Time After Time escrita por Clarativa


Capítulo 2
Get It Right


Notas iniciais do capítulo

Link pra música: https://www.youtube.com/watch?v=Bw6C4HTfng0
Link pra ver a Érica: http://chicagofirepd.com/wp-content/uploads/2013/06/cfprofessionalcourtesy63279.jpg



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POV CLARA

Tô aqui sem conseguir me mexer , não sei o que houve comigo... não sei o que aconteceu com comigo... Marina, não sei o que houve com a Marina, mas pedir meu chão, pelo que estou vendo muita coisa mudou e agora diante dela nessa situação não sei como agir, não sei o que dizer, não sei o que perguntar, mesmo estando tão próximas depois de dois meses que pareceram ser anos percebo ela diferente, aquele brilho olhos que eu sempre amei não estão, sinceramente consigo ver apenas escuridão, alguém que esta perdida, tudo que eu quero agora é abraça-la e dizer o quanto à amo, mais ela nem precisa dizer nada para que eu entenda que ela não quer minha aproximação e olhando em seus olhos também vejo que algo mudou mais eu vou lutar por ela e não vou deixa-la desistir dela mesma e muitos menos de nós. Nós. Será se ainda existe nós?

POV MARINA


Meu deus depois de todo esse tempo tentei fazer meu coração aceita que pela primeira vez perdeu, perdeu algo que nem chegou à ter, mais vê-la aqui parada na minha frente não posso mais nega o quanto à amo pelo menos não posso mais mentir para mim, mais não à quero perto de mim por pena não à quero na minha vida por pena pois isso é tudo que consigo ver em seus olhos nesse momento, pena!

– Bom pessoal vamos lá da inicio à esse churrasco? - tentei disfarçar um pouco do meu choque ao ver a Clara e tratar tudo de forma natural

– Marina será se podemos conversar? - A voz dela saiu como um sussurro.

– Agora não Clara, temos um churrasco agora, outra hora talvez afinal tempo é o que não me falta agora.

– Eu sei o que você esta tentando fazer mais pode ter certeza de que não saio daqui sem termos uma conversa. - Ela foi firme na voz e eu segui com a cadeira de rodas.

FIM FO POV

Marina se manteve distante de Clara como pode, a morena sentou em uma das mesas e não tirou os olhos da branca. Aquela loira que chegou com Marina não sai de perto, Clara começava a se irritar. Ela viu Ricardo passar um tempo com a prima, Gisele e as outras meninas do estúdio também. Filipe conversou algumas coisas com a fotógrafa. E Clara não pode deixar de sorrir com Ivan mimando Marina, sempre ele ia até ela e perguntava se queria algo para beber, ou comer.

Em determinado momento, a loira conduziu Marina até o estúdio e depois voltou. Clara ouviu ela dizendo para Gisele que Marina pediu para descansar.

– Vai atrás dela. - Ouviu a voz de Helena. - Seu coração esta pedindo por isso. Então vai.

Ouviu as palavras de Leninha e entrou no estúdio. Marina esta no sofá, ela foi até lá. Clara caiu de joelhos na frente da fotógrafa, ele chorava de forma desesperada, ela colocou a cabeça no colo de Marina e os braços em volta da cintura, não parava de chorar, Marina afagou seus cabelos:

– É, pelo visto a culpa bateu forte. - Vanessa não perdeu a oportunidade de soltar seu veneno, ela olhava pela janela.

– Van, por favor, agora não é hora para isso. - Flavinha segurou no braço da ruiva. - Vem comigo. - Saiu puxando ela.

– Flavinha, me deixa ver o novo capítulo desse drama. - A ruiva reclamou.

– Anda, Vanessa, vamos comer alguma coisa e deixar as duas em paz. - Ela conseguiu arrastar Vanessa que reclama sem parar.

Depois de uns minutos o choro de Clara cessou e com os olhos inchado ela olhou para Marina.

– Senti tanto sua falta. - A morena falou.

– Também senti. - A fala de Marina era calma e um pouco distante.

– Me conta o que ouve.

– Eu bebi, bebi demais e estava filosofando, reproduzindo falas de Shakespeare e rolei escada a baixo.

– Você falou que foi há dois meses. Foi no dia que eu sai daqui não foi? - As lágrimas não paravam de descer no rosto dela.

– Não foi sua culpa. Eu estava triste, devastada, poderia sei lá, ter subido para o quarto e chorado pelo resto do dia, dirigido pela cidade sem rumo, ido dá um mergulho na piscina ou na praia e escolhi beber, encher. Não foi sua culpa, fiz uma escolha errada e estou sua sofrendo a consequência. - Marina parecia conformada com a situação.

– Mas eu não estou. Dois meses Marina, dois meses e olho como a gente se reencontra. Eu sonhei tantas vezes com esse momento e nem nos meus piores pesadelos eu imaginaria você nessa cadeira de rodas. Por que não avisou?

– Flavinha quis fazer, Gisele várias vezes disse que iria na sua casa dá a notícia pessoalmente. Eu não deixei.

