Dramione - Start a Fire escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 19
... For Damage


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas lindas!!!!!! Quanto tempo, não? Então, eu sei que esse capítulo talvez esteja um POUQUINHO grande demais, mas é que eu não consegui achar o ponto certo de dividir, então eu pensei "por que não deixar ele do jeito que está?"
Bom, espero que gostem!!



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E foi assim. Eu simplesmente perdi o cargo de chefe... E isso foi incrível! Tipo, eu meio que não SUPORTO ficar encarregada dessas coisas. Pelo menos se der errado, eu não vou ser culpada – Gina, te amo!

De qualquer forma, devo admitir que melhoramos muito depois que Gina assumiu o controle. Finalmente eu e Draco conseguimos resolver o problema dos convites e, modéstia a parte, eles ficaram lindos! Fizemos uma máscara preta com alguns detalhes em branco nos cantos, e, quando os convidados colocam a máscara, a mensagem do convite aparece em letras douradas retorcidas, como se ela estivesse debaixo d’água, cercada de neblina. Assim, parecia que tinha mesmo uma mensagem gigante na frente deles.

E aquelas semanas foram realmente divertidas. Luna quase sempre aparecia com marca de massa seca no nariz, e Hannah chupando chocolate dos dedos. Simas não parou de explodir o castelo, mas as explosões agora eram menores – assim como seu cabelo. Neville não tinha mais olheiras, e sempre trazia amostras de flores para aprovarmos, e vou te contar, eram tão lindas que foi quase impossível escolher.

Até o dia do baile, fomos a Hogsmeade umas três vezes. Já havia começado a nevar, e nunca, nem nos meus sonhos mais loucos imaginaria que faria guerra de bolas de neve com Draco.

– Hey, você trapaceou! – protestou, limpando a neve de seu casaco.

– Talento mudou de nome? – retruquei de trás de uma árvore, ficando fora de mira. Era o dia do baile, e como nós passamos aqueles dois meses organizando tudo, não tivemos tempo para nós mesmos. Então Minerva liberou uma última visita ao povoado para comprarmos nossas roupas.

– Posso perguntar qual de nós aqui faz parte do time de quadribol? – debochou.

– E qual de nós não está conseguindo desviar de nenhuma bola de neve, senhor apanhador?

– Ah, então você quer provocar? Pois saiba que desafiou o mestre! – depois disso veio o silêncio.

Estranhando, saí lentamente de trás da árvore que estava e não vi ninguém. Mas onde...

– HÁÁÁÁÁÁÁ! – gritaram atrás de mim. Na boa, meu coração derreteu, era o meu fim.

Virei na velocidade da luz pra trás e dei de cara com Draco, curvando as mãos como se tivesse garras e se jogou em cima de mim, derrubando nós dois no chão. Estava tão em choque que nem me toquei da posição que estávamos. Enquanto ele ria, eu olhava paralisada para cima, e do nada estourei.

– SEU RETARDADO! QUER ME MATAR DO CORAÇÃO?! – gritei, dei tapas em seu ombro, dessa vez querendo que doesse. Mas acho que não fiz nem cócegas, já que ele continuou rindo.

– Ah, que bonitinha ela fica com raiva! – apertou minha bochecha, e, irritada, balancei o rosto.

– Não, não teve graça, eu me assustei de verdade. – protestei, completamente mole de susto.

Acho que a forma como falei foi realmente sofrida, já que Draco progressivamente foi parando de rir até que passou a me olhar sério. NESSE momento eu me dei conta da nossa posição. E – depois de um susto que quase me levou a falecer - eu me senti... Protegida. Certo, aquela não era a posição mais intencionalmente protetora do mundo, mas, na verdade, só ter ele ali já me acalmava.

Comecei a relaxar aos poucos, enquanto ele respirava pesadamente acima de mim. Esticou o braço, tocando meu rosto ternamente, e eu recostei ainda mais minha cabeça em sua mão.

– Não vou deixar nada acontecer a você Hermione. Nunca. – sussurrou.

– Draco... Você não precisa lutar sozinho. – sussurrei de volta, enlaçando sua mão.

Sorriu. Tomou fôlego, parecendo prestes a falar algo, mas logo soltou a respiração e sorriu novamente, começando a descer a cabeça em direção a minha boca...

– AÊ EXIBIDOS! ESTAMOS AQUI PRA FAZER COMPRAS, NÃO VER VOCÊS SE PEGAREM! – Blásio gritou, alguns metros adiante. Draco foi direto e afundou a cabeça no meu ombro. Cansado, levantou depois de alguns segundos e gritou de volta.

– BLÁSIO, SUA GAROTINHA, POR QUE NÃO VAI COMPRAR UM PAR DE SAPATOS E DEIXA A GENTE EM PAZ? – me ajudou a levantar.

