Sétimo dia:

Eu acordo em uma floresta tonta e confusa vou me levantando aos poucos resolvo seguir a trilha na minha frente cada passo que dava era como se eu já estivesse ali só que por mais que tentasse não conseguia lembrar. Depois de um tempo seguindo a trilha percebo que seu final estava próximo então começo a correr curiosa para saber onde essa trilha iria dar meu coração começa a bater mais forte à medida que me aproximava do final quando finalmente chego fico parada não acreditando no que meus olhos estavam vendo.

— Isso não é possível! – Penso surpresa

Aquele era o lugar que Raquel foi quando estava sendo perseguida pelos homens encapuzados fiquei tão surpresa que levei um tempo para acreditar. Enquanto seguia em frente olhava para cada detalhe a minha volta às mesmas árvores, flores, a grama perfeitamente aparada até as folhas secas caídas no chão. Fiquei parada no topo do penhasco olhando para baixo as cenas daquele pesadelo eram passadas na minha mente a sensação de estar ali era algo tão intenso que de alguma maneira me sentia conectada ao lugar. De repente tudo em minha volta começa a ficar escuro e eu escuto uma voz bem longe.

— Mayara! Mayara! – Grita Bobby balançando o braço da Mayara que está deitada no sofá.

— Bobby – Disse abrindo meus olhos devegar.

— Você está bem? O que foi que aconteceu? – Pergunta Bobby preocupado enquanto eu me levantava.

Alguma coisa naquela foto fez com que eu tivesse este sonho ou pesadelo não sabia mais o que eram também não sabia se podia confiar em Bobby, mas a única maneira dele me contar sobre a foto era se eu contasse a verdade então resolvi não contar tudo escondi sobre este último sonho aos poucos fui contando tudo ao Bobby que me contou sobre a recém-nascida e de como ela apareceu no Canadá o que fez com que eu me interessasse mais nessa história. Depois disso fui para casa como Bobby estava preocupado comigo ele insistiu em me levar e eu não consegui convencê-lo de que não precisava. Já em casa deitada na cama fico pensando sobre os pesadelos e a todo o momento me perguntava o que significava tudo àquilo quando acabo dormindo dominada pelo cansaço.

Sinto uma energia passar através de mim e acordo. Minutos depois o meu celular desperta mal acredito que o dia começou sinto-me como um zumbi correndo atrás de cérebros quando vou para o banheiro. No chuveiro começo a fazer uma reflexão sobre todos os pesadelos Raquel queria proteger o bebê dos homens encapuzados que queriam a criança a todo custo quando de repente aquele homem parte pra cima da Raquel e faz com que a criança acabe caindo no abismo só que aqueles homens não gostaram nada disso e a trancaram em uma espécie de prisão. Por que esse incessante interesse na recém-nascida? E onde fica a floresta? Eu estava mesmo ficando maluca são apenas pesadelos não são reais tudo que a tia da Fernanda me falou estava errado. Ela queria me manipular assim como ela faz com a Fernanda pensei enquanto fechava o chuveiro.

Bobby aguardava Dean e Sam em uma lanchonete quando os vê chegando através do vidro eles se cumprimentam e sem perder tempo começam a conversar sobre o caso. Eu não acreditava que aquele era o nosso último treino durante o intervalo e que finalmente o campeonato estava chegando com esse pensamento consigo me manter concentrada na partida e esquecer um pouco esses pesadelos. Fernanda também treinava com as lideres de torcida com que ficara o tempo todo hoje entre um saque e outro eu sentia o seu olhar sobre mim a prova disso é que toda vez que eu a olhava ela simplesmente disfarçava. No fundo eu sabia que ela estava agindo desta maneira por causa da sua tia e isso me deixava com raiva à maneira como aquela vadia a estava usando. Com o passar do tempo à verdade iria prevalecer e Fernanda saberia quem realmente tem enganado ela. Quando o treino acabou eu segui para o banco onde eu e Fernanda costumávamos sentar quando vejo Dany se aproximando.

— Posso sentar ? – Perguntou Dany meio ressabiado

 - Como você tem a ousadia de vir aqui depois do que você fez além de me deixar falando sozinha não se encontrou comigo... – Disse visivelmente irritada quando Dany me interrompe.

