Calum's POV

Primeiro, quem essa Rebecca acha que é? 

Eu já estava cansado de tudo aquilo. 

Afinal, para quê nos manter ali durante dois dias? 

Rebecca me fitava com curiosidade. Ergui uma sobrancelha e sorri de lado. 

Ela corou e desviou o olhar. 

— Monstros coram? — Disparei, rindo em seguida. 

— É só ver se você cora, aí teremos a resposta. — Rebateu Rebecca.

— Strike! — Disse Ashton, baixinho.

Olhei para ele e revirei os olhos. 

Rebecca's POV

Alguma coisa em Calum me atraía, como se pudesse confiar nele. 

Fui tirada de meus pensamentos por uma provocação da tal Katherine contra Aly. 

— Quando eu sair daqui, eu vou matar você!

Aly se virou para Katherine e se aproximou dela.

— Você acha que vai. — E sorriu. 

***

Andrew chamou a mim, Aly e Gabriela para fora da sala e fechou a porta. 

— Garotas? 

— Sim? — Respondemos em uníssono. 

— Sabem o presidente? — Começou.

Assentimos e Andrew continuou. 

— Preciso que matem-no. — Disparou — Ele deve a mim e a Logan. 

Olhei para Aly, que estava inexpressiva, porém, Gabriela parecia assustada. 

— Esse tipo de assassinato não é para gente. — Disse ela. 

— Eu sei que são capazes de muitas coisas. Por isso chamei vocês. — Rebateu.

— Nós não fazemos parte da sua gangue — Disparei — Você não tem o direito de nos dar ordens. 

Andrew abriu um sorriso de lado e olhou para mim.

— Lembre-se de Ian. 

Estremeci quando ele tocou no assunto.

Meu irmão, Ian, estava metido com drogas nesses últimos meses, e Andrew estava envolvido. 

Ele prometeu proteger Ian, mas os boatos eram muitos.

Quem nos conhecia, dizia que Andrew estava me usando e iria matar Ian em breve. E eu não desconfiava disso. 

Andrew era capaz de tudo, até mesmo traição. 

Baixei a cabeça, mas Andrew se aproximou, tocou meu queixo e ergueu-o. 

— Eu não recrutei rebeldes. Eu recrutei as melhores. 

E me soltou, fazendo-me afastar-se dele. 

***

Estávamos na casa da Gabriela, onde nos arrumávamos para tentar colocar nossos nomes na lista.

Andrew nos dera identidades falsas, que usaríamos para o cadastro e a coisa toda. 

Vesti um vestido de seda preto e uma bota de camurça bege. Isso dá pro gasto. 

Fomos até o local do evento e entramos. Era um salão enorme de festas, todo de mármore por fora, e por dentro o piso era de madeira fina, paredes brancas e o teto todo decorado. 

Um segurança nos abordou e pediu as identidades.

Nós obedecemos e sorrimos, e ele nos deixou passar. 

Aly cuidou de tudo. 

Foi um processo bem burocrático, meu Deus. Perguntavam o que nós éramos, vulgo qual nossa profissão, qual nossa relação com o presidente, e coisas do tipo.

Ficamos lá umas quatro horas só fazendo essa merda de cadastro. 

Até que por fim, Gabriela bateu com força na mesa da senhora que estava realizando o processo e disse:

— MOÇA! VOU PERDER MINHA HORA NO SPA! 

Aly riu e ergui uma sobrancelha. 

Depois de horas, conseguimos sair dali com os nomes na lista.