– BOA IDEIA! SERÁ QUE TEM PRATA? RESSALTA A COR DOS MEUS OLHOS! – deu uns pulinhos. Draco revirou os olhos e me guiou pela mão até Blásio. Ao nos aproximarmos, abaixou o tom de voz. – Agora sério, deixa a pegação pra cama. Mas Mione, já que a loirinha aqui não sabe nem vestir as calças direito, é melhor você usar o abaffiato. Hannah e Luna não são obrigadas a ouvir as aventuras de vocês. – piscou.

– O QUE? EU NÃO... – comecei desesperada, roxa de vergonha. Blásio deu de ombros e entrou na loja, me deixando com um Draco quase enfartando de rir.

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Bom, apesar de ter ficado MUITO constrangida com o comentário DESNECESSÁRIO de Blásio, entrei na loja, me separando dos dois sonserinos logo na entrada e me dirigi para a área dos vestidos, os quais, notei, eram incrivelmente, hã... Criativos... De penas e lantejoulas e... Aquilo seriam chifres?

Encontrei Gina no meio da arara mais normal que havia ali. Ela passava as mãos com agilidade pelos cabides, quando parou em um e se virou de supetão para mim.

– Achei. – lentamente abriu um sorriso. Não sei por que, mas aquilo me deu medo – mentira, sei sim.

– Achou... O que?

– O seu vestido, claro! Dãh! – riu, pegando o cabide que segurava.

– Olha, realmente não é preciso Gina... Ah, é preciso sim!

Calei minha boca quando pus os olhos no vestido. Não era nada extravagante ou ousado demais – e era o que eu esperava, vindo de Gina.

– E entããããão? – levantou as sobrancelhas sugestivamente, balançando o vestido á minha frente. Revirei os olhos e peguei-o de sua mão, recebendo um sorriso triunfante da ruiva.

– Agora vamos ver o meu. – me agarrou pela mão e se enfiou dentro de um provador que, olhando por dentro, parecia uma fábrica de purpurina, de tantos vestidos brilhantes que já estavam malocados lá dentro. Vendo aquilo, soltei um longo suspiro e, me afundando em uma saia de plumas ou sei lá o quê, falei:

– Tudo bem, comece a tortura.

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Depois de ficar trancada uma hora dentro do provador, saí de lá completamente descabelada e já com rugas, ao lado de uma Gina radiante. Do lado de fora, encontramos os garotos jogados de qualquer jeito pelo chão da loja – Simas babava perto de um vaso de plantas. Luna e Hannah conversavam em um canto.

Resumo: Gina surtou quando Rony reclamou da demora, com um discurso sobre garotos serem insensíveis, que nós tínhamos que ficar bonitas, e isso levava tempo – essa parte ela quase gritou, fuzilando Harry. Depois se recusou a ir na mesma carruagem que eles. Draco ficou feliz? Não. Eu fiquei feliz? Não. Gina quase morreu? Sim. Mas ainda assim, Draco foi empurrado dentro de outra carruagem, enquanto eu, admito, me acabava de rir de seus protestos – “Sua fresca... Você e o Potter se merecem... Só podia ser uma Weasley!”

Dentro do castelo, encontrei-o de raspão, sendo puxada por Gina para meu dormitório – que ela se auto convidou para ir -, resmungando alguma coisa sobre termos apenas cinco horas pra nos arrumarmos, com Luna e Hannah a reboco. Ok, eu sei que ninguém deveria saber onde é o dormitório dos monitores, mas Gina não contaria pra ninguém. Tudo certo.

Não, mas o mais engraçado foi ela ter proibido Draco de ficar no dormitório por mais tempo do que o necessário para tomar banho, pegar suas coisas e ir se arrumar com Blásio na Sonserina. Só peguei o início do palavrão, mandando um beijo para ele em meio á risadas.

Corremos igual loucas pelos corredores – Gina queria porque queria chegar antes que Draco. Estávamos quase lá e, ao virarmos a esquina do corredor, demos de cara com Gilderoy.

– Ah, senhoritas, por que a pressa?

– Briga territorial, senhor. – Gina respondeu apressada, com um leve toque de ironia na voz na parte do “senhor”.

– Entendo. – falou com cara de “não entendo” – Mas eu só preciso dar uma palavrinha com a senhorita Granger.

Gelei. Geralmente nossas conversas não eram muito animadas.

– Não quero ser mal-educada professor, mas vai demorar? – Gina tentou enquanto eu apertava sua mão tentando dizer “ME TIRA DESSA!”.

– Vou devolvê-la antes que chegue ao quarto. – sorriu.

A ruiva olhou para mim se desculpando com os olhos e, junto com as outras, entrou. Suspirando, me voltei para Lockhart.

– Olha, eu sei que dei mancada várias vezes, mas já faz dois meses que nada acontece, então o que você quer?

Abandonando o sorriso, Gilderoy se empertigou e respondeu, um pouco ríspido.