— Desculpa – Disse Dany com cara de arrependido. - Eu sei que devo algumas explicações. Não foi minha intenção deixa-la falando sozinha é que eu precisava resolver algumas coisas naquele dia e nem notei que você me chamava e na Segunda quando sai da sala o diretor me chamou a nossa conversa demorou mais do que eu esperava, quando cheguei você já tinha ido embora sinto muito.

— Você poderia ter pelo menos mandado uma mensagem sei lá. – Disse olhando em seus olhos.

— Eu sei, sinto muito – Disse Dany desviando o olhar.

— Ta – Disse olhando para frente.

A troca de informações foi objetiva e rápida em alguns momentos Bobby pensava em falar sobre Mayara, mas logo hesitava a caminho de Los Angeles Dean e Sam haviam recebido uma ligação havia outro caso para eles investigarem antes de saírem deixaram bem claro para Bobby que não desistiriam do caso e se ele precisasse de ajuda poderia contar com eles Bobby agradeceu e os irmãos foram embora.

— Então não deixem de fazer a página 13 e 14 – Disse Ana professora de biologia quando bate o sinal.

— Eu preciso ir tenho algumas coisas para resolver – Disse Dany guardando o seu livro.

— Sei algumas coisas – Disse Lucas em um tom de ironia enquanto piscava para Rogério.

— Hum... To ligado vai se encontrar com aquela garota – Disse Rogério.

— Eu não sei do que vocês estão falando – Disse Dany colocando a mochila nas costas.

— Disfarçar nunca foi seu forte Dany. – Disse Lucas - Confessa logo que gosta dela e pronto – Complementou Rogério.

— Eu realmente preciso ir vejo vocês amanhã – Disse Dany saindo da sala.

Quando Dany passa em frente à sala do diretor ele abre a porta e o chama o garoto se vira e vai até a sala.

— Pode se sentar – Disse o diretor apontando para uma cadeira assim que Dany senta os olhos do diretor ficam totalmente pretos.

— A brincadeira acabou temos coisas mais importantes do que detonar pessoas, mas aposto que você sabe disso.

— Sim há algum tempo – Disse Dany seus olhos estavam totalmente pretos também.

— Ótimo e ai como está o andamento do plano.

— Não se preocupe eu sei fazer o meu trabalho o chefe ficara orgulhoso.

— É bom mesmo agora pode ir – Disse o diretor se levantando e abrindo a porta seus olhos haviam voltado ao normal.

Antes de ir para casa todo o time teve que passar no médico para garantir que estava tudo bem para amanhã Melody aproveitou para fortalecer o treino de hoje. Quando estou seguindo para casa vejo Fernanda na minha frente pensei em chama-la, mas logo desisto e assim seguimos para casa como se uma não conhecesse a outra.

— E ai como foi à aula hoje? – Pergunta Lucia tia da Fernanda com o controle remoto na mão.

— Horrível – Responde Fernanda chorando jogando-se no sofá ao lado da sua tia.

— Você se apegou muito a Mayara é normal que se sinta estremecida. – Disse Lucia abraçando Fernanda que chorava de cabeça baixa.

— Não! – Disse Fernanda afastando-se dos braços de Lucia. Eu não quero mais fazer isso e você não pode me obrigar! – Disse Fernanda aumentando a voz e levantando-se.

— Tudo bem se você prefere ser iludida e enganada o resto da sua vida. Você está cega Fernanda não vê que enquanto vocês forem amigas ela estará te usando!

— Não!  Você não sabe nada sobre a nossa amizade eu não sou mais criança para se submeter as suas vontades. – Disse Fernanda olhando fixamente para Lucia que se levanta também.

— Tudo que eu faço e para o seu bem para te proteger e você me trata assim? Fique com a sua amiga então, mas quando ela te decepcionar não venha chorar no meu ombro! Eu sempre te apoiei quando sua mãe morreu eu deixei a minha casa o meu conforto pensando no seu melhor e você me troca por uma pessoa que nem da família é. Eu sou sangue do seu sangue – Disse Lucia batendo com a mão esquerda em seu peito. - e ela o que é? Diga-me Fernanda?

— Ela pode não ser da minha família, mas é como se fosse eu amo vocês duas, mas eu cresci não preciso mais da sua proteção.

— Ótimo! Se você acha que não precisa mais da minha ajuda tudo bem, mas quando sua “Amiga” – Disse Lucia fazendo sinal de aspas com os dedos. - te decepcionar não me procure se ela teve a audácia de mentir para você uma vez que garantia você tem de que isso não vai se repetir – Disse Lucia dando as costas para Fernanda e indo embora.

