01 de julho, Quando Tudo Começou a Mudar escrita por Corujinha Maria


Capítulo 36
Separação


Notas iniciais do capítulo

Tá quase acabando.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/640665/chapter/36

Thalia POV

Foi uma surpresa, estávamos todos na sala, não era para isso ter acontecido, não mesmo. Eles nunca iam ao internato, ou quando iam tinham motivos, mas ver os filhos não era um motivo, ele nunca existiu.

Não era para ter acontecido assim.

Flashback ON

Estávamos todos na sala de estar conversando e brincando, Nico estava no sofá e eu no tapete, em meio a suas pernas segurando sua mão.

Alguns estavam invertidos os homens e mulheres, mas basicamente esta era a posição de todos, assistíamos A 5°Onda, tentando calar a boca de Clarisse e Chris que já haviam visto. Na mesa de centro havia várias besteiras e baldes de pipoca.

Tudo estava ótimo, até nossos pais chegarem em uma cena de tiroteio, o som absurdamente alto fez com que não ouvíssemos eles e isso foi nosso maior erro.

— O que está acontecendo aqui? - berra meu pai entrando na frente da TV, ao me ver sentada entre as pernas do Nico e de mãos dadas.

Todos congelam.

— Que pouca vergonha é essa Annabeth? - pergunta sua mãe igual ao meu pai.

Annabeth estava pior que eu, ela estava deitada com a cabeça no colo do Percy que fazia cafuné nela e o balde de pipocas em sua barriga.

Nos arrumamos - todos - rapidamente.

— Nada mãe, estamos apenas vendo filme.

— Você estava deitada com a cabeça no colo deste delinquente, Annabeth. Eu exijo uma explicação. - diz cruzando os braços e batendo os pé extremamente brava.

— Você é minha mãe, não é? Pois bem, MÃE, nós namoramos faz pouco mais de um ano. - diz. - Mas se você realmente se importasse comigo, teria perguntado algo sobre mim, sabido o que acontecia durante o ano, notado que eu estava diferente, aé me esqueci, você nunca me vê, não notaria diferenças.

— Ouça bem Annabeth, nós vamos para casa e este namoro termina aqui. - diz a pegando pelo braço.

— Solte a menina Athena. - diz Poseidon entrando. - Você a está machucando.

— Não se meta nisso, e tire seu delinquentezinho de perto dela.

— Não. - diz Annabeth se soltando. - Você não pode decidir nada, meu pai tem a minha guarda e me permite ficar com você. Apenas ele pode dizer o que eu tenho ou não tenho que fazer.

— Vamos embora. - diz e leva Annabeth, Poseidon segura Percy e o impede de fazer algo.

— Vamos também, Thalia! Não quero nem saber de uma explicação. - diz Zeus.

— Não. - digo - Vai ter que me tirar a força.

— Então tá. - diz e avança.

Todos os meninos entram na frente de Zeus e Nico me puxa antes dali para não receber uma surra.

— Pai, nos ajude. - pede Nico.

O pai dele vê como ele está agoniado e decide ajudar.

— Ok. Venha Thalia, eu te levo para casa, e Nico, fique aqui e se tranque no quarto. Não enfrente Zeus. Vocês dois se gostam mesmo, eu vejo isso e aprovo a relação pois é verdadeira, mas Zeus não e nunca aprovará. - diz Hades.

— Vai lá. - diz Nico e me dá um beijo, que eu ainda não sabia, mas seria o nosso último.

— Seu pai. - digo me separando dele e o vendo ficar igual a um tomate.

— É... tá. Vai lá. - diz e sai correndo para a ala dos dormitórios.

— Obrigada. - digo a Hades quando entramos no carro.

— Vou ligar para Zeus, senão é capaz dele matar seus amigos.

Ele liga pelo carro para meu pai.

Ligação ON

— Zeus. - diz Hades.

— Não é uma boa hora, Hades. Onde diabos você está? - pergunta bravo.

— Estou no carro indo para a sua casa, Thalia está comigo. Só ela. - diz Hades com uma incrível calma.

— Leve-a direto para a minha casa, Hera saberá o que fazer com ela. - diz e desliga.

Ligação OFF

— Estou com medo. - confesso.

— Fique tranquila, ele pode estar assim mas não te matará. - diz Hades.

— Mas Hera não hesitaria, ela quase conseguiu uma vez. - digo já sentindo as lágrimas querendo sair.

— Como assim? - pergunta Hades fazendo uma brusca parada, se houvesse mais alguém na estrada com certeza teríamos batido.

— Ela tentou me afogar na piscina, ela nega até a morte, mas eu lembro que eu não sabia nadar, tinha  anos e ela me empurrou. Bem lá no fundo, eu pedia socorro e nada, lembro-me do som de sua risada, até que meu pai chegou e ela se fez de coitada, Jason que ficou comigo. Meu pai estava preocupado com o trauma que ela teria ao ver uma criança se afogando. - neste momento as lágrimas já rolavam soltas pelo meu rosto.

— Não fique assim, Thalia. - diz Hades. - Ele nem sempre foi assim, perder o amor de sua vida foi difícil.

— E agora eu perco o meu. Será que ele não vê? - pergunto mais para o vento, para mim e um pouco para Hades, ele parecia entendê-lo.

— Ele não quer que aconteça com você, o mesmo que aconteceu com ele. - dia Hades.

***

 Chegando em casa ele espera meu pai chegar comigo no carro.

E então eu recebo a pior das notícias, eu e Annabeth iríamos embora, terminar o colégio em outro lugar. Ela já me esperava no aeroporto.

***

No aeroporto nem quis saber de despedidas, ninguém sabia e só saberiam depois das férias que era semana que vem, nem quis saber o destino.

Me mantive fria e dura até embarcar, só então mudei as músicas do fone para as que ele havia me passado e me permiti chorar em silêncio olhando para  outro lado, pois tenho medo de altura.

A cada vez mais que o avião subia a saudade ia aumentando junto com a altura e meu medo me dominando. Como eu queria que ele estivesse ali, sem ele a viagem seria um trauma, uma perturbação, com ele, poderia ser calmaria, apenas uma viagem de avião.

Tomei remédios para dormir e só voltei a mim quando Annabeth me acordou com a cara inchada, vermelha, horrível dizendo que já havíamos pousado.

Eu não deveria estar diferente, mas não seria esta viagem que me impediria de continuar com ele, ou seria?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!!!
Ou então eu não posto.
Beijos doces.
~corujinha-maria.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "01 de julho, Quando Tudo Começou a Mudar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.