– Não vim aqui dar lição de moral, se é o que espera Srta. Apenas vim pedir que preste atenção hoje, assim como o Sr. Malfoy. O fato de não ter voltado a acontecer incidentes não é motivo para... “Dar mancada”, não é? – então voltou a sorrir e andando lentamente, comentou, olhando para uma das inúmeras tochas na parede. – Como é belo o fogo, não é? Elfos prestativos! – e sumiu pelo corredor.

Mesmo sabendo que ele já não estava mais lá, fiquei olhando para o final do corredor, com uma cara, tenho certeza, de retardada.

Certo... Que doidera era aquela? Elfos? Fogo? Era um código Morse?

Ah, DROGA! Não, não era nada. Não podia ser. Estava tudo bem, eu estava sendo cautelosa. Não, eu trabalhei igual uma maluca pra que esse baile acontecesse e pra chegar viva até ele. Não seria um aviso completamente sem nexo que estragaria minha noite, e muito menos a de Draco. Estávamos tendo cuidado e isso era tudo, não era preciso que ele pedisse.

Decidida, saí marchando e entrei no dormitório, já ouvindo gritos sobre quem usaria a banheira primeiro. Sorri, aliviada de verdade por minhas amigas estarem ali. Pelo menos uma coisa continuava normal.

– EI, A BANHEIRA É MINHA, EU VOU ENTRAR PRIMEIRO! – meio gritei, meio ri, subindo as escadas correndo até meu quarto.

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Não me reconheci ao olhar no espelho. Tive que dar várias voltas em frente a ele antes de me tocar de que sim, era eu ali, e eu estava...

– Linda. – Gina surgiu atrás de mim, apoiando a cabeça em meu ombro. Ri pelo nariz.

– Claro, eu SOU linda, lembra? – balancei os quadris, fazendo-a rir, se agarrando em mim para não cair.

O vestido que Gina havia me mostrado tinha servido perfeitamente. Acho que não teria achado algo tão bonito se tivesse ido sozinha, considerando que a ruiva é uma expert em moda – ou seja, tudo o que eu não sou.

O vestido não possuía mangas ou decote, com um corte em U. A parte de cima tinha transparência, com vários detalhes floridos bordados em verde e algumas pedras prateadas espalhadas. Logo abaixo dos seios, uma faixa verde com diversas marcas de listras descia até a região da cintura. Junto ao final da faixa, uma saia curta descia até um pouco mais que a metade da coxa, e outra saia mais longa, também junta ao final da faixa, descia até os pés. Nessa saia, o desenho era dividido em grossas listras verticais em verde, e outras transparentes com flores bordadas, como a parte de cima.

Tinha simplesmente amado aquele vestido. Girava com ele pelo quarto, me sentindo a Cinderela. Meu cabelo estava preso em um coque desarrumado, com fios caindo pelos lados, deixando aparecer os brincos prateados que usava. A única coisa que faltava era pôr a máscara – preta, toda de renda -,mas ela poderia esperar.

– Sempre modesta. – Gina revirou os olhos. – Mas sinto te informar que talvez fique ofuscada por minha sensualidade.

Aí sim! Aquele vestido era o que deveria se esperar de Gina Weasley. Querendo ousar – como sempre -, em meio aos trezentos milhões de vestidos que me causaram alergia a glitter, a ruiva escolheu um branco, com decote em coração que realçava ainda mais seus seios. Na região lateral da cintura, um ponto brilhoso se expandia para várias direções, criando várias faixas brilhantes pelo vestido, sumindo lentamente á medida que se aproximava da área do joelho. Na coxa esquerda, uma fenda se abria – e tinha crise de risos ao imaginar a reação do Harry, mas ok.

Seu cabelo estava preso de lado, deixando o pescoço a mostra, com uma presilha prateada logo acima da orelha, para que o cabelo ficasse todo para o mesmo lado.

– Talvez QUALQUER coisa fique ofuscada pelo surto que Rony vai ter. – alfinetei. Gina estalou a língua.

– Rony não tem que achar nada. Eu gostei do vestido, eu vou usar, ponto final.

– Então acho melhor descermos. Estamos o que, meia hora atrasadas? – Luna se pronunciou, levantando da cama.

– Quarenta e sete minutos e trinta segundos, mas quem é que está contando? – olhei para o meu pulso, como se estivesse com um relógio.

– Há, nós não estamos atrasadas. Os outros é que estão adiantados. – Gina pronunciou. Jogou o cabelo de lado e saiu andando, arrancando risadas de todas. Luna saiu atrás, e eu já ia segui-las, quando olhei para trás e vi Hannah sentada na cama, alisando o vestido, parecendo estranha.

– Hannah? – chamei, fazendo-a olhar para mim. – Está tudo bem?

