Meu passado desconhecido escrita por Joko


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oioioi, nada a declarar, respondo no ultimo.

~Joko *3*



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Olhei-me novamente no espelho. Até que a roupa de dormir que eu encontrei não era de longe tão mal, eu tinha conseguido uma roupa apropriada para uma festa do pijama. Não posso dizer que era realmente perfeita minha roupa, mas suficientemente bom: calça de algodão com alguns bonequinhos, regata branca e um casaco de algodão da mesma cor que os bonequinhos da calça- roxo.

Suspirei e então abri a porta, sorrindo para as meninas ali. Thalia, Annabeth, Rachel, Artêmis e, se não me engano, aquela ali era a tal de Zoe. O meu sorriso cresceu enquanto eu olhava para elas, Rachel fez um gesto apontando para todas.

– Nós chegamos!

Dei passagem para elas entrarem e logo nos acomodamos na sala de estar, onde tinham alguns colchões, comida, bebida, televisão- a qual passava Art Attack- e Thiago em pé entre as coisas bem perto da televisão. Não preciso dizer que as meninas correram para conhecer Thiago, preciso? Porque, definitivamente, aquela carinha do loirinho estava encantando qualquer um. Ainda mais com aquele pijama de muito fofo de ceda azul clarinho do Adventure Time com a cara do Finn na blusa, mas estava um pouco grande nele, o deixava mais fofo ainda, fora que a gola polo estava alta- ele dissera que queria ficar com mais “estilo”, mas não tinha diferença alguma.

Rachel e eu fomos até a cozinha, já que eu dispensara cada um dos funcionários, eles pareceram bem felizes com aquilo, na verdade. Eu e a ruiva pegamos alguns guardanapos enquanto eu preparava um pouco de mingua de farinha láctea para Thiago.

– Então, você mora nesse casarão? – ela perguntou olhando a cozinha, que era enorme.

– É... bem brega, não acha? Os móveis, a pintura, a arquitetura do lugar. Tudo. – dei de ombros colocando o mingua em um prato do Superman e mexendo com uma colher do Batman. – Octavian disse que eu quem decorou, mas eu me pergunto que tipo de ser acha isso bonito.

– Eu diria que é bem dondoca, não brega. Mas se colocasse mais cor nesse lugar, talvez ficasse ao menos aceitável. Nunca se sabe, certo? – ela pegou a panela do mingua e uma colher que estava no escorredor de pratos, começando a raspa-la. – Cara, como eu amo esse mingau.

Eu apenas ri. Pouco depois, nós voltamos para a sala. Todas já tinham trocado de roupa, menos Rachel, e Thiago estava sentado no colo de Annabeth enquanto ele conversava com Artêmis sobre os super-heróis favoritos deles. Thalia tinha conseguido o controle da televisão, mas discutia com Zoe sobre o que assistir: a série Friends ou o filme Toy Story.

Sentei ao lado de Annabeth e entreguei o mingau para Thiago, que logo começou a devorar.

– Então, Reyna, onde está Octavian? – perguntou Annabeth quando Thiago foi mostrar o quarto dele para Artêmis e Thalia.

– Viajou, não sei para onde. – dei de ombros. – E prefiro que ele mantenha distancia de mim por um longo e longo tempo.

– E você cuida dessa casa sozinha? – perguntou Zoe deitada em um colchão mais ao longe.

– Hã, não. Na verdade, eu mal paro em casa, pelo o que eu soube. Tudo o que eu sei é que tenho uns 5 empregados, um motorista, um jardineiro e um cara que limpa a piscina. – dei de ombros terminando de comer o mingau que Thiago não terminou de comer.

Annabeth e as outras me olharam chocadas. Fiz uma cara de “Pois é, terrível, não?”. Rachel, por outro lado, se segurou para não rir, já que as outras duas estavam chocadas para dizer, rir ou fazer qualquer outra coisa.

Cerca de uma hora depois, Thiago estava deitado no meu colo, adormecido e ressonando, enquanto eu e as meninas jogávamos um jogo. Era parecido com o que eu jogara com Thalia, Nico e Rachel, mas a brincadeira levava doses álcool. Era a brincadeira do “Eu nunca...”, mas a maior parte envolvia a minha vida.

– Certo... o quem é agora? – disse depois de virar mais uma dose na minha boca.

– Eu tenho uma. – disse Zoe, rindo. – Eu nunca te vi pelada.

Corei fortemente quando vi todas as outras colocarem mais uma dose nos copos e virarem. Já tinha descoberto que eu só não beijara Annabeth, já fui carregada de festas por todas ali, Rachel já comprou um biquíni para mim, porque o mar levou o meu. Mas eu não descobrira apenas coisas... constrangedoras, também descobri que cursei arquitetura com Annabeth, comecei namorar Rachel com 16 anos, trabalhei em uma lanchonete com Zoe e Thalia, além de que eu tinha feito meu casamento e não chamei ninguém. Senti-me meio culpada por não chamar elas, parecia que éramos muito amigas.

