01 de julho, Quando Tudo Começou a Mudar escrita por Corujinha Maria


Capítulo 14
Conversas, conversas e mais conversas - Part. 1


Notas iniciais do capítulo

Voltei em uma semana certinho, e olha que eu nem contei.
Eu dividi em dois, porque eu só escrevi metade e estou indo pro ensaio da escola de samba. Mas ainda essa semana eu posto a outra que eu já comecei.
Prometo não demorar.
E uma coisa que eu sempre esqueço.
OBRIGADA A QUEM COMENTA, ACOMPANHA, E FAVORITA.
Beijoss de bolo e coxinha.
~corujinha-maria.



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Annabeth POV
Como eu sou azarada, tinha que esbarrar justo nela.
– É você? - perguntou com cara de espanto.
– Não que isso, eu sou um alíen, ou melhor, a filha que você abandonou quando criança. Essa é boa. - digo irônica e com raiva ao mesmo tempo.
– Com licença que eu já estava de saída. - digo levantando com a ajuda de Percy que me lança um olhar reprovador.
– Espere. - pediu.
– O que foi? - digo me virando sem paciência nenhuma.
– Eu... nós podemos conversar? - pediu, mas parecia estar na dúvida.
– Se você quisesse conversar comigo, teria me procurado antes. - disse ríspida.
– Annie! - diz Percy me lançando outro olhar reprovador. Queria que fosse com ele, pra ele ver só.
– Que foi? Só falei a verdade. - digo.
– Fala com ela. Eu já vou indo, nos vemos depois. - disse me dando um beijo na bochecha e indo, se eu não estivesse com raiva e mágoa, certamente teria corado com o beijo. Digamos que eu não sou do tipo nem que dá oi.
– Percy. - chamei mas já era tarde, ele saiu andando e fingiu que nem me ouvia.
– Traíra. - murmuro após ele virar no corredor da ala masculina.
Athena continuava olhando pra mim, com Will ao seu lado.
– Eu já vou. - disse saindo.
– Annie, fica, eu que já vou. - disse Will saindo e deixando eu e Athena.
– Como você cresceu minha filha. - disse ela se aproximando para tocar meu rosto.
Desviei da sua mão e disse:
– Primeiro, não me toque; segundo, não me chame de filha e terceiro, eu não teria o mesmo tamanho até o dia que você cumprisse sua promessa.
– Vamos conversar no seu quarto? Por favor.
– Não sei. - respondo na dúvida
– Me ouça apenas uma vez fi.. quer dizer Annabeth, depois pode me ignorar o quanto quiser.
– ok.
Vamos ao meu quarto que divido com as meninas em silêncio.
Ao entrarmos Silena já começa a falar:
– SUA LOUCA! Onde você se...
– Vocês podem dar licença um pouco. Athena quer falar comigo.
– Me chame de mão, Annabeth. - diz ela.
– Do mesmo modo que eu não sou mais sua filha, você não é mais a minha mãe. - digo.
As meninas vêem que é coisa séria e saem rapidamente.
– Qualquer coisa é só gritar, enviar sinal de fumaça, mensagem no celular. - diz Thalia.
– Vamos estar no pátio. - diz Piper ao sair.
Ao saírem, eu fecho a porta e digo rapidamente:
– Seja rápida.
– Não me trate assim. - diz Athena com o semblante triste.
– Fale logo. Você não está no direito de pedir nada.
– Fi... Annabeth, eu queria muito ter voltado como prometi. Vou falar tudo desde o começo.
" Quando Apollo falou comigo, lançou a proposta de virmos para New York, ele pediu para que eu levasse apenas roupas para uma semana, iríamos comprar tudo aqui, tive que arrumar as coisas muito rápido.
" Ele disse que eu poderia voltar para te buscar em uma semana, eu fui atrás de uma escola para você, procuramos casas, o Will foi morar conosco, e eu entrei na justiça com o pedido de divórcio e a sua guarda. Porém o seu pai havia se adiantado.
