Entre Mundos escrita por Mr Jon


Capítulo 4
Primeira Guerra


Notas iniciais do capítulo

Nossa... Esse capítulo realmente deu trabalho, mas esta é uma parte importante da história, estarei em época de provas e talvez só eu poste o próximo capítulo só no sábado, espero que gostem.

Comentem gente, falem o que estão achando e o que precisa melhorar, muito obrigado :)



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Chiclete ficou paralisado ao ver aquela cena, ele conhecia os tritões. Já que era príncipe do reino doce, deveria conhecer todos os seres habitantes ou os que vivem próximos as regiões, incluindo tritões, mas nunca ouvira falar de tritões que seduziam homens.

Ele pensou que não deixaria alguém como ele ser levado por um mero homem-peixe metido fora d’ água.

Ele inflou o peito, mas por dentro tremia, os punhos cerrados dava a ele um ar de durão, mas era bastante visível que no real ele tinha muito medo:

– Senhores tritões, peço que libertem meu amigo, eu estou em uma jornada com ele e preciso dele vivo. Apesar da coragem para dizer aquilo ele não podia perder a classe.

– Lamento... O que já foi feito, já foi, além disso ele é mais gatinho que você. Um dos tritões disse em um tom de deboche.

Aquela última frase atravessou o corpo de chiclete como uma bala.

– Senhor tritão...

– Stellatus, por favor.

– Senhor Stellatus, tem que ter algo que eu possa fazer em troca do meu amigo.

Stellatus chamou outros tritões que se reuniram e sussurravam entre si.

– Ok, menino rosa, há cem anos atrás os tritões e os seres da terra lutavam entre si e se odiavam, até que um dia um homem feito de terra veio e soterrou o nosso lago, e levou o símbolo mágico dos tritões, o nosso espelho mágico, levou anos até que o lago voltasse ao normal. Recupere esse espelho e daremos o seu amigo gato de volta. Ele abriu um sorriso malicioso

Chiclete não tinha o que fazer e decidiu aceitar.

– Ótimo, procure uma árvore com o símbolo de um tridente e você achará.

– Tridente? O que é isso? Chiclete perguntou curioso.

Stellatus segurou o pulso do príncipe que no mesmo instante queimou o braço de chiclete. Um símbolo tateado surgiu em seu pulso uma lança de três pontas em seta.

Chiclete entrou na floresta novamente e procurou a árvore com o tal símbolo. Depois de um bom tempo achou, era uma grande árvore normal como as outras, mas tinha o mesmo símbolo arranhado.

Ele chegou perto, e o símbolo começou a brilhar e seu braço arder, e uma escada em direção ao subsolo apareceu aos pés da árvore.

Chiclete desceu, e tinha uma grande e única sala, onde tinha diversos baús, mas ele sabia que um príncipe só deveria mexer no que lhe fosse necessário. E em um pedestal estava um espelho com conchas e corais entalhados nele, Chiclete o pegou com cuidado e se abaixou, temendo alguma armadilha que lhe poderia cortar a cabeça.

– Bom, sem armadilhas nem nada então está tudo bem. Pensou alto.

Ao se virar ele deu de cara com um grande esqueleto, vestido com uma grande manta marrom, talvez seja o tal homem que Stellatus falou. Ele o observava na parede, chiclete não tirou os olhos dele enquanto andava aos poucos encostado na parede, ele contava.... Um... Dois.... A cada número era um passo.

Quando ele estava bem próximo a porta ele prendeu a respiração, ele sabia que ele estava morto, mas não pode evitar.

Ao colocar o pé no degrau da escada o esqueleto virou-se subitamente, e disse:

– Você tem o símbolo do tridente, gostei de você.

Chiclete deu um berro e jogou o espelho no esqueleto que se desmontou todo e seu crânio disse:

– Essa doeu! Se queria o espelho era só pedir.

Chiclete morria de medo. Mas reuniu bastante coragem para dizer:

– D- D- Desculpe S- Senhor, eu me assustei, quem é você?

– Sou o grande mago da terra, se está aqui com certeza foram os tritões que pediram que viesse saiba que este lugar possui uma barreira mágica minha, para que eles não viessem.

– Eles me falaram que o senhor roubou o espelho deles.

Ao falar isso ele se lembrou que atirou o espelho nele, correu até ele e o pegou, só o tinha uma pequena rachadura.

– Eu? Isso pertence a mim, eles que roubaram de mim, eu só recuperei de volta, escute vou lhe dizer como se livrar deles...

Chiclete o ergueu e o crânio falante e o explicou tudo.