— Tia espere não foi isso que eu quis dizer – Disse Fernanda indo atrás dela.

 Ao chegar a minha casa joguei a mochila no sofá e fui correndo para a cozinha quando vi que minha mãe não estava. Voltando para sala meu celular começa a vibrar eu havia recebido uma mensagem:

 "Mayara, eu fui ao hospital vê como está o seu primo Alex o seu prato está na geladeira só esquentar no micro-ondas não se esqueça de arrumar tudo antes de sair. Bjs: Madyson."

Enquanto eu almoçava aproveitava para ler mais um pouco do livro que peguei com Bobby e uma coisa me ocorreu o que levou Dean e Sam para a minha escola assim que terminei de almoçar fui para o quarto pesquisar sobre isso.

No ano de 2001 um garoto chamado Eduardo conhecido por ser mulherengo saiu com a namorada de outro garoto chamado Ygor. A repercussão da traição foi muito grande e Ygor foi bastante zoado que para fugir da situação entrava na pilha daqueles que o zoavam até ele começar a se aproximar de Eduardo e se torna amigo dele cinco meses depois ele espera Eduardo sair da escola e quando só estavam eles dois Ygor tirou uma arma da cintura e deu um tiro no peito de Eduardo e em seguida se matou com um tiro na cabeça. A ação foi tão rápida e inesperada que alguns alunos que estavam no local ficaram surpresos e contaram que os olhos de Ygor ficaram totalmente pretos e uma fumaça saiu do seu corpo quando ele morreu.

 Pesquisando mais um pouco encontrei outro caso que aconteceu cinco anos depois deste. Em 2006 o mesmo aconteceu em um baile da escola Rafael esperou Gabriel sair e o esfaqueou. Alguns alunos tentaram separar, mas foram jogados brutalmente no chão Rafael continuou esfaqueando Gabriel que sangrando muito pedia ajuda até que acaba morrendo com uma facada no peito no momento em que executava as facadas alguns alunos disseram que os olhos de Rafael estavam totalmente pretos quando Gabriel morre Rafael tenta fugir só que alguns alunos impedem a sua saída assustados com o ocorrido Rafael consegue furar o bloqueio e sai correndo no dia seguinte é achado morto no porão da sua casa.

 Se em todos esses casos o motivo das possessões foram as mesma porque o Dany? – Penso quando meu telefone vibrou era outra mensagem:

 "Encontre-me sete horas no mesmo endereço para irmos para casa do Harold. Bobby "

 É mesmo com tanta coisa acontecendo esqueci completamente do treino com Harold. Neste segundo caso os demônios seguiram o mesmo padrão então foi isso que fez Dean e Sam irem até lá cinco anos depois do último se Dany foi possuído então quer dizer que ele foi traído. Que loucura! Em pensar que tudo isso aconteceu na escola em que estudo desde que mudei para cá. Desliguei o computador e fiquei parada sentada na cadeira pensando sobre os casos. Nesse momento senti uma enorme dor de cabeça. - De novo não – penso quando a dor vai ficando mais intensa eu devagarzinho me levanto e sento na beirada da cama de cabeça baixa sinto um calafrio quando eu levanto a cabeça vejo um homem parado de terno e um sobretudo encostado na mesa do computador perto da porta com as mãos no bolso quando eu tento ver seu rosto minha vista  começa a ficar embaçada até que eu desmaio mais uma vez.

Quando eu acordei estava novamente na floresta me levanto devagar. - O que esta acontecendo? – penso quando ouço  um barulho e rapidamente me escondo atrás da árvore a minha esquerda. Vi uma mulher correndo com um bebê enrolado em uma manta branca em seus braços por um momento ela para sua respiração estava bem ofegante sinal de que estava correndo há muito tempo.

— Não acredito essa só pode ser a Raquel – Penso quando escuto outro barulho Raquel também escuta e volta a correr as pessoas que a seguiam tinham as mesma características do meu primeiro sonho resolvo segui-los com cuidado para não ser vista. Quando Raquel chega até o abismo sai da floresta um homem encapuzado.

— Acabou irmã é fim me entregue o bebê! – Disse o homem se aproximando de Raquel.