" No mesmo dia em que eu fui, ele ligou para um advogado e na mesma hora ele providenciou a papelada para sua guarda. Ele sabia que eu pediria quando chegasse, e a papelada chegou junto comigo, como caso de urgência já que você era muito pequena.
" O divórcio saiu rápido já que nós dois assinamos e bem, a casa ficaria com seu pai e o dinheiro foi dividido na metade. Já a sua guarda foi uma luta difícil, demorou dois meses para sair, isto pois estava sendo considerada um caso de urgência. Porém o seu pai conseguiu a sua guarda, afirmou que eu nunca cuidava de você, era irresponsável, deixei você para fugir com outro, não te queria e que ele amava você e cuidaria de você.
" Então eu fiz a coisa mais idiota da minha vida, discuti com o seu pai. Ele conseguiu a guarda e alegou ao juiz que eu havia ameaçado ele fora do tribunal, dizendo que iria roubá-la dele, o juiz acreditou e eu não podia chegar 10 metros perto de você.
" Algumas vezes eu ia vê-la, mas ele nunca deixava, então de longe eu ficava observando você, tentei entrar com uma ação judicial para poder te visitar mais de 20 vezes. Me restava apenas esperar, estava esperando seu aniversário de 18 anos para ir vê-la, iria na data. Fazer uma surpresa e explicar tudo.
" Mas eu te achei aqui. E bom, não diga ao seu pai que conversamos, eu estaria quebrando um acordo judicial. De 10 metros. "
Eu estava chocada com o que ela havia dito. Algumas vezes eu via uma sombra me seguindo, ou sentia olhares sobre mim, porém sempre pensei que era minha imaginação.
– Seria muito melhor, se você tivesse me levado no dia, ou feito o que ele alegou para o juiz. Você não sabe... - eu já estava a beira de uma cachoeira de lágrimas, mas não pararia agora - não sabe o que eu já sofri nas mãos da minha mádrasta, papai nunca olhou pra mim, nunca saiu comigo desde que você foi embora, ela me batia, eu era sua escrava.
" Eu não tinha nada, apenas os meus amigos. Já pensei inúmeras vezes em fugir de casa, mas sempre tive a esperança da mulher que me abandonou voltaria para me tirar daquele inferno.
" Quando meus meio-irmãos nasceram, eu cuidava deles, da casa, estudava, fazia tudo, eles eram meus melhores amigos, com quem eu desabafava, e meus amigos. Eles cresceram e eu fui proibida de vê-los, mas quem sabe quando voltasse para me buscar, eu não pudesse levá-los, para que eles não sofressem.
" Até que, a minha mádrasta decidiu que os meus serviços já haviam sido cumpridos, fui obrigada a fazer prova de bolsa, pois eu gasto o dinheiro de roupas dela, apenas ganhei pois não aguentava mais.
" Zeus me abrigou, mas ele também não para em casa, mas eu tenho amigos e tudo mais. Não preciso de você, aprendi a me virar sozinha. Agora se você estava esperando que quando eu fizesse dezoito anos, te perdoasse por não me levar aquele dia e ir com você à New York.
" Você conhece a criança Annabeth Chase, mas não a adolescente e garota que se vira, pensa em tudo e atura de tudo Annabeth Chase. Você não me conhece. Não sabe quem eu sou, não sabe nada sobre mim. "
Termino de falar chorando.
– Você está em New York, poderemos nos ver, eu vou poder conhecer você novamente. Nós podemos...
– Por favor, saia do meu dormitório. Eu preciso pensar.
– Ok. Eu vou ver o que Apollo resolveu. - ela já estava saindo até que para na porta. - Vai haver um jantar, vou ver com o diretor se ele te libera com o Will, então você tem até amanhã para decidir. me avise que eu mando uma roupa.
Dito isso saiu do quarto, deixando apenas eu e meus pensamentos.


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