Ela demorou um pouco para responder, parecendo ponderar sobre alguma coisa. Por fim, se levantou e sorriu.

– Claro. Vamos, temos um baile pra ir. – colocou sua máscara, dourada, e seguiu comigo. Estranhei sua reação, mas o que não estava estranho, não é? Dando de ombros, coloquei minha máscara.

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Hora da confissão: quase enfartei quando entrei no Salão e dei uma boa olhada na nossa obra completa. Estava tudo MARAVILHOSO! O gelo encobria tudo, desde as colunas até o teto, onde o teto enfeitiçado mostrava um céu completamente estrelado, com diversos explosivinhos – obra de Simas, e admito, estava brilhante -, circulando por entre as estrelas, por vezes estourando e lançando uma chuva dourada sobre o Salão. Diversas mesas se espalhavam ao redor do Salão, deixando o meio livre. As mesas eram feitas de gelo, mas conforme se expandiam do meio para a borda, escureciam até atingir o preto. As cadeiras funcionavam da mesma forma, mas do meio para os pés. Sobre cada mesa havia uma flor escolhida por Neville: azuis com bordas pretas, vermelhas e brancas, amarelas e vermelhas... E continuava. A mesa de doces e afins se encontrava na cozinha, e na hora certa apareceriam nas mesas. Um palco estava montado ao fundo, e diversas pessoas já dançavam ao som de uma música que me parecia levemente familiar.

Não tive mais tempo de observar, já que Gina me chamou.

– Vou ali encontrar com Harry, tudo bem?

– Não, claro, vai lá. – sorri. Fiquei observando conforme ela se aproximava da mesa dos garotos, e quase esmaguei o dedo de Luna me controlando para não explodir de rir enquanto Rony ia do branco para o vermelho, e Harry atingia o roxo.

Mas a graça toda desapareceu quando desviei o olhar. Junto com Blásio em um dos cantos, encostado em uma das pilastras, estava Draco. Mesmo com a máscara, o reconheci, devido á massa de cabelos loiro platinado.

Sabe, considerando todos os livros que já li, e até por experiência própria, sempre achei que apenas o homem ficava paralisado ao cruzar os olhos por um salão e encontrar sua garota; que apenas ele ficava desorientado ao vê-la tão linda a ponto de doer o coração; que apenas ele chegava a pensar apenas em tirá-la da multidão e passar o resto da noite perdido em seus braços.

Naquele dia, naquele momento, aquela crença foi atirada pela janela, pois todos aqueles pensamentos se amontoaram em meu coração ao vê-lo, e tive que me esforçar muito para me manter de pé sem estar apoiada em alguém.

Draco vestia um terno essencialmente preto, com exceção da camisa social branca, que não diminuía o contraste com sua pele pálida. O paletó estava desabotoado, ainda mais afastado por suas mãos estarem nos bolsos, e a gravata comportadamente enfiada por dentro do colete, em oposição ao seu cabelo, que era uma bagunça organizada, como se tivesse acabado de acordar, conferindo-lhe um ar ainda mais sexy, algumas mechas caindo sobre a máscara preta.

Não me dei conta de que estava andando até ouvir Luna me chamar. Olhei para trás, para vê-la balançar a cabeça como se dissesse “nada”. Voltando para onde tinha visto Draco, percebi que agora ele me observava, o olhar completamente vidrado. Ignorando Blásio por completo, abriu um sorriso tanto enigmático quanto inocente, o que fez minhas pernas bambearem mais ainda.

Timidamente, abaixei a cabeça sorrindo, não antes de vê-lo retirar as mãos do bolso e começar a andar até mim, que estava, percebendo naquele momento, parada no meio do Salão.

Uma melodia começou a tocar, preenchendo meus ouvidos. Assim como as outras, essa também me era familiar. Ao levantar o olhar, Draco já estava na minha frente, levemente curvado e com a mão estendida.

– Será que a Srta. me daria a honra de conceder essa dança?

Ainda sorrindo, fiz uma pequena reverência.

– É claro, gentil senhor. – e segurei sua mão.

Mal fiz esse movimento e me vi grudada a ele, tão escandalosamente perto que tive que rir.

I know you've suffered

But I don’t want you to hide

It’s cold and loveless

I won’t let you be denied”

– Tem certeza de que sua intenção é apenas dançar? – ironizei, mas encostei a cabeça em seu ombro.

Soothing

I’ll make you feel pure

Trust me

You can be sure”

– Não sei se seria… Apropriado dar voz ás minhas intenções, Hermione. Um de nós poderia acabar ficando um pouco fora de controle. – sussurrou em meu ouvido. Surpresa, mas não constrangida, levantei a cabeça, observando seu sorriso.