Ele retornou ao lago e viu marshall coberto de corais no chão. Os corais deviam fazer sombra. Pois a pele de marshall não queimava

– Não nos leve a mal príncipe, isso é só uma garantia para o caso de você não ter trazido o espelho. O Tritão falou calmamente.

Alguns tritões estremeceram um pouco ao ver o espelho.

– Eu trouxe, se quiser pegue-o você mesmo. O príncipe inflou o peito, não podia vacilar agora.

– È que... Eu quero que você traga para cá, para ficar mais perto.

– Por que eu deveria? O espelho é de vocês, por que não vem pegar?

– Chega de papo! Stuart, vá pegar o espelho.

Stuart era um tímido tritão, que morria de medo de tudo. Seu corpo não era forte nem nada, e não parecia ser um bom nadador.

Ele andou timidamente até chiclete e pegou o espelho.

– Por que a pressa? Dê uma olhada a si mesmo. Chiclete disse.

Stuart hesitou um pouco mas olhou o espelho.

Stellatus virou o rosto e esperou algo acontecer, ao perceber que demorava se virou de volta.

– E- Está rachado. Disse Stuart.

– Idiota, é um espelho falso! Levem o vampiro para o fundo do lago. Gritou Stellatus.

Chiclete saiu em disparada passando por Stuart e avançando até Stellatus, ele tentou lhe acertar um soco, apesar do príncipe ser tímido ele teve algumas aulas de defesa pessoal, mas chiclete desviou por pouco. Porém o segundo lhe acertou em cheio, ele andou para trás com a mão no rosto;

– Por que vocês querem tanto ele? Gritou chiclete.

– A mãe do vampiro irá nos matar se não fizerm.... Stuart disse.

– Idiota não revele os planos! Gritou Stellatus para Stuart, que foi em sua direção e o empurrou.

– Isso não se faz! Chiclete falou e acertou um soco no tritão. Sua mão ardeu na hora, e o fez dar pulinhos de dor.

Chiclete lembrou-se de Marshall e correu até ele, arrancava os corai com cuidado para não expor sua pele ao sol.

– Alguém se mexa, ele vai nos prejudicar, ela ficará furiosa.

Chiclete lembrou-se do que o mago da terra disse:

“ - O espelho tem o poder de despertar, mas também de fazer dormir, pense com firmeza o que quer e se realizará”

Stellatus correu em direção de Chiclete levantando uma onda do lago em sua direção.

Chiclete corria, ele tirava os corais arranhando com tanta força os dedos que o machucava, quando o tritão estava bem próximo ele tirou o espelho verdadeiro da blusa e o virou para o tritão, que ao se espantar fez a onda quebrar.

– Durma! Disse chiclete. E a água do corpo do tritão endurecia, sua pele ficava dura, e os seus movimentos cessaram, até Stellatus virar uma estátua de areia. Todos os outros tritões corriam para a água morrendo de medo.

“ - Claro que não ia deixar o espelho verdadeiro assim tão obvio, mas como você parece ser um bom rapaz lhe darei o verdadeiro, os tritões não gostam de ver seu reflexo por que este espelho reflete a imagem deles como um ser da terra que eles odeiam, agora que o espelho vai sair daqui o lugar será selado, eu somente protegia o espelho. ” Ele lembrou-se do que o esqueleto lhe disse e olhou para marshall.

– Ele me enganou... Ele disse que só os faria dormir, mas o matou.... Aquele crânio...

Ele ajoelhou-se na frente de marshall, abriu uma de suas pálpebras e apontou o espelho para ele, ele hesitou ao usar o espelho. Ao mesmo instante Marshall acordou em um susto dizendo:

– Tritões, espelhos, canto....

Chiclete deu um grande sorriso e começou a chorar.

– E – Eu tive que tirar uma coragem imensa de mim para lutar com eles, eu achei que ia perder você para sempre. Ele pegou o espelho e o atirou na água, aos poucos o espelho afundava, não iria mais incomodar ninguém.

Marshall olhou em volta e viu o que tinha acontecido, além do rosto roxo de chiclete, ele deu um sorriso largo e levantou o queixo dele com os dedos e o beijou, um longo beijo que fazia chiclete esquecer de tudo e só querer ficar ali.... Em um certo momento marshall parou e ficou olhando para baixo, Chiclete achava que ele chorava.

– Posso perguntar uma coisa?

– Claro.

Ele ainda mantinha a cabeça baixa e juntou as mãos no chão.

– Você quer ser meu? E uma lágrima caiu no chão.


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Notas finais do capítulo

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