— Nunca! Terão que passar por cima de Deus e de mim para pega –lo - Disse Raquel olhando fixamente para o homem encapuzado quando os outros dois chegam ao local.

— Já chega você vai me dar seja por bem ou por mal – Disse o Homem impaciente indo para cima da Raquel que tentando defender a criança acaba deixando – a cair .

E nesse momento que o homem visivelmente irritado a pega com força pelo braço Raquel tenta escapar, mas aquilo era inútil então ela é arrastada pela floresta e eu continuo a segui-los.

— Me soltem! Para onde estão me levando? – Diz Raquel tentando se soltar.

— Fique quieta! – Diz o homem

 - Você fez a escolha errada irmãzinha e ira pagar muito caro por isso – Diz o Homem em um tom de suspense.

— Podem fazer o que quiser comigo, mas nunca conseguiram pega-lo Deus o escolheu.

— Isso é o que você pensa – Diz o homem dando um riso sarcástico. - Chegamos ao seu castigo.

— Não! Me soltem vocês não podem fazer isso comigo irmãos. – Diz Raquel tentando se soltar de novo.

— Nós já fizemos irmã – Disse o homem em um tom de ironia Jogando Raquel dentro de uma sala escura.

— Então foi assim – penso quando saia de lá correndo quase sendo vista de repente tudo fica escuro e eu escuto as mesmas vozes.

— Inútil , inútil e inútil é tudo que isso é Raquel.

Nesse momento eu acordei demorei um tempo para voltar para realidade quando de cabeça baixa me lembro de ter visto alguém antes de desmaiar eu olho ao redor e não vejo ninguém meu celular começa a vibrar estava na hora deu me arrumar para o nosso último treino. Os pesadelos que a Mayara me contou se ligam perfeitamente com o caso, mas não é o bastante para preencher todas as lacunas. Eu sabia que está garota era importante desde a primeira vez que a vi – Pensava Bobby enquanto voltava para casa.

 Quando Bobby acabou de chegar à cidade e estava indo se encontrar com Dean e Sam quando a vista de longe um homem com um casaco de couro marrom encostado em um carro olhando fixamente para a escola a sua frente. Bobby observava tudo de longe e percebe que o homem olhava para uma garota. Quando o sinal bate o homem entra no carro e vai até um beco na parte mais deserta da cidade. Ele sai do carro e entra no beco é nesse momento que Bobby vai embora. No final do beco um homem que era vinte anos mais novo que ele vestindo um casaco de couro preto o esperava.

— Que demora! Achei que você não vinha mais. - Disse o homem de casaco preto bastante impaciente.

 - Ao contrário de você eu sei fazer o meu trabalho  - Disse o homem de casaco marrom colocando as mãos nos bolsos do casaco.

. - Vamos logo - Disse o homem de casaco preto o apressando

Eles caminham duas quadras do beco até chegarem a uma fábrica de tecidos fechada onde duas pessoas os aguardavam.

— Que demora! Espero que tenha uma boa justificativa. – Disse um Homem sentado na cadeira de uma sala que parecia ser o escritório da fábrica.

— Eu não sei se é boa, mas tenho novidades sobre o caso. – Disse o homem de casaco marrom sentando-se.

— Ótimo! Então o que é? – Disse o outro homem animado com a notícia.

— Isso – Disse o homem de casaco marrom mostrando uma foto para o outro.

— Você acha que é o que procuramos?

— Tenho certeza. O que eu devo fazer?

— Quero que você fique de olho não iremos atacar até termos certeza absoluta. Entendeu

— Sim – Disse o homem de casado marrom se levantando.

— Me mantenha informado.

— Pode deixar – Disse o homem de casaco marrom se retirando.

No treino consigo me concentrar bem e não pensar em mais nada que não seja no jogo. Como esse era o nosso último treino todos os 12 jogadores se reuniram e o entrosamento entre os principais e reservas estava muito bom Melody estava muito orgulhosa do time assim como Rogério no intervalo olhamos para o treino das líderes de torcida. Fernanda estava incrível estava feliz por ela sabia que tinha que fazer alguma coisa, mas não agora. Quase no final do treino resolvo sair para me encontrar com o Bobby digo a Melody que precisava encontrar uma amiga e que era algo de extrema importância ela me libera e assim me despeço do resto do time no caminho fico pensando como será meu treinamento.