I want to reconcile

The violence in your heart

I want to recognize

Your beauty's not just a mask

Sem aviso, segurou minha cintura e me levantou, girando comigo pelo Salão. Eu ria descontroladamente, segurando seus ombros, também ouvindo sua risada. Sabia que estávamos sendo observados, mas eu dava tanta importância pra isso quanto eu dava para a mosca que estava voando do lado de fora.

“I want to exorcise

The demons from your past

I want to satisfy

The undisclosed desires in your heart”

Voltei para o chão, me sentindo um pouco tonta, mas ainda assim segurei seu ombro e saí rodopiando pelo Salão, seguindo o ritmo.

“You trick your lovers

That you’re wicked and divine

You may be a sinner

But your innocence is mine”

– E o que está te impedindo? – perguntei, antes de dar um giro e voltar para os braços dele, dessa vez de costas. Sentia seu coração retumbar em meu ombro, e sua boca se encontrava perigosamente perto do meu pescoço.

“Please me

Show me how it’s done

Tease me

You are the one”

Está se insinuando, Srta. Granger? Ou apenas querendo me enlouquecer? – sussurrou novamente, roçando os lábios em minha nuca, fazendo meus pelos se arrepiarem.

I want to reconcile

The violence in your heart

I want to recognize

Your beauty's not just a mask”

– Talvez eu esteja apenas pedindo algo que eu já queria. – fechei os olhos, sentindo seus braços se fecharem ainda mais ao redor da minha cintura.

I want to exorcise

The demons from your past

I want to satisfy

The undisclosed desires from your heart”

O movimento parou, em contradição aos batimentos de seu coração, que senti acelerarem. Não percebi até onde tínhamos rodado até sentir os panos ao fundo do Salão passarem por cima da minha cabeça; estávamos na parte de trás do palco. Virei o rosto de forma a ver Draco. Sua boca estava levemente aberta. O preto da máscara ao redor de seus olhos realçava seu cinza azulado, que parecia ainda mais escuro, espelhando o desejo que sabia também estar estampado em meu rosto.

Please me

Show me how it’s done

Trust me

You are the one”

Não sabia o quão verdadeira era aquela afirmação que tinha feito, não até dizê-la em voz alta. E percebi que sim, era verdade. Eu o queria, e já havia um tempo que vinha pensando nisso, de forma que aquele Salão começou a parecer muito cheio, e aquelas roupas, sufocantes. Lentamente fui me virando de frente e, ainda olhando Draco, mordi o lábio inferior.

“I want to reconcile

The violence in your heart

I want to recognize

Your beauty's not just a mask”

Seus lábios desceram sobre os meus, pressionando-os sofridamente, demostrando a força que estava fazendo para se manter controlado. E aquilo estava me deixando ainda mais tentada. Levantei a mão e toquei seu rosto, sentindo-o suspirar em minha boca com o toque.

I want to exorcise

The demons from your past

I want to satisfy

The undisclosed desires from your heart”

– Hermione... Eu não posso... Não aqui... – repetia isso, com certeza mais para convencer a si mesmo do que a mim. Mas continuava com a boca sobre a minha, friccionando-a levemente.

– Draco... Eu preciso de você... – passei as mãos por seu pescoço. Não estava mentindo; estava no meu limite. Ele desviou a boca por uns instantes, para logo depois descê-la sobre meu pescoço.

– Herms... Você não sabe o quanto eu também quero isso... O quanto eu quero você... – depositou um longo beijo na base do meu pescoço, como se para confirmar o que acabara de dizer. – Mas eu não posso fazer isso com você dessa forma...

No entanto todas as suas ações o contradiziam. Sua mão subiu até meu cabelo e, após um pequeno esforço, soltou meu cabelo, levando a máscara junto. Senti os fios cobrirem meus ombros, e Draco traçar uma linha de beijos por todo meu pescoço até alcançar minha orelha, dando uma leve mordida no lóbulo.

Eu soltava baixos gemidos em seu ouvido, que eram o suficiente para enlouquecê-lo. Suas mãos foram descendo pelas minhas costas, até alcançarem meu traseiro, apertando-o de encontro a ele. Não conseguindo me controlar, dei um impulso e enlacei sua cintura com as pernas.

No entanto, mal senti seu corpo e tive que soltá-lo, pois um desocupado que eu nem sabia quem era afastou as cortinas e praticamente berrou meu nome.

– O que é? – respondi rispidamente, afastando o cabelo dos olhos para encontrar Blásio parado igual um idiota nos encarando. Quis estrangulá-lo.

– É... Potter está te procurando. – falou, com um sorriso cúmplice no rosto, olhando de mim para Draco e de Draco para mim. Nesse momento me dei conta de que estávamos, sim, em público. Minhas bochechas começaram a queimar e quis estrangulá-lo mais ainda.

– Certo, hã, ok, obrigada. – passei a mão pela saia do vestido, ajeitando-a. Quando vi que ele não se mexia, encarei-o um pouco mais fora de controle – e não do jeito bom. – Pode ir Blásio.