– Ok, vejamos... – Annabeth parou para pensar. - Eu nunca... te fiz pagar mico em publico. Você me fazia pagar mico, mas eu nunca te fiz fazer isso.

– Tá ai uma coisa que não tem tanta gente. – Rachel virou a dose junto de Thalia, mas as outras duas não fizeram nada.

– Eu posso perguntar algo? – elas assentiram para mim. – Certo... por que eu simplesmente parei de falar, andar, festejar, sei lá, qualquer coisa... por que eu parei de fazer coisas legais com vocês?

– Eu vou deixar Thiago no quarto dele. – Rachel levantou e pegou meu pequeno no colo, logo subindo com ele nos braços.

– Por que ela sempre foge do assunto? – murmurei.

– Ela não gosta de falar sobre isso, Reyna. – encarei Annabeth. – Foi meio difícil para ela quando vocês terminaram. Soube que foi de modo terrível... e logo depois do término de vocês, você começou a furar com a gente, não nos chamava mais quando saia com uma galera e, tempos depois, soubemos que você estava de casamento marcado com Octavian. Então, nós apenas aceitamos, mas Rachel viu isso como traição e é só isso que sei da história.

– Eu... fiz isso? – perguntei chocada.

– Muito pior comigo e Thalia. – olhei para Zoe. – Você foi muito vadia conosco... Praticamente nos passou a perna com várias pessoas que estávamos saindo.

Thalia apenas assentiu, concordando.

– Não acredito que isso aconteceu. – fico em pé, chocada, bem na hora que Rachel descia. Corri na direção dela, segurei-a pelos ombros e a imprensei contra a parede e, como eu era levemente mais alta que ela, tive de manter meus braços eretos para manter uma distancia e olha-la nos olhos. – O que eu fiz com você, Rachel? Por favor, me conta o que eu fiz com você!

– Na-nada. Já disse que namoramos, foi só isso. – ela tentou se soltar, mas eu a pressionei mais. – Reyna!

– Me conta, Rachel! Por favor, eu estou ficando maluca sem saber, eu preciso saber o que aconteceu entre nós!

– Éramos namoradas, nós terminamos, você casou e teve um filho. Pronto, foi isso que aconteceu. Não tem nada mais. – ela olhava para o meu rosto, mas eu tinha certeza de que não era nos meus olhos.

– Rachel...

Não sei como, ela conseguiu se soltar de mim e passou, indo em direção a mesa, pegando os potes de comida e indo para a cozinha.

– Vou pegar algo para comermos e mudarmos de brincadeira.

Pela madrugada, estava apenas eu acordada em toda a casa, já que todas elas dormiram durante um filme, já que Rachel se recusou a jogar qualquer outro jogo. Passava um filme qualquer na televisão, mas eu realmente não estava nem ai para ele. Minha cabeça estava quase estourando de dor de tanto que eu tentava lembrar de algo, eu também repassava a cena do meu sonho várias e várias vezes em minha cabeça tentando ver se encontrava algo que pudesse me ajudar, mas não encontrei nada.

Levantei sorrateiramente e caminhei na direção das escadas. Não demorei para entrar no meu quarto, pegar a caixa, abri-la e pegar a rosa. Inspirei o cheiro da rosa, fechando os olhos e tentando deixar aquele cheiro impregnar em minhas narinas. Mesmo velha e quase morta, o cheiro ainda era maravilhoso. A apertei contra o meu peito e levantei, saindo quarto.

Desci as escadas silenciosamente, destravei o alarme e saí da casa pela porta de trás, indo para a beira da piscina. Eu estava me sentindo aquelas adolescentes idiota que vão para a beira da piscina pensar sobre o garoto que está afim, porque acha que a água vai acalma-la, mas posso dizer, com toda certeza, que se elas parassem de pensar nos garotos e focassem no que acontece com a lua brilhando e refletindo na água, veiam que a iluminação mudaria completamente o foco delas. Porém, no meu caso, apenas me ajudou em algo e, definitivamente, não foi qualquer coisa.

Quando meus olhos bateram na lua tremulino na água, minha cabeça começou a girar e a rosa na minha mão caiu dentro da piscina. Segurei minha cabeça com uma mão enquanto me apoiava em uma mesa com a outra, mas a mesa fracassou e virou, eu acabei caindo. Bati minha cabeça no chão e acabei apagando.


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Notas finais do capítulo

Falo no ultimo capitulo desta noite.

~Joko *3*



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