Bobby estava pesquisando mais um pouco e nem percebeu que estava na hora rapidamente fechou o livro pegou as chaves e saiu para encontrar com a Mayara que estava a sua espera assim que ele chega a garota entra no carro e nos primeiros momentos do caminho os dois permanecem em silêncio até que Bobby resolve quebra-lo.

— Mayara, você teve mais sonhos estranhos? – Disse Bobby olhando fixamente para frente.

— Não – Disse olhando para a janela.

— Você perguntou isso por causa do caso que me contou não foi? – Digo olhando para Bobby.

— Sim – Disse Bobby olhando para Mayara também.

— Você achou alguma coisa? – Perguntei olhando para a janela novamente.

— Infelizmente não os seus sonhos são as únicas pistas que eu tenho, mas algumas coisas ainda não se encaixam.

— Entendi desculpa eu não tenho nada se eu tiver mais algum sonho eu te falo.

— Obrigado Mayara – Disse Bobby olhando para Mayara que estava olhando para a janela.

Mentira eu não iria contar nada Bobby é muito legal ele tem feito minha percepção sobre o sobrenatural mudar eu mal via hora de caçar realmente mesmo com todos os perigos isso não me desanimava, mas ao mesmo tempo Bobby escondia algo de mim e eu não me refiro ao caso, mas sobre suas verdadeiras intenções  em me ensinar a ser como ele, Esse caso agora não competia a ele, mas a mim eram os meus pesadelos.

Quem sabe nele estavam as respostas sobre o que a vadia da tia da Fernanda quis dizer  com um passado que estava adormecido dentro de mim mesmo não confiando nela eu sabia que ela não havia mentido já que tudo que ela disse realmente estava acontecendo isso era algo que eu não podia negar por mais que não quisesse acreditar.

Permanecemos o resto do caminho em silêncio quando de repente Bobby sai da estrada e entra em uma trilha no meio da floresta aos poucos uma casa foi aparecendo em meio a árvores. Que casa linda disse para mim mesma. Dois andares pintado de um azul escuro com um contraste lindo com o marrom das janelas e portas e alguns detalhes em branco era igual a essas vistas apenas em filmes e séries. Fiquei tão encantada que nem percebi que Bobby havia saído do carro. Nos aproximamos e Bobby toca a campainha. Um homem branco de estatura média com idade entre 30 e 33 anos atende.

— Fala ai Harold - Diz Bobby dando um abraço no Harold.

— Oi - Disse dando a mão para Harold

— Oi muito prazer em conhecê-la - Diz Harold apertando a minha mão.

Assim que faz isso eu percebo seus olhos azuis e que seus cabelos tinham um tom de castanho escuro com um leve loiro nas pontas. Harold vestia uma blusa preta com um casaco vinho e uma calça jeans azul com um leve detalhe rasgado e sapatos marrons como os das janelas e portas de sua casa.

— Podem entrar fiquem a vontade - Diz Harold abrindo mais a porta.

— Eu adoraria, mas tenho que resolver algumas coisas só vim trazer a Mayara mesmo. - Disse Bobby

— Claro entendo

— Quando eu estiver vindo busca - lá eu te ligo- Diz Bobby indo em direção ao carro.

— Bom Mayara pode entrar fique a vontade eu só vou pegar algumas coisas no segundo andar para começarmos.

— Tudo bem - Disse sentando me no sofá.

Se a casa era bonita por fora por dentro era mais linda ainda Harold tinha um bom gosto pensei olhando para tudo a minha volta quando vi um escritório com uma pequena estante cheia de livros me levantei e fui até ela fascinada com tudo olhei alguns e aproveitei para esfolhear outros parece que Harold tinha o mesmo gosto de leitura que Bobby. Quando ele chega com duas mochilas na mão.

— Sabia que você iria gostar - Disse Harold         

— Senhor Browning eu só estava... - Disse surpresa com sua chegada de repente.

— Que isso pode me chamar de Harold e não se preocupe Bobby me contou que você gosta de ler sobre essas coisas sobrenaturais. Isso é bom te fara uma caçadora bem experiente.

— Obrigada - Digo                  

Nós saímos da casa e fomos até uma trilha era preciso ter bastante cuidado no caminho sem entender para onde Harold me levava o seguia com bastante cuidado até que chegamos perto de um lago em um lugar mais amplo da floresta ideal para acampamentos, mas não era isso que iríamos fazer assim que chegamos ele joga as mochilas no chão e me da uma caixa preta com uma fita verde quando eu a abro encontro uma pistola. Harold me ensina a como manuseá-la e a carrega-la ao terminar essa parte ele pega outra pistola.