Draco endossou o... Pedido, por assim dizer, indo até o sonserino e empurrando-o de volta para o Salão. Depois de bater as mãos com se as estivesse limpando, plantou-as na cintura e se virou para mim.

– Agora entendeu o que eu quis dizer? Não vão nos deixar em paz, por mais que eu queira. – revirou os olhos e veio até mim. Suspirando – irritada -, me rendi.

– Certo. – também revirei os olhos e já ia sair para procurar Harry – e matá-lo também -, mas senti Draco segurar meu braço.

– Ei, não se preocupe. Ainda temos um quarto só para nós, não é? – sorriu de lado, e minha respiração ameaçou falhar.

Sorrindo de volta, coloquei minha máscara de volta e saí dali, antes que decidisse escutar meus pensamentos e o agarrasse novamente.

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Quase cometi assassinato. Harry só queria reclamar do vestido de Gina, que estava muito insinuante. Sim, mandei ele a merda. E sim, disse que ele gostava do que estava vendo, só não gostava que outros também estivessem vendo. Dei as costas e fui conversar com as garotas.

Eu fui um pouco dura com ele? Talvez. Mas qual é, ele tinha cortado a minha onda! E eu não gosto que cortem a minha onda, por mais que eu precise!

Bom, tirando meus problemas pessoais, a festa correu perfeitamente. Confesso que estava com um pouco de medo do que apareceria no meu prato na hora programada, mas se Gina tinha aprovado, dei um voto de fé. E não me arrependi; estava tudo delicioso.

Depois de fazer um pouco de esforço, reconheci que diversas músicas que estavam tocando eram trouxas. Concordei em ir para a pista de dança com minhas amigas, não antes de fazê-las praticamente implorar. Fiquei um pouco tímida no início, mas conforme as músicas iam ficando mais animadas, eu me soltava mais, ao ponto que cheguei a ficar com os cabelos grudados de suor.

Nos intervalos de várias músicas, olhava por entre a multidão e encontrava Draco sempre no mesmo lugar: sentado em uma mesa no canto, com os pés apoiados na mesa e sempre com o mesmo copo na mão. Toda vez que me pegava olhando-o, ele respondia com um sorriso sexy. Quando isso acontecia, tentava dançar de forma ainda mais provocante, querendo convidá-lo a levantar e ir dançar comigo. No entanto, ele apenas passava a língua pelos lábios, mordendo o inferior, e bebia um gole do líquido em seu copo – seria whisky?

Certo, eu entendia por que ele estava fazendo aquilo. Se fosse lá dançar comigo como eu deseja desesperadamente, com certeza perderíamos a linha. E eu era muito grata por ele estar fazendo aquele esforço para que nossa primeira vez fosse especial – sem contar que sim, também era a MINHA primeira vez. Ao constatar isso, simplesmente sorri de volta. Um sorriso inocente, e voltei a dançar.

Gina, vi pelo canto do olho, estava enlouquecendo Harry; ele tentava da melhor forma que podia dançar com ela – e acho que nunca o vi tão descontrolado -, e cobrir Gina.

Estava tudo maravilhoso naquele momento. Mas nada me surpreendeu tanto quanto o que aconteceu minutos depois.

Já tinha me acostumado a não lembrar das músicas e apenas aproveitá-las. Acabava de dançar uma música particularmente animada, suada dos pés a cabeça, já sem salto – eu arregaço fácil nesse quesito, me julguem. Quando olhei na direção onde sabia que Draco estaria, surprise motherfucker!, ele não estava lá. Comecei a olhar ao redor, um pouco preocupada. Certo, ele podia estar em qualquer lugar: ter ido pegar mais whisky ou seja lá o que estava tomando desde o início da festa ou ter ido no banheiro, não sei, mas fiquei um pouco assustada.

Nesse momento, notei, a música havia parado, e o que ecoou pelo Salão foi o som de um microfone, seguido pela voz inconfundível de Draco. Me virei para o palco e lá estava ele, ainda impecavelmente arrumado, apesar do que já tinha acontecido. Suas bochechas também estavam um pouco rosadas, não sei se devido á bebida – deixando registrado aqui que ele não estava bêbado -, ou se estava com vergonha. Só sei que ele parecia ainda mais atraente. Um pouco desajeitado, retirou sua máscara e a enfiou no bolso de dentro do paletó.

