Entre Mundos escrita por Mr Jon


Capítulo 2
Quase Morte


Notas iniciais do capítulo

Seguindo com o 2º cap. espero que gostem >
Comentem, curtam, compartilhem, e opinem.
Até mais >



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– Vamp... O quê? Chiclete fez uma careta, já que ouvia aquele nome pela primeira vez.

– Esquece.... Disse o garoto.

– Aliás.... Qual é o seu nome?

– Marshall Lee... e o seu?

– Bom eu sou o príncipe Chiclete.

Os olhos de Marshall brilharam, como se ele encontrasse algo perdido.

– Bom... Receio que você esteja bastante ocupado.... Portanto me retirarei. Até mais.

Chiclete observou ele botando novamente o capuz e correndo por meio á sombra. Seu coração batia em um ritmo frenético. Ele lembrou-se do seu objetivo e voltou ao castelo para dar uma olhada pela última vez, ele ainda se sentia incomodado por ter que partir.

Ao passar pela sala de reuniões novamente ele ouviu uma conversa, espiou por uma parte da porta:

– Isso certamente é obra de uma criatura do submundo. Eu já vi esse tipo de fogo antes...

Ele não reconheceu a pessoa que falava pois estava de costas. Porém conversava com o mestre dos magos

– Isso é trágico.... Temos que nos livrar dessa praga imediatamente... Desconfio de um indivíduo de capa que entrou durante a reunião... Só não falei nada por que estava ocupado... O mestre dos magos acariciava um gato.... Chiclete se perguntou como aquele bicho surgiu ali.

– Criatura do submundo? Era disso que o colar da governanta menta o protegia. Ele ficou feliz por Marshall não ser um destes, já que o colar não o alertou.

Ele virou de costas para a parede e pensou que tinha que encontrar Marshall, se ele era suspeito, ele podia acabar com aquilo certo? Afinal eles não têm prova que ele causou aquilo, muito menos que é uma criatura do submundo.

Ao voltar para os portões ele gritou pelo nome diversas vezes até desistir pela sua garganta... Ele talvez já esteja longe nessa hora. Ele se lembrou o que Menta o disse...

– Procure por Fiona, ela mora em uma casa na árvore.

Chiclete iniciou sua aventura, afinal, não devia haver muita gente morando em casas na árvore certo?

Ele caminhou bastante, até seus pés incharem, talvez seria uma boa hora para descansar antes que seus pés o abandonassem.

Ele se sentou em um tronco caído, na entrada de uma floresta. E preparou uma fogueira, estava sujo e grudento, e começou a pensar em como aquilo tudo aconteceu...

– Talvez seja pelo fato de eu ter relaxado... O mestre dos magos sempre procurou um modo de me dedurar ao comando.... Agora que eu vacilei e perdi a coroa, tenho que ganhar essa guerra.

As árvores se balançavam.... As folhas caíam, algumas na fogueira fazendo o fogo aumentar de repente, outras somente caíam perto dele...

Ele se distraía com a noite chegando, e não percebeu que as árvores se balançavam com mais força.... Quando se deu conta era tarde demais... Um Ciclope com o dobro da sua altura saiu em meio as árvores apagando o fogo com pé, sem sentir nenhuma dor....

O que ele podia fazer era gritar.... Afinal não sabia lutar, o Ciclope tentava pisotear chiclete, que só esquivava daquele pé enorme, O ciclope parecia não ter muita noção de espaço.

Chiclete tropeçou em uma pedra, e caiu com força de barriga para baixo, arranhando seus braços e pernas. Fazendo com que sua respiração se tornasse meio difícil...

– Ciclopes gostam de doces, fazem bem para nós, você parece ser gostoso, quer virar meu almoço?

Chiclete estremeceu ao pensar em ser comido pela aquela coisa de um olho... Mas ele era inútil demais, ele não podia nem lutar contra um mero ciclope... Sua jornada acabava aqui.

O Ciclope subia seu pé em cima de chiclete, pronto para esmaga-lo, aquela sombra cobria ele completamente, Chiclete virou o rosto e fechou os olhos bem forte, se passou dois segundos... cinco... e ele espiou... aquele pé enorme ainda estava por cima dele. Mas como? O ciclope mudara de ideia de repente?

Foi quando ele olhou para cima e viu uma figura flutuando, ele usava um grande boné, tênis vermelhos, calça jeans, uma camisa quadriculada vermelha e preta, segurava um machado com cordas, uma espécie de baixo-machado com uma caveira no topo.... Os olhos vermelhos brilhavam de ódio...

– Marshall? È você? Chiclete chorava de felicidade, e também seu peito o apertava...

– Olá chiclete, você está bem?

– Sim estou... só me ajude sim?

Marshall voou até o ciclope, ele estava paralisado de medo.

– Um v- v- vampiro.... A voz grossa do ciclope se tornava fina a medida que marshall chegava perto.

Marshall flutuava segurando o machado pelas costas, seus olhos vermelhos brilhavam intensamente, ele avançou até o ciclope e o ameaçou de cortá-lo, fazendo com que ele caísse para trás e começou a golpeá-lo com o machado.

– Marshall pare! Chiclete gritou ao ver aquela cena forte.

– Tem sorte de eu não querer mata-lo, acho que isso já deve lhe ensinar algo... O vampiro disse ao ciclope

O ciclope com tantos arranhões no corpo ficara imobilizado no chão. Os seus olhos ainda brilhavam intensamente, e ele só voltou em si quando ouviu um gemido de dor do príncipe...

– Você está bem?

– Estou sim... só estou com alguns arranhões pela queda.

Marshall analisava Chiclete, procurando algo talvez...

– Escuta... Como você me achou? Perguntou chiclete.

– Eu ouvi você me chamando no castelo, mas achei melhor não me revelar pois não sabia ainda o que pensar de você. Mas quando eu vi você sendo atacado por esse monstro resolvi agir.

O príncipe ficou vermelho... Ele veio protegendo ele pelo caminho até agora? Significava que ele se importava com ele...

Chiclete tentou se levantar, mas logo caiu no chão novamente, suas pernas estavam muito doloridas...

– Marshall desceu chiclete colocando sua cabeça no seu colo, pensando no que iria fazer.

– Desculpe... eu sou um inútil... nem consigo me defender de um ciclope, muito menos me manter vivo até o meu objetivo...

Marshall ainda olhava para ele, como quem não tivesse ouvido um pingo da conversa de chiclete... Ele olhava para aquela boca rosa, ele queria fazer algo com ela, mas não sabia como se aproveitaria daquela situação...

– Marshall! Chiclete gritou.

– Boca, Objetivo, Aproveitar.

– O quê? Chiclete fez uma careta confusa.

– Ahn, nada... Oh! Lembrei agora.

O ciclope ainda estava caído no chão, os olhos dele lacrimejavam.

Marshall encheu a mão com as lágrimas do ciclope. E voltou a posição que estava antes.

– Beba, lágrimas de ciclopes podem curar tudo.

– Ele bebeu um pouco e seu corpo começou a se regenerar o chiclete em sua pele voltava a se recompor ficando firme novamente.

Marshall sentiu inveja, ele queria beijá-lo, quem sabe o beijo o ajudaria a se sentir melhor....

– Nossa, isso realmente funciona! Seria útil no meu objetivo.

– Falando nisso você não me disse qual era esse objetivo.

Chiclete hesitou, ele não sabia se seria capaz de confiar ele agora, mas ele o salvou então o mínimo seria lhe dizer o que acontecera...


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