saíram, sendo rapidamente substituídos por seu membro, quente e rijo, na entrada. Empurrou-o para frente, lentamente aprofundando. Mas seus lábios, famintos e exigentes, me distraiam de qualquer dor que eu pudesse sentir, permitindo que me entregasse, sentisse a pureza e a alegria do momento.

Então, ele impulsionou para frente, arremetendo até o fundo, fazendo com que meus sentidos parassem de funcionar por uns instantes. Notando minha súbita paralisia, Draco se interrompeu, me sondando.

— Está tudo bem?

Após alguns segundos, assenti com a cabeça.

— Eu... Sim.

Ele se mexeu levemente.

— Mesmo?

Assenti novamente.

— Só é... Diferente.

Ele suspirou, quase em alívio. Quanto á mim, tentava me acostumar àquela sensação. Não era dor, mas estranhava a invasão. Draco permanecia parado, e percebia que todos os seus músculos estavam retesados, tentando não se mover.

Após alguns segundos, mas que pareceram uma eternidade, senti meu corpo relaxar, substituindo a estranheza por uma crescente sensação... De prazer. Ao perceber isso, começou a mexer seus quadris, gemidos roucos escapando por entre seus lábios, progressivamente aumentando o ritmo das estocadas.

Eu me contorcia de desejo embaixo dele, meus arquejos parecendo incentivá-lo ainda mais. De súbito, ergui os quadris de encontro aos seus, enquanto ganhava mais e mais ritmo, movida não apenas pela excitação, mas também pela paixão que inflava em meu peito. Naquele momento, eu pertencia a ele, e ele pertencia a mim. Nada mais importava.

As mãos de Draco pareciam estar por todo meu corpo. Estocava incessantemente, enviando choques cada vez mais intensos. Sentia que estava perto do clímax. Olhei para ele e vi que estava com os olhos levemente fechados, imerso em um torpor assim como eu. No entanto, parecia também um pouco torturado. Seus arquejos se tornaram quase sofridos.

— Hermione... – ofegou – Eu não sei se posso... Segurar mais.

Eu apenas movia a cabeça de um lado para o outro, os olhos fechados.

— Não pare. Apenas não pare. Estou perto...

Respirava rapidamente, apertando os ombros dele enquanto movimentava os quadris.

— Hermione... – Draco implorou.

E aconteceu. Gritei seu nome enquanto todo meu corpo enrijecia de prazer, espasmos violentos indo para todas as direções, alcançando meu ínfimo. Minha respiração falhava, meus olhos fechados, incapaz de me mover. Senti Draco mergulhar mais uma vez dentro de mim, pronunciando ardentemente meu nome enquanto explodia de prazer. Completamente sem forças, seu corpo despencou sobre o meu.

Mesmo me esmagando levemente, era reconfortante tê-lo ali. Afastando o cabelo que caía sobre seus olhos, visualizei-o, suado e cansado. Mas sabe... Vê-lo deitado sobre mim, tão ofegante, tão entorpecido pelo prazer que teve... Comigo, fez meu amor por ele crescer ainda mais. Não pude explicar. Apenas senti. Senti que poderia ficar daquele jeito para sempre. Senti que queria ficar ali para sempre.

Mas logo ele retirou o peso, se deitando ao meu lado na cama, já mais estável. Apoiou o queixo em uma das mãos e se pôs a me observar.

— Que foi? – perguntei com uma risada.

Ele deu de ombros.

— Apenas pensando.

Ficou em silêncio por um momento, os olhos tão intensos que senti que liam tudo o que se passava na minha cabeça.

— Sabe Hermione... Por muito tempo, eu achei que nunca iria encontrar amor... Alguém que eu confiasse e confiasse em mim, que me apoiasse e me fizesse sorrir, que me protegesse e eu quisesse proteger com a minha vida... Que eu sentisse prazer meramente por olhar para os lábios... Isso porque eu sabia que nunca deixaria de te amar, mas também sabia que você nunca corresponderia, nunca deixaria de me ver como um patife... Mas por Merlin Hermione, isso é tão surreal; ter você aqui comigo... Ter acabado de possuí-la, de fazê-la minha... Eu...

Me movi para frente e depositei um cálido beijo em seus lábios. Ele enlaçou minha cintura e me trouxe ainda mais para perto. Era quase impossível lembrar de uma época em que eu o odiava. E, sinceramente, eu não queria. Queria apenas senti-lo ali comigo. Sentir que ele era meu.

Quebrei o beijo, olhando em seus olhos.

— Sei disso Draco. Eu sinto essa sensação no meu peito. Uma coisa tão sufocante e, ao mesmo tempo, reconfortante, como se... Ah, não sei explicar. Só sei que não quero que vá embora.

Sorrindo, depositou um beijo em minha testa, me acomodando em seus braços.

— Então somos dois.

E ali, embalada por sua respiração, fechei os olhos, um sorriso brotando em meus lábios enquanto dormia ao lado não do garoto, mas do homem que amava.


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Notas finais do capítulo

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