– Hã, isso aqui está funcionando, certo? Certo. – pigarreou, colocando a mão livre no bolso da calça – Então, boa noite. Espero que todos estejam aproveitando a festa. Se não, bom, problema de vocês. – ao dizer isso, arrancou risadas de todos, que o assistiam curiosos, assim como eu. – Talvez estejam curiosos do por que eu estar aqui em cima pagando esse mico e não no bar me embebedando – mais risadas, assim como a dele mesmo - Bom, eu estaria, se não tivesse uma garota aqui nessa festa que está me enlouquecendo. E eu espero que a esteja enlouquecendo também, pra ficarmos quites. – dessa vez eu também ri, pensando em como ele estava certo. – Bom, agora deixando as piadas de lado, eu tenho sim um motivo para estar aqui em cima. Depois de muitas noites em claro, eu... Merlin, isso é TÃO estranho, eu compus uma música pra ela. – colocou a mão na testa, apoiando o peso em uma perna. Olhei incrédula para ele. Música? Quando... Não acredito!... Era aquele trechinho escrito no caderno que bisbilhotei no dia do nosso beijo?

“Com a caderneta ainda na mesa, estiquei a mão e abri na primeira página, lendo a primeira estrofe do que parecia uma... Letra de música?”

Comecei a respirar mais rápido do que pretendia. Um sorriso se formou em meus lábios, meu coração inflando. Não sabia o que era exatamente, mas era uma coisa boa. Maravilhosa, na verdade. Ali, vendo ele passar o peso de uma perna para outra, mas determinado a permanecer lá em cima, tudo o que queria era derrubar todo mundo, subir naquele palco também e beijá-lo até sufocá-lo.

– Hermione. – chamou, me despertando de meus devaneios. Retirei lentamente a máscara, ainda chocada, enquanto todos abriam espaço, até que fiquei no centro de um círculo, com Draco olhando diretamente para mim. Após uma pequena pausa, respirou fundo e anunciou, com a voz rouca. – Eu te amo.

Tudo aconteceu junto: um coro de “ooowns” se misturou ao som de uma música que começou do nada, que se misturou ao som do meu coração que retumbava nos meus ouvidos. Tinha um sorriso permanente no rosto, e os olhos presos em Draco, que começava a andar no palco, balançando o microfone na mão. Eu conseguia apenas ficar lá, parada, com o coração inflando cada vez mais e mais.

“There’s gotta be another way out

I’ve been stuck in a cage with my doubt

I’ve tried forever getting out on my own”

Draco se mexia no ritmo da música, de forma inocente, mas que me deixou completamente acesa. Ele cantava com os olhos fechados, e eu prestava atenção a cada palavra que ele estava cantando.

“But every time I do this my way

I get caught in the lies of the enemy

I lay my troubles down

I’m ready for you now”

Sorriu para mim, me surpreendendo logo em seguida com a beleza de sua voz no refrão.

Bring me out

Come and find me in the dark now

Every day by myself I’m breaking down

I don’t wanna fight alone anymore

Bring me out

From the prison of my own pride

My God I need a hope

I can’t deny

In the end I’m realizing

I was never meant to fight

On my own”

A plateia estourou junto com a guitarra que seguiu. Passado o choque, também comecei a dançar com os outros. Estava realmente me controlando para não ataca-lo.

Every little thing that I’ve known

Is everything I need to let go

You’re so much bigger than the world I have made

So I surrender my soul

I’m reaching out for your hope

I lay my weapons down

I’m ready for you now”

Era incrível como ele estava ainda mais lindo. Seu cabelo já começava a grudar na testa devido ao suor, e nunca tirava os olhos de mim, a não ser para fechá-los.

Bring me out

Come and find me in the dark now

Every day by myself I’m breaking down

I don’t wanna fight alone anymore

Bring me out

From the prison of my own pride

My God I need a hope

I can’t deny

In the end I’m realizing

I was never meant to fight

On my own”

Então ele desceu do palco. Simplesmente desceu, e todos abriram caminho imediatamente. Retirou o paletó e jogou no chão, chegando cada vez mais perto, até estar a um palmo de distância, sendo o microfone a única coisa entre nossas bocas.

I don’t wanna be incomplete

I remember what you said to me

I don’t have to fight alone”

Encostou a testa na minha. Sim, eu me lembrava perfeitamente daquelas palavras. Lembrava perfeitamente de tê-las dito naquele dia mesmo, e senti vontade de puxar sua boca para a minha, e que se danassem os outros.

Bring me out

Come and find me in the dark now

Every day by myself I’m breaking down”

Se afastou novamente, apenas o suficiente para cantar a parte final da música.

I don’t wanna fight alone anymore

Bring me out

From the prison of my own pride

My God I need a hope

I can’t deny

In the end I’m realizing

I was never meant to fight

On my own”

Assim que a música acabou, jogou o microfone para o alto e veio até mim, agarrando minha nuca e, antes de finalmente realizar meu desejo, sussurrou, com a testa encostada na minha.

– Eu te amo.

E, antes que pudesse falar qualquer coisa, tomou meus lábios, na frente de todos. Sinceramente, eu não ligava pra mais nada, apenas para a sensação de seus lábios, se deslocando lentamente, quase como uma tortura. No entanto, ele se afastou rápido demais. Abri os olhos, contrariada, mas feliz, esperando encontrá-lo sorrindo. Mas o que encontrei foi um par de olhos preocupados, olhando para todas as direções.

