Time After Time escrita por Clarativa


Capítulo 3
It's My Life


Notas iniciais do capítulo

Link para música que dá título ao capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=vx2u5uUu3DE



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Marina olha bem profundo nos olhos de Clara, ela não entendia o motivo de tanta insistência, para alguém que a dois meses atrás decidiu que o melhor para elas era o afastamento radical, afastamento esse que ela aceitou, pois apesar de seu coração gritar para que ela tomasse uma atitude, decidiu que não. Não iria mais se humilhar. Tem muitas coisas que a Clara não sabe ainda e uma delas é que os médicos não deram 100% de certeza de que a marina voltaria a andar, aliás, as chances eram menores que 50%. Ela não quer ser um peso a mais na vida da dona de casa.


Clara nao ainda nao conseguia acreditar no que estava acontecendo. Tudo aconteceu na velocidade de um raio ou ate mais rápido, as imagens de marina naquela cadeira de rodas estavam lhe assombrando, sentiu falta do brilho nos olhos de Marina brilho, aquele que sempre a vez perder o chão mais tudo o que restava era escuridão naqueles olhos por mais que Marina tentasse convencê-la de que estava tudo bem, ela sabia que não estava. Marina estava se afundando na própria escuridão e ela sabia que seria uma batalha difícil, mas não permitiria que Marina usasse isso para afastá-la.

– Clara você esta bem irmã? Esta no mundo da lua no que esta pensando? Ah quer saber? Não precisa dizer, é a Marina não é? - Leninha disse sentando ao lado da irmã no sofá.

– É sim irmã e isso esta me matando por dentro, ao vê-la novamente meu coração tomou as decisões por mim. Decisões que eu deveria ter tomado antes e fui covarde. EU AMO A MARINA IRMÃ! E não quero mais esconder isso de ninguém.

– Você não esta falando assim porque esta com pena dela não? Pensa bem é uma decisão bem difícil, mas o que você decidir eu estarei do seu lado.

– Obrigada irmã, fico feliz por saber que poderei contar com você como sempre.

– Sempre, mas me fala o que você pretende fazer?
– Não sei, mas me separar será uma das primeiras coisas que farei e depois lutar pelo meu amor. Pois, sei que será uma luta complicada já que a Marina parece que abriu mão de tudo que sentia por mim. Mas, ela me ama. E eu a amo. Já é um começo.

– E parece que o destino esta a seu favor, já que o Ivan adorou a ideia de ir para Goiânia com o Virgílio amanhã. Viu como ele saiu empolgada para comprar as passagens?

– Que bom que o Virgílio teve essas ideia, se não o bichinho ia passar as férias todas aqui no Rio. - Clara levantou. - Eu vou lá em casa, arrumar as coisas dele e venho dormir aqui. O Virgílio sai cedo, então o Ivan já fica aqui.

Após deixar as coisas de Ivan na casa de Leninha e o menino já dormindo, a morena voltou em casa, Cadu estava na sala com a TV ligada vendo algum filme. Ela entrou e desligou a TV sem pedir licença.

– Já passou da hora de nos acertamos. - Disse séria olhando o rapaz que parecia um garoto.

– O que aconteceu com a fotógrafa para ela ficar aleijada hein?

– A Marina não é assunto nessa conversa. Vamos falar do que vai acontecer aqui.

– E o que vai acontecer?

– O que vai acontecer é que você vai fazer as suas malas e deixar esse apartamento. E eu vou falar com o Nando e pedir o divórcio para ontem.

– Não dou o divórcio.

– Não pedi, nem te dou escolha. Carlos Eduardo, a gente não funciona mais. A gente não se tolera mais. Eu estou cansada das suas irresponsabilidade, conformismo. NÃO DÁ! Não dá para mim. Eu quero ser feliz!

– E você ainda diz que a Marina não é assunto aqui. Ela virou tua cabeça!

– Não. Ela não é assunto aqui. Isso iria acontecer de qualquer maneira, minha insatisfação era grande e só você não vi. Mas, chega. Esta na hora de finalmente viver. De fazer algo por mim. Então, esse divórcio é antes de tudo para me libertar do cruzeiro que você representa na minha vida. Chega Cadu. Não vou mais te carregar nas costas. Não vou mais te dá boa vida e assistir a minha indo embora no ralo. Você vai arrumar essas coisas e deixar esse apartamento. Volta para casa da mamãe.

Eles não pararam a briga, as acusações, o bate boca aumentava, até Clara aos gritos por fim aquilo tudo. Ela subiu para o quarto da irmã e abraçada com o filho adormeceu.

– Marina, vamos tomar banho? - Érica foi entrando no quarto da fotógrafa.

– Depois de velha virei bebê. Odeio isso. Ter que precisar de alguém para me levar pro banho, controlar meu remédios, alimentação, até trabalho. - Marina era só reclamação e foi tirando a blusa.

– Sempre reclamona hein Marina? Pensei que você tinha melhorado nisso. Mas, vejo que continua a mesma que reclamava por sua mãe colocar só frutas no seu lanche. - Ela se abaixou para tirar o short dela.

– Não acredito que você lembra disso. Meu Deus! Eu sofria tanto querendo comer uma boa coxinha, mas não podia, porque bailarina tinha que ser impecável em tudo, principalmente na alimentação. - Ela levantou os braços para que Érica a pegasse no colo e levasse para banheira.

As duas se conheciam, tinha estudado juntas na adolescência e tiveram uma amizade forte. Motivo pelo qual Diogo procurou Érica quando soube que Marina precisaria de uma fisioterapeuta.

– O bom de você ser uma fotógrafa ex bailarina é que é leve. Acho que na academia eu levanto mais peso. - Colocou a fotógrafa na banheira.

– Você lembra como eu era seca? Agora graças a Deus eu tenho mais um corpinho.

– Verdade. Você não tinha peitos antes, nem bunda. - A loira viu apenas a água voando na sua cara. - Não acredito que você me molhou. - Olhou para blusa toda molhada e as duas gargalharam.

– Entra aqui. - Marina convidou.

– Nada disso. Se aquela morena descobre, eu amanheço com formiga na boca.

– Esquece a Clara.

– As meninas me falaram da Clara.

– Bocudas. - Fez bico. - Entre aqui comigo, não pensa nela não.

– A história de vocês acabou.

– Acabou para mim. Eu perdoei porque guardar rancor não é comigo. Mas, eu não vou mais me iludir com a Clara. Ela é passado.

– Você não quer se machucar, nem eu. Essa história é sua e dele e eer se machucar, nem eu. Essa história é sua e dele e não tem lugar para mim.

– Então... podemos ser amigas?

– Sempre fomos.


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