— Vamos - Disse Harold depois de carregar a pistola.

— Espera, pensei que você iria me ensinar com garrafas, latas coisas do gênero. - Disse assustada.

— Acredite em mim a melhor forma de aprender é caçando de verdade.

— Vamos - Disse um pouco mais tranquila.

Passando de carro por uma rua Bobby se surpreende ao ver aquele demônio de casaco marrom vindo em sua direção  e rapidamente age ele finge que o carro esta com algum problema e pede ajuda para o homem que olha o motor do carro enquanto isso Bobby tira uma arma da sua cintura e da uma coronhada na cabeça do homem que bate a cabeça no farol do carro e cai desmaiado no chão rapidamente Bobby pega ele e o tranca no porta malas do carro.

— O que foi? – Perguntei para o Harold que parou de repente de andar.

— Escuta parece que tem algo vindo em nossa direção. – Disse Harold olhando para o céu.

Algumas aves começam a surgir Harold me olha e eu imediatamente seguro o gatilho apontando a arma para o céu e começamos a atirar um alvoroço ocorre entre os pássaros quando eu miro em um e atiro que cai imediatamente Harold caminha em direção ao pássaro e me olha com um olhar de aprovação.

 - Muito bom nem parece que é sua primeira vez – Disse Harold amarrando as patas da ave com uma corda.

— Obrigada – Respondi me aproximando de Harold.

— Que tal repormos as energias? – Disse Harold olhando nos olhos de Mayara que estava ajoelhada ao seu lado que da um leve sorrisinho concordando com ele.

No caminho de volta eu ajudava Harold pegando madeira para a nossa fogueira voltamos para a aérea ampla ideal para acampamentos da floresta e lá Harold posicionava toda madeira que conseguimos pegar enquanto isso eu fico sentada apoiada em uma árvore olhando tudo.

— Então vai ser do jeito fácil ou do difícil? Só depende de você – Disse Bobby encarando o demônio. Que ri debochando dele.

— Vocês caçadores são tão previsíveis e não percebem que tudo isso é inútil – Disse o demônio encarando Bobby que vai até a mesa e pega um livro novamente o demônio começa a rir e enquanto Bobby se aproxima diz:

— Que inútil! Pode fazê-lo, mas lembre de que esse não é o caminho para conseguir o que você quer de mim.

— Suas ameaças não me assustam todos vocês falam a mesma coisa, mas no final são fracos e perdedores - Diz Bobby encarando o demônio antes de começar o exorcismo. O demônio tenta resistir se contorce e grita a cada palavra dita por Bobby até que.

— Chega ! Chega ! – Grita o demônio ofegante.

— Então vai facilitar as coisas? – Diz Bobby fechando o livro.

— O que você quer? – Diz o demônio enquanto seus olhos ficavam totalmente pretos.

— O que vocês querem com a Mayara? – Disse Bobby indo até a mesa ficando assim de costas para o demônio.

— Não sei de quem você esta falando – Disse o demônio desviando o olhar quando Bobby se aproxima dele.

— Há não sabe então eu vou refrescar a sua memória – Disse Bobby enquanto enfiava sal grosso na garganta do demônio que grita de dor.

— Eu sou vou falar uma vez o que vocês querem com a Mayara? – Disse Bobby encarando o demônio que estava ofegante e cuspia o sal misturado com sangue.

— Nosso chefe acredita que ela tem algo que nós buscamos há muito tempo – Disse o demônio de cabeça baixa.

— O que? – Disse Bobby.

— Eu não sei – Disse o demônio levantando a cabeça quando o telefone de Bobby toca.

— Nossa conversa não acaba aqui. – Diz Bobby cobrindo o demônio com um pano.

Assim que terminávamos de comer Harold recebe uma mensagem de Bobby imediatamente arrumamos as nossas coisas e voltamos para sua casa. Quando deu oito horas Bobby chegou passamos o caminho todo em silêncio em alguns momentos percebia que Bobby queria dizer algo só que em seguida ele hesitava. Fico na esquina da minha rua para não chamar a atenção dos meus pais nos despedimos e assim que saio do carro Bobby vai embora.