Me assustei com aquilo. O que tinha acontecido? Estava tudo bem, tudo romântico. EU estava bem, por que ele estava preocupado com...

Parei de pensar quando ouvi um barulho. Um barulho que conhecia bem. Um barulho que me levou de volta á Mansão Malfoy, com Bellatrix Lestrange apertando uma faca contra meu pescoço. Um barulho de lustre sendo desatarraxado.

Olhei para cima junto com Draco, percebendo que estávamos bem debaixo de um, e que este começava a cair. Fiquei sem reação, ao contrário de Draco, que me agarrou e deu um salto para longe, segundos antes de o lustre atingir o chão e se estilhaçar, mandando cacos para todos os lados.

Nem senti quando um deles atingiu meu rosto, pois tinha outras preocupações: mesmo a decoração sendo essencialmente feita de gelo, um fogo começou a se alastrar por todos os lados. Ouvi gritos vindos de todos os lados, seguidos de passos apressados. Labaredas subiam até o teto, bloqueando o caminho para a porta. Olhei desesperada para Draco, que retirou a varinha da calça e lançou um “aguamenti” para a língua de fogo que avançou contra nós.

Poucas pessoas estavam com suas varinhas, de forma que o desespero foi muito maior. Não consegui achar nem Gina, Harry ou Ron no meio daquela bagunça. Havia fogo para todos os lados, e começava a desconfiar que se tratava de Fogo Maldito. Mas ainda sim, o que...

Nesse momento me lembrei de Lockhart... Como é belo o fogo, não é?...

Meu queixo caiu. Ele sabia. Gilderoy sabia. Como? E por que não tentou impedir? Melhor, por que não deu um aviso mais claro? Ficava me perguntando isso, enquanto minha cabeça era bombardeada com diversas suposições, uma mais maluca que a outra, ao mesmo tempo em que tentava correr, sempre segurando a mão de Draco. Mas não dava: estava muito desorientada para isso. Parei o movimento bruscamente ao bater o quadril em uma das mesas, chamando a atenção de Draco, que também parou de correr e veio me ajudar, o seu rosto sendo a personificação da preocupação.

Não queria chorar. Me recusava, assim como me recusava a me culpar por aquilo. Gilderoy não tinha sido nem um pouco claro, como eu ia saber que aquele comentário idiota significava que o baile acabaria em um incêndio? Abaixei a cabeça, lutando contra as lágrimas que eu teimosamente prendia. Draco se ajoelhou na minha frente.

– Hermione, temos que ir. – falou, parecendo tentar convencer a si mesmo disso. Levantei a cabeça, descrente.

– Ir aonde Draco? Olhe em volta, estamos presos. – abri os braços, abrangendo o Salão e o fogo que o destruía.

Draco expirou, derrotado, e se sentou ao meu lado.

– Sabe, foi um dia especial. – se virou para mim. – Foram meses especiais ao seu lado. Não me arrependo de nada. Só queria poder te salvar – sorriu triste. – Pelo menos pude dizer que...

– Eu também te amo. – soltei, inconscientemente. Foi quase como um grito vindo da minha alma, que deixei sair movida pelo medo, medo de perder Draco, e perder a chance de contá-lo meus sentimentos. E aquilo era a mais pura verdade. Não estava dizendo apenas no calor do momento. Eu realmente o amava, e queria que ele soubesse. Ele tinha que saber. – Eu... Eu te amo. – olhei para ele.

Draco me olhava em uma mistura de... Alegria, incredulidade e compaixão. Pegou minha mão e a beijou, colocando-a no seu colo em seguida.

– Herms... Olha, você não precisa se sentir obrigada a falar algo que não sente. Basta que você saiba que eu a amo e...

– Draco, eu nunca falaria algo que não sinto, e você sabe disso. Por favor, acredite, eu estou sendo o mais sincera possível ao dizer que...

– SAIAM TODOS!

Uma voz conhecida gritou, atraindo a minha atenção. Olhei para a porta e Minerva estava lá, junto com os outros professores, com exceção, não sei como notei isso tão rápido, de Lockhart. Lançavam feitiços para todos os lados, tentando apagar o fogo.

– SAIAM!

Levantei com a ajuda de Draco, mancando um pouco, mas ainda assim obedeci, correndo o mais rápido possível para fora do Salão, junto com uma massa de alunos desesperados. Mas mesmo com toda aquela bagunça acontecendo ao meu redor, só conseguia pensar em Lockhart, e como eu desconfiava de suas intenções. Aliás, de como eu desconfiava de tudo nele.


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Notas finais do capítulo

Então, pra quem tiver a curiosidade, as músicas desse capítulo são:
Undisclosed Desires - Muse
On My Own - Ashes Remain
:)



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