– Você não deixou ou a Vanessa te coagiu?

– Vanessa não tem culpa. Pra dizer a verdade, no dia seguinte ela queria ir na sua casa te dá uma surra.

– Ela deveria ter ido. Com certeza ela é que tomaria uma surra, mas pelo eu saberia a verdade.

– Você pediu um afastamento radical. Respeitei a sua decisão. E... Clara, você também não ligou. Então qual a diferença se me entrou numa cadeira de rodas ou andando? Você também não mostrou se importar.

– Eu sei. E isso aí é minha culpa. Dois meses Marina. Eu deveria estar aqui. Deveria estar ao seu lado na ambulância de socorro, quando você recebeu a notícia... eu deveria...

– Não deveria nada. Não me deve nada. Você tem deveres com sua família, com seu filho e seu marido. Eu nunca te cobrei nada Clara. Mas, é verdade que eu quis muitas coisas de você e pena não estar na lista.

– Quis? Não quer mais?

– Quero. Mas, é tudo ilusão da minha cabeça, um sonho distante e impossível. Nesses dois meses eu senti muito sua falta e meu amor só aumentou, mas dia a dia eu vou aprendendo que a viver sem você. Viver não, sobreviver. Isso, eu vou sobrevivendo. Agora o que eu tenho são duas coisas, minha vontade de voltar a andar e meu trabalho.

– Foram os dois piores meses da minha vida. Meu casamento desandou de vez. E não teve Marina no meio para ninguém botar a culpa. Éramos eu e o Carlos Eduardo e falhamos. Eu nem fico mais em casa. Passo o dia na cada de Leninha, na da Ju, na Casa de Leilões ou em qualquer lugar longe do meu "marido". Mas, o único lugar que eu queria mesmo estar era aqui. É aqui. Não é pena. - Ela passou a mão nos rosto branco. - Eu deveria estar aqui por amor. Porque eu te amo. Eu tentei fugir e negar esse sentimento. Mas não estou aguentando. Não posso segurar mais. Ontem eu fui dormir, sabendo que te veria hoje e a única coisa que eu pensava era tomar você nos meus braços. Me perdoa? Me perdoa por todos os erros que eu cometi?

– Aí Clara, eu sempre quis ouvir isso. É claro que eu te perdoo. Mas... eu não quero mais me iludir.

– Não vai. Vou te provar dia a dia que te amo. Só preciso de uma chance Marina, é só o que te peço.

– Marina, esta na hora da medicação. - A conversa das duas foi interrompida. A loira que estava acompanhando Marina entrou e entrou a medicação para a cadeirante.

– Clara, essa é minha fisioterapeuta, Érica. - Clara estendeu a mão para loira em cumprimento, que sorriu.

– Você faz fisioterapia todos os dias? - Quis saber porque a loira estava lá no sábado.

– Estou aqui desde que Marina teve alta do hospital. O pai dela insistiu para que ela tivesse acompanhamento 24 horas.

– Por quê? Tem sempre gente aqui, Vanessa, Flavinha...

– Flavinha esta sobrecarregada no estúdio. Eu estou fotografando, mais pouco, ela assumiu parte do trabalho, eu só supervisiono. Gisele tem que se virar com as luzes e lentes sozinhas, já que Vanessa não tem muito jeito. Precisamos da Érica aqui. - Clara fez questão de mostrar que não gostou daquilo.

– Mas, você deve ter uma casa não é? Não é chato ficar longe?

– Tenho casa, mas quando o cliente solicita, eu fico na casa deles. Vou lá uma vez na semana vê se tudo esta em ordem. - Érica explicava.

– Bom, acho que agora não tem mais necessidades de você ficar, vou estar sempre por aqui.

– Desculpa, mas só posso ser dispensada pelo senhor Diogo.

– Érica tem sido de grande ajuda. - Marina disse de forma agradecida.

– Por falar, nisso, você precisa comer. - A loira foi se posicionando para empurrar a cadeira.

– Pode deixar que eu levo. - Clara foi autoritária na voz e saiu empurrando a cadeira, Érica apenas sorriu e foi atrás das duas.

O fim de tarde chegou rápido, embora para Marina tenha durado a eternidade. A família Fernandes se organizava para ir embora. Todos foram falar com a dona da casa, Clara fico por último.

– Amanhã eu venho. - A morena abaixou na frente de Marina.

– Melhor ficar em casa. - Marina demonstrava não quer ela lá.

– Você me perdoou.

– Sim. Mas, não posso abrir a minha vida de novo.

– Eu vou merecer fazer parte da sua vida. Eu te pedi um chance e você não me deu resposta.

– É melhor ficar assim. Eu aqui e você lá.

– Não aceito.

– Não dificulta Clara.

– Não queria dizer isso, mas vou apelar. Você esta numa cadeira de rodas, então... sinto muito, mas não vai me impedir de ficar por perto. Eu venho amanhã e virei sempre, com ou sem sua aprovação, aqui é meu lugar, junto com você.


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